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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Tecnologia e inteligências na escola é tema de livro e workshop


O Jornal da Manhã, através do Programa Jornal e Educação “Vamos Ler”, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) Ponta Grossa, realizou no dia 22 de maio, oficina junto a professores da região
Cybele Meyer, eu e algumas das professoras que participaram da oficina
Cybele Meyer, Talita Moretto (coordenadora do Vamos Ler, e algumas das professoras que participaram da oficina
O “Vamos Ler”, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), realizou uma oficina a respeito do uso de tecnologias e inteligências em sala de aula. O evento foi direcionado a professores participantes do Vamos Ler, mas foi aberto a todos os interessados. Para promover a oficina, a convidada foi a palestrante, professora, psicopedagoga e escritora Cybele Meyer, que fez uma importante explanação a respeito do assunto.
O debate ocorreu em dois momentos da quarta-feira, pela manhã e a tarde, com dinâmicas que trataram sobre o preparo (ou não) das escolas, professores e alunos na utilização das tecnologias e das chamadas “inteligências” que a autora, em seu livro “Inteligências na Prática Educativa”, identifica como sendo oito principais.
A partir de estudos sobre o trabalho do psicólogo Howard Gardner, Cybele reuniu em sua obra aquelas que seriam as “inteligências múltiplas” presentes em todos os indivíduos. Seriam elas a inteligência Linguística Verbal, a Corporal-Cinestésica, a Espacial, a Musical, a Lógica-Matemática, a Naturalista, a Interpessoal e a Intrapessoal. Cada pessoa desenvolve uma ou duas dessas inteligência de forma especial, mas cabe ao educadores trabalharem isso da melhor forma possível. “É preciso uma mudança na dinâmica em sala de aula com o uso da tecnologia, que descaracteriza o formato de educação em que o professor fala e o aluno escuta. O foco, agora, são as inteligências múltiplas, que devem ser identificadas no aluno e no próprio educador”, diz.
Cybele Meyer é formadora do Instituto Paramitas desde 2009 e integra o quadro de profissionais no programa Um Computador por Aluno (UCA), do Governo Federal em Parceria com o Ministério da Educação (MEC). Graduada em Direito, descobriu-se na área educativa quando seus filhos passaram a frequentar a escola. Em 2006, Cybele criou o blog “Educa Já!” (educaja.com.br) para discutir educação e tecnologia. No ambiente virtual, ela partilha experiências vivenciadas em sala de aula. Para ela, é importante que o professor entre em contato com os recursos tecnológicos e incentive a participação ativa dos alunos nos processos de ensino.

Inclusão?

Por Ceslau Tomczyk Neto*


Segundo o Minidicionário Escolar da Língua Portuguesa, a palavra inclusão significa “ato ou efeito de incluir (-se)...”. Poderíamos ainda ampliar o significado para a palavra incluir, “.... 4. Envolver... 5. Estar incluído ou inserido... 6. Fazer parte.” Quando levamos estes significados para o âmbito escolar, percebemos que nem sempre eles vão fazer sentido. A escola, vista como a “tábua de salvação” da sociedade cada vez mais cheia de problemas, também acumula os seus, e não são poucos, como bem sabem todos aqueles que vivem sua realidade.
A palavra inclusão parece ser dita sem saber seu verdadeiro significado, tornando – se assim mais um problema. Para muitos, é apenas “colocar alguém, entre outros” e pronto, está resolvido. Estar incluído, envolver-se e fazer parte de alguma coisa exige uma complexidade na qual existem inúmeros fatores. Rampa de acesso, banheiros adaptados, porta com medidas corretas e profissionais capacitados deveriam promover a inclusão de alunos especiais, por exemplo.
Quando isso não acontece, muitas vezes pela omissão descarada do poder público, a escola procura uma solução, como ocorreu no Colégio Estadual Professor Eugênio Malanski, onde foi promovida uma oficina de Libras (Língua Brasileira de Sinais) em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em uma classe onde estuda uma aluna surda, permitindo sua comunicação com os colegas.
Isso é inclusão com dignidade: permitir que a pessoa faça parte respeitando as diferenças e necessidades, caso contrário, se torna exclusão.
* Ilustrador e professor de Arte no Colégio Estadual Professor Eugênio Malanski.

