Desenvolvida pela Gazeta do Povo desde 1999, iniciativa recebeu o Prêmio Mundial de Jovem Leitor da Associação Mundial de Jornais.
O Projeto Ler e Pensar, desenvolvido pela Gazeta do Povo desde 1999 para estimular o pensamento crítico dos estudantes e formar novos leitores, foi o ganhador do Prêmio Mundial de Jovem Leitor, concedido pela Associação Mundial de Jornais (WAN, sigla em inglês). O prêmio foi entregue ontem na abertura do 63.º Congresso Mundial de Jornais, evento que segue até sábado em Viena, na Áustria.
É a primeira vez que um jornal brasileiro recebe o prêmio, que reconhece os melhores projetos do mundo no emprego do jornal em prol da Educação. O prêmio é concedido pela WAN desde 1998. Este ano, a Gazeta do Povo concorreu com jornais da Itália, França, Alemanha, Polônia, Canadá e Estados Unidos, dentre outros países.
“Este é o maior reconhecimento que podemos ter. Concorremos com jornais de 80 países, dos cinco continentes, e mostramos que fazemos um trabalho sério, com resultados e efetividade mensuráveis e aprovado pelos profissionais da Educação”, diz a diretora-executiva do Instituto do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), Clarice López de Alda.
O reconhecimento de um programa que é fruto do empenho de tantas pessoas é motivo de festa para a Gazeta do Povo, em cuja redação o Ler Pensar nasceu, e para o Instituto do GRPCom, que coordena os trabalhos com educadores e estudantes.
“É uma sensação de orgulho ver um projeto que iniciou há mais de dez anos ser escolhido vencedor nesta premiação. É uma semente que plantamos e que agora será exemplo para outros. A minha expectativa é de que outros jornais sigam esse exemplo e percebam que, mais que o aumento da circulação, é importante contribuir para o desenvolvimento da sociedade”, afirma Ana Amélia Filizola, vice-presidente do GRPCom.
Nos últimos 12 anos, o programa envolveu cerca de um milhão de crianças e professores de todo o Paraná, elevou os índices de leitura nas Escolas e contribuiu para tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes.
“O jornal não deveria nunca sair do aporte pedagógico, porque podemos trabalhar questões de ortografia, gêneros textuais e imagens. É um grande divisor de águas na Educação”, diz Esther Cristina Pereira, diretora de ensino fundamental do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), que trabalha com o projeto há nove anos.
O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Edson José Ramon, também ressalta o papel estimulante do projeto para a Educação. “A premiação trata de justo reconhecimento para esta iniciativa brilhante de estímulo à leitura”, afirma. A ACP é um dos padrinhos sociais do projeto, juntamente com o HSBC.
As Escolas que participam do projeto recebem o jornal diariamente e seus professores têm acesso, duas vezes por mês, a um boletim com sugestões de uso dos textos jornalísticos em sala de aula. O Ler e Pensar também promove workshops, concursos culturais e seminários.
Não por acaso, 92% dos professores participantes aprovam o projeto e 96% reconhecem sua contribuição para o aprendizado. Outro dado relevante: 80% das cidades cobertas pelo programa elevaram em 6%, em média, suas notas no Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb).
Trajetória de conquistas
O prêmio da WAN não é o primeiro recebido pelo projeto Ler e Pensar. Em 2003, o programa conquistou o reconhecimento do Ministério da Cultura, e, em 2010, da Organização das Nações Unidas (ONU) pela sua contribuição a um dos objetivos do milênio – aquele que prevê Educação básica de qualidade para todos.
Ao receber o prêmio, Maria Sandra Gonçalves, diretora de redação da Gazeta do Povo, disse que seria impossível nomear todos aqueles que de alguma forma contribuem com o Ler e Pensar.
Afinal, o projeto, que agora é referência mundial em Educação, vem se consolidando com o apoio de múltiplos parceiros – empresas, entidades, administradores públicos, Escolas e 12 universidades do Paraná.
Maria Sandra destacou, ainda, os nomes das jornalistas Marleth Silva, idealizadora do projeto, e Clarice Lopez de Alda, diretora do Instituto GRPCom, responsável pela coordenação do Ler e Pensar.
“As duas são parte fundamental das forças que contribuem para aproximar o projeto da comunidade Escolar e acadêmica e para fazer da leitura um meio efetivo de melhoria da Educação.”
Para Marleth, que atualmente é conselheira do projeto, um dos grandes méritos do Ler e Pensar é a sua duração. “Quando criamos o projeto, olhamos modelos que já existiam. Alguns foram encerrados e recomeçaram, outros mudaram totalmente, mas o nosso só cresceu e foi aperfeiçoado, o que fez ganhar ainda mais força”, conta.
A jornalista reforça que desde o primeiro momento o projeto teve uma aceitação muito grande entre os profissionais da Educação.
“As professoras usam o material do jornal tanto para preparar os alunos como cidadãos, para saberem lidar com a informação e fazer leitura crítica, quanto como ferramenta de ensino, para ler e escrever melhor e entender a sociedade em que vivem”, reforça.
