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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sugestão de Atividade com o Jornal: Homenagem a Milton Santos

O pessoal do Programa A Tarde Educação, da Bahia, deu a dica e a gente publica por aqui. A partir de um artigo publicado no jornal A Tarde, é possível pensar em várias atividades com jornal. Vamos ver a que eles sugeriram a seus professores!

Artigo: Homenagem a Milton Santos
Jornal A Tarde de 31 de maio de 2010
Autora: Lídice da Mata

A Câmara prestou homenagem ao geógrafo e professor Milton Santos, um dos mais brilhantes e respeitados intelectuais do nosso tempo, que faleceu há nove anos, deixando uma imensa lacuna, mas também nos legando uma obra incomparável que hoje é referência em todo o mundo.
Não é nenhum exagero dizer que Milton Santos fundou uma nova Geografia, reescreveu os fundamentos desta disciplina, nos ensinando uma nova forma de olhar e compreender o mundo.

Negro, nascido em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, nunca se deixou abater pelo racismo, pelo preconceito social e nem pelas imensas dificuldades que enfrentou ao longo dos seus 75 anos de vida. Milton Santos foi um vencedor, um mensageiro da esperança, um guerreiro da palavra que, sempre com um sorriso amável, nunca parou de lutar e nos legou um arsenal de ideias sobre a problemática do mundo globalizado e as possibilidades de construirmos um futuro melhor para todos.

Nada mais apropriado para homenagear esse brasileiro de espírito crítico e inovador do que discutir a sua obra, debater e divulgar as suas ideias. Por isso, a Comissão de Educação e Cultura, da qual eu faço parte, promoveu estemês, em que se comemora o Dia do Geógrafo, um seminário que contou com a participação de muitos parlamentares e representantes do meio acadêmico.

Neste momento, em que vivemos a mais grave crise do capitalismo no mundo, considero necessária e oportuna uma reflexão sobre o pensamento de MiltonSantos. Ele nos inspira novos caminhos, nos aponta o rumo de uma outra globalização, em que o desenvolvimento seja voltado para o homem e não apenas para o benefício das corporações nacionais e transnacionais.

Brasileiro, apaixonado por sua terra, Milton Santos é um pensador universal. E nesse aspecto, devemos destacar que não foi por acaso que, em 1994, ele recebeu o Prêmio Vautrim Lud, considerado o Nobel da Geografia. Sem dúvida o coroamento de uma trajetória que começou na Bahia, onde, além de professor, foi jornalista e um intelectual engajado, um combatente das causas políticas e sociais.

Tema Transversal: Pluralidade Cultural
Áreas de Conhecimento e conteúdos relacionados:
Geografia: GlobalizaçãoHistória: GlobalizaçãoPortuguês: Produção textual

Sugestão de Atividade:
O artigo é sobre uma homenagem à Milton Santos, no qual expõe a importância de seus estudos para a Geografia, para a sociedade. Portanto, após a leitura do texto, pesquisar sobre o principal objeto de estudo deste professor, a globalização. Conceituá-la, enumerar pontos positivos e negativos, escrever textos dissertativos, dentre outras atividades, tendo os livros do Professor Milton Santos como referência para a pesquisa.

Dica:Produção de murais com a biografia e obras do Professor Milton Santos!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Procura-se um professor-autor

Para quem é (ou conhece) um(a) professor(a) especial, criati (a), que gosta de trabalhar com audiovisual, o programa Curta na Escola tem um concurso feito sob medida. Dà uma olhada:

1) Objetivos e Organização

O Concurso Procura-se Professor-Autor acontece com os seguintes objetivos:
a) Divulgar o Curta Na Escola e, com isso, permitir que maior quantidade de escolas e professores conheçam o projeto e possam enriquecer a vida escolar e cultural da comunidade educacional através do uso de premiados filmes brasileiros de curta-metragem em salas de aula.
b) Promover o surgimento de um banco de relatos de utilização de curtas-metragem em sala de aula cada vez mais abrangente e diversificado, permitindo com isso que tal utilização seja mais facilmente percebida e possibilitada para outros profissionais do ramo.
c) Estimular os professores e seus alunos a conhecer a rica produção brasileira de filmes em curta-metragem ao mesmo tempo em que se criam formas de trabalho pedagógico com estes recursos culturais.

2) Condições para Participação
O projeto é aberto à participação de professores de todo o Brasil, que forem cadastrados no Curta Na Escola. Os Professores podem exibir os filmes gratuitamente aos alunos através da Internet ou com os DVDs Coleção Curta Na Escola, volumes 1 e 2.
Os relatos enviados pelos professores que forem selecionados, independentemente de terem sido ou não vitoriosos no Concurso Procura-se Professor-Autor serão disponibilizados na internet, com reconhecimento de autoria (identificação do autor e escola na qual trabalha), socializando as práticas descritas para fins educacionais, com o firme propósito de continuar divulgando estes saberes e permitindo que outros professores e interessados os conheçam.

ATENÇÃO: O concurso é realizado mensalmente, ou seja, os relatos enviados ao longo de cada mês serão avaliados pela equipe técnica e pedagógica do Curta na Escola para que, dentre eles, seja escolhido um vencedor mensal ao qual será atribuída a premiação.

3) Critérios de Premiação
O professor-autor do melhor relato de uso dos filmes em curta-metragem que constam no acervo online do Curta na Escola ou nos DVDs da Coleção Curta na Escola, volumes 1 e 2, em cada mês do corrente ano, receberão um prêmio de R$ 500, além de certificado de participação no projeto.
No total será concedido um prêmio mensal, totalizando o valor de R$ 500 (Quinhentos reais), sendo que como o concurso será realizado mensalmente, ao final de um ano de trabalho a premiação totalizará R$ 6.000 (Seis mil reais). Dos doze relatos selecionados ao longo do ano, seis deverão ser exclusivos para Relatos dos filmes presentes nos Volumes I e II da Coleção Curta Na Escola, e os outros seis serão concedidos para os Relatos dos demais filmes que compõem o acervo do Curta Na Escola.

4) Divulgação
A Equipe do Curta Na Escola entrará em contato com os professores vencedores e divulgará o resultado online na primeira sempre no mês seguinte ao daquele em que os relatos tiverem sido enviados. [Exemplo: Se os relatos foram enviados com data de Agosto do corrente ano, em Setembro teremos a notificação do vencedor do mês anterior].

Fonte: http://portacurtas.com.br/curtanaescola/concursos/regulamento_professor_autor.asp

Educadores de Paracuru (CE) visitam jornal O POVO

Valeska Andrade, coordenadora do Programa O POVO na Educação, do jornal O POVO, de Fortaleza, conta pro nosso blog como foi a visita aojornal e à rádio feita por educadores de Paracuru, município praiano do Ceará. Leia abaixo!

"Diante da atual realidade que a educação brasileira passa, com tanta falta de estrutura e estagnação, falta de bons profissionais e de um currículo que integre a vida cotidiana à escola, temos o grato prazer de nos depararmos com boas experiências, quebrando o quadro descrito anteriormente". Valeska Andrade

Foto 1: Educadores conversam com Amaurício sobre diagramação

"No dia 25 de maio recebemos a visita de Educadores de Paracuru. São profissionais éticos, íntegros e compromissados com a educação, que fazem de seu ofício o bem maior, tanto para as escolas como para a comunidade.

A parceria com O POVO é antiga e a satisfação de trabalhar o jornal em sala de aula também. Visualizamos o interesse em cada escola visitada, em cada trabalho apresentado e, mais ainda, quando escutamos depoimentos tão emocionados como o da professora Rita, que exclamava felicidade ao poder participar do Programa O POVO na Educação!

O grupo conheceu de perto a Redação, o Banco de Dados e o Estúdio, onde puderam verificar como as produções são feitas e os debates realizados.

Foto 2: Estúdio O POVO

Obrigada pelo compromisso assumido com a leitura e a escrita através do O POVO e, pela delicadeza com que transformam as páginas do jornal numa doce, criativa e surpreendente aventura em sala de aula".

Fonte: Blog O POVO na Educação/ Valeska Andrade

Vivenciando o jornalismo


O Projeto Jornal Escola do jornal Comércio da Franca (Franca/SP) levou mais de 120 alunos para visitar o jornal e a rádio do Grupo Côrrea Neves. Foi um passeio cheio de descobertas para a garotada. Abaixo, a matéria de Lívia Inácio, do blog do Projeto Jornal Escola conta mais detalhes. Ao trabalharem com o jornal em sala de aula, os alunos do 5º ano “B” da Escola Municipal professor Fausto Alexandre, não faziam idéia de todo o processo envolvido na produção de cada exemplar.

Até que na quarta-feira, dia 19, por meio de uma visita ao Grupo Corrêa Neves de Comunicação, as crianças puderam vivenciar um pouco do cotidiano da redação de um jornal e descobrir que a elaboração do informativo impresso é muito mais complexa do que imaginavam. Durante duas horas, a meninada conheceu cada departamento da empresa e ao final viu de perto a rotativa que imprime o
Comércio da Franca. Para a professora Márcia Luciene Garcia a visita deu um sentido novo ao trabalho de incentivo à leitura que a mesma desenvolve em sala de aula. ”Eles passarão a ver o jornal de uma forma diferente.”, disse.