Fonte: http://www.vamoslerjornaldamanha.com.br/index.php/component/content/article/79

"A leitura e seu poder de transformação"



Por Cibele Bastos Guaringue*

Desde criança eu sonhava em ser professora. Este sonho foi nutrido com o carinho e dedicação de excelentes professores que passaram pela minha vida e pela minha querida mãe, que muito lutou para eu poder estudar.

Nos primeiros anos de trabalho como educadora, passei por algumas dificuldades. Não sabia como lidar com a “rebeldia” e a “rejeição” por parte de alguns alunos em relação à disciplina e aos conteúdos ministrados. Em várias situações, usei do “autoritarismo” para manter a ordem.

Quando engravidei do meu primeiro filho, uma aluna presenteou-me com o livro “Pais brilhantes, professores fascinantes”, do autor Augusto Cury. A leitura deste livro contribuiu para eu mudar a minha visão em relação ao ato de ensinar crianças, adolescentes e jovens, me indicou ferramentas para estimulá-los e envolvê-los mais nas aulas. Levou-me a refletir que para eu ser uma boa educadora, mãe ou professora, eu precisaria me libertar de alguns pecados capitais, tais como: corrigir publicamente, expressar autoridade com agressividade, ser excessivamente crítica, punir em situação de ira, entre outros. O livro também me ensinou hábitos e técnicas pedagógicas para eu aplicar em sala de aula e em casa, as quais me ajudariam a ter um bom relacionamento com os alunos e com os filhos.

Através dessa encantadora obra, percebi o quanto é preciso cultivar a emoção dos nossos filhos e alunos para que eles possam expandir a inteligência.

Ler esse livro me ajudou a refletir e traçar metas para melhorar a minha atuação em sala de aula, o meu relacionamento com os alunos, o qual interfere diretamente na aprendizagem. Também me deu dicas, as quais procuro utilizar frequentemente, para não ser apenas uma boa mãe ou professora, mas uma educadora brilhante!

*Professora com vinte anos de atuação no ensino fundamental e médio, na rede particular de ensino de Ponta Grossa. Contato: cibeleguaringue@hotmail.com

Fonte: http://www.vamoslerjornaldamanha.com.br/index.php/component/content/article/89

A GAZETA na Sala de Aula: 18 anos ajudando a ensinar


Neste ano, tema do programa é "Vida saudável na comunidade"

Foto: Edson Chagas - GZ
Edson Chagas - GZ
Penha, Maria Rosina e Ana Aparecida: professoras e parceiras do programa

Aos 6 anos de idade, Ana Aparecida Trindade aguardava com expectativa, todos os dias, o vizinho lhe emprestar A GAZETA. Ela não tinha acesso a livros, então o jornal foi a sua porta de entrada para mundo da leitura. Ana aprendeu a ler com o jornal e, anos depois, tornou-se professora, passando também a utilizá-lo como material didático em sala de aula. Ela faz parte de um grupo de dezenas de professores que participam do programa A GAZETA na Sala de Aula, que completa 18 anos este ano.


“Sem dúvida, o jornal influenciou a escolha da minha profissão. Aos 18 anos, quando comecei a ensinar em uma escola no interior de Guarapari, os alunos não tinham livros e eu já recortava os textos menores para que eles pudessem ler”, lembra a professora, que trabalha com crianças de 5 a 8 anos. Ana foi convidada para participar do projeto há 14 anos.

“É uma experiência maravilhosa. Todos os anos há novidades e aprendemos, por meio de oficinas e encontros, a usar da melhor maneira o jornal em sala de aula”, diz.

As professoras Penha Schmitd Buloto e Maria Rosina Russo Capistrano, monitoras do programa, já se preparam para o tema deste ano, que é “Vida saudável na comunidade”. O foco é descobrir o que e como cada um pode fazer para criar um ambiente saudável, seja em casa, na escola ou no bairro.

“Queremos incentivar a atuação cidadã dos alunos. Os professores vão trabalhar para que eles possam conhecer a realidade nos seus bairros, os pontos positivos e o que ainda falta melhorar”, explica a gerente de projetos do Instituto Carlos Lindenberg, Cristina Moraes.

