Dos 477 profissionais que participaram do estudo, 47% confirmaram usar Twitter e 35% acessam o Facebook como fontes para suas reportagens. O LinkedIn também é citado por 15% dos entrevistados. Outras mídias sociais ficaram com 31%. A blogosfera também faz parte da agenda de apuração: 30% dos repórteres acessam blogs que eles conhecem. Participaram do levantamento jornalistas de veículos regionais, nacionais e internacionais do Brasil, Leste Europeu, França, Itália, Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Holanda e Reino Unido.
O que representou uma surpresa para os autores é que 42% alegaram pesquisar em blogs e sites ainda não visitados ou desconhecidos. Nos processos de apuração, estes endereços virtuais serviriam tanto como fonte para novas pautas, como para checagem de informação.
Outro objetivo da análise elaborada pela Oriella é entender como os jornalistas veem seus veículos atuando no mercado digital. Os gráficos mostraram que há uma migração de investimentos para os meios on-line. Pela primeira vez em quatro anos a pesquisa apontou que, do ponto de vista econômico, a queda nas receitas publicitárias diminuiu, mostrando que o mercado não é tão incerto quanto analisado no ano passado.
Esse cenário aumentou as expectativas de editores e publishers dos veículos. Na pesquisa do ano passado, 53% acreditavam que suas publicações sairiam do mercado. Em 2011, essa fatia caiu para 21%, do total dos entrevistados. Apenas na Espanha, uma significativa parcela dos jornalistas se manteve pessimista frente ao mercado.
No início de maio, inclusive, o diário norte-americano ‘The New York Times’ anunciou certa satisfação em relação às cobranças de acesso ao seu conteúdo on-line. Durante o INMA World Congress 2011, o publisher do jornal Arthur Sulzberger disse que, atualmente, o NYT possui cerca de cem mil assinantes on-line. Sulzberger ressaltou que ainda é cedo para divulgar dados precisos, mas que, por enquanto, não foi percebida nenhuma grande queda no tráfego do site.
Apesar do mercado ainda estar receoso com o modelo de cobrança pelo consumo de notícias na internet, jornais brasileiros também estão investindo neste modelo, como é o caso do jornal ‘O Globo’ que passou a cobrar o acesso on-line até para seus assinantes da versão impressa. O valor, entretanto, é mais baixo do que o oferecido àqueles que não são assinantes.
Fonte: Nós da Comunicação/ André Bürger 23/05/2011
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