Texto do blog Peculiarizar
Mineira e brasiliense, há quase 40 anos, Dinorá Couto Cançado (ex-coordenadora do Programa Identidade com o Futuro, do Correio Braziliense) irá a Paris a convite da Associação Internacional de Escritores e Artistas – LITERARTE, para participar do Salão do Livro de Paris.
Ela está no livro Histórias para você dormir 3, com texto infantil que foca o despertar da cidadania, que já foi lançado em Curitiba e agora em Paris. E, claro, levará o livro Revelando Autores em Braille, para ser distribuído na terra de Louis Braille, seu grande sonho. Esse livro é o coroamento de projeto desenvolvido na Biblioteca Braille Dorina Nowill, desde 1995, quando assumiu o voluntariado, a partir da criação e dinamização desse espaço, uma parceria da Secretaria de Educação e Cultura, que, desde o início mostrou-se como um grande exemplo em inculsão social.
A LITERARTE, nome literário da Associação, visitará – para a doação de livros, materiais e divulgação de seus associados – oito países: Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Holanda, Inglaterra, Luxemburgo e Suíça. E se fará presente por uma delegação que será composta por sua Presidente, Izabelle Valladares, sua Diretora de Marketing Global, Dyandreia Portugal e vários outros associados, como Dinorá.
A Literarte irá fazer de cada encontro, intercâmbios históricos. Várias instituições já estão esperando a Literarte, como a Casa do Brasil, em Londres e ela estará com um workshop no Salon du livre de Paris… junto com seus convidados – escritores brasileiros. “Vamos que vamos!”, a frase de ordem da Associação internacional de escritores e artistas conquista cada vez mais os apaixonados pelas letras e pelas artes plásticas.
O livro que será lançado em Paris foi organizado pela presidente da LITERARTE, Izabelle Valadares, que levará brasileiros para falarem sobre a literatura no Salão do Livro de Paris, de 16 a 19 de março de 2012, um mega evento cultural na Cidade Luz.
O Programa da TV “SEM FRONTEIRAS com Dyandreia Portugal”, vinculado ao Canal a Cabo no RJ e pela Web-TV, fará a cobertura do evento em Paris e em todas as instituições que o livro será lançado. Abertura do Salão, worshop, visita em escola, jantar de gala, são algumas dos eventos que Dinorá participará.
Alguns links sobre a vida da autora:
http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/2012/01/dinora-couto-escritora-brasileira.html
http://sitedoescritor.ning.com/profile/DinoraCoutoCancado
http://www.grupoliterarte.com.br/Associados.aspx?id=130
Fonte: http://peculiarizar.com/2012/02/brasiliense-no-salao-do-livro-de-paris.html
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Todo mundo é diferente!
Esta imagem é apenas uma entre tantas que você pode ver no Pinterest (pinterest.com), uma espécie de rede social dividida por assuntos e formada basicamente por imagens. Cada "PIN" é uma imagem ou vídeo que pode conter textos de até 500 caracteres.
Conheça mais sobre o Pinterest e como ele pode ser usado por educadores na apresentação de Samantha Kutscka: http://prezi.com/7lb1xhsw4tzg/37-maneiras-de-professores-usarem-o-pinterest/
Fonte: einefragevonstil.soup.io
Associação Mundial de Jornais promove concurso "A Entrevista dos Meus Sonhos"
A Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA), com sede em Paris, está organizando o concurso "A Entrevista dos Meus Sonhos - Um festival global de reportagens feitas por jovens sobre estórias de sucesso", sob a coordenação de Aralynn McMane, Diretora Executiva de Desenvolvimento de Jovens Leitores e do Programa Jornal e Educação da WAN-IFRA e Roxana Morduchowicz, coordenadora do Programa Escuela y Medios, do Ministério da Educação da Argentina.
Aralynn McMane - WAN-IFRA |
Para quem: Classes de alunos com 11 a 15 anos, em colaboração com jornais locais.
O que: Equipes de quatro a seis crianças escolhem uma pessoa importante que gostariam de entrevistar. Alguém que atue no serviço público (como política, direitos humanos, jornalismo) ou ainda entretenimento, artes, esportes, etc, que represente sucesso através de trabalho árduo, sério. A equipe deve submeter sua ideia e questões para o jornal local participante, que escolhe o melhor conjunto de perguntas e ajuda a equipe vencedora a fazer a entrevista.
Por que: Para ajudar os jovens a aprender sobre o valor da dedicação e do trabalho e ao mesmo tempo, ensinar entrevista jornalística e competências linguísticas.
Roxana Morduchowicz |
Onde: Jornais em uma variedade de países e
continentes junto com escolas parceiras.
Como: Jornais configuram o festival localmente como quiserem. Podem trabalhar com uma ou duas escolas; podem torná-lo um concurso nacional ou municipal, etc e distribuem o Guia para Professores "Minha Entrevista dos Sonhos da WAN-IFRA" (disponível para o coordenador do concurso a partir da Rede Mundial Jovens Leitores) para as escolas parceiras. Em seguida, devem selecionar os dois conjuntos de perguntas da entrevista.
A entrevista deve ser realizada em grupos de no mínimo quatro alunos. Nenhuma entrevista individual será aceita.
O jornal ajudará o grupo vencedor a fazer a entrevista com a pessoa escolhida.
Essas entrevistas serão submetidas (em Inglês) para um júri internacional de jornalistas de renome, que devem selecionar os dois vencedores globais.
As duas entrevistas vencedoras ganharão viagem para a cerimônia de premiação no "Media Port" durante a WAN-IFRA Expo, em Madrid, Espanha, dias 29 e 20/10, para o professor da turma vencedora e dois alunos.
Após a publicação no jornal vencedor, as entrevistas vencedores serão distribuídos em todo o mundo em Inglês www.theinterviewpeople.com e os royalties vão para as escolas vencedoras.
Quando:
Fevereiro e Março - Guia de Entrevista para professores (em Inglês e Espanhol) fornecidas aos participantes pelo jornais
Abril a junho - Lançamento do projeto: Jornais terão até o final de maio para enviar as duas entrevistas de duas escolas.
Julho - O júri decide quais duas entrevistas são as vencedores.