O programa
Como funciona

Oficinas
O trabalho acontece com professores de escolas públicas e particulares. O programa dá sugestões para a utilização da informação jornalística como suporte para o aprendizado em ambientes educativos. São realizadas durante o ano oficinas pedagógicas, palestras, apresentações culturais, encontros regionais e concursos

Participação
Mais de 30 mil alunos participam do programa que, além de informar, ajuda a formar cidadãos mais conscientes

Objetivos

Leitura
Incentivar o gosto pela leitura e o senso crítico dos alunos

Comunidade
Ensinar de forma diferente, trazendo para a sala de aula o que acontece no bairro, na cidade e no mundo

Notícia
Despertar desde cedo o interesse pela informação, usando a notícia como fonte de pesquisa e estudo

quarta-feira, 29 de maio de 2013

"Crianças entrevistam diretora sobre o Pnaic"

Credito: Sandra Mara dos Santos
A turma de jovens repórteres e as professoras Silvana e Sueli

Em Telêmaco Borba (PR), estudantes do 4º ano foram em busca de informações a respeito do Plano Nacional para a Alfabetização na Idade Certa, presente no seu município. Confira a entrevista:


Nas aulas da professora Sueli Rodrigues Nassar, na Escola Municipal São Silvestre, em Telêmaco Borba, os jovens do 4º ano ‘A’ estão aprendendo sobre o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), motivados pela notícia “Educação de Tibagi faz pacto pela alfabetização”, publicada no dia 22 de maio no Jornal da Manhã. Para saber mais a respeito, os alunos entrevistaram a diretora da escola, Sandra Mara dos Santos. Confira:

Alunos: Qual a sua função no Pnaic aqui em Telêmaco?
Sandra Mara: Sou orientadora de estudo e trabalho com as professoras do 3º ano. Para isso, recebo formação na Universidade Estadual de Ponta Grossa, junto com outros professores..
Alunos: Qual o seu maior desafio?
Sandra Mara: O desafio é fazer com que as professoras aprendam a trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades de alfabetização e com os alunos que já estão alfabetizados. Com a nossa orientação, as professoras aprendem a ter uma rotina, assim o trabalho em sala de aula se torna mais fácil.
Alunos: Qual a sua opinião sobre o Pnaic?
Sandra Mara: O governo deveria ter se preocupado antes com isso porque essa troca de experiências que está acontecendo agora é muito rica.
Alunos: Como é feita a preparação dos professores que participam do Pnaic? E como é verificado se os professores estão aplicando os conhecimentos?
Sandra Mara: As professoras que participam recebem uma bolsa de estudos para comprar livros, ter acesso à internet, pois elas precisam estudar em casa e, uma vez por mês, participam de aulas presenciais. Para verificar se as professoras estão aplicando os conhecimentos, haverá uma visita supervisionada às escolas em junho, onde será observado o trabalho das professoras, se estão desenvolvendo o que foi aprendido em sala de aula. 

Alfabetização na idade certa
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) é um compromisso formal assumido pelos governos federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental. Saiba mais: pacto.mec.gov.br 

Livro discute impactos do excesso da tecnologia no dia a dia das pessoas

Os pais acreditam que porque seus filhos estão no quarto, sozinhos, estão seguros

Organizado pelas médicas pediatras Evelyn Eisenstein e Susana Graciela Bruno Estefenon e pelo psicólogo e blogueiro do UOL, Cristiano Nabuco de Abreu, o livro "Vivendo Este Mundo Digital" (Ed. Artmed) reúne mais de 30 profissionais de diferentes áreas buscando responder qual o impacto do aumento da tecnologia em nossas vidas e se não estamos sendo passivos e apenas incorporando as informações.
Divulgação
O livro traz números interessantes, como estes que mostram o tempo que algumas tecnologias precisaram para atingir a marca de 50 milhões de usuários: o rádio levou 38 anos; o telefone, 20; a televisão, 13; a internet, 4; o Facebook, 3,6; o Twitter, 3; o iPad, 2; e o Google+, 88 dias.


Segundo Cristiano Nabuco de Abreu, que também é coordenador do Grupo de Dependência Tecnológica do Programa de Transtornos do Controle dos Impulsos do Departamento de Psiquiatria do HC de São Paulo, a obra é voltada para profissionais da área de saúde, para aqueles que utilizam muita tecnologia e aos pedagogos e pais, por exemplo. "Fizemos um livro com pegada científica, mas que também pode interessar aos leigos. Passeamos por todas as divisões da população, com ênfase nos adolescentes e jovens".