No decorrer da última semana, mais de 120 alunos, de outras três turmas também passaram pelo GCN: O 5º ano “A” da Escola Realindo Jacinto Mendonça, de Jeriquara,o 3º ano “A”,do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Hélio Palermo e o 1º ano “F” do Ensino Médio da Escola Estadual David Carneiro Ewbank. O professor de Língua Portuguesa, da David Carneiro Ewbank, Reinaldo Rodrigues Guerra,acredita que a visita incentivará os alunos a ler. “Depois desse passeio eles refletirão mais sobre a importância do jornal.”,disse. A aluna Lívia Imada de Oliveira, 17, contou ter gostado de tudo. “No jornal tem mais coisas do que eu imaginava!”.

Fonte: Blog Projeto Jornal Escola/ Texto: Lívia Inácio/ Foto: Luciene Ferreira

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sugestão de atividade com o Jornal: “A Obra de Jorge Amado se equilibra em opostos”

A partir de uma entrevista feita pela repórter Patrícia Moreira a Lilia Moritz Schwarcz, no Caderno 2 do Jornal A Tarde (BA), de 24 de maio de 2010, o programa A Tarde Educação sugere uma atividade aos educadores.

A entrevista foi sobre a obra de Jorge Amado. E para quem não conhece, Lilia Moritz Schwarcz é uma das fundadoras da Companhia das Letras, onde coordena as coleções de não-ficção e, desde 2008, é curadora do projeto dedicado a Jorge Amado.

Tema Transversal: Pluralidade Cultural
Áreas de Conhecimento e conteúdos relacionados:
Geografia: Bahia e Recôncavo baiano
História: A cultura baiana, origem
Português: Livros de Jorge Amado
Sociologia: Multiculturalismo
Sugestão de Atividade:
A entrevista apresenta características das obras de Jorge Amado, como este concebe a cultura baiana em seus livros. A partir do que foi exposto na entrevista, pesquisar alguns personagens famosos nas obras do autor e, a partir das características percebidas nestes, refletir sobre a cultura baiana, através da visão de Jorge Amado.
Dica:
Uma semana de literatura dedicada às obras de Jorge Amado!
Lilia Moritz Schwarcz é uma das fundadoras da Companhia das Letras, onde coordena as coleções de não-ficção. Desde 2008, é curadora do projeto dedicado a Jorge Amado, que se encerra esta semana com o Seminário Acadêmico Internacional Jorge Amado, em São Paulo e Salvador. Na sexta-feira, Lilia, que estava no Rio de Janeiro para uma reunião na Academia Brasileira de Letras, concedeu esta entrevista. Entre animada com os resultados até aqui obtidos e os inúmeros compromissos, nesta reta final, ela não consegue esconder que está nos últimos cem metros da maratona e otimista com a realização do grande evento que se propõe a dar novas interpretações à obra amadiana.

A TARDE: Qual a importância de se promover estas discussões em torno de JorgeAmado?

LIlia Moritz: O objetivo é revisitar Jorge Amadoa partir das várias possibilidades que a obra dele apresenta: com mesa sobre mestiçagens, sobre sincretismo, sobre gênero, sobre identidade. A ideia é mostrar como uma obra como esta é passível de novas leituras e novas interpretações,a partir dos novos contextos que a gente vivencia. Jorge Amado sempre foi um escritor de sucesso e usufruiu em vida do reconhecimento,embora também tenha sofrido críticas de muitos acadêmicos.

AT: Hoje há alguma mudança na forma de enxergar o seu legado?
LM:
Eu acho que tem uma mudança para o bem e para o mal. Como tem a das raças e das cotas, ele, muitas vezes, aparece um pouco como o divulgador da ideia das mestiçagens. Mas, na contramão, como há certos temas importantes na sua obra, como a questão da violência, ele pode ser revisitado com uma roupagem renovada. O que eu penso é que um bom autor é uma parte do contexto em que está inserido e acaba sendo adicionado a cada novo momento de discussão da sociedade.Assim, a obra de Jorge Amado é passível de inúmeras leituras. Em vez de tomá-la a partir de uma determinada vertente, partimos da ideia de que há um universo plural que pode ser recuperado.

AT: O que se buscou ao convidar o escritor angolano José Eduardo Agual usa para falar sobre a literatura amadiana?
LM:
Como é um seminário internacional, nosso interesse é justamente pontuar, com esses convidados, qual é a repercussão de Jorge Amado fora do País e que imagem de Brasil ele teria levado para fora. Isso como uma forma de não limitar a discussão ao nosso território.
AT: E que imagem foi essa, na sua opinião? O que fica da obra de Jorge Amado para quem é de fora, um Brasil estilizado?
LM:
É um certo Brasil, sem dúvida, tropical, das mestiçagens–de uma certa mestiçagem – das cores, dos idiomas, dos aromas, mas é também um Brasil profundamente hierarquizado. Então, na obra de Jorge Amado,não há só as prostitutas, há também o coronel. Ele é um autor que se equilibra em opostos: de um lado esta ideia da mestiçagem e,de outro, não há como negar que a violência aparece em muitas páginas dos romances. Então, Jorge Amado é, na minha opinião, um autor que se equilibra em opostos e é essa a imagem do Brasil que vai para fora do País.

AT: Há novos projetos em relação a Jorge Amado?
LM:
Este é um grande projeto que é coroado como seminário, e que incluiu a capacitação de professores em 12 cidades do Brasil, concursos de poesia, de cinema… Claro que vamos continuar publicando livros, ensaios, mas, por enquanto, estamos felizes por concretizar este projeto.

Fonte: Blog A Tarde Educação

Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

Professores da rede pública de educação básica dos 26 estados e do Distrito Federal têm novo prazo para participar da edição 2010 da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

O Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social, realizadores, prorrogaram as inscrições até 7 de junho.

Podem participar da Olimpíada educadores que trabalham com turmas do quinto ao nono ano (quarta à oitava série) do ensino fundamental e das três séries do ensino médio.

O programa, realizado pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, tem como objetivo ampliar as competências de leitura e escrita entre alunos de diferentes níveis de escolaridade a partir da formação de professores.

Informações e inscrições: www.escrevendoofuturo.org.br

Fonte: Fundação Itaú Social

Escola em Fortaleza é pioneira no ensino de Libras

Estudantes do 1º ano do ensino médio do Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices), em Fortaleza, são os primeiros a receber ensino de Libras com avaliações por teleconferência.

O Ices é a primeira escola da rede pública estadual do Brasil a implantar o ensino médio exclusivo para surdos com avaliações bilíngues em todos os anos escolares.

Na contramão da educação inclusiva, o Ices preza pelo respeito à primeira língua dos alunos, sem descuidar da formação em português, exigência para o acesso deles ao mercado de trabalho.

A proposta é fortalecer o ensino desses alunos a fim de prepará-los para concursos e empregos, afirma a diretora, Juliana de Brito.

Leia a matéria completa publicada no O POVO em 20 de maio último: http://opovo.uol.com.br/opovo/fortaleza/985663.html

Fonte: O POVO/ Blog O POVO Educação

Filmes nacionais no currículo da educação básica

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal está analisando duas propostas que mudam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB).

A primeira delas é um projeto de lei (PLS 185/08) do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que obriga as escolas de educação básica a exibirem obras cinematográficas nacionais, incluindo essa atividade como componente curricular, com carga mínima de duas horas ao mês.

Os senadores da CE poderão examinar, terminativamente, proposta do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) que assegura ao estudante com renda familiar comprovadamente inferior a dez salário mínimos prioridade de matrícula em caso de empate no processo seletivo.

Finalmente um projeto que assegure o cinema nacional como ferramenta educativa nas escolas. Agora, é preciso que se pense na formação do educador. Como ele irá trabalhar as questões apresentadas nos filmes e inserí-las no conteúdo escolar.

Poderia ser pensado também como os educadores terão acesso ao material, aos filmes. Um vale desconto nos cinemas seria uma excelente iniciativa.

Fonte: Diário de Natal (RN) / Blog O POVO Educação (Valeska Andrade)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Programa "A Gazeta na sala de aula", do Espírito Santo, oferece oficina a educadores

O programa A Gazeta na Sala de Aula, do jornal A GAZETA de Vitória, Espírito Santo, realizou no dia 14 de maio o II Encontro Regional, com a participação dos monitores responsáveis pelo programa em seus respectivos municípios.

Na ocasião foi apresentada a Oficina B "Valores no cotidiano e a construção da cidadania" e discutidos assuntos relacionados à cidadania, direitos e deveres, valores modernos, respeito e diversidade.

A monitora Vilma Del Piero, de Linhares, fez um relato de experiência e contou como o programa é desenvolvido em seu município, dando especial destaque para o acompanhamento do trabalho dos professores na produção de atividades.

O evento contou ainda com um bate-papo com o editor do Caderno2.AG do jornal A GAZETA, José Roberto Santos Neves, que abordou o assunto Fanzine. Para encerrar, uma Oficina de Valores foi ministrada pela consultora Fabíola Saquetto.

