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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Secretaria lança gibi da Turma da Mônica para combater preconceito contra soropositivos


Igor e Vitória são as personagens soropositivas da Turma da Mônica que vão ajudar a Secretaria da Criança e a de Educação a combaterem, nas escolas públicas, a discriminação e o preconceito contra crianças e adolescentes portadoras do vírus do HIV. A revista em quadrinhos intitulada Amiguinhos da Vida será lançada na escola modelo Centro de Educação Infantil 02, na região administrativa de Brazlândia/DF, no dia 29 de novembro, às 10h.
"O projeto é uma forma de estimularmos a leitura e o diálogo entre professores, pais e filhos e, por intermédio da escola, combatermos a desinformação, o preconceito e a discriminação que ainda persiste no convívio social e escolar de crianças afetadas pela Aids", afirma a secretária da Criança, Rejane Pitanga.
O lançamento contará com a participação do cartunista Mauricio de Sousa; da secretária da Criança, Rejane Pitanga; e do secretário da Educação, Denilson da Costa; da dona da Rede de Laboratórios Sabin, Janete Vaz; da Presidente de Honra da Associação Amiguinhos da Vida, Maria do Carmo Manfredini (mãe de Renato Russo) e do presidente, Chistiano Ramos; o embaixador da Austrália, Brett Hackett; a deputada federal e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Erika Kokay; além de outros políticos, empresários locais e representantes de entidades de defesa dos direitos humanos.

O projeto - O projeto, que envolve desde a distribuição do gibi aos estudantes e a seus pais até a capacitação de coordenadores educacionais para que possam instruir o educador a usar o quadrinho de forma pedagógica a fim de evitar ou de corrigir situações de preconceito, é uma parceria da Secretaria da Criança com a Organização Não Governamental (ONG) Associação dos Amigos da Vida e a Embaixada da Austrália com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal e o apoio da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Na primeira etapa do projeto, a Secretaria da Criança vai usar a revista em quadrinhos como antídoto contra esse tipo de discriminação e preconceito em três regionais da Secretaria da Educação: Núcleo Bandeirante, Plano Piloto e Taguatinga. Em seguida, vai ampliar para toda a rede de educação pública do DF. Atualmente, segundo dados da Associação Amigos da Vida, há 280 crianças soropositivas na capital federal com registro no Sistema Público de Saúde, que adquiriram a doença por meio de transmissão vertical – ou seja, durante a gestação da mãe.
O foco da campanha será as crianças assistidas pela Secretaria da Criança e da Secretaria de Educação. No lançamento, a ONG Associação Amigos da Vida vai apresentar um vídeo com declarações sobre o problema e sobre o gibi da secretária da Criança, Rejane Pitanga, o cartunista Mauricio de Sousa e deputados federais, senadores, embaixadores e outras autoridades.

Linguagem e pedagogia - A revista não é para fazer a prevenção. Ela é um instrumento de combate ao preconceito e à discriminação. Tem uma linguagem que, apesar de ser voltada para a criança e o adolescente, atinge adultos. O conteúdo aborda eixos temáticos importantes, como, por exemplo, as formas de infecção da Aids, o que é o vírus, como conviver com crianças soropositivas, e o mais importante, o impacto social causado pela patologia.
Igor e Vitória são crianças saudáveis que levam uma vida normal, porém, são portadoras do vírus HIV. Na brincadeira, Igor se machuca numa queda e, a partir deste acidente, a revista trabalha o problema do preconceito e da discriminação e mostra que as crianças soropositivas podem brincar tranquilamente com crianças normais sem riscos.
O quadrinho ensina que não é pelo fato de Igor ter caído, se machucado e saído sangue que ele estará pondo em risco a saúde das crianças que brincam com ele. "O portador do HIV você pode dividir tudo, só não pode dividir sexo sem camisinha nem objetos perfurocortantes. O resto pode fazer tudo", disse Cristiano.

Magic Johnson - No quadrinho, Mauricio de Sousa usa o exemplo do ex-basquetebolista norte-americano, Magic Johnson, considerado o maior armador de todos os tempos do National Basketball Association (NBA) que encerrou a carreira precocemente, aos 43 anos, porque ninguém queria jogar com pelo fato de ele ter se descoberto portador do HIV. Por causa disso ele criou a Fundação Magic Johnson.
O cartunista Mauricio de Sousa avalia que o preconceito ainda existe e que é necessário focar na disseminação da informação o mais cedo possível. "Uma criança portadora do HIV/Aids, por exemplo, não tem culpa de ter contraído o vírus e é vista com receio pelos próprios coleguinhas e seus pais. Por essa razão precisamos já promover sua inclusão junto aos seus colegas na escola. Serão adultos melhores", diz o cartunista.

Serviço:
Dia 29 de novembro de 2012
Local: Centro de Educação Infantil 02 de Brazlândia/DF - Entrequadra 45/55 - Expansão da Vila São José
Horário: 10h

Fonte: Secretaria de Estado da Criança do Distrito Federal

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