Leia a seguir, entrevista com o psicólogo:

UOL – No livro vocês usam termos novos como sexting. O que significa?
Cristiano Nabuco de Abreu – O capítulo dois é escrito por Michael Rich, médico e professor de Harvard, que comenta entre outras coisas que há 100 anos as doenças que mais atingiam a população diziam respeito ao aspecto sanitário, ou seja, à higiene. Hoje, claro, mudamos muito, vivemos numa época em que os problemas de saúde são de outra ordem. Os jovens, principalmente, sentem muita ansiedade. Sexting, por exemplo, é um termo para definir quando indivíduos com 13, 14 anos trocam mensagens de cunho sexual, com fotos íntimas e reveladoras. A menina envia para o garoto, por celular, mas se esquece de que ele tem amigos e que isso pode se propagar pela rede.
UOL – Vemos isso acontecer muito nos Estados Unidos...
CNA – Pois é, a grande pergunta é "será que no Brasil acontece menos?". Sim, mas somente porque temos menos acesso à internet que lá. É um assunto subavaliado. As pessoas por aqui estão se familiarizando com termos como "vício em internet" só agora.  Quem nasceu a partir de 1990/2000 são os chamados nativos digitais, quem veio antes são os imigrantes. Ao contrário dos imigrantes, que são mais lentos, os nativos tiveram mais contato com computadores e celulares, estão familiarizados. O problema é que os "tutores", que seriam os imigrantes, nem sequer imaginam o que está acontecendo. Seja no aspecto de saúde, pedagógico ou legal com os nativos. O interessante é que os brasileiros estão em primeiro lugar em horas passadas navegando em redes caseiras e o país é o terceiro em número de internautas no mundo.
UOL – Como os pais podem controlar o que é visto sem se transformar em censores?
CNA – Os pais acreditam que, porque seus filhos estão no quarto, sozinhos, estão seguros. Numa palestra questionei se eles deixariam as crianças na porta do prédio, por quatro horas, sozinhas, conversando com estranhos. Todos disseram que jamais. Mas é o que ocorre quando os filhos navegam por horas. Os pais devem se aproximar de forma curiosa, perguntando o que estão fazendo, com quem estão falando. É o mesmo quando a menina vem e diz que vai à festa da Carolzinha. Você pergunta quem é a Carolzinha, onde vai ser, quem vai. Ou seja, a postura em relação à internet é a mesma em relação à da vida real.
O que os jovens não admitem é que, de repente, comecem a ter curiosidade e queiram saber e controlar seus atos. Não entendem o interesse súbito. Portanto, deve ser algo desenvolvido ao longo da vida, um interesse autêntico. E, deste modo, pais podem alertar os filhos que enviar fotos de conteúdo íntimo não é algo legal de ser fazer, por exemplo.

UOL – E as escolas? Estão preparadas para lidar com o uso de celular e ocyberbullying?
CNA – As escolas estão ainda na era pré-Gutemberg, ou seja, pré-imprensa. Anos atrás, alunos ficavam sentados por cinco horas. Existia um outro conceito de hora-aula, mediam o tempo que uma pessoa gasta prestando atenção ao que é dito. Hoje em dia, este tempo, segundo pesquisas, é de apenas quatro minutos. Depois disso, o aluno começa a divagar. Por isso há uma explosão de diagnósticos de TDA (transtorno do deficit de atenção) e de consumo de ritalina. A pessoa é multitarefa e acham que tem algum problema.

Os professores não têm noção disso, nem que a garotada usa o SMS do celular para passar cola entre si. Pensam "vamos restringir o uso", mas há estabelecimentos com rede Wi-Fi. As escolas estão profundamente fora do que acontece. É preciso dar uma resposta às novas demandas, e a criação de uma pedagogia que funcione. Outro dia, uma pessoa próxima me mandou um vídeo. Ela faz faculdade e durante a aula pediu para usar o banheiro. Na volta, pegou seu celular e gravou da porta os outros alunos. Praticamente todos estavam usando seus aparelhos. Imagine isso em grandes empresas, segredos corporativos sendo copiados!

As escolas não sabem lidar com o bullying, imagine com o cyberbullying (assédio, ameaça, rejeição ou criação de boatos sobre um ou mais indivíduos usando meios eletrônicos como mensagens de texto ou a internet). As pessoas me perguntam se um professor tratar mal a aluna é bullying. Explico que não, tem de ser de igual para igual. É importante alertar os alunos, dando chances para que entendam o que acontece ao seu redor e como evitar isso. Porém, nosso livro não tem a pretensão de ensinar o que fazer.