Fonte: A Gazeta/ES

MEC vai recomendar não reprovar aluno até 3º ano

O CNE (Conselho Nacional de Educação) se prepara para recomendar que todas as escolas públicas e privadas do país não reprovem mais alunos matriculados nos três primeiros anos do ensino fundamental (de 6 a 8 anos de idade, em média). Se for homologada pelo ministro Fernando Haddad , a resolução entra em vigor em 2011, mas não tem força de lei, ou seja, só adota quem quiser.

Segundo Edna Martins Borges, coordenadora-geral do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do MEC, o conselho espera que em alguns anos o Brasil deixe de reprovar em todas as séries do ensino fundamental. A reprovação é tida como uma das causas da evasão escolar no país.

No Rio de Janeiro, as crianças da rede municipal já convivem com a regra que o CNE vai recomendar: os alunos dos três primeiros anos são reprovados apenas ao fim do terceiro ano. "Reprovar não é solução para nada durante o processo de alfabetização", disse ao jornal O Globo a secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin.

Em Porto Alegre (RS), o sistema começou em 1995 e tornou-se obrigatório em 2000. A ideia do CNE encontra resistências entre pais e educadores. Críticos afirmam que a progressão continuada não dá resultado sozinha. As crianças precisam de acompanhamento exclusivo de professores bem formados, de um número correto de alunos em sala , aulas de reforço e apoio dos pais para, entre outros para garantir uma boa formação.

Fonte: Destak - 24/05/2010

MEC publica portaria instituindo o 'Enem' para professores

O Ministério da Educação (MEC) instituiu nesta segunda-feira, 24 de maio, o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. Segundo portaria publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ficará responsável pela prova, que será constituída de uma avaliação de conhecimentos, competências e habilidades.

Segundo a coordenadora-geral de instrumentos e medidas educacionais do Inep, Gabriela Moriconi, educadores do ensino fundamental (1º ao 5º ano) e infantil serão selecionados nas primeiras edições do programa. Depois, o projeto pode abranger também os anos finais da educação fundamental e ensino médio. Uma consulta pública sobre o exame está aberta desde a última quarta-feira e terá duração de 45 dias, no site do Inep.

O Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente começa a ser realizado em 2011. De acordo com Gabriela, existirá um banco de questões, onde secretários e professores poderão dar sugestões. Especialistas juntamente com a equipe técnica do Inep irão fechar a matriz. A prova vai reunir temas como metodologia de ensino, políticas educacionais, e conteúdos específicos.

O exame acontecerá uma vez por ano e as secretarias que aderirem é que vão decidir se a seleção terá fase única ou usarão a prova como fase do processo. "Não é um sistema único de contratação de professores. Os Estados vão decidir também se serão selecionados os 100 primeiros colocados ou se serão classificados somente os que tiveram nota acima de um valor", disse a coordenadora.

Gabriela explica que o MEC já tem políticas de formação de docentes, e que os resultados vão inclusive ajudar na elaboração de melhorias. Uma pesquisa internacional foi realizada para criar o programa. Países como Cuba, Chile e Canadá, que buscam um padrão de professores, foram analisados.

Fonte: Terra - 24/05/2010

A educação mobilizando o Brasil

Para estimular a nossa reflexão, leia artigo de Milú Villela e Mozart Neves (*) publicado na Folha de São Paulo, no dia 24/05.

"Uma coisa é certa: o grande salto na educação do Brasil só ocorrerá quando houver a valorização definitiva do trabalho dos professores" MILÚ VILLELA e MOZART NEVES RAMOS

Vai ficando cada vez mais evidente que o próximo desafio para o país é a oferta de educação de qualidade para todos os brasileiros.

Hoje, é consenso que, sem educação, será difícil alinhar o desenvolvimento econômico e os ventos de prosperidade a uma mudança sustentável no campo social.

Somente a educação é capaz de promover a construção de um país mais justo para todos. Segundo o economista da Fundação Getulio Vargas (RJ) Marcelo Néri, membro do movimento Todos Pela Educação, cada ano de estudo produz um impacto de 15% na renda média do trabalhador brasileiro.

O Brasil deslancha na economia, tornando-se cada vez mais um porto seguro para novos investimentos estrangeiros. As janelas de oportunidades criadas por essa economia próspera, entretanto, não serão devidamente aproveitadas por nossos jovens, por conta da baixa qualidade do ensino.

Se, no passado, havia falta de oportunidades de emprego no mercado de trabalho, agora há falta de gente qualificada para aproveitá-las. A precariedade do ensino parece ser o grande entrave para o crescimento sustentável do Brasil.

Por essa razão, os vários segmentos da sociedade estão cada vez mais engajados na causa educacional. A atmosfera de mobilização nacional em prol da universalização da educação de qualidade vem se fortalecendo a cada dia, desde o surgimento do movimento Todos Pela Educação, com o apoio decisivo dos meios de comunicação.

Com cinco metas claras para a educação brasileira, o Todos Pela Educação vem abrindo novas frentes de participação social; setores que, antes, só se preocupavam com a causa da educação de qualidade, agora participam ativamente.

Antes mesmo da confirmação oficial dos candidatos à Presidência da República, diferentes setores da sociedade civil, todos engajados na mesma causa, já começam a preparar propostas e documentos que possam contribuir para que a educação dê um salto de qualidade nos próximos anos, aproveitando as conquistas alcançadas até aqui.

O próprio Todos Pela Educação, junto com outras entidades vinculadas à área de educação, vem trabalhando numa carta-compromisso a ser entregue aos candidatos à Presidência da República, aos governos estaduais e ao Congresso. Uma coisa é certa e parece unânime em todas as frentes engajadas pela educação de qualidade: o grande salto na educação só ocorrerá quando o país definitivamente valorizar os seus professores, o que é fundamental para atrair os jovens mais talentosos e preparados do ensino médio para o magistério.

E a receita para isso já é bem conhecida: salários iniciais atraentes, carreira promissora, formação inicial sólida e condições de trabalho apropriadas. Foi assim que fizeram os países que estão no topo da educação mundial.

Todo esse movimento sinaliza um tempo de forte mobilização pela educação. Há quatro anos atrás, o Todos Pela Educação tinha um sonho, o de ver este país mobilizado, engajado nessa causa. Esse sonho começa a se materializar. Para o bem do país e da manutenção de nosso vigor econômico.

(*) Milú Villela é membro fundador do movimento Todos Pela Educação, presidente do Instituto Faça Parte, do Centro de Voluntariado de São Paulo e embaixadora da Boa Vontade da Unesco. Mozart Neves Ramos é presidente-executivo do movimento Todos Pela Educação.

sábado, 22 de maio de 2010

Guia de reflexões e atividades para utilização do jornal na sala de aula

Para colaborar com o uso do jornal na sala de aula, a Tribuna do Cricaré, jornal de São Mateus (ES) criou o "Guia de Reflexões e Atividades para Utilização de Jornais na Sala de Aula", que traz dados sobre a história do jornalismo no país e em São Mateus, além da linguagem e gêneros jornalísticos e orientações de como o professor pode utilizar esse importante veículo de informação, que é o jornal.

Segundo o guia, o professor pode discutir com os alunos, por exemplo, as funções da linguagem e sua aplicação diante de interesses diversos, além de despertar uma leitura crítica das reportagens, notas e entrevistas.

O guia é uma publicação utilizada no Programa TC na Escola, ação desenvolvida há 14 anos na região. O Programa promove uma série de atividades junto às escolas de diversas cidades do sul do Estado, a fim de despertar o gosto de leitura e também incentivar a formação crítica de crianças, adolescentes e jovens.

A publicação traz ainda relatos de outras experiências desenvolvidas por veículos de comunicação do país com o mesmo foco, além de uma entrevista com Cristiane Parente, coordenadora-executiva do Programa Jornal e Educação da ANJ (Agssociação Nacional de Jornais). Fonte: Blog Educação

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Uma manhã de descobertas

Quem passava pelos corredores do Grupo Corrêa Neves de Comunicação na manhã do dia 19, se deparava com um grupo de estudantes eufóricos e muito curiosos para entender o que se passa nos bastidores da notícia. Acompanhados da professora Ângela de Freitas Chiachiri,os 33 jovens do 1º ano “A”, do Ensino Médio da Escola Estadual David Carneiro Ewbank, em Franca/SP, conheceram cada departamento do jornal Comércio da Franca e da rádio Difusora.


De acordo com Ângela, o passeio foi importante para os adolescentes porque, por meio dele, o grupo descobriu que há pessoas trabalhando dia e noite para que a notícia chegue a cada canto da cidade.”Certamente terei assunto a trabalhar com os alunos durante um bom tempo!”,concluiu.

A aluna Larissa Aparecida Barbosa,15, permaneceu atenta durante todo a visita, gostou de ter aprendido como são feitas as vinhetas da rádio.”Não imaginava que fossem gravadas assim”,disse empolgada.

Além da turma do CEDE, outras três também conheceram a rádio Difusora e o Comércio da Franca: O 5º ano “B”da Escola Municipal Ricardo Pucci,o 5º ano “C” da Escola Municipal Fausto Alexandre e uma turma de 1º ano da Escola Municipal Elenita Mazota de Oliveira.

De acordo com a professora Rosa Cesário,da Ricardo Pucci,conhecer o jornal e a rádio foi uma oportunidade muito rica para seus alunos. “A gente explicava sobre o jornal, na sala, mas ver como tudo é feito, traz à prática toda a teoria apresentada por nós, professores.”, disse.

