O debate na manhã do dia 9 de fevereiro de 2012 da EducaParty atraiu muitos educadores ao palco de Empreendedorismo da Campus Party. Os debatedores foram Felipe Sanches (Garoa Hacker Club - SP), Nelson Pretto (UFBA), Tel Amiel (UNICAMP e Educação Aberta), Regina Helena Alves (Centro de Convergência de Novas Mídias - CCNM/UFMG). A mediação foi de Gabriella Bighetti, diretora de Gestão de Programas da Fundação Telefônica.
Tel Amiel iniciou o debate com uma provocação sobre a necessidade de mudança da escola. Para Tel, "A escola precisa mudar desde que começou, não é a web que mudou isso". Ao explicar os modelos de educação aberta, Tel Amiel mostrou a OERu (Open Educational Resources University), uma Universidade com Recursos Abertos e o MOOC (Massive Open Online Course), um curso com muitos participantes, com inscrições amplas e recursos abertos e bastante planejado. Tel Amiel concluiu enfatizando que a Cultura Livre e a Educação Aberta vão gerar novas configurações na educação. "Ética hacker é buscar, relacionar, criar e compartilhar recursos na rede", disse ainda Tel.
O professor Nelson Pretto respondeu a provocação de Tel Amiel sobre a mudança na escola. "A escola está mudando muito e o esforço é de nós, professores", disse Nelson. "O professor tem um papel central enquanto liderança acadêmica e política". Nelson Pretto trouxe ainda vídeos do Digitalia, festival de cultura digital e música e sugeriu experimentações semelhantes na escola.
Felipe Sanches do Garoa Hacker Clube falou em seguida explicando o conceito dos hackerspaces. "Falta espaço no ensino para que alunos exerçam sua criatividade em laboratórios de tecnologia", disse Felipe. Esta demanda, entre outros motivos, fez surgir os hackerspaces que estão por todo o mundo e o primeiro é brasileiro.
Regina Helena Alves trouxe novas provocações para o debate. A professora lembrou que nas eleições costuma surgir material multimídia criado por especialistas em cultura digital que podem manipular os resultados. "Onde está a ética hacker?", perguntou Regina. Regina também ponderou "por mais que sejamos militantes na web, a hierarquia permanece fora dela e a luta é muito difícil". Regina também atraiu a atenção dos professores ao concluir que "tanto faz tablet ou lápis, se você não entender o formato do conhecimento".
Fonte: EducaRede/Foto: Ricardo Lisboa
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