A ideia das colaborações de Letiane é dividir um pouco com os leitores do DM as experiências que a Arteterapia pode proporcionar. “A arteterapia pode fazer a diferença nas escolas, mas que ainda falta ser mais vivenciada e, principalmente, mais divulgada pelos meios de comunicação à população escolar, para que ela possa buscar a arteterapia como mais uma ferramenta de expressão”, declarou Letiane.
Abaixo, o primeiro artigo da psicóloga e arteterapeuta para o programa:
Arteterapia na escola
A arteterapia é uma área do conhecimento humano que utiliza a arte como meio de expressão e comunicação, através de técnicas orientadas pelo arteterapeuta. Assim, as emoções ganham forma e via de manifestação por meio de procedimentos com tinta, argila, colagens, sucatas, entre outros.
Além de ser um processo terapêutico, a arteterapia é também um instrumento educativo, porque “[...] pode possibilitar atividades preventivas tanto no âmbito psicopedagógico, já que oferece uma interação entre arte e cognição, quanto no contexto de re-significações de atitudes pessoais”. (URRUTIGARAY, 2008, p. 38).
das ações no ambiente escolar-Foto/Arquivo Pessoal)
(Voz a expressão-Foto/Arquivo Pessoal)
A partir desses conceitos, aliados às minhas percepções como psicóloga atuante na área clínica e escolar, emergiu o desejo de aproximar a arteterapia da escola. Atuei na rede municipal de ensino do município de Lagoa dos Três Cantos/RS e, nesse contexto, obtive total apoio e liberdade para levar a arteterapia, literalmente, para dentro da sala de aula; pude trabalhar junto às turmas da educação infantil até o terceiro ano do ensino fundamental. As oficinas de arteterapia visam atender as necessidades e demandas dos alunos e, por isso, cada atividade foi desenvolvida para atingir objetivos específicos. O processo de arteterapia foi dividido em três momentos, no mesmo encontro:
De acordo com o feedback recebido pelos alunos no final de cada atividade, somado aos relatos de pais e professoras, concluiu-se que as oficinas de arteterapia transcenderam os objetivos propostos; os alunos tornaram-se mais tranquilos, amorosos e empáticos, o que resultou na melhora no relacionamento escolar e familiar, além das conquistas individuais de alguns participantes.
Apesar de todas as explanações feitas neste texto, a respeito da arteterapia, ainda fica difícil definir o verdadeiro sentido desse processo terapêutico para aquele leitor que nunca vivenciou uma técnica arteterapêutica, pois seu significado vai muito além das palavras: é necessário um misto de sensações, emoções, sentimentos, capacidade de entrega, para poder compreendê-la na totalidade de sua essência.
Fica o desejo de que a arteterapia possa envolver outros ambientes escolares e que alunos, professores e pais possam se beneficiar desta ferramenta propulsora de transformações.
Relaxamento: técnicas de sensibilização;
Criação: processo de construção e elaboração das atividades propostas;
Reflexão: entendimento da criação e explanação do que foi produzido por cada participante.
Criação: processo de construção e elaboração das atividades propostas;
Reflexão: entendimento da criação e explanação do que foi produzido por cada participante.
(Mostra dos trabalhos realizados no projeto-Foto/ Arquivo Pessoal)
Os alunos se sentem motivados na realização das atividades devido ao caráter “libertador” da arteterapia, pois não existe “bonito ou feio”, “certo ou errado” na produção dos trabalhos, o que realmente implica é o significado do que foi produzido e o orgulho de produzir. A diversidade de materiais oferecidos encanta os alunos, pois através destes é possível vislumbrar um “mundo de possibilidades” na construção das “obras”.
Fica o desejo de que a arteterapia possa envolver outros ambientes escolares e que alunos, professores e pais possam se beneficiar desta ferramenta propulsora de transformações.
Fonte: Diário da Manhã ( http://www.diariodamanha.com/noticias.asp?a=view&id=33154 )
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