quarta-feira, 27 de junho de 2012
Hábito de ler está além dos livros, diz especialistas em leitura
Amanda Cieglinski
Agência Brasil
Um dos maiores especialistas em leitura do mundo, o francês Roger Chartier destaca que o hábito de ler está muito além dos livros impressos e defende que os governos têm papel importante na promoção de uma sociedade mais leitora.
O historiador esteve no Brasil para participar do 2º Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários, realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Em entrevista à Agência Brasil, o professor e historiador avaliou que os meios digitais ampliam as possibilidades de leitura, mas ressaltou que parte da sociedade ainda está excluída dessa realidade. “O analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital”, disse.
Agência Brasil: Uma pesquisa divulgada recentemente indicou que o brasileiro lê em média quatro livros por ano (a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pelo Instituto Pró-Livro em abril). Podemos considerar essa quantidade grande ou pequena em relação a outros países?
Roger Chartier: Em primeiro lugar, me parece que o ato de ler não se trata necessariamente de ler livros. Essas pesquisas que peguntam às pessoas se elas leem livros estão sempre ignorando que a leitura é muito mais do que ler livros. Basta ver em todos os comportamentos da sociedade que a leitura é uma prática fundamental e disseminada. Isso inclui a leitura dos livros, mas muita gente diz que não lê livros e de fato está lendo objetos impressos que poderiam ser considerados [jornais, revistas, revistas em quadrinhos, entre outras publicações]. Não devemos ser pessimistas, o que se deve pensar é que a prática da leitura é mais frequente, importante e necessária do que poderia indicar uma pesquisa sobre o número de livros lidos.
ABr: Hoje a leitura está em diferentes plataformas?
Chartier: Absolutamente, quando há a entrada no mundo digital abre-se uma possibilidade de leitura mais importante que antes. Não posso comparar imediatamente, mas nos últimos anos houve um recuo do número de livros lidos, mas não necessariamente porque as pessoas estão lendo pouco. É mais uma transformação das práticas culturais. É gente que tinha o costume de comprar e ler muitos livros e agora talvez gaste o mesmo dinheiro com outras formas de diversão.
ABr: A mesma pesquisa que trouxe a média de livro lidos pelos brasileiros aponta que a população prefere outras atividade à leitura, como ver televisão ou acessar a internet.
Chartier: Isso não seria próprio do brasileiro. Penso que em qualquer sociedade do mundo [a pesquisa] teria o mesmo resultado. Talvez com porcentagens diferentes. Uma pesquisa francesa do Ministério da Cultura mostrou que houve uma redistribuição dos gastos culturais para o teatro, o turismo, a viagem e o próprio meio digital.
ABr: Na sua avaliação, essa evolução tecnológica da leitura do impresso para os meios digitais tem o papel de ampliar ou reduzir o número de leitores?
Chartier: Representa uma possibilidade de leitura mais forte do que antes. Quantas vezes nós somos obrigados a preencher formulários para comprar algo, ler e-mails. Tudo isso está num mundo digital que é construído pela leitura e a escrita. Mas também há fronteiras, não se pode pensar que cada um tem um acesso imediato [ao meio digital]. É totalmente um mundo que impõe mais leitura e escrita. Por outro lado, é um mundo onde a leitura tradicional dos textos que são considerados livros, de ver uma obra que tem uma coerência, uma singularidade, aqui [nos meios digitais] se confronta com uma prática de leitura que é mais descontínua. A percepção da obra intelectual ou estética no mundo digital é um processo muito mais complicado porque há fragmentos e trechos de textos aparecendo na tela.
ABr: Na sua opinião, a responsabilidade de promover o hábito da leitura em uma sociedade é da escola?
Chartier: Os sociólogos mostram que, evidentemente, a escola pode corrigir desigualdades que nascem na sociedade mesmo [para o acesso à leitura]. Mas ao mesmo tempo a escola reflete as desigualdades de uma sociedade. Então me parece que, também, é um desafio fundamental que as crianças possam ter incorporados instrumentos de relação com a cultura escrita e que essa desigualdade social deveria ser considerada e corrigida pela escola que normalmente pode dar aos que estão desprovidos os instrumento de conhecimento ou de compreensão da cultura escrita. É uma relação complexa entre a escola e o mundo social. E é claro que a escola não pode fazer tudo.
ABr: Esse é um papel também dos governos?
Chartier: Os governos têm um papel múltiplo. Ele pode ajudar por meio de campanhas de incentivo à leitura, de recursos às famílias mais desprovidas de capital cultural e pode ajudar pela atenção ao sistema escolar. São três maneira de interação que me parecem fundamentais.
ABr: No Brasil ainda temos quase 14 milhões de analfabetos e boa parte da população tem pouco domínio da leitura e escrita – são as pessoas consideradas analfabetas funcionais. Isso não é um entrave ao estímulo da leitura?
Chartier: É preciso diferenciar o analfabetismo radical, que é quando a pessoa está realmente fora da possibilidade de ler e escrever da outra forma que seria uma dificuldade para uma leitura. Há ainda uma outra forma de analfabetismo que seria da historialidade no mundo digital, uma nova fronteira entre os que estão dentro desse mundo e outros que, por razões econômicas e culturais, ficam de fora. O conceito de analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital. Cada um precisa de uma forma de aculturação, de pedagogia e didática diferente, mas os três também são tarefas importantes não só para os governos, mas para a sociedade inteira.
ABr: Na sua avaliação, a exclusão dos meios digitais poderia ser considerada uma nova forma de analfabetismo?
Chartier: Me parece que isso é importante e há uma ilusão que vem de quem escreve sobre o mundo digital, porque já está nele e pensa que a sociedade inteira está digitalizada, mas não é o caso. Evidente há muitos obstáculos e fronteiras para entrar nesse mundo. Começando pela própria compra dos instrumentos e terminando com a capacidade de fazer um bom uso dessas novas técnicas. Essa é uma outra tarefa dada à escola de permitir a aprendizagem dessa nova técnica, mas não somente de aprender a ler e escrever, mas como fazer isso na tela do computador.
Um futuro para o jornal impresso
Há quanto tempo, nas mesas de apostas, veem-se disputas sobre quem acerta a data em que o jornal impresso deixará de existir, migrando totalmente para o suporte online? Mais ainda. Dizem que o jornal impresso não tem conquistado novos leitores, especialmente crianças e jovens.
Na contramão desse falatório, surgiu o JOCA - Jornal da Criança, no final de 2011, impresso e editado pela Editora Magia de Ler, cujas quatro primeiras edições foram mensais e, a partir da quinta, já se tornou quinzenal.
Inspirado em publicações europeias para crianças, como as editadas pelo grupo francês Play Bac Presse, que edita o Mon Quotidien, Le Petit Quotidien e L’Actu, entre outras editoras, o JOCA é voltado ao público de oito a 12 anos e possui oito páginas coloridas, com assuntos que vão de radiação nuclear a revolta árabe; de pirataria a trem-bala; de tornados a Oscar de pior filme; da luta pela independência do Sudão a cuidados com o meio-ambiente. A ideia é tratar a criança como leitor inteligente. E também autor, já que há uma seção em que ela escreve, entrevista e é repórter-mirim do jornal.