Final de julho - Anúncio dos vencedores.
Abril a junho - Lançamento do projeto: Jornais terão até o final de maio para enviar as duas entrevistas de duas escolas.
Julho - O júri decide quais duas entrevistas são as vencedores.
Final de julho - Anúncio dos vencedores.
Outubro: Cerimônia Internacional de vencedores no Media Port, durante WAN-IFRA Expo (29-30 de Outubro, em Madrid, Espanha)
Mais informações com Roxana Morduchowicz roxana.morduchowicz@gmail.com ou wan-ifra.mydreaminterview@gmail.com (em espanhol) ou Aralynn McMane aralynn.mcmane@wan-ifra.org (em inglês)
Perguntas frequentes:
Por que a entrevista tem que ser feito por grupos de estudantes ao invés de um indivíduo?O projeto quer promover habilidades adicionais e valiosas tais como: a capacidade de trocar idéias, respeitar as opiniões dos outros, para poder participar de debates democráticos e para chegar a conclusões. Ao trabalhar em grupos, os alunos aprendem o que é pluralidade e lberdade de expressão, assim como tolerância e democracia também.
Quais são os efeitos deste projeto?
Os estudantes aprendem a pesquisar para ir mais a fundo sobre o tema de suas matérias/entrevistas, além da importância de lerem e serem mais críticos em relação às entrevistas nos jornais, para entender como se faz uma boa entrevista.
WAN-IFRA fará dois guias disponíveis para professores em todo o mundo: Como fazer entrevistas profissionais jornalísticas e como organizar um projeto Minha Entrevista dos Sonhos (concurso local ou nacional).
WAN-IFRA fará dois guias disponíveis para professores em todo o mundo: Como fazer entrevistas profissionais jornalísticas e como organizar um projeto Minha Entrevista dos Sonhos (concurso local ou nacional).
Após a entrevista eu estou correto em assumir que você quer que os alunos escrevam as perguntas e respostas no estilo de um artigo e não no estilo pergunta-resposta simples?
De qualquer maneira está ok. Eles podem escolher. Ambos serão aceitos para o júri. É melhor e mais atraente para o leitor se eles puderem fazer uma mistura de perguntas e respostas e artigos. Mas é também mais difícil. Assim, eles podem fazer só pergtuntas e respostas, se quiserem. Em qualquer caso, perguntas e respostas deve ser parte do texto, mesmo se escolherem a característica do texto artigo. Porque a coisa mais atraente é ver que tipo de perguntas os jovens fizeram e como elas são respondidas pelo entrevistado. Concluindo, a mistura é ideal, mas perguntas e respostas devem ser incluídas.
Comprimento - O comprimento máximo do artigo é de 300 a 400 palavras?Não, 300 ou 400 palavras é um texto muito curto. O objetivo mínimo é de 800 palavras e o máximo 1000 palavras, sendo que 800 palavras dá, em média, duas páginas.
Um jornal sempre pode cortar um texto antes da impressão mas, se a entrevista é interessante o suficiente para ser publicada, um jornal vencedor gostaria de dedicar uma página inteira a ela.
O que acontece se selecionarmos uma criança que tem grandes questões e formos incapazes de garantir a "pessoa do sonho" para a entrevista?
Primeiro de tudo, a entrevista de uma criança não é a idéia. As equipes precisam ter pelo menos quatro crianças. Se o jornal não pode ajudar as crianças a entrevistar determinada pessoa, ele não pode aceitar a inscrição da mesma e precisa encontrar outra pessoa, porque o júri vai avaliar a entrevista como será alcançada com perguntas e respostas. Neste ponto as crianças podem entrevistas alguém mais?
Sim ... Se eles tiverem tempo para escrever um novo questionário e entrevistar a pessoa, não há problema, contanto que eles fiquem dentro do prazo.
How can a newspaper attract young people? (Como jornais podem atrair jovens leitores?)
Be real, credible and ask questions to reach young people
Newspapers that want to attract young people through social media need to do three things, says Aralynn McMane, Executive Director of Young Readership Development at WAN-IFRA: be authentic, be credible, and listen more intelligently to young people.
You can’t fake authenticity, she says. “If you fake it, they’ll get it and go away,” she says.
Credibility can be a problem as well. Only 19 per cent of respondents in a recent survey of 2,000 Middle Eastern 15- to 24-year olds said that newspapers are a credible source of information. “You have to build trust,” she says.
Dr McMane, who presented numerous examples of newspapers that succeed with you and why, said they had the following points in common:
Fonte: http://blog.wan-ifra.org/2012/02/29/be-real-credible-and-ask-questions-to-reach-young-people
You can’t fake authenticity, she says. “If you fake it, they’ll get it and go away,” she says.
Credibility can be a problem as well. Only 19 per cent of respondents in a recent survey of 2,000 Middle Eastern 15- to 24-year olds said that newspapers are a credible source of information. “You have to build trust,” she says.
Dr McMane, who presented numerous examples of newspapers that succeed with you and why, said they had the following points in common:
- They lead in defense of causes, providing a platform for young people to pursue popular causes.
- They treat youth as ‘normal’ in their coverage. “I challenge you to examine your headlines about young people. They’re usually portrayed as victims, troublemakers, or, ‘it’s a miracle they have a brain.’”
- They recognise that young people are digital natives who are in on the “network buzz” naturally, and that they adopt the ‘next new thing’ early.
- They get to young people early, through their parents and teachers.
- They offer young people the opportunity to see what doing news work is all about.
Fonte: http://blog.wan-ifra.org/2012/02/29/be-real-credible-and-ask-questions-to-reach-young-people
Be real, credible and ask questions to reach young people
Newspapers that want to attract young people through social media need to do three things, says Aralynn McMane, Executive Director of Young Readership Development at WAN-IFRA: be authentic, be credible, and listen more intelligently to young people.
You can’t fake authenticity, she says. “If you fake it, they’ll get it and go away,” she says.
Credibility can be a problem as well. Only 19 per cent of respondents in a recent survey of 2,000 Middle Eastern 15- to 24-year olds said that newspapers are a credible source of information. “You have to build trust,” she says.
