Projetos desenvolvidos por meio de blogs e aulas interativas incentivam maior participação dos alunos nas atividades escolares e proporcionam benefícios na aprendizagem!
A pesquisa de mestrado na Faculdade de Educação (FE) da USP, Experiências de fronteira: os meios digitais em sala de aula, da professora Lina Maria Braga Mendes, mostra que a inclusão de recursos digitais em salas de aula ajuda a aumentar a comunicação entre estudantes e professores. Lina acredita que a utilização de mídias digitais poderia começar a partir do primeiro ano do ensino fundamental, considerando que desde muito cedo as crianças têm contato com computadores em casa.
O blog auxilia no processo de ensino e aprendizagem ao passo que mantém os estudantes focados nos assuntos tratados na escola e também quando estimula a pesquisa e o aprofundamento dos temas tratados em sala de aula. “É possível conhecer melhor os estudantes que mantêm uma participação constante, e isso faz com que a escolha de métodos e material didático se torne mais fácil e eficiente”, esclarece o professor Maurício Bozatski.
Ele ainda afirma que através de um blog movimentado e alimentado constantemente com conteúdos e interação entre os diversos agentes do âmbito escolar (pais, docentes, coordenação, estudantes) é possível manter estes agentes sempre focados no melhor rendimento educacional, e também é uma forma de fazer com que os estudantes potencializem o uso da internet. “Porém, se não for direcionado, pode, infelizmente, girar apenas em torno de sites de relacionamento social, sem propósito educacional, ou em conteúdo inapropriado de toda ordem”, comenta.
Dicas de como criar um blog escolar
Se a escola não possui um servidor próprio e a possibilidade de criar um blog dentro do próprio domínio, a melhor opção é buscar um serviço gratuito oferecido por sites como este [Wordpress], Blogspot, Blogger, entre outros, que disponibilizam ferramentas fáceis de usar e um grande potencial para a interatividade.
“É preciso ter em mente que a criação do blog apenas não basta, é preciso direcionar e estimular os estudantes a visitá-lo e movimentá-lo, pois pesquisas recentes demonstram que, infelizmente os adolescentes tendem a ser cada vez mais lacônicos, preferindo serviços de microblog, como o Twitter ou o Facebook”, ressalta Bozatski.
Estes microblogs também podem e devem ser utilizados, mas para direcionar aos conteúdos discutidos e desenvolvidos no blog.
É possível criar posts que servirão como base para as discussões, mas o importante é manter o blog bem flexível, notando as possíveis discussões novas que os estudantes levantam, e então criar novos tópicos de discussão a partir disto.
Então, cabe aos docentes aprofundar esta discussão, com base nas suas disciplinas, mas visando a transdisciplinaridade, e fazer com que os estudantes reflitam a partir desta sua preocupação própria, tendo em vista os preceitos científicos, tendo assim possibilidade de formar sua opinião própria, com base naquilo que a ciência já discute sobre o mesmo assunto.
Fonte: Sala Aberta
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