Por enquanto, a publicação circula na capital paulista e é vendida por assinatura. Mas em breve poderá ser encontrada nas bancas e em outras cidades brasileiras, com exceção dos meses de férias escolares.
Segundo a franco-alemã de coração brasileiro Stéphanie Habrich, diretora da Magia de Ler, o objetivo do jornal é levar ao público leitor infantil notícias atuais e de forma segura, já que todas as informações e fotos são apropriadas para o público do jornal. Assim, pais e educadores podem ficar tranquilos com o que seus pupilos estão lendo. Além disso, as crianças adoram receber o jornal em casa, com o seu nome.
O JOCA também terá em breve sua versão digital, como qualquer site de notícias. Habrich fala sobre o segredo para se fazer um bom jornal para crianças: “Tratar a criança à altura que ela merece. As crianças adoram estar informadas e não podem deixar de ficar atualizadas simplesmente pelo fato de não ter um veículo adequado”.
Junto com o JOCA circula um suplemento voltado a pais e educadores. A ideia é que haja textos de especialistas com dicas de como trabalhar alguns conteúdos do JOCA, além de artigos sobre leitura, comportamento, direitos da infância, etc
A Editora Magia de Ler publica também Toca e Peteca (lançados em 2007) e tem trabalhado com os melhores ilustradores brasileiros como Elisabeth Teixeira, Eva Furnari, Mariana Massarani e Suppa, entre outros. Para conhecer mais sobre a editora, acesse seu site
Cristiane Parente é jornalista, educomunicadora, autora do blogMídia e Educação, membro da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação – ABPEducom e coordenadora do Programa Jornal e Educação – ANJ.
Fonte: Blog Educação & Mídia (http://www.gazetadopovo.com.br/blog/educacao-midia/)
A vez e a voz das crianças
O Jornal Escolar é uma tradição nascida nas primeiras décadas do século passado, no bojo de uma revolução pedagógica: a Escola Nova.
Estamos falando aqui de mídias com conteúdos produzidos pelas próprias crianças e adolescentes, ao contrário de jornais escolares-institucionais, que são desenvolvidos para divulgar o trabalho da direção ou mesmo da escola.
Jornais escolares relatam o cotidiano dos alunos, da escola e da comunidade. Por meio dele, os estudantes ampliam sua visão de mundo, aguçam sua curiosidade, entendem melhor os conteúdos vistos em sala de aula, contextualizando-os à sua realidade; dessa forma, se sentem motivados a aprender e exercem sua autonomia. Constituem, portanto, um ótimo instrumento para o letramento, prática da escrita, estímulo à leitura e experiência da participação comunicativa-social.
Nesse sentido, os jornais são constitutivos de uma visão integral da educação, para além dos indicadores que medem desempenho apenas em Português e Matemática que, sem dúvida são essenciais, mas não representam a complexidade da educação. Senso crítico, cooperação, leitura crítica da mídia, criatividade e exercício da cidadania são algumas das outras dimensões nas quais a publicação de jornais escolares tem impacto.
O Portal do Jornal Escolar é um exemplo de canal para professores e escolas que desejam melhor conhecer a proposta desse tipo de mídia. Iniciativa da ONG Comunicação e Cultura, que trabalha o tema desde 1996 em todo o Brasil, o Portal disponibiliza inúmeros materiais para definir o projeto pedagógico e trabalhar a produção do jornal. Além disso, traz programas e tutorial de diagramação eletrônica, suporte para captação de recursos, arquivo de jornais em PDF e até mesmo serviço de impressão a preço de custo (escolas enviam por internet e recebem de volta pelo Correios). Atualmente, o Portal recebe cerca de 10 mil visitas mensais e é referência para inúmeros educadores que utilizam o jornal em sala de aula.
Esperamos, assim, ajudar escolas e professores a tornar seus alunos conscientes de seu papel social e autônomos na tomada de decisões, além de proporcionar uma aprendizagem mais prazerosa, que faça sentido para suas vidas.
Este artigo foi escrito pela equipe daONG Comunicação e Cultura , responsável pelo Portal do Jornal Escolar e parceira do Núcleo de Educação do Instituto GRPCOM.
Fonte: Blog Educação e Mídias (http://www.gazetadopovo.com.br/blog/educacao-midia/?id=1267629&tit=a-vez-e-a-voz-das-criancas)
terça-feira, 26 de junho de 2012
Coordenador do NEP fala de educação e cultura
No próximo mês inicia a quarta edição do curso ‘Educação para a Paz: Fundamentos e Metodologia’, uma promoção do Núcleo de Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivências, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (NEP/UEPG), em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC/PG). O coordenador do NEP/UEPG, o professor Nei Alberto Salles Filho, que atua há dez anos na promoção da paz nas escolas, em entrevista ao Vamos Ler falou sobre esse processo que envolve a mediação pedagógica de conflitos, os valores humanos e a qualificação das relações interpessoais.
Vamos Ler: Qual a melhor definição para o termo ‘Educação para a Paz’?
Nei Alberto Salles Filho: Educar para a Paz é educar para convivências com qualidade, para o diálogo ético e com responsabilidade; é respaldo para discutir sobre direitos humanos e desigualdades sociais; também serve para fundamentar as relações humanas em valores positivos e, sobretudo, ampliar o respeito às diferenças e à não-violência a qualquer forma de vida e ao meio ambiente. Por isso dizemos sempre que uma Cultura de Paz só é possível se houver uma Educação para a Paz.
Vamos Ler: Por que é importante discutir a paz nas escolas?
Nei Filho: Porque durante anos reforçamos apenas os aspectos e os dados estatísticos sobre a violência nas escolas e percebemos que essa forma de abordagem não tem funcionado. Os alunos respeitam apenas algumas regras, mais por medo que por consciência sobre a necessidade e importância da vida em coletividade. E não podemos esquecer que muitas vivências escolares, aprendidas na escola, também são reproduzidas fora da escola.
Vamos Ler: Como professores podem inserir esta temática no currículo?
Nei Filho: Não existe uma receita, por isso muitas pessoas têm receio ou fazem críticas a esses movimentos sem conhecer com profundidade questões sobre tipologia de violências, técnicas de mediação de conflitos escolares e processos construtivos em valores humanos na escola. Muitas universidades têm disciplinas com estas temáticas já na formação inicial de professores (graduação), mas o trabalho maior ainda está na formação continuada. De qualquer maneira, a Educação para a Paz tem melhores resultados quando é tratada pelo coletivo escolar em parceria com a comunidade. O grande potencial dela está em ser pensada como um tema transversal na escola e como um dos elementos importantes no processo de gestão escolar.