Dr McMane, who presented numerous examples of newspapers that succeed with you and why, said they had the following points in common:
Fonte: http://blog.wan-ifra.org/2012/02/29/be-real-credible-and-ask-questions-to-reach-young-people
You can’t fake authenticity, she says. “If you fake it, they’ll get it and go away,” she says.
Credibility can be a problem as well. Only 19 per cent of respondents in a recent survey of 2,000 Middle Eastern 15- to 24-year olds said that newspapers are a credible source of information. “You have to build trust,” she says.
Dr McMane, who presented numerous examples of newspapers that succeed with you and why, said they had the following points in common:
- They lead in defense of causes, providing a platform for young people to pursue popular causes.
- They treat youth as ‘normal’ in their coverage. “I challenge you to examine your headlines about young people. They’re usually portrayed as victims, troublemakers, or, ‘it’s a miracle they have a brain.’”
- They recognise that young people are digital natives who are in on the “network buzz” naturally, and that they adopt the ‘next new thing’ early.
- They get to young people early, through their parents and teachers.
- They offer young people the opportunity to see what doing news work is all about.
Fonte: http://blog.wan-ifra.org/2012/02/29/be-real-credible-and-ask-questions-to-reach-young-people
Livro "Cultura Digital"
Livro "Cultura Digital" organizado por Sérgio Cohn e Rodrigo Savazoni, publicado pela Azougue Editorial (Para Download)
Com entrevistas de Alfredo Manevy, André Lemos, André Parente, André Stolarski, André Vallias, Antonio Risério, Bernardo Esteves, Claudio Prado, Eduardo Viveiros de Castro, Eugênio Bucci, Fernando Haddad, Franklin Coelho, Gilberto Gil, Guido Lemos, Hélio Kuramoto, Jane de Almeida, Juca Ferreira, Ladislau Dowbor, Laymert Garcia dos Santos, Lucas Santtana, Marcelo Tas, Marcos Palácios, Ronaldo Lemos, Sergio Amadeu e Suzana Herculano-Houzel.
Para baixar o livro basta acessar o link: http://www.cultura.gov.br/ site/wp-content/uploads/2009/ 09/cultura-digital-br.pdf
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Cuido, logo existo
No passado
— Ah! Como eu queria voltar ao passado!
Quantas saudades, tudo era belo e a vida tinha mais sentido, me
lembro que morávamos numa colônia. Tinha 28 casas, de pau a
pique, cobertas com telhas comuns. Eu era uma criança com sete
anos mais ou menos, a vida dos habitantes da colônia me deixava
irritado, apesar da pouca idade. Ainda estava escuro quando o primeiro sinal era dado pelo fazendeiro, senhor João. Era um sinal que não me agradava nem um pouco, era um enorme sino ao lado da capelinha branca. À primeira batida todos tinham que se levantar e se reunir em suas casas, fazendo a oração matinal.
Me lembro que na escola, a dona Maria Aparecida,
minha professora, falava que a oração era o começo de um lindo dia, e com a mesma os anjinhos traziam uma taça com as seguintes bênçãos: o amor, a paz, harmonia, felicidade, compreensão, alegria e paz de espírito. Mas eu pensava comigo mesmo: o anjo poderia trazer uma taça cheia de dinheiro, eu iria dividir com meus amiguinhos da colônia. E um belo dia eu achei uma caneca cheia de moedas, na casa de senhor Joaquim, mas eu não peguei, aprendi que quando se acha alguma coisa alguém perdeu ou esqueceu, nada cai do céu, assim me ensinou minha mãe adotiva. Aquele dinheiro que achei mas não peguei era para comprar os remédios, que o senhor Manoel encomendava com o oveiro, seu Antônio Bento, remédios que serviam para vários tipos de doenças.
O senhor Antônio Bento morava numa cidadezinha por nome “Baixa da Égua”, distante a 12 quilômetros da fazenda Flor da Mata, e todas as quintas-feiras ele vinha com o seu DKV fumacento e depois pegava a pandora, a colocava na charrete e de casa em casa ia trocando as iguarias na cidade. Na fazenda ele trocava tecidos, lenços, combinações, arquinhos enfeitados, perfumes, chapéus e o mais gostoso de tudo, “os doces”, a parte que eu mais gostava. Tinha maria-mole, pé de moleque, rapadura, suspiros, doces de abóbora e de leite. os doces eram trocados por ovos de galinha e de patas.
A parte ruim eram os remédios, os mais famosos da época: óleo de rícino, sulfato ferroso, ancilostomina, óleo de fígado de bacalhau, biotônico Fontoura etc. eram remédios para toda a molecada da fazenda. Era assim que cuidavam da vida e da saúde, tinha a queridinha de todas as crianças até nos dias de hoje, a tradicional “injeção”. Esta combatia o tétano, malária, tuberculose, varíola e gripes. Da molecada, os maiorzinhos corriam e se escondiam, enquanto os menores entravam na agulha. Era um berreiro que dava dó, mas tudo era para a saúde e preservação da vida.
Outra coisa que eu aos poucos fui entendendo é que bastava chover uma semana que vinha o fazendeiro, no seu velho trator barulhento, pegando os colonos, que com pás, enxadas e enxadões começavam abrindo uma valeta grande no meio do cafezal, eu que só ia mais para comer do que trabalhar ficava pensando: Será que é para enterrar gente? Não, não podia, mas o melhor era esperar para ver o que ia dentro da valeta. Com as valetas abertas, o fazendeiro
ia na cidade e trazia o Chevrolet cheio de palha de café, era aí que minha curiosidade vinha à tona. Adultos e crianças, mas só os machos, todos pegávamos as palhas de café e jogávamos dentro das valetas, misturando com o mato que ao capinar iam amontoando no carreador, era aquela bagunça, nós fazíamos uma farra danada.
Depois de encher as valetas, nós colocávamos a terra de volta e ficavam ali enterradas as palhas e o mato, após meses abríamos as valetas novamente, pegávamos toda aquela bagaceira e esparramávamos no meio do cafezal novo, era um tipo de adubo natural. Aí
aprendi que aquilo era bom para o meio ambiente, fauna, flora, animais, era o homem de mãos dadas com a “mãe natureza”,tirando e devolvendo o sustento de todos os seres viventes.