Fonte: Blog projeto Jornal Escola / Comércio da Franca

O Brasil investiu em educação 4,7% do PIB

O Fundeb vai garantir um investimento mínimo de R$ 1.414,85 por aluno de ensino fundamental da rede pública, em 2010.

É o equivalente a R$ 117 por mês, valor considerado insuficiente para oferecer ensino de alta qualidade, segundo especialistas e o próprio Ministério da Educação (MEC).

O gasto mínimo por aluno/ano é calculado com base nas estimativas de receita do Fundeb para o ano.

Inicialmente, o Ministério havia projetado um valor ligeiramente maior: R$ 1.415,97. O resultado de um novo cálculo foi divulgado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE): o gasto mínimo por aluno caiu para R$ 1.414,85 (menos 0,1%).

O coordenador-geral do Fundeb no FNDE, Vander Oliveira Borges, diz que a correção foi motivada por um erro – nem todas as matrículas tinham sido incluídas no primeiro cálculo.

A quantia vale para as séries iniciais do ensino fundamental em escolas urbanas. O Brasil investiu em educação 4,7% do PIB (Produto Interno Bruto), em 2008. A Unesco recomenda 6%.

Fonte: O GLOBO (21/05/2010)

Jornais feitos por alunos são elos entre escola e comunidade

Criança pode escrever notícias do bairro e da cidade? Pode publicar o que escreve? Pode ter opinião? Pode analisar o que os jornais publicam? Responder a essas perguntas é uma das tarefas escolhidas por 1.043 escolas públicas de educação integral, que participam do programa Mais Educação.

O meio para trabalhar temas do cotidiano da escola e do bairro é o jornal escolar. O jornal é uma das atividades da educação integral pública que visa desenvolver nos estudantes habilidades de pesquisa, leitura, escrita, fotografia e contribui para a formação cidadã, explica o coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Leandro Fialho.

Para qualificar o trabalho dos monitores responsáveis pelo jornal em cada escola, o Ministério da Educação assinou nesta quinta-feira, 20, em Brasília, um acordo de cooperação com a ONG Comunicação e Cultura, de Fortaleza, e com o Instituto C&A de Desenvolvimento Social, de São Paulo.Pelo acordo, a ONG Comunicação e Cultura será responsável por diversas ações, entre elas, produzir materiais pedagógicos para as escolas sobre o que é e como se faz um jornal escolar, como criar na internet um site do jornal escolar, imprimir os jornais e capacitar monitores para utilizar esses instrumentos. A qualificação dos monitores, segundo Daniel Raviolo, coordenador da Comunicação e Cultura, terá duração de um ano e certificado de extensão universitária.

O modelo de jornal escolar desenvolvido pela ONG tem 16 páginas, em preto e branco, quatro edições anuais e tiragem de até 1 mil exemplares para a escola e a comunidade do entorno. Para fazer o jornal, a escola recebe um CD com sugestões de diagramação e ilustração.

A participação dos alunos, diz Daniel Raviolo, é a parte mais importante do jornal escolar. São eles que vão discutir a pauta de cada edição, as ilustrações, as fotografias e como vão trabalhar cada assunto. A atividade pode começar com uma pergunta, segundo Raviolo: as notícias do nosso bairro a gente lê em algum lugar?A partir daí, os estudantes vão pesquisar na comunidade o que ela está fazendo e o que pode ser notícia, vão recolher histórias e também devem opinar sobre os fatos. Um jornal feito assim, na avaliação da Raviolo, é não só um aprendizado de como fazer, mas um mergulho na vida do bairro e uma possibilidade de transformação dos estudantes e de suas famílias.

No acordo, será responsabilidade do Instituto C&A de Desenvolvimento Social garantir recursos técnicos e financeiros para elaborar, aprimorar, sistematizar e disseminar a metodologia do jornal escolar. O acordo de cooperação tem duração de 12 meses, mas pode ser renovado.

Mais Educação
O programa Mais Educação é uma política do governo federal de assistência técnica e transferência de recursos a estados, Distrito Federal, municípios e escolas para a oferta de educação integral. São prioridades do programa as regiões metropolitanas e cidades onde crianças vivem sob risco social e violência. O Mais Educação começou em 2008 e hoje está presente em 10 mil escolas nas 27 unidades da Federação. No conjunto, atende 2,1 milhões de alunos do ensino fundamental e médio.

Fonte: Portal MEC/ Texto Ionice Lorenzoni

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ensinar a aprender

Compartilhamos abaixo artigo de Patrícia Konder Lins e Silva, publicado em O Globo, em 18 de maio, para estimular a reflexão. Boa leitura!

Volta e meia publicam-se avaliações de métodos pedagógicos, o que é interessante para a sociedade.

Mas alguns esclarecimentos são necessários porque, em uma era de grandes transformações, a dificuldade de lidar com mudanças pode causar forte reação de apego a referências antigas.

A comparação de escolas tradicionais com posturas construtivistas não se sustenta porque parte de visões de mundo muito diferentes.

O construtivismo na escola tem origem numa epistemologia, num pensamento filosófico que gerou diferentes interpretações para aplicação pedagógica, todas tendo como foco a aprendizagem do aluno.

As chamadas escolas tradicionais propõem diversos métodos para ensinar.

O ensino da escola tradicional é hoje universalmente questionado porque, embora possa parecer que os métodos facilitam o ensino, nenhum deles resolve a questão da aprendizagem do aluno pois limita a capacidade de compreender e refletir e não o prepara para os desafios da realidade atual. Há escolas que acreditam que a reprodução de determinados conteúdos é conhecimento suficiente e há escolas que reconhecem a inteligência humana como característica a ser desenvolvida e propõem uma pedagogia que imerge o aluno no exercício da capacidade de pensar. Simplificando: há escolas que ensinam e há escolas que ensinam a aprender. E aprender é para a vida toda.

Hoje o aluno precisa aprender a descobrir o conhecimento no turbilhão de informação encontrado na internet. Não basta o que recebe por doação de um professor. O aluno precisa aprender a solucionar problemas e não aprender soluções prontas. Precisa aliar o desenvolvimento moral ao intelectual. E, ainda, precisa se preparar para enfrentar discussões éticas, epistemológicas, culturais, sociais. O papel do professor é orientar o acesso dos alunos ao acervo cultural da Humanidade para propor a reflexão sobre o que aprende, incentivar o desenvolvimento da capacidade de pensar e cuidar da formação para a cidadania.

A escola para os dias de hoje é muito difícil para o aluno e muito trabalhosa para o professor, mas é a que é necessária para os que vão viver sua vida adulta durante o século 21.

Uma interpretação construtivista encoraja a pedagogia da inteligência, que forma os jovens para pensarem de modo autônomo, para que reconheçam o valor do conhecimento, para o enfrentamento dos debates sobre as questões éticas que serão preponderantes neste século como consequência das revoluções científicas em curso - a revolução biomolecular, a revolução quântica e a revolução da inteligência, todas com a potencialidade de romper os fundamentos da vida e da matéria. É um direito das gerações serem preparadas para o seu tempo.

Fonte: O Globo - 18/05/2010

Mais de 30% dos municípios ainda não aderiram ao programa nacional de livro didático

A partir do ano que vem, somente os estados e municípios que assinaram o termo de adesão ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) receberão os livros do governo federal. O prazo termina no dia 31 de maio.

Até o último dia 13, cerca de 4 mil adesões haviam sido enviadas, de acordo com Rafael Torino, diretor de ações educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O número representa aproximadamente 70% do total e, segundo Torino, está dentro do esperado pelo MEC. “Ainda falta bastante tempo, e temos recebido uma média de 50 a 100 adesões por dia”, afirma.

É a primeira vez que os prefeitos devem comunicar ao governo se desejam ou não receber os livros do PNLD. Até o ano passado, os livros didáticos eram enviados a todos os municípios. A escola que não fizesse a seleção – que acontece todos os anos, pela internet – recebia os livros que tinham sido mais pedidos em seu município.

Após o prazo, os municípios podem continuar a enviar as adesões, mas só receberão os livros nas próximas edições do programa, a partir de 2012.

Rafael Torino explica que a decisão do MEC de exigir a adesão formal do município visa combater o “desperdício e a irresponsabilidade” de muitas prefeituras. O termo traz uma série de compromissos que os gestores devem assumir: obrigação de viabilizar a escolha dos títulos preferidos pelos professores; permitir o acesso de professores e estudantes aos livros, ou seja, o material não pode ficar estocado; obrigação de informar sobras ou falta de livros; conservação adequada; não descartar o material antes do prazo de validade etc.

“Antes do termo não tínhamos nenhum instrumento para poder cobrar esse comportamento. Agora teremos um controle maior”, afirma Torino. Para garantir o cumprimento das regras, o termo também prevê penalidades. Por exemplo, a exclusão da prefeitura do programa e a denúncia ao Ministério Público, que pode processar o gestor por improbidade administrativa.