Nei Alberto Salles Filho: Educar para a Paz é educar para convivências com qualidade, para o diálogo ético e com responsabilidade; é respaldo para discutir sobre direitos humanos e desigualdades sociais; também serve para fundamentar as relações humanas em valores positivos e, sobretudo, ampliar o respeito às diferenças e à não-violência a qualquer forma de vida e ao meio ambiente. Por isso dizemos sempre que uma Cultura de Paz só é possível se houver uma Educação para a Paz.
Vamos Ler: Por que é importante discutir a paz nas escolas?
Nei Filho: Porque durante anos reforçamos apenas os aspectos e os dados estatísticos sobre a violência nas escolas e percebemos que essa forma de abordagem não tem funcionado. Os alunos respeitam apenas algumas regras, mais por medo que por consciência sobre a necessidade e importância da vida em coletividade. E não podemos esquecer que muitas vivências escolares, aprendidas na escola, também são reproduzidas fora da escola.
Vamos Ler: Como professores podem inserir esta temática no currículo?
Nei Filho: Não existe uma receita, por isso muitas pessoas têm receio ou fazem críticas a esses movimentos sem conhecer com profundidade questões sobre tipologia de violências, técnicas de mediação de conflitos escolares e processos construtivos em valores humanos na escola. Muitas universidades têm disciplinas com estas temáticas já na formação inicial de professores (graduação), mas o trabalho maior ainda está na formação continuada. De qualquer maneira, a Educação para a Paz tem melhores resultados quando é tratada pelo coletivo escolar em parceria com a comunidade. O grande potencial dela está em ser pensada como um tema transversal na escola e como um dos elementos importantes no processo de gestão escolar.
Vamos Ler: A Educação para a Paz pode tornar-se uma disciplina escolar?
Nei Filho: Existem algumas experiências nesse sentido, porém, em nossos estudos, observamos que se há uma disciplina de Educação para a Paz a responsabilidade cai em cima de um único professor, qualquer violência que aconteça na escola a ‘culpa’ é desse professor. Por isso, reiteramos que se queremos, de fato, enfrentar toda a violência que assola a sociedade e, por extensão, a educação escolar, devemos entender a Cultura de Paz como um movimento para darmos as mãos, um trabalho coletivo que envolva mais pessoas pensando juntas.
Nei Filho: Existem algumas experiências nesse sentido, porém, em nossos estudos, observamos que se há uma disciplina de Educação para a Paz a responsabilidade cai em cima de um único professor, qualquer violência que aconteça na escola a ‘culpa’ é desse professor. Por isso, reiteramos que se queremos, de fato, enfrentar toda a violência que assola a sociedade e, por extensão, a educação escolar, devemos entender a Cultura de Paz como um movimento para darmos as mãos, um trabalho coletivo que envolva mais pessoas pensando juntas.
Vamos Ler: Você vê mudanças na postura do professor, que leva o tema para as aulas, e do aluno, que têm a possibilidade de refletir e discutir sobre o assunto?
Nei Filho: Durante os cinco anos de existência do NEP aprendemos e contribuímos com os colegas professores da Educação Básica. Vemos mudanças nos professores, nos alunos e também nas escolas. Mas sabemos que mudanças culturais precisam de mais tempo para se estabelecerem, por isso a necessidade de todos continuarem abordando o tema, participando dos eventos e trocando as boas experiências, pois cada comunidade, cada escola, tem suas próprias configurações em relação aos processos e prevenção da violência.
Vamos Ler: Como está a discussão sobre Educação para a Paz no Estado do Paraná?
Nei Filho: O Paraná é um dos estados que tem discutido e pensado muitas coisas importantes e interessantes sobre esse movimento. Eu destaco a cidade de Londrina, que possui um Conselho Municipal de Cultura de Paz (COMPAZ) e mobiliza muito a comunidade; Curitiba, que abriga muitas organizações não-governamentais que atuam na prevenção das violências; e o nosso trabalho aqui em Ponta Grossa com o NEP, que é mais específico na formação de professores. Além disso, são dezenas de instituições de ensino em todo o Estado que já passaram da fase de ‘projetos de paz’ para, efetivamente, colocar a Educação para a Paz como um eixo fundamental da escola.
Nei Filho: Durante os cinco anos de existência do NEP aprendemos e contribuímos com os colegas professores da Educação Básica. Vemos mudanças nos professores, nos alunos e também nas escolas. Mas sabemos que mudanças culturais precisam de mais tempo para se estabelecerem, por isso a necessidade de todos continuarem abordando o tema, participando dos eventos e trocando as boas experiências, pois cada comunidade, cada escola, tem suas próprias configurações em relação aos processos e prevenção da violência.
Vamos Ler: Como está a discussão sobre Educação para a Paz no Estado do Paraná?
Nei Filho: O Paraná é um dos estados que tem discutido e pensado muitas coisas importantes e interessantes sobre esse movimento. Eu destaco a cidade de Londrina, que possui um Conselho Municipal de Cultura de Paz (COMPAZ) e mobiliza muito a comunidade; Curitiba, que abriga muitas organizações não-governamentais que atuam na prevenção das violências; e o nosso trabalho aqui em Ponta Grossa com o NEP, que é mais específico na formação de professores. Além disso, são dezenas de instituições de ensino em todo o Estado que já passaram da fase de ‘projetos de paz’ para, efetivamente, colocar a Educação para a Paz como um eixo fundamental da escola.
Inscrições
Curso de Educação para a Paz
Curso de Educação para a Paz
A quarta edição do curso ‘Educação para a Paz: Fundamentos e Metodologia’ é formado por quatro módulos, que serão ministrados de julho a novembro de 2012, todos gratuitos. Os interessados devem se dirigir ao SESC Ponta Grossa (Rua Theodoro Rosas, 1247, Centro) de 02 a 06 de julho, portando RG e CPF, para efetuar sua inscrição. As vagas são limitadas. “O curso destina-se, principalmente, a educadores, mas temos recebido cada vez mais colegas Assistentes Sociais e Psicólogos, além de acadêmicos dessas áreas. O mais importante é estar disposto e pensar coletivamente, pois o curso depende muito do protagonismo dos envolvidos. Não podemos mais pensar que profissionais façam cursos olhando apenas o certificado e a carga-horária, embora faça parte do processo”, destaca o professor Nei Filho.
Mais informações podem ser solicitadas diretamente no e-mail: nep@uepg.br
Mais informações podem ser solicitadas diretamente no e-mail: nep@uepg.br
Fonte: Jornal da Manhã/ texto: Talita Moretto 26/06/2012
Estudantes da EEB Vidal Ramos Jr. criam museu na escola
Saindo dos muros da escola, os estudantes do Ensino Médio Integral da EEB Vidal Ramos Júnior, de Lages/SC, realizaram com a professora Rute Netto Vieira uma visita ao museu Thiago de Castro.
A visita de estudos envolveu tanto os educandos que a turma organizou uma mostra de trabalhos e também criou seu próprio museu, mas com um diferencial, com objetos de seus familiares.