Ah! No passado se queimava menos mato, ai de quem fosse pego colocando fogo: o fazendeiro além de chamar o colono de preguiçoso e vagabundo mandava que ele fosse embora de sua fazenda. No passado a vida e a saúde dos moradores da colônia era mais saudável, tinha menos doenças, as mais conhecidas eram: a senhora gripe, a comadre varicela, compadre sarampo, tia lombriga e a doutora solitária. Eu tinha uma fauna na barriga, todo tipo de porcaria eu comia, terra, tijolo, caco de telha, carvão e a famosa caca de nariz. Eu tinha até um apelido, “lombriga”, isso no passado, mas tudo que é bom vai acabando, da colônia só restaram as ruínas, dos colonos as saudades, o hoje é nosso, e o amanhã só a Deus pertence, do passado só recordações, menos queimadas, mais amor ao próximo, menos ganância pelo vil metal, neste caso o dinheiro, o respeito pela mãe natureza, preservação da fauna e da flora e dos animais. Era menos poluição e todos contribuíam para
o meio ambiente. Mas tudo ficou no passado; por isso o título “No passado”.
Paulo de Pontes, 55 anos
Andradina, SP
3º lugar - Categoria 4
Textos do livro "Cuido, logo existo", a mais nova publicação do Instituto Ecofuturo, parceiro do Programa Jornal e Educação - ANJ, que está sendo distribuída por todo o Brasil entre bibliotecas públicas. Ele reúne as 60 redações vencedoras da 7ª edição do Concurso Cultural Ler e Escrever é Preciso, que teve quase cinco mil participantes de todo o Brasil.
Ao todos foram publicados 35 mil exemplares que, além das bibliotecas públicas estarão nas casas dos participantes do concurso e parceiros. Se você não tem o livro em mãos, não se preocupe, ele está disponível para download no endereço http://www.ecofuturo.org.br/uploads/conteudos/textos_de_apoio/CuidoPDF.pdf Além disso, o Programa Jornal e Educação vai divulgar periodicamente os textos, para encantar os seus leitores e lembrar que a vida merece cuidados, todos os dias, nos pequenos gestos, nas mais simples atitudes!
O celular em nossa vida
Por Cecília Pavani - Correio escola Multimídia
Celular é um suporte e tanto: falamos de nossos problemas e discutimos sobre tudo no cotidiano; marcamos e desmarcamos encontros, trocamos impressões a respeito de objetos e lugares já visitados etc, mas nos esquecemos da modalidade “olho no olho”, o conversar com o outro “ao vivo”, isto é, já não vemos pessoas num restaurante ou bar conversando animadamente olhando uma para as outras, mas todas com seus celulares.
Na rua, no cinema(!), na cafeteria,sozinhos ou com amigos, as pessoas lá estão empenhadas naquele minúsculo aparato falante como se ele fosse mais importante que um ser humano.
Podemos dizer que criamos uma nova dependência, a de não conseguir deixar o aparelhinho quieto!
Podemos dizer que criamos uma nova dependência, a de não conseguir deixar o aparelhinho quieto!
Se no telefone fixo com o outro, era algo que requeria tempo e atenção, hoje, com o celular, o comportamento é outro: o tilintar de um fone, uma música ou chamado leva as pessoas a largar de imediato o que estão fazendo para atender o celular, como se o chamado fosse sempre uma emergência!
No ônibus, na rua, na padaria, sala de aula ou mesmo em meioa uma reunião ou celebração religiosa, pasmem! As pessoas ficam como que anestesiadas pelo chamado e não atendê-lo, parece a maior de todas as ofensas!
É claro que há chamadas necessárias em caso de doença, acidente, trabalho, mas será que todas as chamadas correspondem a tais situações?
O celular é útil, sem dúvida, mas sua utilização está merecendo analise comportamental.
Participamos, querendo ou não, de discussões entre casais, pais e filhos, de bate-papos entre amigos e outras conversas, como se estivéssemos em uma roda de pessoas alucinadas, falando sozinhas a todo momento…
Felizmente há locais em que a solicitação para desligar celulares faz parte de suas funções, mas infelizmente, há muito que se pensar e aprender sobre educação ao telefone celular, aliás, hoje, uma disciplina em falta nos bancos escolares…
Fonte: http://www.rac.com.br/blog/38/blog-correio-escola
Professora de Goiânia resgata brincadeiras e recebe prêmio
Professora no Centro Municipal de Educação Infantil Colemar Natal e Silva, em Goiânia, há cinco anos, Ângela de Lourdes Rezende e Araújo integra o grupo de vencedores da quinta edição do Prêmio Professores do Brasil. Ela concorreu com o projeto Brincadeiras de Crianças e Possibilidades de Integração com a Família. Desenvolvido inicialmente com 20 alunos da educação infantil, na faixa etária de cinco anos, o trabalho, voltado para o resgate de antigas brincadeiras, atraiu as famílias para a escola.
Moradora de Hidrolândia, a 30 quilômetros da capital, Ângela leciona desde os 16 anos, quando concluiu o curso de nível médio de magistério. Naquela época, descobriu a paixão pelo ensino. Mesmo lecionando em escolas públicas, nas quais, às vezes, faltam recursos para efetivar determinadas propostas de trabalho, ela garante que o mais importante não lhe falta: “Entusiasmo, criatividade, predisposição interna para a mudança, bem como o desejo de cativar as crianças e criar propostas inovadoras, que tornem as aulas mais criativas e façam a diferença na vida dos educandos”.
Formada em pedagogia, com especialização em planejamento educacional e psicopedagogia, ela acredita que o trabalho do educador produz a diferença quando ele gosta do que faz e busca uma formação continuada. “É preciso valorizar muito o professor”, salienta.
Na opinião de Ângela, o magistério é uma profissão capaz de formar pessoas que veem e compreendem a realidade, atuando nessa realidade como elemento de mudança e transformação. “Enquanto educa, o professor forma mentalidades que podem exercer a cidadania e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária”, ressalta.
