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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Programa Senado Jovem Brasileiro

Por Ayne Salviano (*)
Folha da Região - 24/04/2012 (B6)

Escrever pra quê? Esta, com certeza, é a pergunta que mais ouço - e respondo - entre os meus alunos do ensino médio. Eles querem que eu ofereça, de pronto, uma serventia para algo que, para eles, é, muitas vezes, penoso. Afinal, escrever é mesmo o último exercício em uma produção de texto. Antes vem a leitura seguida da decodificação das palavras, que levam à interpretação do que foi escrito, mas nem sempre ao entendimento daquilo que só ficou registrado nas mensagens subliminares e nos exercícios de intenção, manipulação e persuasão de um texto. E para isso é preciso ter tanto conhecimento de mundo que cansa só de pensar.

NADA DE DESCULPA
Já não basta explicar a eles que ao final dos três anos no ensino médio eles precisarão passar no vestibular e lá estará ela: a redação, aquela que garante a vaga tão desejada no curso escolhido e na faculdade tão disputada ou aquela que, sem dó, tira a vaga e o sonho dos candidatos. Mocinha ou bandida, simples assim.


POSSIBILIDADES
Sim, é preciso escrever para passar no vestibular, mas também para arrumar um emprego, conquistar alguém, defender seus direitos, expressar-se, criar ‘voz’, ser reconhecido. São tantas as possibilidades.

VOCAÇÃO
E foi pensando em possibilidades e com o objetivo de proporcionar conhecimento acerca da estrutura e do funcionamento do Poder Legislativo aos brasileiros estudantes de 16 a 19 anos que cursam o ensino médio em escolas estaduais, bem como estimular um relacionamento permanente dos jovens cidadãos com o Senado Federal, que foi criado, há dois anos, o Programa Senado Jovem Brasileiro. Integram esta ação um concurso de redação (olha ela aqui, gente!) e o Projeto Jovem Senador.

INSCRIÇÕES ABERTAS
O tema da redação (uma dissertação entre 20 e 30 linhas) este ano é "Meu município, meu Brasil". Os 27 finalistas – um por unidade da Federação – terão a oportunidade de simular, durante três dias, em Brasília, a atuação dos senadores vivenciando o processo de discussão e elaboração das leis do País. Eles poderão, inclusive, apresentar e defender projeto de sua autoria.

PRÊMIOS
Além disso, os finalistas serão premiados com notebooks, medalhas, certificados e publicação da sua redação em livro específico. As escolas receberão computadores, publicações técnicas e certificados. Ganha todo mundo!

ETAPAS
A primeira fase está em andamento. Nesta etapa, as escolas deverão promover atividades destinadas a debater o tema com vistas a estimular a produção dos textos em sala de aula, sob a orientação do(s) professor(es). As atividades preparatórias podem ter caráter interdisciplinar mediante enfoques históricos, geográficos, de direitos e deveres, do exercício político e do fortalecimento da cidadania, bem como outros aspectos pertinentes à temática.

JULGAMENTOS
O(s) professor(es) deverão escolher uma redação por turma, e a direção da escola deverá constituir uma comissão julgadora para escolher, entre elas, aquela capaz de melhor representá-la.

SEGUNDA ETAPA
Nesta fase, secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal selecionarão a redação finalista bem como as redações classificadas em segundo e em terceiro lugares. Todas serão encaminhas ao Senado Federal.

TERCEIRA ETAPA
Em nível nacional, uma comissão julgadora do Senado avaliará, julgará e classificará as redações, selecionando o primeiro, o segundo e o terceiro lugares.

AVALIAÇÃO
Em todas as etapas pede-se que a redação seja avaliada observando a legibilidade, o respeito às margens e a indicação de parágrafos. Serão observados a correção gramatical e sintática, a objetividade, a originalidade, a ortografia, a propriedade vocabular e a organização e o encadeamento das ideias.

IMPORTANTE
É essencial que os alunos participantes deverão ter plena liberdade para expor suas ideias, não sendo permitida a intervenção de outros.

FINALMENTE
Para que se escreve? Talvez para ganhar o concurso do Senado, verificar como são aprovadas as leis neste País, mas especialmente para despertar nos jovens a vontade de participar ativamente na melhoria deste Brasil, que está precisando tanto, não é mesmo?

(*) Ayne Regina Gonçalves Salviano é jornalista e professora. Mestre em Comunicação e Semiótica. Especialista em Metodologia Didática. Professora no ensino médio, graduação e pós na rede particular de Araçatuba. Coordenadora do Programa Jornal e Educação Ler para Crescer da Folha da Região. ayne.salviano@folhadaregiao.com.br

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