Número preocupante

Para o escritor José de Nicola Neto, presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale), haverá um “problema social grave” caso o número de prefeituras que não aderiram ao programa continue alto até o fim do mês. “A escola pública, apesar dos pesares, tem melhorado. E um dos fatores para essa melhoria é o fato de os alunos terem regularmente material didático. [Se as prefeituras não aderirem] é um retrocesso”, avalia.

Nicola vê três possibilidades no caso de uma prefeitura perder o prazo ou optar por não aderir ao programa: “ou o aluno vai ficar sem material para 2011, ou a prefeitura vai ter que arrumar material para alunos – ela própria pode fazer ou comprar de um sistema apostilado privado”, explica.

“Mas não se faz material didático de uma hora para outra – nem uma prefeitura do porte de São Paulo conseguiria fazer a tempo”, continua Nicola. Ele ressalta que muitas prefeituras têm comprado sistemas apostilados. “A compra é sempre questionada, porque não há licitação, e a verba poderia ser aplicada na melhoria da condição das escolas. E também porque alguns sistemas têm competência pedagógica duvidosa”.

A existência de um sistema apostilado no município é o principal motivo para a não adesão, segundo Torino. “Em alguns casos pode ser por descuido da prefeitura, e é justamente o que queremos evitar. Por isso vamos intensificar as ações de comunicação nos próximos dias”.

Fonte: Observatório da Educação - 18/05/2010

MEC quer concurso único para professores a partir de 2011

A seleção de professores para atuar nas Escolas públicas deve ser feita por meio de um concurso único para as redes de ensino de todo o país, a partir de 2011. A proposta partiu do Ministério da Educação (MEC). O tema estará em debate, por meio de uma consulta pública, a partir de amanhã na internet.

Quem quiser dar a sua opinião sobre o conteúdo da prova deve acessar o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - www.inep.gov.br. A seleção será chamada de Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, uma espécie de provão para professores.

A coordenadora-geral de Instrumentos e Medidas Educacionais do Inep - órgão do MEC responsável pela aplicação do exame -, Gabriela Miranda Moriconi, diz que os interessados farão a prova, receberão suas notas e estarão habilitados a participar do processo seletivo das redes que aderirem.

"Quando uma rede que aderiu ao exame abrir um concurso, os interessados poderão se inscrever em quantos concursos quiserem, e o Inep encaminhará as notas a essas redes. Cada rede utilizará a nota da forma que preferir, como para classificar o candidato para uma segunda fase ou como fase única do concurso", explica.

Gabriela ressalta que a primeira edição será apenas para os professores que lecionarão no ensino infantil e nos anos iniciais. "Mas a ideia é que qualquer um possa se inscrever para fazer a prova. Por exemplo, um aluno de Pedagogia que quer testar seus conhecimentos. Quem vai definir os pré-requisitos para o candidato ser selecionado em cada concurso é a própria rede, por meio de edital", ressalta.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defende que essa é uma forma de melhorar a avaliação, principalmente, em pequenas cidades. A Secretaria Estadual de Educação (Sedu), que está realizando um concurso público, informa que não descarta a possibilidade de aderir ao provão.

Para sindicato, cada rede deve fazer sua seleção

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) é contrário à mudança proposta pelo governo federal. O diretor de Comunicação da entidade, Swami Cordeiro Bérgamo, entende que cada rede de ensino tem capacidade para selecionar seu corpo docente, portanto a seleção única seria desnecessária.

"Cada rede de ensino tem suas peculiaridades, e isso deve ser avaliado no concurso. Os Estados devem ter autonomia para garantir a seleção do corpo docente. Também temos que conhecer melhor essa proposta, saber se a avaliação será aplicada todos os anos, quais são os critérios", diz Swami.

Por dentro da novidade

O que é: O Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, espécie de provão para professores, é composto por prova objetiva e por redação. Deve selecionar professores para trabalhar em redes municipais e estaduais de todo o país.

Quando: Ele deve ser aplicado pela primeira vez em 2011 e ter edições anuais.

Adesão: O teste dependerá da adesão de governos municipais e estaduais. Eles terão liberdade para decidir se o exame será o único critério de seleção ou se deverão ser considerados outros fatores, como provas de títulos ou curso para formação de professores.

Edital: As redes municipais e estaduais de ensino que aderirem ao exame vão definir o número de vagas e a forma de utilização das notas do exame por meio de edital.

Escolha: professores de qualquer parte do país poderão se candidatar, utilizando a nota do exame.

Consulta pública: O Ministério da Educação vai abrir uma consulta pública na internet (www.inep.gov.br) a partir de amanhã. Os internautas terão 45 dias para dar sua opinião sobre a proposta de conteúdo a ser cobrado na prova (eles poderão editar, excluir, propor novos conteúdos ou comentar o texto proposto).

Avaliados: A princípio, serão selecionados professores para turmas de Educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano).

Prefeituras vão discutir medida antes

Diante da possibilidade de realização de um concurso público único para os professores, as prefeituras municipais da Grande Vitória optaram pela precaução antes de dizer se vão aderir ou não à iniciativa. A Prefeitura de Vitória informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai estudar o projeto antes de comentar o assunto. A mesma resposta foi dada pela administração da Serra.

A secretária de Educação de Vila Velha, Maria do Carmo Camenote, afirma: "A discussão está em nível do Ministério da Educação e Consed (Conselho dos Secretários Estaduais de Educação), não tendo o município participado de uma discussão formal. A princípio, entendemos como positiva a participação dos diversos entes federados na qualificação da seleção de profissionais da Educação".

Já o secretário de Educação de Cariacica em exercício, Jair Miranda de Paiva, enfatiza que o município não foi comunicado oficialmente sobre a proposta. "Não temos uma posição sobre o tema, porque ele ainda está em estudo. Quando o projeto for apresentado, vamos levar a discussão para o Conselho de Educação e para o sindicato dos professores", explica. Ele também ressaltou que o último concurso municipal foi realizado no ano passado.

Estado oferece curso, mas falta educador para preencher vagas

Os candidatos aos cargos de professor e de pedagogo na rede estadual passarão por um curso de formação no próximo mês. No entanto a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) não espera preencher todas as 902 vagas oferecidas para o segundo semestre deste ano.

O assessor de Projetos Estratégicos da Sedu, João Pires, adianta que nem todas as disciplinas tiveram candidatos aprovados na primeira etapa da seleção. "Esperamos nomear cerca de 860 professores e pedagogos. Nem todas as disciplinas tiveram candidatos aprovados. Como sempre, há dificuldade para encontrar professores de Física, Química e Matemática, principalmente, nos municípios menores", explica.

A relação final de candidatos aprovados na primeira etapa - composta por prova objetiva e avaliação de títulos - será divulgada no dia 10 de junho. Entre os dias 13 e 18, os candidatos devem participar de um curso de formação, que tem como objetivo aprimorar a didática dos futuros educadores da rede.

"Para ser aprovado, o candidato deve ter 100% de presença e fazer uma prova, cujo desempenho mínimo deve ser de 70%. O Espírito Santo sai na frente, porque tem uma seleção focada na competência para dar aula. O professor será preparado antes de ser nomeado e de tomar posse", diz.

Curso

Os professores que participarem do curso receberão uma bolsa no valor de 50% do piso salarial da categoria. Quem for servidor da rede estadual não poderá acumular as duas remunerações, ou seja, vai receber o salário do mês normalmente.

A formação terá entre as disciplinas o uso de tecnologias no processo de aprendizagem, a função do professor e do coordenador pedagógico e as relações entre conhecimento, atividade docente e aprendizagem dos alunos. Os professores assistirão a palestras e farão parte de oficinas de trabalho. Os aprovados começarão a dar aulas no segundo semestre deste ano.

"Não haverá segunda chamada, mas, se for necessário, faremos outro curso, com os candidatos classificados, mas não convocados", enfatiza Pires.

Para formação

R$ 827,32 de benefício
É o valor da bolsa para os candidatos aos cargos de professor e de pedagogo.
60 horas de curso
É a carga horária do curso de formação. Ao todo, serão cinco dias de estudos.

Bônus: critérios ainda sob análise
Outra medida que deve mudar a realidade do professor da rede estadual é o pagamento do bônus-desempenho, que pode ser equivalente ao salário do servidor. Pela proposta, a gratificação vai variar de acordo com a Escola. A Secretaria Estadual de Educação (Sedu) levará em consideração o desempenho de alunos no Programa de Avaliação da Educação Básica (Paebes), a frequência do educador em sala de aula - nem mesmo as faltas justificadas por atestado médico serão perdoadas -, a taxa de participação dos alunos na prova e a realidade socioeconômica da turma.

Avaliação
Os dados serão avaliados de duas formas: comparando-se o desempenho nas avaliações do Paebes de 2009 e de 2008 e comparando-se o desempenho de cada Escola no grupo de Escolas que possuem o mesmo nível socioeconômico. O estudo para o detalhamento dos critérios não foi concluído, mas a bonificação deve ser paga ainda neste ano. Todos os educadores e funcionários das Escolas serão beneficiados, mesmo os que trabalham em regime de Designação Temporária (DT). O governo vai destinar R$ 43 milhões do orçamento para o pagamento do bônus.