A professora revela que seu trabalho é todo subsidiado por projetos, originados principalmente dos interesses e necessidades do grupo de alunos. “Ao trabalhar com projetos, tornamos nosso currículo mais dinâmico, rico e significativo”, diz. Para ela, os projetos também permitem que a interdisciplinaridade ocorra de forma natural, além de instigar o interesse das crianças e o engajamento da família nas propostas de trabalho. Possibilitam ainda o entrelaçamento dos conhecimentos científicos e não científicos e permitem que as crianças se considerem integrantes do processo. “Aos poucos, elas vão se apropriando de nossa cultura e construindo seus conhecimentos”, enfatiza.
Resgate — O projeto premiado resgatou brincadeiras do tempo em que os pais dos estudantes eram crianças, de modo a ampliar o repertório de atividades lúdicas no cotidiano dos alunos. Procurou, também, integrar o estudo da vida e da obra de Cândido Portinari (1903-1962), com suas brincadeiras populares infantis. Uma parceria com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Goiânia valorizou a prática da inclusão. Outra preocupação do projeto foi a de desenvolver experiências significativas por meio de múltiplas linguagens para incentivar a interação entre as crianças e promover a aprendizagem.
De acordo com Ângela, foi possível observar, na prática, que o resgate de brincadeiras mais antigas aproximou os pais da escola, abriu espaço para a criatividade e tornou as crianças mais amigas umas das outras. Contribuiu ainda para a valorização de brincadeiras que estavam esquecidas. “Notamos que o projeto permitiu uma prática mais reflexiva, que valorizou o conhecimento de mundo das crianças, de forma que esse conhecimento fosse vivido, sentido, percebido e explorado por meio de situações diversas”, argumenta a professora. Ela conclui que o trabalho permitiu o entrelaçamento entre o brincar, o cuidar e o educar, ao reconhecer a criança como sujeito de direitos com poder de imaginação, fantasia e criatividade.
Fonte: Portal do Professor/MEC Fátima Schenini 24/02/2012
Moradora de Hidrolândia, a 30 quilômetros da capital, Ângela leciona desde os 16 anos, quando concluiu o curso de nível médio de magistério. Naquela época, descobriu a paixão pelo ensino. Mesmo lecionando em escolas públicas, nas quais, às vezes, faltam recursos para efetivar determinadas propostas de trabalho, ela garante que o mais importante não lhe falta: “Entusiasmo, criatividade, predisposição interna para a mudança, bem como o desejo de cativar as crianças e criar propostas inovadoras, que tornem as aulas mais criativas e façam a diferença na vida dos educandos”.
Formada em pedagogia, com especialização em planejamento educacional e psicopedagogia, ela acredita que o trabalho do educador produz a diferença quando ele gosta do que faz e busca uma formação continuada. “É preciso valorizar muito o professor”, salienta.
Na opinião de Ângela, o magistério é uma profissão capaz de formar pessoas que veem e compreendem a realidade, atuando nessa realidade como elemento de mudança e transformação. “Enquanto educa, o professor forma mentalidades que podem exercer a cidadania e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária”, ressalta.
A professora revela que seu trabalho é todo subsidiado por projetos, originados principalmente dos interesses e necessidades do grupo de alunos. “Ao trabalhar com projetos, tornamos nosso currículo mais dinâmico, rico e significativo”, diz. Para ela, os projetos também permitem que a interdisciplinaridade ocorra de forma natural, além de instigar o interesse das crianças e o engajamento da família nas propostas de trabalho. Possibilitam ainda o entrelaçamento dos conhecimentos científicos e não científicos e permitem que as crianças se considerem integrantes do processo. “Aos poucos, elas vão se apropriando de nossa cultura e construindo seus conhecimentos”, enfatiza.
Resgate — O projeto premiado resgatou brincadeiras do tempo em que os pais dos estudantes eram crianças, de modo a ampliar o repertório de atividades lúdicas no cotidiano dos alunos. Procurou, também, integrar o estudo da vida e da obra de Cândido Portinari (1903-1962), com suas brincadeiras populares infantis. Uma parceria com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Goiânia valorizou a prática da inclusão. Outra preocupação do projeto foi a de desenvolver experiências significativas por meio de múltiplas linguagens para incentivar a interação entre as crianças e promover a aprendizagem.
De acordo com Ângela, foi possível observar, na prática, que o resgate de brincadeiras mais antigas aproximou os pais da escola, abriu espaço para a criatividade e tornou as crianças mais amigas umas das outras. Contribuiu ainda para a valorização de brincadeiras que estavam esquecidas. “Notamos que o projeto permitiu uma prática mais reflexiva, que valorizou o conhecimento de mundo das crianças, de forma que esse conhecimento fosse vivido, sentido, percebido e explorado por meio de situações diversas”, argumenta a professora. Ela conclui que o trabalho permitiu o entrelaçamento entre o brincar, o cuidar e o educar, ao reconhecer a criança como sujeito de direitos com poder de imaginação, fantasia e criatividade.
Fonte: Portal do Professor/MEC Fátima Schenini 24/02/2012
And the Oscar goes to...."The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore"
Compartilhamos o curta de animação "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" (Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore), de William Joyce e Brandon Oldenburg, que foi vencedor do Oscar 2012.
Segundo Sérgio Rodrigues, da coluna TodoProsa, da Veja, a história de The fantastic flying books…foi lançada ano passado como um livro digital interativo para iPad que chegou ao primeiro lugar entre os mais vendidos na loja da Apple.
Preferimos não comentar nada sobre o vídeo...Veja e emocione-se!!!
Jovens desenvolvem senso crítico por meio da educomunicação
Do lado de fora da escola, jovens são instigados a planejar uma revista, discutir os temas que devem estar em suas páginas e produzir conteúdo capaz atingir pessoas em todo o País. Essa é a rotina do projeto Viração, organização com sede em São Paulo que reúne cerca de 300 jovens em 22 estados. A revista mensal Viração, uma das produções do grupo, propõe debates sobre assuntos como arte, cultura e política com base na educomunicação, que começa a ganhar espaço dentro e fora da sala de aula e busca desenvolver o senso crítico e as habilidades comunicativas da sociedade.