Para o jornalista José Carlos Fernandes, que participa voluntariamente do projeto, o Ler e Pensar ajuda a manter viva uma cultura de ler jornais para as novas gerações que não têm esse hábito.
“O projeto difunde a importância da curiosidade, de prestar atenção na rua. As crianças entendem como funciona essa instituição democrática que é o jornal e vivem uma função de repórter universal.”
É a primeira vez que um jornal brasileiro recebe o prêmio, que reconhece os melhores projetos do mundo no emprego do jornal em prol da Educação. O prêmio é concedido pela WAN desde 1998. Este ano, a Gazeta do Povo concorreu com jornais da Itália, França, Alemanha, Polônia, Canadá e Estados Unidos, dentre outros países.
“Este é o maior reconhecimento que podemos ter. Concorremos com jornais de 80 países, dos cinco continentes, e mostramos que fazemos um trabalho sério, com resultados e efetividade mensuráveis e aprovado pelos profissionais da Educação”, diz a diretora-executiva do Instituto do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), Clarice López de Alda.
O reconhecimento de um programa que é fruto do empenho de tantas pessoas é motivo de festa para a Gazeta do Povo, em cuja redação o Ler Pensar nasceu, e para o Instituto do GRPCom, que coordena os trabalhos com educadores e estudantes.
“É uma sensação de orgulho ver um projeto que iniciou há mais de dez anos ser escolhido vencedor nesta premiação. É uma semente que plantamos e que agora será exemplo para outros. A minha expectativa é de que outros jornais sigam esse exemplo e percebam que, mais que o aumento da circulação, é importante contribuir para o desenvolvimento da sociedade”, afirma Ana Amélia Filizola, vice-presidente do GRPCom.
Nos últimos 12 anos, o programa envolveu cerca de um milhão de crianças e professores de todo o Paraná, elevou os índices de leitura nas Escolas e contribuiu para tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes.
“O jornal não deveria nunca sair do aporte pedagógico, porque podemos trabalhar questões de ortografia, gêneros textuais e imagens. É um grande divisor de águas na Educação”, diz Esther Cristina Pereira, diretora de ensino fundamental do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), que trabalha com o projeto há nove anos.
O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Edson José Ramon, também ressalta o papel estimulante do projeto para a Educação. “A premiação trata de justo reconhecimento para esta iniciativa brilhante de estímulo à leitura”, afirma. A ACP é um dos padrinhos sociais do projeto, juntamente com o HSBC.
As Escolas que participam do projeto recebem o jornal diariamente e seus professores têm acesso, duas vezes por mês, a um boletim com sugestões de uso dos textos jornalísticos em sala de aula. O Ler e Pensar também promove workshops, concursos culturais e seminários.
Não por acaso, 92% dos professores participantes aprovam o projeto e 96% reconhecem sua contribuição para o aprendizado. Outro dado relevante: 80% das cidades cobertas pelo programa elevaram em 6%, em média, suas notas no Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb).
Trajetória de conquistas
O prêmio da WAN não é o primeiro recebido pelo projeto Ler e Pensar. Em 2003, o programa conquistou o reconhecimento do Ministério da Cultura, e, em 2010, da Organização das Nações Unidas (ONU) pela sua contribuição a um dos objetivos do milênio – aquele que prevê Educação básica de qualidade para todos.
Ao receber o prêmio, Maria Sandra Gonçalves, diretora de redação da Gazeta do Povo, disse que seria impossível nomear todos aqueles que de alguma forma contribuem com o Ler e Pensar.
Afinal, o projeto, que agora é referência mundial em Educação, vem se consolidando com o apoio de múltiplos parceiros – empresas, entidades, administradores públicos, Escolas e 12 universidades do Paraná.
Maria Sandra destacou, ainda, os nomes das jornalistas Marleth Silva, idealizadora do projeto, e Clarice Lopez de Alda, diretora do Instituto GRPCom, responsável pela coordenação do Ler e Pensar.
“As duas são parte fundamental das forças que contribuem para aproximar o projeto da comunidade Escolar e acadêmica e para fazer da leitura um meio efetivo de melhoria da Educação.”
Para Marleth, que atualmente é conselheira do projeto, um dos grandes méritos do Ler e Pensar é a sua duração. “Quando criamos o projeto, olhamos modelos que já existiam. Alguns foram encerrados e recomeçaram, outros mudaram totalmente, mas o nosso só cresceu e foi aperfeiçoado, o que fez ganhar ainda mais força”, conta.
A jornalista reforça que desde o primeiro momento o projeto teve uma aceitação muito grande entre os profissionais da Educação.
“As professoras usam o material do jornal tanto para preparar os alunos como cidadãos, para saberem lidar com a informação e fazer leitura crítica, quanto como ferramenta de ensino, para ler e escrever melhor e entender a sociedade em que vivem”, reforça.
Para o jornalista José Carlos Fernandes, que participa voluntariamente do projeto, o Ler e Pensar ajuda a manter viva uma cultura de ler jornais para as novas gerações que não têm esse hábito.
“O projeto difunde a importância da curiosidade, de prestar atenção na rua. As crianças entendem como funciona essa instituição democrática que é o jornal e vivem uma função de repórter universal.”
Fonte: Gazeta do Povo 13/10/2011
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