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terça-feira, 5 de julho de 2011

Para combater a obesidade em crianças, nada de TV no quarto


Retirar os aparelhos de TV dos quartos das crianças; ensiná-las a comer apenas quando têm fome; não privá-las das brincadeiras como castigo. São recomendações de um novo relatório da ONG americana Institute of Medicine (IOM), um dos primeiros estudos abrangentes sobre o que deve ser feito para prevenir obesidade em menores de 5 anos.

“A obesidade epidêmica não poupou as crianças menores”, diz Leann Birch, presidente do comitê do IOM que fez o relatório e dirige o Centro de Pesquisa da Obesidade Infantil da Universidade Estadual da Pensilvânia.

Cerca de 20% das crianças dos EUA estão acima do peso ou são obesas antes de ir para o jardim da infância, com taxas mais elevadas entre as crianças de baixa renda de origem afro-americana e hispânica, ressalta o estudo. Dados do governo mostram que 30% das crianças em idade escolar estão acima do peso ou obesas.

O relatório pretende alertar os órgãos de assistência à criança, as creches e os educadores do jardim da infância, mas em grande parte as recomendações podem se aplicar também aos pais.
Segundo o texto, as crianças devem ter atividades físicas o dia todo e o sono deve ser estimulado conforme a idade. Dados estabelecem uma relação entre a breve duração do sono e o excesso de peso, segundo Leann.

Os adultos devem criar ambientes que garantam um sono repousante para as crianças, por exemplo, não permitindo a presença de aparelhos dotados de tela nos quartos de dormir. Atualmente, cerca de 40% das crianças entre os 4 e os 6 anos nos EUA têm TV no quarto.
Outra dica é limitar o tempo e a exposição ao marketing de comidas e bebidas. As creches também deveriam limitar o período em que as crianças ficam na frente da TV, assim como o uso de computadores, celulares e outras tecnologias digitais para menos de duas horas ao dia para crianças de 2 a 5 anos. Controlar o peso e a altura segundo tabelas de crescimento, do nascimento aos 5 anos, a cada ida ao médico, também é recomendado.

Fonte: Nanci Hellmich – The New York Times (tradução de Anna Capovilla – O Estado de S. Paulo) 05/07/2011

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