O material da Viração é pensado e produzido por jovens de 15 a 29 anos. Semanalmente, cerca de 100 deles passam pela sede do projeto. Quem não mora em São Paulo também pode participar: 22 conselhos Virajovem organizam diferentes ações em seus estados. "Em quase 10 anos de existência, estimamos que 5 milhões de jovens já tiveram contato com a revista ou com alguma notícia publicada pela organização", comemora a diretora executiva da iniciativa, Lilian Romão.
O principal objetivo da Viração é permitir que os jovens falem para jovens sobre assuntos de seu interesse - e que discutam esses temas durante todo o processo que envolve a produção da revista. O projeto é mantido com dinheiro arrecadado por assinaturas. "A Viração é uma organização social privada sem fins lucrativos. Nossa equipe também é composta por educomunicadores e outros profissionais interessados em trabalhar a comunicação dentro de outro formato", diz. Segundo Lilian, não há restrições quanto à participação. "Temos jovens de comunidade, comunicadores que estão na universidade, participantes de movimento social, integrantes de projetos de outras organizações sociais. Uma das riquezas da Viração é conseguir dialogar com a juventude como um todo, sem criar padrões. Trabalhamos com gente preocupada em construir um novo formato de comunicação", destaca.
Educomunicação busca desenvolver senso crítico
Segundo o coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (USP), Ismar de Oliveria Soares, o conceito de educomunicação trata de um conjunto de referências sobre programas, projetos e produções desenvolvidos a partir de um grupo que busca ampliar seu potencial comunicativo. "A educomunicação tem uma vertente política, discute como os jovens participam da gestão, planejamento, produção, avaliação. O objetivo é criar relação de cidadania e exercício da função comunicativa como direito universal", explica. "É um diálogo permanente, interno e externo, com os grupos de pessoas que trabalham na interface da comunicação", acrescenta.
Segundo o coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (USP), Ismar de Oliveria Soares, o conceito de educomunicação trata de um conjunto de referências sobre programas, projetos e produções desenvolvidos a partir de um grupo que busca ampliar seu potencial comunicativo. "A educomunicação tem uma vertente política, discute como os jovens participam da gestão, planejamento, produção, avaliação. O objetivo é criar relação de cidadania e exercício da função comunicativa como direito universal", explica. "É um diálogo permanente, interno e externo, com os grupos de pessoas que trabalham na interface da comunicação", acrescenta.
O professor aponta outros conceitos semelhantes à educomunicação, como os princípios de tecnologia educativa e mídia e educação. No entanto, diz que as três vertentes apresentam diferenças bastante pontuais. "A tecnologia educativa trata da importância de o professor utilizar adequadamente recursos analógicos, seja o quadro negro ou o computador. A preocupação é a relação da técnica de quem administra o conteúdo, enquanto que o conceito de mídia e comunicação tem como foco a mídia e a tecnologia", diz.
"A diferença é que a educomunicação parte do preceito de que existe uma comunidade educativa em ação, composta por quem ensina, quem aprende e todo o ecossistema envolvido. Nesse caso, as tecnologias não são pensadas para beneficiar apenas quem emite, mas a comunidade como um todo", destaca.
O conceito de educomunicação existe desde 1999, mas suas práticas já são conhecidas há muitos anos. Segundo Soares, sempre houve movimentos para ampliar o potencial comunicativo das pessoas, antigamente chamados de comunicação alternativa. "Quando se começou a trabalhar esse conceito em instituições de ensino e ONGs, a prática foi legitimada, e o resultado são crianças mais saudáveis em termos afetivos e intelectuais, com uma autoimagem muito sólida", avalia.
Revista Viração Educomunicação: http://www.viracao.org/
Revista Viração Educomunicação: http://www.viracao.org/
Fonte: Terra 20/02/2012
A Gazeta na Sala de Aula lança site em março
Para estabelecer um contato mais próximo com os professores do “A Gazeta na Sala de Aula”, o programa lançará, no dia 9 de março, um novo site. O portal será aberto ao público em geral, mas também terá conteúdo exclusivo para os monitores do programa. Para tanto, haverá uma área restrita e, neste espaço, ficarão disponíveis os materiais para uso em encontros e oficinas realizadas durante o ano.
A assistente de Responsabilidade Social do Instituto Carlos Lindenberg, Carolina Bragio, disse que os internautas poderão participar de blogs, fóruns, relatar o desenvolvimento do trabalho com o jornal em sala de aula, além de acompanhar a agenda de eventos e dar opiniões sobre determinados assuntos.
“A rede social é uma ferramenta exclusiva que promete fazer sucesso entre os usuários. Nela, os educadores poderão se comunicar e trocar experiências sobre o trabalho desenvolvido em sala de aula, ou seja, será um espaço de comunicação e interação”, revela Carolina.
O conteúdo deste espaço será atualizado com notícias extraídas dos veículos de comunicação da Rede Gazeta.
Professora de Rondônia estimula aprendizado por meio de blogs
A matéria abaixo foi publicada em outubro de 2011 no Portal do MEC e também no blog Singular (www.singularojornalescolar.blogspot.com), mas vale a pena reler o texto e ver como a professora Juliana Seabra usou a criatividade para unir o trabalho de blogs com jornal.
Temas relacionados à educação e às turmas com as quais trabalha são, basicamente, os assuntos tratados nos blogs da professora Juliana Seabra Laudares, de Rolim de Moura (RO). Pedagoga especializada em alfabetização, ela leciona na rede pública de ensino há 14 anos. Neste ano, Juliana dá aulas em uma turma do 2º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Coronel Aluízio Pinheiro Ferreira, mas sua experiência como professora inclui também turmas de ensino infantil e superior.
Seu primeiro blog - http://lindamenina.ju.zip.net (já inexistente) – foi criado em 2007 para que ela aprendesse a lidar com essa ferramenta no contexto escolar. Em 2010, quando começou a fazer especialização em Mídias na Educação, promovida pelo Programa Nacional de Tecnologia Educacional do Ministério da Educação (Proinfo/MEC), Juliana criou o blog jornal Super Legal, pois uma das atividades do curso era o desenvolvimento de um projeto para aplicação em sala de aula, que utilizasse pelo menos duas mídias. Em seu projeto, que pretendia conhecer o registro histórico e cultural do município por meio de fotografias, jornais, relatos, entrevistas e as produções das crianças, ela utilizou o blog e o jornal.