"Não consigo ver vantagem em uma prova única". A professora Marisol Mafra, 40 anos, dá aula para o 2º ano do ensino fundamental em uma Escola da Prefeitura de Vitória. Na opinião dela, o exame único para seleção de professores parece superficial, já que dar uma nota ao candidato não é o suficiente para qualificá-lo como bom ou ruim. "Acho complicado usar uma única prova para se adequar a realidades tão diferentes em cada região do Brasil e até mesmo entre Escolas municipais, estaduais e federais. Hoje, o professor se prepara para um concurso específico, com conteúdos diferenciados. Não consigo ver qual a vantagem desse tipo de avaliação única", afirma. Marisol afirma que precisa analisar melhor a proposta do exame e também o conteúdo que deverá ser cobrado para avaliar se a qualidade no processo de seleção pode melhorar.

Fonte: A Gazeta (ES) 18/05/2010

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Desde 2000, o 18 de maio foi instituído pela Lei 9.970, como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Infelizmente, a data remete a um dos crimes que comoveu o Brasil, ocorrido na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, em 1973.

Naquele ano, a menina Araceli Cabrera Crespo, de oito anos, foi espancada, violentada e assassinada brutalmente. Até hoje, os culpados pelo crime não foram punidos.

E quantas Aracelis, Luanas, Yasmins, Alanis, Isabelas e tantas outras crianças inocentes tiveram o mesmo destino?

O Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes promove diversas atividades de conscientização e combate à situação por todo o País.

Só no ano passado foram denunciados 15.345 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes.
Segundo dados do Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República, em 2009 foram 9.638 registros de abuso sexual, 5.415 de exploração sexual, 229 de pornografia infantil e 63 de tráfico de crianças.
E só nos quatro primeiros meses de 2010, já foram contabilizadas cerca de 4 mil ocorrências de violência sexual contra meninos e meninas.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), dentre as diversas manifestações de violência contra crianças e adolescentes, as mais incidentes são o abuso sexual praticado por integrantes da própria família e a exploração sexual para fins comerciais, como a prostituição, a pornografia e o tráfico.


Além de crime e cruel violação dos direitos humanos, essas expressões resultam em danos irreparáveis para o desenvolvimento físico, psíquico, social e moral das crianças e dos adolescentes suscetíveis a esse tipo de violência.

Entre outras conseqüências, as vítimas estão sujeitas à dependência de drogas, à gravidez precoce e indesejada, a distúrbios comportamentais e doenças sexualmente transmissíveis.

Fonte: Blogo O POVO na Educação/Valeska Andrade

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Câmara dos Deputados promove II Seminário do Livro e da Leitura no Brasil

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e a Frente Parlamentar Mista da Leitura no Congresso Nacional promovem na próxima quinta-feira (20/05) o II Seminário do Livro e da Leitura no Brasil, que terá como tema “Estado e sociedade: a leitura na era do livro digital”.

O evento terá quatro painéis de debates, que abordarão os seguintes temas: "Políticas Públicas para o livro e a leitura"; "Leitura e educação na era do livro digital"; "O mercado editorial da era do livro digital"; e "Direitos autorais na era do livro digital". Será realizado das 9h às 17h, no Auditório Nereu Ramos, Anexo II da Câmara dos Deputados.

“Realizamos o primeiro seminário em 2008, quando discutimos as políticas públicas para o livro e a leitura no Brasil. A partir do primeiro encontro, retomamos as negociações entre poder público e setor privado para a criação do Fundo Setorial Pró-Leitura, cujo projeto de lei deve ser encaminhado pelo Governo ao Congresso Nacional no próximo mês. Espero que uma nova frente de trabalho surja desse segundo seminário, mobilizando todas as forças do setor do livro e da leitura em torno de objetivos iguais”, afirma o deputado federal Marcelo Almeida, presidente da Frente Parlamentar Mista da Leitura e organizador do evento.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.frentedaleitura.com.br. Informações pelos telefones (61) 3215-5728 (Gabinete do Dep. Fed. Angelo Vanhoni) ou (61) 3215-5728 (Gabinete do Dep. Fed. Marcelo Almeida).

PROGRAMAÇÃO

09h – Cerimônia de Abertura
Silvana Meireles, Secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura
Jane Cristina da Silva, Diretora Geral de Materiais Didáticos da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação
Deputado Federal Angelo Vanhoni, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados
Deputado Federal Marcelo Almeida, presidente da Frente Parlamentar Mista da Leitura no Congresso Nacional
Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL)
Milena Duchiade, representantes da Associação Nacional de Livrarias (ANL) e da Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro (AEL-RJ)
Mauro Calliari, presidente interino da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros)
Joaquim Maria Botelho, Presidente da União Brasileira de Escritores

10h – Painel 1

Políticas públicas para o livro e a leitura. O valor da leitura na formação cultural de um povo.
Painelistas:
Fabiano dos Santos, Diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura
José Castilho Marques Neto, Secretário Executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura
Ednei Procópio
Moderador: Deputado Federal Marcelo Almeida, presidente da Frente Parlamentar Mista da Leitura no Congresso Nacional

11h15 – Painel 2

Leitura e educação na era do livro digital.
Painelistas:
Jane Cristina da Silva, Diretor do Livro, Diretora Geral de Materiais Didáticos, da Diretoria de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e de Tecnologias para Educação Básica, da Secretaria de Educação Básica do MEC
Mauro Calliari, Presidente interino da Associação Brasileira de Editores e Livros Escolares
Marisa Lajolo, Pós Doutorado na Brown University e Doutorado pela Universidade de São Paulo em Letras, Teoria Literária e Literatura Comparada
Moderador: Deputado Federal Angelo Vanhoni, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados

12h30 – Intervalo Almoço

14h00 – Painel 3

O mercado editorial na era do livro digital.
Painelistas:
Joaquim Maria Botelho, Presidente da União Brasileira de Escritores
Rosely Boschini, Presidente da Câmara Brasileira do Livro
Milena Duchiade, Representante da ANL e AEL-RJ
Moderador: Deputado Federal Chico Alencar, presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados

15h45 – Painel 4

As diversas plataformas de leitura e os Direitos autorais na era do livro digital.
Painelistas:
Antônio Simão Neto, Representante Brasileiro da Federação Internacional para o Processamento da Informação (IFIP), organismo consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)
Marcos Alves de Souza, Diretor de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura
Moderador: Deputado Federal Marcelo Almeida, presidente da Frente Parlamentar Mista da Leitura no Congresso Nacional

17h00 – Encerramento


Fonte: NQm Comunicação

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Curso Mídias na Educação inicia ciclo avançado

O Curso Mídias na Educação, programa de formação on line sobre o uso das tecnologias da informação no ambiente educativo, promovido pela Secretaria de Educação a Distância do MEC, implementado, em São Paulo, pelo Núcleo de Comunicação e Educação da USP (NCE-USP), numa parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), responsável pela certificação, estará dando início, a partir de 31 de maio de maio, ao “Ciclo Avançado”, beneficiando os cursistas aprovados nas fases básicas e intermediárias.

A propósito, a coordenadora geral do Mídias na Educação, no âmbito do NCE/USP, Patrícia Horta, comenta:
"Será um desafio e uma oportunidade. Sabemos do desejo dos educadores em obter o grau de especialista. E contamos com eles para a realização de uma formação que possa significar uma melhoria na realidade escolar e no conhecimento sobre o uso das mídias em projetos educomunicativos".

Já em agosto, o NCE-USP espera estar acolhendo mais uma turma de iniciantes, constituindo o ciclo básico da 4ª oferta do Programa. No caso, serão beneficiados especificamente educadores da Prefeitura e do Estado de São Paulo. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: relatorio4o@gmail.com.

Fonte: Boletim Educomunicador nº 56

Encontro pretende fortalecer política de educação integral

Com 2,1 milhões de estudantes em escolas públicas de educação integral, nos 26 estados e no Distrito Federal, o Ministério da Educação realiza este mês o 1º Seminário Nacional de Educação Integral. O evento acontece de 18 a 21, na Academia de Tênis, em Brasília. Aprofundar e fortalecer a política pública de educação integral está entre os objetivos do encontro.

Participam do seminário os 405 coordenadores municipais e os 27 coordenadores estaduais do programa Mais Educação, as universidades públicas parceiras do programa, o comitê nacional do Mais Educação, centros de formação de professores, representantes do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado.

A agenda do seminário consta de mesas de debates que abordarão temas como o currículo da educação integral, a formação dos educadores, gestão e financiamento; colóquios que vão tratar do programa em relação a educação no campo, aos direitos humanos, às pessoas com deficiência; grupos de trabalho e plenárias.

Experiências desenvolvidas nas escolas estarão presentes. Será exibido um documentário de 26 minutos sobre atividades em tempo integral de escolas de Belo Horizonte, Recife, Ananindeua (PA) e Diadema (SP). Alunos, professores, pais, monitores, agentes culturais contam como participam, o que fazem e o que isso representa na vida de suas escolas e comunidades. Haverá uma exposição de 55 cartazes que mostram um pouco das experiências, selecionados entre as escolas do programa, e lançamentos de cadernos pedagógicos e de Direitos Humanos. Os participantes vão conhecer ainda o Jornal Escolar, que reúne uma mostra de jornais produzidos pelos estudantes do Mais Educação.