UOL – Hoje em dia, seja nas redes sociais como Facebook e Twitter, ou falando no celular em lugares públicos, parece que as pessoas não se importam em expor suas imagens e dados pessoais.
CNA – A intimidade tomou novas dimensões. Você não sai falando que teve relações sexuais a noite passada, mas posta no blog que a noite com seu namorado foi ótima. Dá praticamente no mesmo. É como se a tecnologia fosse um familiar. Pesquisas mostram que as pessoas trocam por volta de 80 bilhões de mensagens instantâneas por ano. O celular hoje é câmera fotográfica, de vídeo, GPS e rádio, por exemplo. As pessoas foram perdendo a noção do que podem ou não fazer com ele.
UOL - Além dos problemas psicológicos, o excesso de tecnologia atinge também o corpo?
CNA - O uso crônico de fones de ouvido (no caso de Ipods ou games), por exemplo, começa a criar alterações auditivas. Por exemplo,  o uso continuo de fones de alta potência faz com que possa ocorrer a perda auditiva irreversível, pois compromete as células ciliadas do ouvido interno (cóclea), que não se regeneram. Os primeiros sintomas são a dificuldade de perceber sons agudos, como telefones e campainhas, evoluindo para os zumbidos, interferindo na comunicação humana (afetando o aprendizado, humor e podendo gerar problemas comportamentais). Outro problema é a Síndrome do Olho do Computador, que atinge mais da metade dos usuários e se manifesta por meio de olhos vermelhos, secos ou lacrimejando, vista cansada e até dor de cabeça de origem oftálmica. Também não são raros, como motivo de consulta nos consultórios médicos, os transtornos do sono, dormir menos ou com um sono de má qualidade, não reparador.  Existem queixas de dores nas costas por postura incorreta frente  ao computador ou videogames,  o que pode acarretar disfunções e deformidades musculoesqueléticas, especialmente na coluna vertebral a exemplo da escoliose.
UOL - Outro termo novo: tecnoestresse. Pode explicá-lo?
CNA - Exemplificando: no estágio inicial a pessoa é estimulada pela frustração, que pode ter um efeito positivo no comportamento, como por exemplo: conseguir imprimir um relatório, fazer o computador funcionar etc, fazendo com que ela se sinta satisfeita consigo mesma por ter atingido o objetivo. Em um estágio intermediário, as crises de raiva diante da impossibilidade de lidar com os impasses gerados pela tecnologia se tornam mais frequentes e começam a provocar sintomas como dores de cabeça (cefaleias) e tensão muscular. Em um último estágio, o tecnoestresse torna-se crônico e a saúde física fica seriamente comprometida, devido à liberação cada vez mais frequente de corticotrofina, cortisol e dopamina, causando problemas de longa duração ao organismo. Alguns sintomas podem incluir: dificuldades de relaxar e de dormir à noite, ansiedade, cansaço crônico, alterações cardiovasculares e respiratórias, dentre outras.

UOL – Mas na sua opinião, a tecnologia faz bem ou mal?
CNA – Como tudo na vida, depende de como é utilizada. O álcool em si não faz mal, mas seu excesso. É o mesmo com a tecnologia. É preciso criar padrões pedagógicos e de alerta para que as pessoas, em especial os jovens, não abram brechas para se tornar alvo, não deem elementos para ser uma futura vítima.

Nos Estados Unidos, por exemplo, há empresas que estão arquivando tudo o que se posta na internet. Não importa a época. Já pensou, você vai procurar um emprego e a pessoa pede sua ficha? É um verdadeiro raio-X de tudo.
E não é só na área social, em termos de saúde também. Ficar muito tempo sentado aumenta o sedentarismo, a má postura e os riscos de obesidade, por exemplo. Para mim, a tecnologia é fundamentalmente boa, mas é preciso ter controle sobre ela. 
UOL - E o senhor, como faz para evitar o excesso de tecnologia?
CNA - Excelente pergunta. Procuro criar espaços de tempo nos quais não acesso de maneira alguma os gadgets (por exemplo: de tantas em tantas horas 'não devo' acessar nada.  No final de semana tento ser mais rigoroso comigo mesmo (vou passear de moto, andar no parque, lavar o carro, ler um livro, coisas assim). No começo é mais difícil, mas depois você retoma o controle de sua vida. Veja que não trabalho com a tecnologia, mas ainda assim não é das tarefas mais fáceis. Ia me esquecendo, depois que chego em casa do trabalho, celular e computador ficam desligados, sempre. A regra é nunca ligá-los. A não ser que minhas filhas estejam fora.