Acompanhe este belo trabalho foi desenvolvido, quem sabe você também inspira-se para fazer como eles?
Desenvolvimento
Antes de simplesmente juntar objetos e montar a exposição é interessante seguir alguns passos:
- Conheça os museus de sua cidade.
- Liste o que mais chamou atenção nas visitas.
- Faça um roteiro de entrevista com o pessoal que trabalha no museu.
Depois de saber como funciona o museu, e para criar na sua escola, você pode seguir a dica da turma da EEB Vidal Ramos Júnior:
- Pesquise a história de seus familiares.
- Junte objetos que sejam interessantes.
- Conheça a história e data de cada objeto.
- Estes objetos podem ser: livros, calendários, relógios, instrumentos musicais, moedas, cédulas, fotografias e outros.
Quando tudo estiver pronto, convide o público para conhecer.
Você sabe se comportar em um museu? Leia nossas dicas.
Observe as obras com muita atenção! Não passe apenas por elas, tem coisas que você só poderá notar se analisar com cuidado!
Sempre se pergunte: Quem produziu? O que produziu? Em que tempo produziu? Para ajudar nessas respostas toda obra possui uma pequena placa com todas as informações sobre o material exposto!
Nunca toque nas obras expostas. Algumas delas podem inclusive disparar um alarme de segurança!
Não corra! Você poderá tropeçar e provocar acidentes. Além disso, os seguranças podem retirá-lo do museu!
Não fique o tempo todo conversando... Mas sempre que tiver uma dúvida pergunte!
O museu serve para despertar sua curiosidade. E jamais FALE ALTO! Muitas pessoas gostam de contemplar as obras em silêncio!
Não é permitido comer e beber dentro de locais de exposição!
Muitos museus não permitem fotografar os acervos. O uso de luzes e flashes pode danificar as obras!
Fonte: Blog do Programa Lendo e Relendo com o Correio Lageano (http://lendoerelendocl.blogspot.com.br/)
"Jornal é um instrumento maravilhoso", diz educadora
A educadora Susana Carvalhaes Ferreira Fregonesi, diretora pedagógica do Colégio Geração Raízes, no bairro Nova Iorque em Araçatuba/SP, abriu espaço na grade curricular deste ano para aulas especiais de português, cujo diferencial é o uso permanente de jornais como ferramenta didática. A escola, construtivista, atende crianças da educação infantil ao 9º ano, com ensino bilíngue (português-inglês), aulas de espanhol e francês, literatura e música, além das disciplinas tradicionais.
Participam do projeto com o jornal os alunos dos 3º, 4º e 5º anos. Eles têm atividades semanais com orientação do Ler para Crescer, que desenvolve atividades junto com as professoras. Participações das crianças já foram publicada no suplemento infantojuvenil Nossa Vez!, da Folha da Região, e nos murais permanentes da escola.
“O jornal é algo dinâmico que está presente em todos os momentos, por isso atende muito bem essa expectativa da meninada, que gosta de tudo mais rápido”, diz a psicopedagoga. “O conhecimento que as crianças adquirem, elas têm que aplicar na vida e o jornal é um instrumento maravilhoso para isso”.
Qual a importância de crianças terem acesso ao jornal?
As crianças vivem em um ambiente letrado. Tudo o que for portador de texto, que tem a ver com a função social da escrita, é importante despertar nas crianças desde cedo. Por exemplo, quando vamos cantar uma música, a professora escreve a letra na frente das crianças para elas entenderem que aquilo que estão cantando está escrito ali e isso tem uma função social. Assim elas entendem qual a importância da leitura e da escrita nesse ambiente e já estão motivadas à alfabetização.
Quais benefícios você acredita que essas aulas com jornal podem trazer para o futuro dos alunos?
O benefício maior é essa ponte entre informação, conhecimento e vida. Hoje, em um mundo cheio coisas muito rápidas como internet e celular, muitos têm conhecimento sem saber o que fazer com ele. E a informação aliada ao conhecimento, ao que acontece no planeta, faz com que eles consigam ter uma leitura mais tranquila de mundo.
Quais as orientações que você passa para os professores?
Tudo o que trabalhamos tem que ter um objetivo, precisa estar contextualizado. Não adianta eu dar uma notícia ou trabalhar um jornal sem que isso esteja aliado ao assunto que eles estejam trabalhando em sala de aula. A professora sempre procura fazer essa ponte entre o currículo estabelecido pelo Ministério da Educação e os jornais.
O que você espera dessas aulas?
Espero que elas ampliem um pouco a visão de mundo das crianças para que elas entendam que o conhecimento não está só na apostila, tem que estar para a vida.
Qual metodologia vocês adotaram?
Primeiro, a Ayne (coordenadora do Ler para Crescer) veio aqui e explicou para as crianças o que é o jornal, como ele é feito e, juntamente com as professoras, desenvolveu algumas atividades. A partir daí, passamos a usar o jornal de maneira lúdica e construtiva para que as crianças estabeleçam o que é mais importante naquela notícia, saibam ler, entender, fazer murais, escrever seus próprios textos.
Como está sendo a aceitação dos alunos?
Eles estão adorando, está muito dinâmico porque é uma aula prática. Então eles saem da carteira, sentam no chão, montam cartazes, fazem os trabalhos e crianças gostam de dinâmicas mesmo.
Fonte: Folha da Região - Colaborou Flávia Forni 26/06/2012
http://lerparacrescer.folhadaregiao.com.br/2012/06/jornal-e-um-instrumento-maravilhoso-diz
Participam do projeto com o jornal os alunos dos 3º, 4º e 5º anos. Eles têm atividades semanais com orientação do Ler para Crescer, que desenvolve atividades junto com as professoras. Participações das crianças já foram publicada no suplemento infantojuvenil Nossa Vez!, da Folha da Região, e nos murais permanentes da escola.
“O jornal é algo dinâmico que está presente em todos os momentos, por isso atende muito bem essa expectativa da meninada, que gosta de tudo mais rápido”, diz a psicopedagoga. “O conhecimento que as crianças adquirem, elas têm que aplicar na vida e o jornal é um instrumento maravilhoso para isso”.
Qual a importância de crianças terem acesso ao jornal?
As crianças vivem em um ambiente letrado. Tudo o que for portador de texto, que tem a ver com a função social da escrita, é importante despertar nas crianças desde cedo. Por exemplo, quando vamos cantar uma música, a professora escreve a letra na frente das crianças para elas entenderem que aquilo que estão cantando está escrito ali e isso tem uma função social. Assim elas entendem qual a importância da leitura e da escrita nesse ambiente e já estão motivadas à alfabetização.
Quais benefícios você acredita que essas aulas com jornal podem trazer para o futuro dos alunos?