Programa
O Mais Educação existe desde 2008 como política de educação integral pública. O programa é desenvolvido em áreas de risco social e regiões metropolitanas, e a cada ano agrega mais alunos e mais escolas. Em 2010, o Mais Educação habilitou 10.042 escolas, sendo 9.907 do ensino fundamental e 135 do ensino médio. Esse conjunto de escolas deve atender 2,1 milhões de alunos. O investimento do governo federal será de R$ 382 milhões.

Fonte: Portal do MEC

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Uso do celular em sala de aula será discutido em oficina durante seminário em Campinas

As educadoras Ângela Junker (FOTO 1) e Elizena Cortez (FOTO2) fazem parte do projeto Correio na Escola, do jornal Correio Popular, de Campinas/SP. Durante o V Seminário Nacional O Professor e a Leitura de Jornal – Educação, Mídia e Formação Docente, que se realizará na UNICAMP, entre os dias 14 e 16 de julho, elas darão a oficina “Leitura de Diferentes Mídias e Uso de Celular na Sala de Aula”. Para conhecer um pouco mais sobre o que pensam as educadoras e como será a oficina, entrevistamos as duas.

Qual a importância dos educadores discutirem mídia na escola?
A possibilidade do professor agregar novos recursos como suportes midiáticos em sala de aula implica na oportunidade de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos programáticos de forma mais contextualizada.
O nosso aluno não é um imigrante digital, pois já nasce inserido no contexto midiático e se utiliza desses recursos para a sua interação social. Os textos, imagens e sons tornam-se disponíveis à medida que o usuário percorre as ligações existentes entre eles e os utiliza no cotidiano, portanto se a maior parte do tempo escolar, os nossos alunos passam na escola, como vão desassociar esses recursos de sua vida acadêmica?

O que vocês pensam do uso do celular na sala de aula? Como os professores podem se aproveitar dessa tecnologia?
De acordo com a Lei aprovada pelo governador de SP José Serra, que proíbe o celular em sala de aula, essa mesma Lei não prevê o seu uso como um suporte pedagógico. Mas independente de Lei, propomos o uso do celular como de forma dirigida pelo professor, como um suporte pedagógico que sirva de ponte, de encontro entre produções textuais diferentes e que propicie o fim das rígidas fronteiras entre os textos. O uso do celular programado pode ser um facilitador da leitura/navegação e convida o leitor a construir ativamente seu próprio percurso pelos signos e hipertexto.


Existe disposição dos educadores, em geral, para trabalhar com mídia na escola?
Não, pois há um receio em dominar as diferentes mídias, pois nós, professores, ao contrário de nossos alunos, somos imigrantes digitais e não tivemos uma formação adequada para trabalhar com esse tipo de linguagem.

O que o grupo RAC tem oferecido aos educadores que fazem parte do programa Correio Escola em termos de oficinas e capacitações?
O grupo RAC, pelo seu Departamento de Educação, busca as diferentes formas de apresentação de um trabalho com a mídia impressa e outros recursos midiáticos para a atualização dos professores, que se inscrevem a cada ano para o curso de extensão “A importância da leitura e prática do texto jornalístico.”
Partindo do pressuposto de que os conceitos piagetianos como “esquema, assimilação, acomodação e equilíbração”, que são usados para explicar como e por que o desenvolvimento cognitivo ocorre, utiliza os jornais, demais publicações da mídia escrita, palestras com jornalistas e professores de diferentes universidades, práticas pedagógicas com jargão e gêneros jornalísticos, para que os professores inscritos não se limitem somente às práticas pedagógicas usuais, mas também estejam capacitados para trabalhar o processo de aquisição de conhecimento utilizando-se das diferentes linguagens e diferentes mídias na sua prática de sala de aula.

Vocês darão a oficina “Leitura de diferentes mídias e uso de celular na sala de aula”. Como vão desenvolvê-la? O que os professores podem esperar dela?
A nossa abordagem será focada no histórico da origem da escrita e da necessidade de registrar os acontecimentos desde que a escrita surgiu com o homem primitivo no tempo das cavernas, quando este começou a gravar imagens nas paredes.
Os meios de comunicação atuais podem dar continuidade ao desenvolvimento da linguagem escrita e de outros suportes comunicacionais, como as diferentes mídias, o celular e a interação com as novas possibilidades que eles proporcionam para as atividades pedagógicas.

O V Seminário Nacional O Professor e a Leitura de Jornal – Educação, Mídia e Formação Docente é uma promoção da Associação de Leitura do Brasil (ALB), Programa Jornal e Educação/Associação Nacional de Jornais (ANJ), Faculdade de Educação da UNICAMP e Grupo ALLE, e Rede Anhanguera de Comunicação. Conta ainda com apoio da CAPES, FAEPEX, FAPESP e CNPQ.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Embaixada da França realiza atividades culturais em Brasília

Durante o mês de maio a França estará representada em diversas atividades culturais em Brasília, coordenadas pela Embaixada.

A partir do dia 7 de maio começa o Festival Internacional de Filmes Curtíssimos, criado em 1999 no Fórum das Imagens de Paris. A ideia deste festival de curta metragem é promover os filmes no formato curtíssimo (no máximo três minutos de duração, exceto título e créditos).

Cada ano, cerca de cinquenta filmes curtíssimos, são selecionados entre mais de 1000 filmes de todos os continentes. São projeções organizadas simultaneamente em mais de 100 cidades e 20 países participantes.

Sexta-feira 07/05
• 20h - Seleção Nacional e Mostra-te Brasília Programação Seleção Internacional (Parte I)

Sábado 08/05
• 15h - Reprise da Progarmação Nacinonal e Internacional do dia 07/05
• 17h - Mostra "Palavra de Mulheres" (Internacional)
• 18h - Projeto Nome
• 20h - Seleção Nacional, Mostra-te Brasília e Programação Seleção Internacional (Parte II)

Domingo 09/05
• 15h - Reprise da Programação Nacinonal e Internacional do dia 08/05
• 17h - Mostra "Palavra de Mulheres"
• 18h - Reprise Projeto Nome
• 20h - Programação Seleção Internacional (Parte III) e Premiação Nacional e Local

Segunda-feira 10/05
• 10h - Mostra Especial para alunos da Escola Parque

No âmbito do projeto “A França no olhar do Brasil”, o serviço audiovisual da Embaixada da França propõe uma seleção dos melhores filmes franceses da cinemateca, escolhidos pelos maiores nomes do cinema brasileiro.

Todas as mostras serão apresentadas pelo professor e crítico de cinemaSérgio Moriconi, no Espaço Le Corbusier da Embaixada da França no Brasil (SES Av. Das Nações, Quadra 801, Lote 04, Brasilia). O convite ou a inscrição no site deve ser apresentados na entrada.
Informações:
www.cinefrance.com.br/selecaocinema

Além da mostra de filmes curtíssimos e da mostra na Embaixada, no âmbito de uma parceria entre a EscolaLe Fresnoy - Estúdio Nacional das Artes Contemporâneas e o Museu da República, acontece o projeto “A Tela / l’Écran”, que oferece cursos de vídeo, fotografia, palestras de especialistas (das linguagens audiovisuais) e formação artística audiovisual de alto nível. Reúne alunos de vários países que são orientados por artistas consagrados. Entre alunos que já passaram pelo instituto estão Jean-Luc Godard, Tsai Ming-Liang e Dominique Gonzales-Foerster.

PALESTRAS
Segunda-feira 3 de Maio
19h - Palestra “Video e arte, Entre os Fins e os Meios. Comunicação, Mercado e Imaginação” com Eliezer Szturm, professora de Arte na UNB; Beatriz Medeiros, professora de Arte na UNB;

Pascale Pronnier, responsável pelos intercâmbios artísticos do Fresnoy e André Parente, professor de Arte na Universidade de Rio.

EXPOSIÇÃO
Segunda-feira 24 de Maio
19h Exposição dos trabalhos dos cursos.

MÚSICA - ComFrançois Jeanneau
Aliança Francesa de Brasília traz cursos, apresentações e concertos de jazz com François Jeanneau, saxofonista, compositor, maestro e pedagogo.


Desde 1999, ocasião de seu encontro com Walter Thompson, ele trabalha com linguagem multidisciplinar de composição/improvisação ao vivo chamada soundpainting.
Os concertos acontecerão nos seguintes dias e locais:


Duo sax + piano com Sylvia Versini, em 5 de maio, às 19h30, na Fnac do Park Shopping - Entrada gratuita

“Aperitivo musical”, duo sax + piano com Sylvia Versini, em 6 de Maio, às 20h, no Espaço Cultural Ernesto Silva, da Aliança Francesa de Brasília

Fonte: Embaixada da França no Brasil

Práticas e políticas públicas de mídia-educação serão discutidas no V Seminário Nacional O Professor e a Leitura de Jornal

Entre os dias 14 e 16 de julho acontece em Campinas o V Seminário Nacional O Professor e a Leitura de Jornal, com o tema Educação, Mídia e Formação Docente. Que trará debates a respeito da relação mídia e educação a partir de mesas-redondas, conferências e oficinas, além de lançamentos de livros.