Como todas as atividades previstas no projeto eram postadas no blog da turma, logo os alunos se interessaram em ter seus próprios blogs. As mães, por sua vez, queriam ser seguidoras do blog da turma. Isso levou à realização de uma oficina para alunos e mães, no laboratório de informática da escola, que não só proporcionou uma maior interação da escola com a família como uma maior autonomia aos alunos que mantinham seus blogs com características próprias.
Atualmente, embora Juliana não dê mais aulas para esses estudantes, ela procura incentivá-los a continuarem usando seus blogs. E o blog Jornal Super Legal continua, porém com outra turma e com outros projetos. A professora criou também o blog Ler e escrever, um prazer!, voltado à publicação de artigos sobre educação.
Mudanças
Nesse período em que vem trabalhando com blogs, Juliana tem observado algumas mudanças em seus alunos. Segundo ela, é possível perceber uma maior preocupação dos estudantes ao produzir um texto, ao fazer comentários nos blogs, bem como a articulação das ideias influenciando na leitura e na escrita. Além disso, a possibilidade de que os conteúdos postados possam ser vistos por muitas pessoas ajuda a melhorar a autoestima dos alunos. “Utilizando o blog como ferramenta pedagógica, os alunos demonstram mais cuidado com a própria escrita, o que favorece a aprendizagem”, acredita. E o contato com as tecnologias estimula os alunos a buscarem outros conhecimentos: fazer planilhas, visualizar mapas, capturar e postar imagens, são alguns deles.
Outro ponto levantado por Juliana é a apresentação estética do blog, que envolve questões como imagens, legendas e sons e faz com que o estudante busque outros tipos de conhecimento para tornar sua produção cada vez melhor. “Ao lidarem com as mídias e tecnologias disponíveis, os alunos despertam para as mais variadas possibilidades do uso da leitura e da escrita”, enfatiza.
Cartas que ensinam a ler
De acordo com Juliana, o blog possibilita que ela fique sempre em contato com outros professores, partilhando projetos, sugestões de leituras, imagens ou planos de aula e até mesmo colaborando na elaboração de projetos ou no planejamento de aulas. Em um grupo de discussão virtual, ela conheceu a professora Sintian Schmidt, da Escola Municipal Villa Lobos, de Caxias do Sul (RS). Juntas, elas desenvolveram o projeto Cartas que ensinam a Ler. O projeto foi desenvolvido de março a novembro de 2008, envolvendo 60 alunos do terceiro ano do ensino fundamental. Cada professora postava no blog de sua turma as atividades desenvolvidas por seus alunos, permitindo acompanhar o desenvolvimento do projeto nos dois estados. Ao final do projeto, mais de 90% dos alunos estavam alfabetizados. “Apesar de realidades e regiões diferentes foi possível fazermos um planejamento comum a partir das informações que trocávamos por meio dos nossos blogs, por e-mail e também pelo MSN”, finaliza Juliana.
Fonte: Fátima Schenini - MEC
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=1794
Temas relacionados à educação e às turmas com as quais trabalha são, basicamente, os assuntos tratados nos blogs da professora Juliana Seabra Laudares, de Rolim de Moura (RO). Pedagoga especializada em alfabetização, ela leciona na rede pública de ensino há 14 anos. Neste ano, Juliana dá aulas em uma turma do 2º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Coronel Aluízio Pinheiro Ferreira, mas sua experiência como professora inclui também turmas de ensino infantil e superior.
Seu primeiro blog - http://lindamenina.ju.zip.net (já inexistente) – foi criado em 2007 para que ela aprendesse a lidar com essa ferramenta no contexto escolar. Em 2010, quando começou a fazer especialização em Mídias na Educação, promovida pelo Programa Nacional de Tecnologia Educacional do Ministério da Educação (Proinfo/MEC), Juliana criou o blog jornal Super Legal, pois uma das atividades do curso era o desenvolvimento de um projeto para aplicação em sala de aula, que utilizasse pelo menos duas mídias. Em seu projeto, que pretendia conhecer o registro histórico e cultural do município por meio de fotografias, jornais, relatos, entrevistas e as produções das crianças, ela utilizou o blog e o jornal.
Como todas as atividades previstas no projeto eram postadas no blog da turma, logo os alunos se interessaram em ter seus próprios blogs. As mães, por sua vez, queriam ser seguidoras do blog da turma. Isso levou à realização de uma oficina para alunos e mães, no laboratório de informática da escola, que não só proporcionou uma maior interação da escola com a família como uma maior autonomia aos alunos que mantinham seus blogs com características próprias.
Atualmente, embora Juliana não dê mais aulas para esses estudantes, ela procura incentivá-los a continuarem usando seus blogs. E o blog Jornal Super Legal continua, porém com outra turma e com outros projetos. A professora criou também o blog Ler e escrever, um prazer!, voltado à publicação de artigos sobre educação.
Mudanças
Nesse período em que vem trabalhando com blogs, Juliana tem observado algumas mudanças em seus alunos. Segundo ela, é possível perceber uma maior preocupação dos estudantes ao produzir um texto, ao fazer comentários nos blogs, bem como a articulação das ideias influenciando na leitura e na escrita. Além disso, a possibilidade de que os conteúdos postados possam ser vistos por muitas pessoas ajuda a melhorar a autoestima dos alunos. “Utilizando o blog como ferramenta pedagógica, os alunos demonstram mais cuidado com a própria escrita, o que favorece a aprendizagem”, acredita. E o contato com as tecnologias estimula os alunos a buscarem outros conhecimentos: fazer planilhas, visualizar mapas, capturar e postar imagens, são alguns deles.
Outro ponto levantado por Juliana é a apresentação estética do blog, que envolve questões como imagens, legendas e sons e faz com que o estudante busque outros tipos de conhecimento para tornar sua produção cada vez melhor. “Ao lidarem com as mídias e tecnologias disponíveis, os alunos despertam para as mais variadas possibilidades do uso da leitura e da escrita”, enfatiza.