O benefício maior é essa ponte entre informação, conhecimento e vida. Hoje, em um mundo cheio coisas muito rápidas como internet e celular, muitos têm conhecimento sem saber o que fazer com ele. E a informação aliada ao conhecimento, ao que acontece no planeta, faz com que eles consigam ter uma leitura mais tranquila de mundo.
Quais as orientações que você passa para os professores?
Tudo o que trabalhamos tem que ter um objetivo, precisa estar contextualizado. Não adianta eu dar uma notícia ou trabalhar um jornal sem que isso esteja aliado ao assunto que eles estejam trabalhando em sala de aula. A professora sempre procura fazer essa ponte entre o currículo estabelecido pelo Ministério da Educação e os jornais.
O que você espera dessas aulas?
Espero que elas ampliem um pouco a visão de mundo das crianças para que elas entendam que o conhecimento não está só na apostila, tem que estar para a vida.
Qual metodologia vocês adotaram?
Primeiro, a Ayne (coordenadora do Ler para Crescer) veio aqui e explicou para as crianças o que é o jornal, como ele é feito e, juntamente com as professoras, desenvolveu algumas atividades. A partir daí, passamos a usar o jornal de maneira lúdica e construtiva para que as crianças estabeleçam o que é mais importante naquela notícia, saibam ler, entender, fazer murais, escrever seus próprios textos.
Como está sendo a aceitação dos alunos?
Eles estão adorando, está muito dinâmico porque é uma aula prática. Então eles saem da carteira, sentam no chão, montam cartazes, fazem os trabalhos e crianças gostam de dinâmicas mesmo.
Fonte: Folha da Região - Colaborou Flávia Forni 26/06/2012
http://lerparacrescer.folhadaregiao.com.br/2012/06/jornal-e-um-instrumento-maravilhoso-diz
Educando a criança, formando o cidadão
Desde 2001, o programa educacional “O Diário na Escola”, alinhado ao modelo do Programa “Jornal e Educação”, da Associação Nacional de Jornais (ANJ), é desenvolvido pelo jornal O Diário do Norte do Paraná.
Em parceria com as Secretarias de Educação de Maringá e região e empresas privadas, o programa objetiva estimular nos alunos o gosto pela leitura, contribuindo com a aprendizagem de diversos conteúdos, formação cidadã e o desenvolvimento do senso crítico dos envolvidos.
Alunos do ensino fundamental e médio, de escolas públicas e particulares, entre outros ambientes educativos como comunidades sociais e abrigos, são o público alvo do Diário na Escola. As instituições parceiras recebem os jornais semanalmente para desenvolverem atividades. Os trabalhos realizados a partir da leitura do jornal “O Diário” são publicados nas colunas semanais do programa, no caderno de cultura D+.
“O trabalho que a equipe do Diário na Escola está realizando com os nossos alunos contribui não só com o incentivo à leitura, mas com a construção do saber. O resultado é visto nas atitudes das crianças dentro da escola, na família e com a sociedade”, relata a diretora da Escola Municipal Afrânio Peixoto, de Ivatuba, Maria Luiza Macedo.
Os profissionais da educação, envolvidos no programa, recebem assessoria pedagógica especializada com encontros de capacitação, palestras com grandes nomes das áreas de Educação e Comunicação, materiais de apoio com sugestões de atividades para o trabalho interdisciplinar com o jornal, atendimento da equipe do Diário na Escola para suprir dúvidas, bem como visita às escolas e oficinas pedagógicas de “relatos de experiências” com os participantes.
Os envolvidos no programa ainda podem fazer visita ao grupo O Diário, onde é apresentado aos visitantes todo o processo da produção da notícia até o sistema de impressão e distribuição do jornal nas casas, escolas e empresas.
A professora do 4º e 5º ano da Escola Municipal Padre José de Anchieta, de Sarandi, Angela Alvez, conta que “a visita ao Diário foi excelente, os alunos chegaram na escola contando tudo o que viram, conversamos em sala de aula sobre a importância de cada profissional da redação, fizemos produção textual e o mais interessante é que eles ficaram curiosos sobre a profissão do jornalista, para quem sabe um dia, se tornarem um”.
Em 2012 já foram realizados com os educadores os encontros pedagógicos: “Leitura, trânsito e cidadania” e “O uso do jornal como práxis para a formação cidadã”; o concurso cultural: “Práticas Pedagógicas” e com alunos foram desenvolvidas as oficinas pedagógicas: “Trabalhando cidadania no jornal” e “Conhecendo a estrutura do impresso”.
Ainda neste ano teremos o “Concurso de Gibi do Diário na Escola” para os alunos e um curso de capacitação sobre o tema para os professores. No mês de setembro, em parceria com a VIAPAR e em comemoração à Semana Nacional do Trânsito, realizaremos o já tradicional “Concurso de Frases”, e até o final do próximo semestre aos educadores participantes do programa será ministrada palestra sobre os gêneros jornalísticos.
“Além de incentivar a leitura, o programa visa desenvolver também as demais habilidades em língua portuguesa (oralidade e escrita), e fazer com que o trabalho aconteça de forma interdisciplinar, pois quanto mais preparados estiverem os alunos e professores para compreensão dos níveis de leitura, melhor será o desempenho em todas as disciplinas e na própria vida deles. Pretendemos que as crianças e adolescentes não apenas leiam os conteúdos dos impressos, mas que produzam notícias da sua cidade, do bairro, da escola; emitam opiniões sobre o que é lido e possam ter uma visão crítica de suas produções. Acreditamos que este trabalho é uma semente que estamos plantando, que com a efetiva participação de todos os envolvidos, dará ótimos resultados na formação intelectual e cidadã dos estudantes”, destaca o coordenador do Diário na Escola, professor Ricardo Augusto Pastoreli.
Fonte: Blog O Diário na Escola (http://maringa.odiario.com/blogs/odiarionaescola/2012/06/26/educando-a-crianca-formando-o-cidadao/)
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Sebo na escola
Em parceria com a Associação dos Pais, Mestres e Funcionários
(APMF) e uma loja de Sebo, de Maringá, o Colégio Estadual
Alberto Jackson Byington Junior realizará nos dias 27 e 28
deste mês no Salão Nobre o evento cultural: Sebo na Escola.
Os alunos estão vendendo números a um valor simbólico que
dão a oportunidade de trocar os valores por livros no dia do
evento e ainda concorrer à uma bicicleta, doada pela loja de
Sebo, que será sorteada no dia 28.
dão a oportunidade de trocar os valores por livros no dia do
evento e ainda concorrer à uma bicicleta, doada pela loja de
Sebo, que será sorteada no dia 28.
Além de toda a equipe do colégio, podem participar desta
grande feira, os pais, toda a comunidade e foi feito um convite
especial para a Escola Municipal Odete Ribaroli Gomes de
Castro, para que os alunos do ensino fundamental possam
adquirir livros infantis já que o Byington Junior atende
a partir do sexto ano até o ensino médio.
grande feira, os pais, toda a comunidade e foi feito um convite
especial para a Escola Municipal Odete Ribaroli Gomes de
Castro, para que os alunos do ensino fundamental possam
adquirir livros infantis já que o Byington Junior atende
a partir do sexto ano até o ensino médio.