"Como conversar com meninas"


Não, não é um guia de paquera para garotos tímidos. Este texto da Lisa Bloom nos faz pensar sobre as consequências que nossas atitudes podem ter na educação das crianças, e como podemos mudar parâmetros sociais apenas conversando de modo diferente com uma menininha, segurando o impulso de dizer o quanto ela é linda para surpreendê-la ao ressaltar as outras qualidades que ela tem. Vale dizer que a educação dos meninos também precisa ser repensada, e que autora já escreveu sobre os dois.

Como conversar com meninas
Eu fui a um jantar na casa de uma amiga na semana passada, e encontrei sua filha de 5 anos pela primeira vez. A pequena Maya tinha os cabelos castanhos e cacheados, olhos escuros, e estava adorável em seu vestidinho rosa e brilhante. Eu queria gritar, "Maya você é tão fofa! Veja só! Dê uma voltinha e desfile esse vestidinho rosa, sua coisinha linda!”
Mas eu não fiz isso. Eu me contive. Como sempre me contenho quando conheço garotinhas, negando meu primeiro impulso, que é dizer o quão fofas/lindas/bonitas/bem vestidas/de unhas feitas/cabelo arrumado elas são/estão.

"O que há de errado nisso? É a conversa padrão de nossa cultura para quebrar o gelo com as meninas, não é? E por que não fazer-lhes um elogio sincero para elevar suas auto-estimas? Porque elas são tão lindas que eu simplesmente quero explodir de tanta fofura quando as encontro, sinceramente.”

Guarde este pensamento por um tempo.

Esta semana a ABC News informou que quase metade das meninas de 3 a 6 anos se preocupam por estarem gordas. No meu livro, Think: Straight Talk for Women to Stay Smart in a Dumbed-Down World, eu revelo que 15 a 18% das meninas com menos de 12 anos usam rímel, delineador e batom regularmente; distúrbios alimentares estão em alta e a auto-estima está em baixa; e 25% das jovens mulheres americanas prefeririam vencer o America’s Next Top Model a ganhar o prêmio Nobel da Paz. Até universitárias inteligentes e bem sucedidas dizem que preferem ser ‘gostosas’ a serem inteligentes. Recentemente uma mãe de Miami morreu durante uma cirurgia estética, deixando dois filhos adolescentes. Isso não pára de acontecer, e isso parte o meu coração.

Ensinar as meninas que a aparência delas é a primeira coisa que se nota ensina a elas que o visual é mais importante do que qualquer outra coisa. Isso as leva a fazer dieta aos 5 anos de idade, usar base aos 11, implantar silicone aos 17 e aplicar botox aos 23. Enquanto a exigência cultural de que as garotas sejam lindas 24 horas por dia se torna regra, as mulheres têm se tornado cada vez mais infelizes. O que está faltando? Um sentido para a vida, uma vida de ideias e livros e de sermos valorizadas por nossos pensamentos e realizações.

Eu me esforço para falar com as meninas assim:
"Maya,” eu disse, me ajoelhando até ficar da sua altura, olhando em seus olhos, "prazer em conhecê-la”.
"O prazer é todo meu,” ela disse, com a voz já bem treinada e educada para falar com adultos como uma boa menina.
"Hey, o que você está lendo?” Perguntei, com um brilho nos olhos. Eu amo livros. Sou louca por eles. Eu deixo isso transparecer.
Seus olhos ficaram maiores, e ela demonstrou uma empolgação genuína, mas contida, sobre o assunto. Ela pausou, no entanto, tímida por estar com um adulto desconhecido.
"Eu AMO livros,” eu disse. "E você?”
A maioria das crianças gosta de livros.
"SIM,” ela disse. "E agora eu consigo ler sozinha!”
"Que incrível!” eu disse. E é incrível, para uma menina de 5 anos.
"Qual é o seu livro preferido?” perguntei.
"Vou lá pegar! Posso ler pra você?”

