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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Parcerias são tão importantes quanto uma ideia

Veja abaixo entrevista que o Instituto Ecofuturo fez com a coordenadora do Programa Jornal e Educação - ANJ, Cristiane Parente, ressaltando a importância da parceria entre eles no concurso ler e Escrever é Preciso. A entrevista foi publicada no site do Instituto Ecofuturo.
Já dizia o ditado: uma andorinha só não faz verão. Parcerias, ainda mais para projetos realizados num País de proporções continentais como o Brasil, são tão importantes quanto os objetivos traçados por uma ideia. Para “fazer verão” na 7ª edição do Concurso Cultural Ler e Escrever é Preciso, o Instituto Ecofuturo está contando com o apoio de muitos e bons parceiros, como é o caso da Associação Nacional de Jornais (ANJ) -, que vem anunciando por todos os cantos do País que é mais do que a hora de unirmos vozes e ações em prol dos cuidados por todas as vidas.

A coordenadora executiva do Programa Jornal e Educação da ANJ, Cristiane Parente de Sá Barreto, em entrevista ao blog, afirma que está sendo muito estimulante trilhar os caminhos propostos pelo 7º Concurso, destacando que “além de estimular a leitura, que é fundamental para qualquer cidadão - seja em sua dimensão sociocultural, seja em sua dimensão político ou educacional, o Concurso estimula a autoria que, a nosso ver, pode mudar a maneira como as pessoas relacionam-se com sua formação, sua autoestima, sua confiança e atitude cidadã perante o mundo”.

Como os jornais podem ajudar na promoção da leitura e da escrita no País? A ANJ possui algum projeto?
A ANJ tem o Programa Jornal e Educação como sua principal ação de responsabilidade social e estímulo à leitura-autoria. A partir da ação de programas locais desenvolvidos por cerca de 60 jornais brasileiros, milhares de professores são estimulados a trabalharem o jornal como parceiro da educação, na formação de leitores e autores. São crianças, jovens e adultos aprendendo a ler, diferenciar tipos de textos, interpretá-los, lê-los criticamente e criarem seus próprios jornais escolares. É o jornal ampliando espaços de leitura e aprendizagem, democratizando a informação e ajudando a formar cidadãos.

Em sua opinião, qual é o papel da imprensa na divulgação da literatura?
Acreditamos que para formar leitores é preciso que eles tenham acesso a diferentes tipos de textos. O jornal, além de ser um suporte para diferentes tipos de textos, divulga e ajuda a refletir a arte, a literatura, o cinema, a música, etc. despertando o interesse pela sua leitura. A crônica, que tem como pais o jornal e a literatura, também está nas páginas de jornais como um gênero nobre mostrando um olhar diferenciado sobre a realidade.


O que fundamentou a decisão do Programa Jornal e Educação da ANJ em estabelecer a parceria com o Instituto Ecofuturo?
A seriedade e a competência que caracterizam o Instituto Ecofuturo em suas ações em prol da educação e da cultura brasileira. O estímulo à leitura e autoria que tanto caracteriza os concursos do Ecofuturo também nos mobiliza e sermos parceiros significa potencializar nossos esforços nessa direção.
Qual a relevância em realizar um projeto como o 7º Concurso Cultural Ler e Escrever é Preciso?
Além de estimular a leitura, que é fundamental para qualquer cidadão - seja em sua dimensão sócio-cultural, seja em sua dimensão político ou educacional, o concurso estimula a autoria que, a nosso ver, pode mudar a maneira como as pessoas relacionam-se com sua formação, sua autoestima, sua confiança e atitude cidadã perante o mundo. Ser autor é expor seu olhar sobre o mundo, comprometer-se com ele, estar aberto ao diálogo, à crítica. É ter a possibilidade de aprender sobre ética, responsabilidade diante do poder das palavras. Como trabalhamos com essas questões, nada mais estimulante que estarmos juntos com o Ecofuturo nesse caminho.


"Pra que serve a literatura"?
Difícil responder objetivamente a essa pergunta, porque a literatura pode servir pra muitas coisas, dependendo da maneira como nos aproximamos/ apropriamos dela. Ela pode simplesmente estar ligada ao prazer de ler, de entregar-se a uma obra, de deixá-la crescer dentro de nós e nos modificar.
Gosto de pensar como Daniel Pennac, no livro “Como um Romance”, que a literatura nos tira de dentro de nós mesmos, de nossa realidade, para que possamos refletir sobre ela. “Uma leitura bem levada nos salva de tudo, inclusive de nós mesmos”, diz o autor. Podemos, talvez, dizer que a literatura tem a função de formar, informar, encantar, mostrar quem somos, dar vida às palavras. Talvez seu papel seja o de despertar o autor que existe em cada leitor, quando após a leitura de um livro ele deixa que uma nova obra surja dentro dele.
A partir da literatura criamos nossos personagens, caminhos, cenários, histórias. Fazemos uma espécie de catarse. É impossível sair “ileso” do encontro com um bom livro. Ele vai nos transformando, pouco a pouco.

Fonte: Blog Instituto Ecofuturo

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