Será comercializado a baixos preços gibis, livro infantil,
infanto-juvenil, literatura brasileira e estrangeira. A intenção
é que alunos sem condições financeiras possam comprar
as obras e cada vez mais estarem motivados à leitura e escrita.
infanto-juvenil, literatura brasileira e estrangeira. A intenção
é que alunos sem condições financeiras possam comprar
as obras e cada vez mais estarem motivados à leitura e escrita.
Fonte: Blog O Diário na Escola
(http://maringa.odiario.com/blogs/odiarionaescola/2012/06/25/sebo-na-escola/)
(http://maringa.odiario.com/blogs/odiarionaescola/2012/06/25/sebo-na-escola/)
Novidade na sala de aula
Sim, sim! Estamos com novidade. Agora, o programa Jornal na Sala de Aula conta com um caderno feito especialmente para você. Por meio dele, vamos mostrar o que alunos e professores estão fazendo com o jornal nas escolas e trazer informações relacionadas ao universo da educação.E para começar. Em sua primeira edição, você confere uma reportagem especial que teve a participação dos alunos Yasmin Grings e Nicolas Peroto, alunos do 5º. ano da Escola Oswaldo Cruz/IENH de Novo Hamburgo. Eles visitaram a sede do Grupo Sinos e contam o passo a passo da produção de um jornal até chegar às mãos do leitor.
um abraço, Juliana Loureiro.
Fonte: http://www.jornalnh.com.br/blogs/jornal-na-sala-de-aula/389784/novidade-na-sala-de-aula.html
DC presente nas aulas de português
Pelo primeiro ano, alunos e professores da escola estadual Erico Verissimo, do bairro Igara, participam do programa Jornal na Sala de Aula. A turma 202, do 2. ano do ensino médio, usa o Diário de Canoas nas aulas de português da professora Delair de Fátima Moraes. E para que o trabalho não se torne repetitivo, a cada semana Delair propõe exercícios com temas diferenciados. "Se for sempre o mesmo assunto eles não irão gostar", explica a professora, que, antes mesmo de a escola fazer parte do projeto, já levava recortes de jornais para os alunos trabalharem.
A aluna Gabriela Guimarães, 16 anos, considera interessante ter uma forma de trabalhar em aula. "É um meio da gente saber as notícias e tem muitas possibilidades de trabalhos para se fazer."A colega Angélica do Nascimento, 15, afirma que os exercícios de que mais gosta são os de redação.
Fonte: DC na Sala de Aula/Juliana Loureiro 28/05/2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Rio+20 inspira colégios a trabalhar temas ambientais e interdisciplinares
No Curso e Colégio pH, o Projeto ONU simulou o encontro da Rio 20 que debaterá o desenvolvimento sustentável Foto: Divulgação |
Os antigos e tombados muros brancos da Escola Municipal de Ensino
Fundamental Luiz Delfino, no Rio de Janeiro, hoje estão tomados por
desenhos de globos terrestres, pessoas de mãos dadas, flores e um
mar onde nada uma baleia. As ilustrações foram feitas pelas próprias
crianças, em uma atividade organizada pelo colégio inspirada na
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
A ação mostra que a Rio+20, além de mobilizar chefes de Estado em
torno de discussões sobre o meio ambiente, também motiva debates
nas escolas e instiga alunos a refletirem sobre o tema.
"O concurso foi feito para levar as discussões para fora da escola e
transformar o muro em um grande papel", afirma o diretor da instituição,
Luiz Claudio Felix. Além dos desenhos, o colégio estimulou os alunos a
se manifestarem por meio da escrita. Ao participar de um fórum com
outras escolas do bairro da Gávea para debater questões relacionadas
ao desenvolvimento sustentável, estudantes do 5º ano produzirão uma
carta endereçada ao prefeito. "A intenção é que se coloque objetivamente
o que as crianças esperam que vá acontecer como produto da Rio+20",
diz o diretor.
Outra iniciativa foi mobilizar os jovens a enviar redações com o tema
sustentabilidade para a campanha Ao Redor da Iberoamérica - concurso
nacional cujos primeiro e segundo lugares do Estado ficaram com alunos
da Luiz Delfino. "As crianças produziram textos com desejos do que queriam
para melhorar o planeta. Elas estão cobrando bastante essa questão",
ressalta Felix.
A mesma reflexão foi promovida pela Escola Municipal Portugal, cujos
alunos do 5º ano que participam do grêmio estudantil venceram um
concurso de redação sobre o tema promovido pela Secretaria Municipal
de Educação. Como prêmio, o texto será entregue às autoridades da
conferência. "Os alunos pediram que os governantes pensem no futuro
do planeta, vejam o que o desenvolvimento desenfreado causa à Terra
e que reflitam as decisões de como tornar o mundo melhor", afirma o
coordenador pedagógico da instituição, Alexandre Roque de Araujo.
A carta foi escrita com base nos conhecimentos adquiridos pelas
crianças desde o ano passado, quando a escola iniciou o projeto
Os Quatro Elementos, no qual eram estudados problemas ambientais
ligados a ar, água, terra e fogo. Para aprofundar os trabalhos e dar
prosseguimento aos estudos, neste ano as crianças se envolvem no
projeto Em Busca da Escola Sustentável a fim de pensar o meio
ambiente sob a ótica econômica, social e ambiental. Segundo Araujo,
o evento que ocorre neste mês é utilizado para contextualizar os estudos
teóricos promovidos pelas disciplinas. "A gente trabalha em cima de
informações para discutir o que foi a Rio92 e a Carta da Terra, além
de falar da Rio+20, dizendo o que é, qual a importância desse evento
e os rumos que o planeta pode tomar no futuro", relata.
Ensino médio trabalha evento em diferentes disciplinas
No Curso e Colégio pH, o debate sobre a Rio+20 começou no ano passado.
O Projeto ONU, realizado por alunos do ensino médio, simulou o evento que
debaterá o desenvolvimento sustentável. As turmas foram divididas em
grupos, cada um representando uma nação. Para defender os interesses
do país, os jovens precisaram estudar a história e a cultura nacionais - como
se fossem as autoridades que participarão da conferência. Os discursos foram
feitos em português e inglês, para treinar o idioma. "Cada aluno pensa como
um país, que vai apresentar seus problemas. Para isso, eles se caracterizam
com as vestimentas típicas e incorporam o lugar, para pensar e defender suas
ideias", explica o diretor de ensino Rui Alves Gomes de Sá.
Dando continuidade à iniciativa, os alunos agora fazem o mesmo em um estudo
de não proliferação de armas, utilizando os conhecimentos de debates feitos
no Projeto ONU e defendendo pontos de vista tão opostos como os dos Estados
Unidos e do Irã. Somam-se a isso os conteúdos aprendidos nas aulas de
Atualidades - disciplina disponível para alunos dos ensinos fundamental e médio
na qual são utilizadas questões do cotidiano para refletir sobre ética e moral.
