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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Educação inclusiva em debate

"Sabe esses achados magníficos que a gente faz na internet? Pois bem. Eu encontrei um desses". Foi assim que a Valeska Andrade, coordenadora do programa O POVO na Educação, do jornal O POVO (CE) se referiu ao texto Diferenças: como lidar com elas em sala de aula?, da autora Tatiana Serra.

O texto foi publicado na Revista Educação Pública dia 27/07/2010 e está disponível no site http://www.educacaopublica.rj.gov.br. Mas você pode ler um trechinho do texto aqui, no blog do Programa Jornal e Educação. Boa Leitura!!!

"Que as diferenças existem todos nós sabemos, assim como o fato de que elas ajudam a nos definir dentro de um grupo. Mas fazer da diferença motivo para discriminar (no pior sentido da palavra) ou fazer dela sinônimo de desigualdade, talvez seja um dos maiores erros da humanidade. E não adianta tentar justificar dizendo que até no dicionário as palavras diferente e desigual são sinônimas, porque a questão está no que o uso da palavra carrega: atitudes repletas de preconceito e exclusão são alguns dos exemplos.

No fórum Discutindo perguntamos: “Quem tem interesse em transformar as pessoas de diferentes em desiguais?” E, para refletir sobre como os professores lidam com as diferenças em sala de aula, consultamos algumas especialistas em educação inclusiva para falar a respeito.

Se pensarmos que vivemos em um país que tem um dos maiores níveis de desigualdade social do mundo, “nos conscientizamos de que já evidenciamos uma realidade em que o diferente é enfaticamente considerado desigual. Portanto, é mais que necessário que repensemos nossas ações e até que ponto estamos valorizando os diferentes” é o que aconselha Sonia do Nascimento Santos.

Diferentes todos nós somos (e viva a diversidade!); mesmo assim, não deixamos de julgar e ultrapassar a individualidade dos outros. É aí, então, que a diferença passa a ser considerada negativa. Mas, na opinião de muitos, diferenças e semelhanças podem ser trabalhadas desde cedo, seja em casa, seja na escola. “A minha luta é essa. Gostaria que todas as pessoas, independente da cor, raça, sexo, pudessem ser vistas como seres humanos. Acho que temos que trabalhar em sala de aula para que isso se torne realidade. Os profissionais da educação devem estar preparados para dar sua contribuição para o desenvolvimento da humanidade”, diz Dearlinda Mendes de Souza.

E, apesar de as definições de diferente e desigual serem semelhantes no papel, é importante enfatizar as distinções entre elas – o que pouco se vê na prática. Oswaldo Oliveira destaca como boa parte da sociedade lida com diferenças e desigualdades: “ser diferente merece tratamento diferente; e pior, ser desigual significa ser inferior. Um homem é diferente de uma mulher, mas ele não é pior nem melhor – nem ela. Ser desigual significa que existe desnível entre os dois, o que não é verdade. Os alunos são diferentes, merecem atenção diferente, mas não são melhores ou piores uns que os outros”. (...) Tatiana Serra

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