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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sexting: não publique nada na internet que você não mostraria para a mãe, orienta educadora

Ter cuidado com o que se coloca na internet deveria ser a regra. Mas, são cada vez mais comuns os casos de "sexting" (uma junção das palavras sex [sexo] e texting [envio de mensagens]), quando vídeos e imagens com conteúdo sexual vazam na internet ou via celulares. Um caso recente, registrado na cidade de Bom Retiro do Sul (RS), mostra que pais e educadores devem ficar atentos à questão, que pode gerar graves consequências psicológicas para as vítimas. Como fazer para evitar problemas?

Segundo a coordenadora do projeto "Ética e cidadania digital" do colégio Bandeirantes, em São Paulo, Cristiana Mattos Assumpção, o raciocínio é simples: nunca coloque nada na internet que você não mostraria para sua mãe. "É uma informação que vai ficar lá para sempre, [o adolescente] pode se arrepender depois de tê-la colocado lá. Ele tem que lembrar que está num espaço com um público muito amplo", diz.

Ela conta que nem sempre os estudantes "acreditam" na importância da segurança digital. "Quando há notícias na mídia sobre alguém que se expôs demais e comentamos isso em aula, alguns acreditam [no perigo], outros não. Mas nossa esperança é a de que estamos plantando uma sementinha, e que eles vão pensar bem antes de fazer qualquer coisa", diz.

Acompanhamento

O acompanhamento do uso que os estudantes fazem do computador e do celular é a melhor forma de evitar a veiculação de conteúdo inapropriado. Segundo Quézia Bombonatto, presidente da ABPd (Associação Brasileira de Psicopedagogia), os valores passados por pais e professores são decisivos para que os jovens saibam distinguir o quanto podem se expor nesses meios.

Ela explica que os pais devem observar as orientações que estão dando aos filhos, assim como devem observar também a que programas eles assistem e que livros leem, por exemplo. "Por mais que eles escondam, a gente vê [o que os jovens fazem no dia a dia]", diz. A psicopedagoga ressalta, no entanto, que isso não quer dizer que o pai tenha que virar "amiguinho" do filho: "Ele não pode entrar numa de virar amigo do filho, porque senão ele perde a relação de pai. Ele tem que orientar esse jovem, e isso significa, dentre outras coisas, impor limites".

Em desenvolvimento

De acordo com Quézia, no adolescente, o senso crítico ainda não está amadurecido, por isso ele se expõe mais. Ele tem também uma forte necessidade de ser aprovado pelo grupo, fazendo muitas vezes "qualquer coisa" para se distinguir. "Às vezes, se ele não tem como chamar a atenção, ele lança mão de todos os artifícios possíveis, sejam eles positivos ou negativos", diz.

A sexualidade também é outro aspecto que está sendo desenvolvido nessa época. O jovem, segundo a psicopedagoga, pode ter dois comportamentos em relação a isso: ficar retraído em relação ao corpo ou, no outro extremo, querer exibi-lo. Contribui para esse segundo comportamento a excessiva erotização que há sobre o corpo jovem na mídia e na sociedade. "É aí que a família tem que estar por perto", explica Quézia, para que não haja a exposição do adolescente nessa fase "imatura", com um.

Fonte: UOL 12/04/2011

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