Gomes de Sá explica que a Rio+20 serve como exemplo para pensar sobre o
desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade. "A gente aproveita
esse evento para contextualizar de forma pedagógica tudo o que ensinamos e,
a partir daí, estimular os alunos na questão de valores morais, éticos e de
cidadania, fazendo com que possam discuti-los durante todo o ano", destaca.
Dentro das salas de aula do Colégio Santo Inácio, o evento é utilizado como
meio de intensificar os conteúdos já trabalhados, explica a professora de
geografia e coordenadora do projeto Sustentabilidade, Lídia Bronstein.
"É um gancho muito bom para julgar políticas, políticos e ações, além de
diferenciar a ação concreta do discurso e da retórica", reflete. Desde
os anos iniciais, os pequenos visitam lixões ou praias para entrar em
contato com realidades diferentes e desenvolver uma consciência a
respeito do ciclo ecológico.
Os mais velhos, no ensino médio, conta Lídia, vão à Baía da Guanabara
para ficar cara a cara com os problemas ambientais estudados nos livros.
"Eles vão para ver a ocupação desordenada, o lixo e a ocupação irregular
e perceber que a cidade é um retrato da ação individual, coletiva, econômica
e política. Tudo isso é perceptível lá", afirma.
Ela diz que, há 30 anos, conceitos como sustentabilidade e ecologia ficavam
fora da esfera de debates da sociedade, restritos ao campo da ciência. Hoje,
no entanto, o assunto está na mídia e nas escolas. "A gente trabalha leituras
de jornais com os pequenos, para que o cotidiano seja associado ao
aprendizado. São vários os questionamentos feitos: 'por que a cidade
vai parar por três dias?', 'por que a cidade vai receber chefes de
Estado?'", explica.
"A Rio+20 é uma revalorização do assunto, usada como condição
de contextualizar tudo o que eles normalmente acompanham, além de
ratificar o que já foi discutido, planejado e engajado em outros projetos",
observa.
Sobre a Rio+20
Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes
e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o
futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, que ocorre até o dia 22 na cidade, deverá contribuir para a
definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas
décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.
Depois do período em que representantes de mais de 100 países
discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento ingressou
quarta-feira na etapa definitiva e mais importante. Até amanhã, ocorre
no Riocentro o Segmento de Alto Nível da Rio+20, com a presença de
diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas.
Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes
mundiais não vieram ao Brasil, como o presidente americano Barack Obama,
a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron.
Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo,
que segue sofrendo críticas dos representantes mundiais. Ainda assim,
o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.
Pesquisa mostra que jovens americanos lêem notícias em dispositivos móveis
Por Summer Harlow/FD
As últimas descobertas da National Mobile Media News Consumption Survey, dirigida pelo Instituto de Jornalismo Donald J. Reynolds (RJI, na sigla em inglês), mostram que apesar da crença popular, os jovens estão interessados em ler notícias - desde que estejam disponíveis em dispositivos móveis.
Estes resultados, que examinaram o que os proprietários estão fazendo com seus dispositivos móveis, são a segunda parte de uma série de 10 sobre dispositivos móveis e notícias baseada em dados coletados em pesquisas.
Segundo o trabalho, 67% dos proprietários de dispositivos móveis, entre 18 e 34 anos de idade, utilizam seus equipamentos para ler notícias locais, nacionais e internacionais em uma média de cinco horas por semana. Isso se compara com 62% dos proprietários de mídia móvel de 35-54 e 58% das pessoas com 55 anos ou mais.
A pesquisa também mostrou que os proprietários de iPad, em particular, estão mais inclinados a consumir notícias com seu dispositivo móvel, salientou Poynter.
Em geral, cerca de 63% dos proprietários de dispositivos móveis assinam um meio impresso, mas essa cifra se reduz a só 26% dos entrevistados entre 18 e 34 anos.
Segundo Roger Filder, diretor do programa do RJI em sua edição digital e principal investigador da pesquisa, os dispositivos móveis como os tablets estão "fomentando novos hábitos nos meios que repercutem diretamente nas organizações de notícias a nível mundial. Os jornalistas e executivos de mídia podem se sentir estimulados ao saber que quase todas as pesquisas, incluindo esta, mostraram que ler notícias é um dos usos mais populares dos tablets, inclusive para proprietários entre 18 e 34 anos de idade".
Fonte: Blog JORNALISMO NAS AMERICAS (http://knightcenter.utexas.edu/pt-br/node/10545)
Alunos do 6º ano utilizaram o caderno de classificados para realizar releituras na criação de novas ideia para o gênero
A primeira parte da atividade foi analisar os classificados, fazer as devidas leituras e observar as peculiaridades do texto descritivo que formam o gênero publicitário. Após a discussão em sala de aula, os estudantes recortaram fotos dos anúncios e escreverem uma nova descrição para a imagem, prezando pela clareza e objetividade.
Para a porfessora Sandra, da Escola Estadual de Ensino Fundamental de Passo Fundo, a Escola Aberta, “o uso do jornal em sala de aula é um recurso pedagógico capaz de atrair a atenção do aluno, não só para a realização de algum trabalho proposto, porque a curiosidade do aluno é aguçada de tal forma que ele acaba fazendo aquilo que todo professor espera de seu aluno: a leitura”.
(Aprendendo com o jornal / ) Para a porfessora Sandra, da Escola Estadual de Ensino Fundamental de Passo Fundo, a Escola Aberta, “o uso do jornal em sala de aula é um recurso pedagógico capaz de atrair a atenção do aluno, não só para a realização de algum trabalho proposto, porque a curiosidade do aluno é aguçada de tal forma que ele acaba fazendo aquilo que todo professor espera de seu aluno: a leitura”.
Junho: mês de “festerê”
Brincadeiras e contações rechearam a festa junina das crianças, que se divertiram com os preparativos na confecção de um chapeu caipira
Conhecer as características das festas juninas e sua origem, as histórias do folclore e, principalmente, aproveitar a festa com vestimenta a caráter. O momento foi coordenado pela professora Bruna Rainehr, na turma do jardim I, composta por alunos de 3 anos.
“Nós trabalhamos a motricidade e a pintura, sendo o chapeu um dos acessórios que o caipira usa. Foi um meio prático e divertido de se lembrar da data”, explicou a professora da Escola de Educação Infantil Estrela Guia.
As comemorações de São João, no fia 24 de junho, fazem parte do ciclo festivo, tradicionalmente conhecido pelas festividades juninas. Além de São João, outros santos são homenageados no mês de junho: Santo Antônio (13) e São Paulo (29), por exemplo. As origens dessas festas são marcadas pelo surgimento até mesmo antes da Era Cristã.
“Nós trabalhamos a motricidade e a pintura, sendo o chapeu um dos acessórios que o caipira usa. Foi um meio prático e divertido de se lembrar da data”, explicou a professora da Escola de Educação Infantil Estrela Guia.