Cartas que ensinam a ler
De acordo com Juliana, o blog possibilita que ela fique sempre em contato com outros professores, partilhando projetos, sugestões de leituras, imagens ou planos de aula e até mesmo colaborando na elaboração de projetos ou no planejamento de aulas. Em um grupo de discussão virtual, ela conheceu a professora Sintian Schmidt, da Escola Municipal Villa Lobos, de Caxias do Sul (RS). Juntas, elas desenvolveram o projeto Cartas que ensinam a Ler. O projeto foi desenvolvido de março a novembro de 2008, envolvendo 60 alunos do terceiro ano do ensino fundamental. Cada professora postava no blog de sua turma as atividades desenvolvidas por seus alunos, permitindo acompanhar o desenvolvimento do projeto nos dois estados. Ao final do projeto, mais de 90% dos alunos estavam alfabetizados. “Apesar de realidades e regiões diferentes foi possível fazermos um planejamento comum a partir das informações que trocávamos por meio dos nossos blogs, por e-mail e também pelo MSN”, finaliza Juliana.
Fonte: Fátima Schenini - MEC
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=1794
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Livro "Idade Mídia - A Comunicação reinventada na escola" mostra projeto de mídia em escola paulista
Se você é interessado pela relação mídia - educação, um livro que não pode faltar na sua estante é o novo lançamento da editora Aleph: "Idade Mídia - A Comunicação reinventada na escola", do jornalista Alexandre Le Voci Sayad. Veja mais informações abaixo e espere pela entrevista que faremos com Alexandre e, em breve publicaremos em nosso blog, com mais detalhes sobre a obra!
Alexandre Le Voci Sayad/ Jatobá
Editora: Editora Aleph
Publicação: 2012
Resenha:
No início de 2002, os jornalistas Alexandre Le Voci Sayad e Gilberto Dimenstein propuseram ao Colégio Bandeirantes, em São Paulo, um ousado projeto que prometia lidar com uma era que ainda estava por vir: os estudantes teriam autonomia para conceber e executar um projeto de mídia — sua própria revista — e vivenciariam um ano de experiências em comunicação e expressão. Nascia, assim, o Idade Mídia, antes mesmo da febre dos blogs e das redes sociais. Após mais de uma década, renovando-se com a velocidade dos fatos e da comunicação, o Idade Mídia firmou-se como modelo de uma nova educação em que o jovem é ator na construção do aprendizado, dentro e fora do espaço/tempo da escola formal. O livro apresenta a trajetória do programa e revela sua metodologia; traz depoimentos dos profissionais que colaboraram ao longo dos dez anos de sua existência; e conta algumas das belas histórias dos mais de duzentos alunos que levaram as lições da comunicação para as suas vidas.
Sobre o autor:Alexandre Le Voci Sayad é jornalista e educador, especializado em Direitos Humanos. Desde 1999, dedica-se a projetos interdisciplinares. No jornalismo, colaborou, entre outros veículos, com o jornal O Estado de S. Paulo, a rádio Eldorado-Brasil 3000 e a revista Trip, além da mídia especializada, como revista Educação e o Guia do Estudante. Na área social, foi um dos fundadores da Cidade Escola Aprendiz, da Rede Andi Brasil e da Rede CEP (Comunicação , Educação e Participação), da qual é secretário-executivo.
Cidadania em vídeo
Série de animações da TV Câmara que orienta práticas para a convivência adequada com pessoas que têm necessidades especiais. As peças têm direção e roteiro de Dulce Queiroz, jornalista do núcleo de Documentários da TV Câmara. As ilustrações são de Daniel Carvalho e a animação é de Tiago Keise.
Unicef cancelou as comemorações do Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV!!!
Compartilhamos abaixo notícia do site RevistaPontoCom de que o Unicef cancelou as comemorações do Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV!!!
A notícia pegou muita gente de surpresa. Desde o início do ano, a equipe da revistapontocom estava em contato com o Unicef para saber detalhes sobre o tema do Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV, celebrado há 20 anos ininterruptamente pela instituição. Na segunda quinzena de fevereiro, Karen Cirillo, produtora executiva do órgão, respondeu um e-mail enviado pela revistapontocom ao Unicef. Nele, ela dizia que a instituição anunciava o fim da celebração. Logo, em seguida, o portal do Unicef publicou uma nota, em inglês, explicando a decisão. Dias depois, a nota foi traduzida para o português.
Eis, abaixo, a nota oficial do Unicef:
Unicef anuncia o fim do Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV
Em 2011, o Unicef celebrou o 20º Aniversário do Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV (ICDB*). A iniciativa – que começou como uma maneira de conseguir que as emissoras dedicassem um tempo de sua programação para as questões relacionadas às crianças – cresceu através dos anos e se tornou uma celebração da participação de crianças e adolescentes na mídia. Ao longo do caminho, inspirou o desenvolvimento de programação infanto-juvenil de qualidade, programas regulares de rádio e TV conduzidos por meninos e meninas e uma infinidade de eventos especiais. A iniciativa foi abraçada tanto por grandes emissoras privadas quanto por organismos públicos de radiodifusão em pequenos países.
Hoje nós celebramos o que o ICDB foi capaz de realizar e anunciamos o fim da iniciativa. Pelo retorno que recebemos, fica claro que o ICDB alcançou seus objetivos: uma melhor qualidade da programação infanto-juvenil e uma maior atenção às crianças e aos adolescentes por parte das emissoras. Neste estágio, com a mudança no cenário da mídia e os excelentes progressos frutos do ICDB, faz sentido declarar que o Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV foi um sucesso.
Ainda que o Unicef não vá mais coordenar um dia ou fornecer um tema global, nós encorajamos as emissoras para que continuem envolvendo as crianças e os adolescentes de alguma forma em sua programação, não apenas em um dia, mas durante todo o ano. Se o ICDB foi um sucesso em seu país, por favor, continue a celebrá-lo da maneira que achar adequada, escolhendo um tema ou assunto que seja importante para a sua comunidade.
Obrigada por todo o seu apoio, criatividade e dedicação para aumentar a participação de meninas e meninos nos meios de comunicação e melhorar a programação para as crianças.
Por Karen Cirillo, Produtora Executiva do Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV
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