O Jornal Correio Braziliense repercutiu estudo publicado no mês de junho pela revista Science, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, que aponta que pessoas que frequentam a pré-escola aos 4 ou 5 anos obtêm maior sucesso acadêmico e melhores empregos, entre uma série de outras vantagens. População pobre é a mais beneficiada por essa forma de ensino.
O jornal lembra que, nos próximos cinco anos, o Brasil precisará resolver a falta de acesso à educação infantil para cumprir o que estabelece a Emenda Constitucional n.° 56, de 11 de novembro de 2009. A partir dessa legislação passou a ser obrigatória a frequência na escola de crianças dos 4 aos 6 anos. Antes que a lei fosse aprovada, o país percorreu um longo caminho.
Até a década de 1960, eram obrigatórios apenas os quatro anos que compõem a primeira fase do ensino fundamental. Em 1971, uma lei federal ampliou o então primeiro grau para oito anos.
Em 2005, uma nova ampliação aconteceu, quando o ingresso de crianças com 6 anos passou a ser obrigatório, e o ensino fundamental, de nove anos. Além da educação infantil, o ensino médio também deixará de ser facultativo até 2016.
Confira a matéria de Max Milliano Melo:
UM BOM COMEÇO
A educação infantil sempre foi um desafio para governos e famílias. Enquanto o Poder Público historicamente destinou menos recursos para essa forma de ensino, tida como secundária e opcional, as famílias, muitas vezes, encaram as escolinhas como um simples passatempo para os filhos. No entanto, uma pesquisa destacada pela edição de hoje da Science mostra que a educação dos pequenos está longe de ser brincadeira. Depois de acompanhar, por 25 anos, cerca de 1,4 mil norte-americanos nascidos em bairros de baixa renda, pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, descobriram que ter contato desde cedo com um ambiente escolar de qualidade pode ter imensos impactos positivos na saúde, na qualidade de vida e no mercado de trabalho, entre outros aspectos.
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Fonte: Blog da Mobilização/ Blog Projeto Lá Vem História
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