O evento é organizado pela Associação de Leitura do Brasil (ALB), Programa Jornal e Educação/ Associação Nacional de Jornais (ANJ), Faculdade de Educação e Grupo de Pesquisa ALLE, da UNICAMP, e Rede Anhanguera de Comunicação. Conta com apoio da FAEPEX/UNICAMP,CAPES e CNPQ.

Uma das palestras terá como tema as práticas positivas de mídia-educação e exemplos de políticas públicas nacionais e internacionais que estimulam essa relação, colaborando com os educadores em sua formação e trabalho com a mídia junto com os estudantes. Conversamos com Alexandra Bujokas de Siqueira (FOTO), uma das palestrantes da mesa-redonda Mídia e Educação: Práticas e perspectivas de políticas públicas.

Alexandra tem 36 anos, é graduada em jornalismo, mestre e doutora em educação pela Unesp. Fez pós-doutorado em Estudos de Mídia na Open University, Inglaterra e atualmente, é professora da área de Comunicação e Educação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Desenvolve um projeto de pesquisa sobre comunicação em parceria com a UNESCO.

Programa Jornal e Educação: Você acha que há no Brasil um campo fértil para discutir a relação mídia-educação? Quem está trabalhando mais com esse tema no Brasil?

Alexandra Bujokas: O Brasil já tem um longo histórico de atuação e pesquisa na área. No final dos anos 60, ainda durante o regime militar, a União Cristã Brasileira de Comunicação Social - UCBC desenvolvia projetos de leitura crítica da mídia. Nos anos 80, o título do encontro anual da Intercom foi "Comunicação e Educação: Caminhos Cruzados". Pesquisas sobre o estado da arte da pesquisa sobre comunicação e educação mostram que este é um tema já tão frequente quanto os "clássicos" da educação, tais como currículo, avaliação etc.

Hoje, empresas da área de hardware, software e telecomunicações apoiam financeiramente experiências inovadoras que levem as mídias para a escola. Uma pesquisa feita pelas professoras Sônia Cristina Vermelho e Graciela Inês Presas Areu, do Paraná, mostrou que há pesquisas sobre comunicação e educação sendo realizadas no país todo, mas que a região Sudeste é a maior produtora.

Também devemos considerar aqui as políticas públicas. Do meu ponto de vista, temos iniciativas muito importantes, é claro, que merecem ser louvadas, especialmente por serem implementadas num país do tamanho do Brasil, mas são ações isoladas que, muito comumente, sequer dialogam entre si. Falta uma política orgânica, que conceba o acesso, a avaliação e a produção de conteúdo educativo sobre mídia-educação.

PJE: E quando foi que surgiu o interesse em estudar a relação mídia-educação? Por quê?

AB: Como boa parte dos adolescentes que gostam de escrever e se interessam por tecnologia, optei pela faculdade de comunicação. Mas assim que entrei na faculdade, conheci uma abordagem crítica da mídia que falava de problemas de concentração de propriedade, compromisso ético, disparidade de poder entre mídia de um lado e a audiência do outro... que colocou todo o meu entusiasmo inicial para baixo. E o pior é que eu me sentia revoltada por não ter tido a oportunidade de aprender isso antes, no Ensino Médio, por exemplo.

Por causa disso, já na graduação, fiz meu TCC na área de comunicação e educação, e decidi trabalhar nesse campo que, em 1994, não tinha uma fração da visibilidade que tem hoje.Meu TCC foi feito numa escola municipal experimental de Bauru, SP, que seguia a pedagogia Freinet. Desenvolvi uma pequena experiência de leitura e produção de jornal escolar, aplicando conceitos da pedagogia frenetiana. De lá para cá - já são 16 anos - venho trabalhando na área.

PJE: Por que você resolveu fazer o doutorado na Inglaterra?

AB: Fiz doutorado sanduíche e pós-doutorado na Inglaterra, nas duas vezes na Faculdade de Ciências Sociais da Open University. Escolhi a Inglaterra porque é um dos países com mais tradição e, portanto, conhecimento amadurecido, sobre o que é educação para a mídia, como promovê-la e como avaliar os resultados das ações.

PJE: O que viu de interessante por lá e que poderia servir de exemplo para o Brasil, em termos de construção de uma política pública nacional?

AB:
A Inglaterra é conhecida por ter um dos melhores sistemas de regulação da mídia do mundo: promove a competição pela qualidade entre os canais comerciais, mantendo um serviço público que é referência internacional, a BBC. No longo prazo, esse sistema ajudou a sedimentar a cultura da responsabilidade social da mídia que, entre outras tarefas, deve oferecer oportunidades de educação para a leitura crítica dos próprios meios.

Em 2003, a Inglaterra aprovou uma nova lei de radiodifusão que criou o Office of Communications, o Ofcom. Esse é o órgão regulador de tudo o que se refere a comunicação no país. A 11ª seção da lei diz que cabe ao Ofcom fomentar o que os ingleses chamam de media literacy e que, no Brasil, traduzimos por mídia-educação.

De lá para cá, uma série de ações foram concretizadas: são consultas públicas, produção de materiais, organização de eventos, formação de educadores, compartilhamento de melhores práticas. O que mais me chama a atenção nesse processo é que eles conseguiram criar e implementar uma polícia orgânica, que envolve diversos órgãos de governo, organizações da sociedade civil, universidades e as próprias corporações de mídia – pública e comerciais.

PJE: Como você compararia as discussões sobre mídia e educação no Brasil e na Inglaterra? As escolas daqui estão maduras para desenvolver trabalhos com mídia? Os professores estão abertos para isso?

AB: Venho trabalhando nessa área há mais de 15 anos, e nunca vi um professor ou um aluno que não demonstrasse interesse em usar e estudar a mídia a na escola. Os meios de comunicação fazem parte da nossa experiência cotidiana, informam, ensinam, divertem, são atraentes, tem beleza visual. O que dificulta a implementação sistemática da mídia-educação na escola é a própria estrutura e organização do Ensino. O currículo não prevê espaços formais para a mídia-educação, o layout da sala de aula não é feito para a comunicação, mas sim para a transmissão, as aulas duram 50 minutos...

Na Inglaterra, há um componente curricular chamado Media Studies que, embora optativo, é um dos mais procurados. As salas de aula são equipadas com TV, som, computadores, então a tecnologia não é um componente a mais, mas uma ferramenta para ser usada nas aulas e, em alguns momentos, o conteúdo ali veiculado vira objeto de estudo também. Creio que somente com uma reforma curricular teremos oportunidades concretas para promover a educação para a mídia do modo como a educação do século 21 requer.

PJE: Como você avalia a formação (ou falta dela) dos professores para trabalharem com mídia na educação?

AB: O que temos é uma diversidade de experiências fragmentadas, em geral executadas por universidades, além de projetos como o “Mídias na Educação” do MEC que, entre outros assuntos, aborda a leitura crítica dos meios. Por não haver uma política pública específica para a área com, por exemplo, referenciais curriculares, é muito difícil avaliar a qualidade dessas experiências e como converter essa experiência em formação para educadores.

PJE: Que projetos você está desenvolvendo agora?

AB: Eu me mudei recentemente do Estado de São Paulo para Minas Gerais, onde assumi o cargo de professora da área de Comunicação e Educação para os cursos de licenciatura da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Em São Paulo, trabalhei em dois projetos: a criação de um laboratório de mídia-educação na Universidade do Sagrado Coração em Bauru, SP, onde, por dois anos, recebemos alunos e professores do Ensino Médio para testar metodologias e matérias específicas de mídia-educação. Acabamos de enviar os resultados dessa experiência para publicação.

Também trabalhei como coordenadora de projetos do Laboratório Aberto de Interatividade da Universidade Federal de São Carlos, onde trabalhamos com mídia-educação aplicada ao ensino de ciências exatas, mais especificamente, de Astronomia. Os resultados dessa experiência também foram encaminhados para publicação.

Atualmente, trabalho num projeto que é resultado de uma parceria entre a UFTM e a UNESCO, sobre marcos regulatórios para a comunicação no Brasil. Um aspecto importante da regulação de mídia é a promoção do equilíbrio entre os meios de comunicação públicos, privados e comunitários, para que haja diversidade e pluralidade na divulgação de informações.

Outro aspecto importante é o que, em inglês, se chama accountability da mídia: por terem poder de influência os meios de comunicação devem assumir certas responsabilidades, entre elas prestar contas e acatar opiniões do público. Mas, para que as pessoas possam atuar nas mídias comunitárias e opinar sobre a conduta da mídia, elas devem ser educadas para isso. Se a escola não assumir essa responsabilidade, não sei quem poderia assumi-la.

PJE: Que aspectos você levará para sua palestra no V Seminário Nacional O professor e a Leitura de Jornal – Educação, Mídia e Formação Docente? O que você espera despertar no público?

AB: Pretendo fazer uma síntese de tudo o que estudei e produzi sobre mídia e educação até agora, focando alguns aspectos básicos, entre eles o papel social da mídia, as formas de conscientização do público e o dever da escola nesse contexto. Mas pretendo mostrar que se trata de um sistema político, que deve ser elaborado coletivamente, com representatividade e apoio do Estado. Mídia plural e cidadãos informados são bases importantes para a democracia.
Informações e Inscrições no V Seminário Nacional O Professor e a Leitura de Jornal:
http://www.alb.com.br/portal/5seminario/programa.html