As comemorações de São João, no fia 24 de junho, fazem parte do ciclo festivo, tradicionalmente conhecido pelas festividades juninas. Além de São João, outros santos são homenageados no mês de junho: Santo Antônio (13) e São Paulo (29), por exemplo. As origens dessas festas são marcadas pelo surgimento até mesmo antes da Era Cristã.
Dislexia
Cristina Branco
psicopedagoga coordenadora do DM na Sala de Aula
psicopedagoga coordenadora do DM na Sala de Aula
É na escola que a dislexia, de fato, aparece e é nesse momento que revelam suas dificuldades, sendo um local onde a leitura e a escrita são permanentemente utilizadas e, sobretudo, valorizadas. A experiência tem demonstrado a necessidade de se manter a comunidade educativa muito bem informada a este respeito. Informações sobre o assunto e seus resultados, desempenho dos alunos portadores de dislexia, características da síndrome, maneiras de ajudar o aluno na escola, etc.
Ações de informações podem ser facilmente veiculadas em reuniões na escola, com pais e por meio de cartazes, informativos internos, sobre o tema. Não é necessário que alunos disléxicos fiquem em classe especial, principalmente numa época que lutamos pela inclusão, seria desnecessário até mesmo citar este fato: alunos disléxicos têm muito a oferecer para os colegas e muito a receber deles. Essa troca de humores e de saberes, além de afetos, competências e habilidades só faz crescer a amizade, a cooperação e a solidariedade.
O diagnóstico de dislexia traz sempre uma indicação para acompanhamento específico em uma ou mais áreas profissionais (fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, dentre outros especialistas), de acordo com o tipo e nível de dislexia constatado. Assim sendo, a escola procura assegurar, desde logo, os canais de comunicação com o profissional envolvido, tendo em vista a troca experiências e informações.
Estimule-o, incentive-o, faça-o acreditar em si, a sentir-se forte, capaz e seguro. O disléxico angaria simpatias entre os colegas e amigos. Suas qualidades e habilidades são valorizadas, o que lhes favorece no relacionamento. Entretanto, sua inaptidão para certas atividades escolares (provas em dupla, trabalhos em grupo) pode levar os colegas a rejeitá-lo nessas ocasiões. O professor deve evitar situações que evidenciem esse fato. Sugira-lhes “dicas”, “atalhos”, “jeito de fazer”, “associações”... – tudo que o ajude a lembrar-se de executar atividades ou resolver problemas.
“O disléxico tem um ritmo diferente dos não- disléxicos, portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas”.
Ações de informações podem ser facilmente veiculadas em reuniões na escola, com pais e por meio de cartazes, informativos internos, sobre o tema. Não é necessário que alunos disléxicos fiquem em classe especial, principalmente numa época que lutamos pela inclusão, seria desnecessário até mesmo citar este fato: alunos disléxicos têm muito a oferecer para os colegas e muito a receber deles. Essa troca de humores e de saberes, além de afetos, competências e habilidades só faz crescer a amizade, a cooperação e a solidariedade.
O diagnóstico de dislexia traz sempre uma indicação para acompanhamento específico em uma ou mais áreas profissionais (fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, dentre outros especialistas), de acordo com o tipo e nível de dislexia constatado. Assim sendo, a escola procura assegurar, desde logo, os canais de comunicação com o profissional envolvido, tendo em vista a troca experiências e informações.
Estimule-o, incentive-o, faça-o acreditar em si, a sentir-se forte, capaz e seguro. O disléxico angaria simpatias entre os colegas e amigos. Suas qualidades e habilidades são valorizadas, o que lhes favorece no relacionamento. Entretanto, sua inaptidão para certas atividades escolares (provas em dupla, trabalhos em grupo) pode levar os colegas a rejeitá-lo nessas ocasiões. O professor deve evitar situações que evidenciem esse fato. Sugira-lhes “dicas”, “atalhos”, “jeito de fazer”, “associações”... – tudo que o ajude a lembrar-se de executar atividades ou resolver problemas.
“O disléxico tem um ritmo diferente dos não- disléxicos, portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas”.
Fonte: Diário da Manhã/ DM na Escola 21/06/2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
A visita à empresa jornalística como conhecimento
Por Prof. Ricardo A. Pastoreli *
Frequentes são as visitas de alunos e professores das instituições de ensino às empresas jornalísticas. Nesses passeios, os visitantes têm a oportunidade de conhecer todo o processo de produção do impresso, que chega toda manhã às casas, empresas e escolas.
Nossa dica é que os profissionais da educação aproveitem esse momento de entretenimento para que as crianças e adolescentes transformem o que vivenciaram em aprendizagem. E como fazer isso? Sugerimos que o professor deixe bem claro o objetivo da visita, que pode ser, por exemplo, verificar a capacidade de observação e compreensão dos envolvidos em relação ao processo de confecção do jornal.
Esse trabalho pode ser realizado em três etapas. Na primeira parte, o professor pode fazer levantamento de hipóteses, isto é, verificar como os estudantes imaginam que acontece o processo de produção do jornal. Após as observações apontadas, poderá trabalhar vídeos, textos imagens (fotos) sobre esse assunto, o que originará produções orais e escritas, ilustrações etc. Que tal a elaboração de uma carta aos responsáveis pelo agendamento da visita? Essa produção pode ser uma ótima atividade para que os alunos sintam interagidos no processo de comunicação.
O segundo passo é o “passeio” à empresa jornalística. Nesse momento os alunos devem saber os objetivos a serem alcançados e o porquê da visita. Muitas vezes pode ser apenas por entretenimento. O importante é que o professor deixe bem claro os objetivos da aula passeio. Algumas questões poderão ser elaboradas para que sejam questionadas no momento da visita. É indicado que os alunos sejam divididos em equipes para que cada uma anote sobre uma determinada etapa, assim o grupo A pode tomar nota sobre a Redação; o grupo B sobre a criação de imagens gráficas; o grupo C atentar ao processo de impressão e expedição, por exemplo.
Alguns materiais deverão ser providenciados com antecedência, para que as equipes tenham êxito no trabalho, tais como lápis, caneta, blocos para anotações, máquina fotográfica ou celular etc.
Por fim, na terceira etapa, o professor propõe uma apresentação oral, para que cada grupo aponte suas observações e anotações de cada etapa. Feito isso, todos terão muito o que escrever e divulgar para toda a escola e comunidade, através de um jornal mural, de um fanzine, cartazes, Blog, facebook... Mãos à obra!
Observação: Jornal mural não deve ser entendido apenas como simples recorte e colagem de textos e imagens, e sim produções que façam com que os alunos reflitam e aprendam sobre a escrita e sobre o que estão escrevendo.
* Ricardo Pastorelli é Coordenador do Projeto O Diário na Escola, desenvolvido pelo jornal O Diário do Norte de Maringá, de Maringá/PR
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