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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Pichação é debatida por estudantes de Irati/PR



Um episódio ocorrido na cidade de Ponta Grossa chamou a atenção dos alunos do nono ano do Colégio Estadual João XXIII, em Irati: ‘Pichadores detonam visual de PG’, assunto também destacado no editorial: ‘PG está mais feia por conta da atuação dos pichadores’, na edição do dia 27 de junho do Jornal da Manhã. “Houve muitos apontamentos por parte dos alunos que consideram a pichação uma grande falta de respeito. Citaram o nosso colégio, que é alvo de riscos de canetas, canetinhas, corretivos nas paredes e carteiras”, esclarecem as professoras Melissa Winkler e Iraci Fogaça que, juntas, desenvolveram um trabalho reflexivo com as turmas.

Melissa, que leciona Artes, abordou a história da parede como suporte artístico e as obras nela feitas, levantando a questão da ética no uso dos espaços públicos e particulares. Em seguida, na disciplina de Língua Portuguesa da professora Iraci, foi realizada uma leitura crítica e produção de texto opinativo sobre pichação e atos de vandalismo noticiados frequentemente nos meios de comunicação.

A atividade passou pela evolução da arte e das técnicas usadas nas paredes das cavernas até os afrescos da Idade Média. O grafite também entrou em cena como forma de expressão artística bastante usada atualmente. “A técnica do grafite foi nosso principal objeto de estudo. Depois de analisar imagens e vídeos sobre o tema, partimos para a prática: os próprios alunos criaram os seus grafites como forma de expressão”, explica Melissa, esclarecendo que há diferença entre grafite e pichação. As produções dos alunos estão expostas em cartazes.

“A grande maioria dos alunos relatou ter compreendido a importância da arte na parede, perceberam as dificuldades da técnica do grafite e, o mais importante, o quanto o grafite é diferente da pichação e como esta é danosa para toda uma sociedade”, esclarece Iraci.
Para os estudantes Leonardo Debas e João Vitor Ciona, a educação familiar é o melhor caminho para resolver este tipo de problema. “A principal orientação vem de casa, a escola só reforça o que se deve aprender em casa. E os órgãos públicos podem ajudar com campanhas educativas”, acreditam. As colegas Daiane da Rocha e Natália Machado dão o último recado: “Precisamos nos conscientizar de que devemos cuidar do nosso patrimônio, seja ele privado ou público. Devemos denunciar todo ato de vandalismo para que os vândalos não fiquem impunes”.

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