O celular vem com chip e créditos para envio de mensagens. Ao receber o aparelho, os alunos fazem um teste que informa a uma central seu nível de aprendizagem. Em dezembro, após uma avaliação, os alunos que apresentarem progresso no curso ganharão o celular.
O Programa de Alfabetização na Língua Materna é uma parceria entre a empresa de tecnologia educacional Ies2 e as prefeituras de Campinas, Itatiba e Pirassununga.
Segundo o professor José Luiz Poli, idealizador do projeto, a possibilidade de fazer os exercícios no trajeto para o trabalho e a motivação de dominar um aparelho moderno ajudam a manter o interesse e a fixar o conteúdo aprendido.
A primeira fase do projeto é voltada para analfabetos plenos. No início das aulas, eles fazem avaliações, exercícios e jogos educativos.
"Quando tem que completar a palavra, lembro a letra mais rápido com o celular", conta o estudante de Campinas Cláudio Oliveira, 38.
Para Edicelmo Costa, diretor educacional da Fumec (Fundação Municipal para Educação Comunitária), responsável pelo programa em Campinas, desde o início do projeto, há cerca de um mês, a frequência aumentou.
Até agora, o programa incluiu estudantes de 15 a 50 anos. "Um dos maiores motivos de abandono das aulas é a vergonha de ser analfabeto. Com o celular, o aluno usa fones e faz o exercício sem ninguém saber o que é", diz uma das responsáveis pelo aplicativo, Ana Lúcia Barduchi.
Fonte: Folha de São Paulo (SP)/ Marília Rocha 05/05/2011
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