Purplicious foi a escolha de Maya, um livro novo para mim, e Maya se sentou junto a mim no sofá e leu com orgulho cada palavra em voz alta, sobre a nossa heroína que adora rosa mas é perturbada por um grupo de garotas na escola que só usam preto. Infelizmente, o livro era sobre garotas e o que elas vestiam, e como suas escolhas de roupas definiam suas identidades. Mas depois que Maya virou a última página, eu conduzi a conversa para as questões mais profundas do livro: meninas más e pressão dos colegas, e sobre não seguir a maioria. Eu contei pra ela que minha cor preferida é o verde, porque eu amo a natureza, e ela concordou com isso.

Em nenhum momento nós discutimos sobre as roupas, o cabelo, o corpo ou quem era bonita. É surpreendente o quão difícil é se manter longe desses tópicos com meninas pequenas, mas eu sou teimosa!

Eu falei para ela que eu tinha acabado de escrever um livro, e que eu esperava que ela escrevesse um também, algum dia. Ela ficou bastante empolgada com essa ideia. Nós duas ficamos muito tristes quando Maya teve que ir pra cama, mas eu disse a ela para da próxima vez escolher outro livro para lermos e falarmos sobre ele. Ops! Isso a deixou animada demais para dormir, e ela levantou algumas vezes…

Aí está, um pouquinho de oposição a uma cultura que passa todas as mensagens erradas para as nossas meninas. Um empurrãozinho em direção à valorização do cérebro feminino. Um breve momento sendo um modelo a ser seguido, intencionalmente. Meus poucos minutos com a Maya vão mudar a multibilionária indústria da beleza, os reality shows que diminuem as mulheres, a nossa cultura maníaca por celebridades? Não. Mas eu mudei a perspectiva de Maya por pelo menos aquela noite.

Tente isto da próxima vez que você conhecer uma garotinha. Ela pode ficar surpresa e incerta no começo, porque poucos perguntam sobre sua mente, mas seja paciente e insista. Pergunte-a o que ela está lendo. Do que ela gosta ou não gosta, e por quê? Não existem respostas erradas. Você apenas está gerando uma conversa inteligente que respeita o cérebro dela. Para garotas mais velhas, pergunte sobre eventos atuais: poluição, guerras, cortes no orçamento para educação. O que a incomoda no mundo? Como ela consertaria se tivesse uma varinha mágica? Você pode receber algumas respostas intrigantes. Conte a ela sobre suas ideias e conquistas e seus livros preferidos. Mostre para ela como uma mulher pensante fala e age.

Fonte: Adital Jovem/ Retirado do Blog http://lobjettrouve.wordpress.com

Matéria sobre perigos na internet gera texto reflexivo de aluna no Paraná

Atentas aos perigos da internet, a professora do 5º ano da Escola Municipal Rocha Pombo, de Ourizona, Cícera Aparecida Tossoli e a coordenadora Fátima da Rocha, aproveitaram de forma muito criativa a matéria “Vítimas da Internet”, publicada pela coluna do Diário na Escola (Jornal Diário do Norte do Paraná), e desenvolveram uma atividade em que seus alunos foram desafiados a produzirem textos sobre o tema. Os estudantes se sentiram muito motivados e o resultado você pode conferir através do trabalho da aluna Letícia Oliveira Rocha.



Fonte: http://blogs.odiario.com/odiarionaescola/2013/05/24/mural-de-trabalhos-40/

Aluno cria quadrinhos após ler notícia sobre dengue


Depois de ler uma notícia sobre a dengue no Diário do Norte do Paraná, e o quanto o mosquito tem se proliferado, o aluno Carlos Eduardo, de Sarandi/ PR, fez uma história em quadrinhos para conscientizar os leitores.


A Escola Municipal Massami Koga, de Sarandi, é uma das instituições que recebe o jornal semanalmente para desenvolver atividades em sala de aula. Após a leitura do impresso, a professora Júlia, do 5º ano “B”, solicitou aos alunos que escolhessem uma notícia e produzissem uma história em quadrinhos. O aluno Carlos Eduardo, depois de ler uma matéria sobre o aumento dos casos de Dengue, fez uma HQ aconselhando as pessoas a manterem os ambientes limpos para que seja evitada a proliferação do mosquito.