O projeto do DM na Sala de Aula propõe a interação entre comunicação e educação, na busca de novos caminhos para levar à escola um dos meios que por exerce o que é do ser humano por excelência: comunicar.
Dividimos abaixo, com o leitor, alguns pensamentos construídos através de uma conversa com a conferencista do segundo encontro do DM na Sala de Aula, a jornalista, doutora e professora do curso de Jornalismo e Publicidade da Universidade de Passo Fundo (UPF), Bibiana de Paula Friderichs. Uma viagem pelo campo de reflexão da educomunicação.
Dividimos abaixo, com o leitor, alguns pensamentos construídos através de uma conversa com a conferencista do segundo encontro do DM na Sala de Aula, a jornalista, doutora e professora do curso de Jornalismo e Publicidade da Universidade de Passo Fundo (UPF), Bibiana de Paula Friderichs. Uma viagem pelo campo de reflexão da educomunicação.
Um olhar sobre os espaços de comunicação e a prática do ensino...
“O que estamos fazendo com os nossos espaços de comunicação? Como o conteúdo veiculado impacta sobre os nossos alunos?”. Esta foi a primeira pergunta realizada pela professora Bibiana, após expor uma série de fatores que mostram o porquê de nos preocuparmos com as duas esferas.
(Conversa produtiva no segundo encontro do DM na Sala de Aula / FOTO / FABÍOLA HAUCH)
A mudança dos padrões sociais, mudança esta inerente a vida social, alterou o modo e, principalmente, a freqüência com que os alunos têm contato com a família. Há 15 anos o almoço era sagrado, uma reunião para contar os fatos do dia e comentar o que era assistido antes, durante ou depois da refeição – ou mesmo lido neste intervalo. Havia uma preocupação em debater o conteúdo provindo dos meios de comunicação com os filhos. Um cenário que hoje está totalmente modificado pela falta de tempo ou choque de horários.
Com tal preocupação, a professora destaca a importância dos pais e da escola em trabalhar aspectos dos variados suportes de mídia com os filhos ou alunos. Desmitificando a manipulação dos veículos de comunicação, Bibiana é enfática “não há uma única pessoa ou um grupo de pessoa que elabora ideias para manipular as pessoas, com este específico objetivo. O que acontece são modelos de comportamento frisados em um longo prazo pela sociedade, por reproduções e pelos meios, é um conjunto, não é a mídia sozinha que cria os padrões que vivemos.”
Mesmo com uma possível censura velada de algumas corporações, a internet possibilita que as verdades venham ao público. E se há uma tentativa de manipulação, o público sabe disso. Os meios e suportes são tantos, que cada um é capaz de escolher a mídia que quer.
(Anotações para a sala de aula. / FOTO / FABÍOLA HAUCH)
“O que temos algumas vezes é a incidência do comercial no jornalismo, e isso é um ciclo difícil de quebrar, porque é o comercial que mantém um jornal, por exemplo”, comentou a professora. Outro ponto essencial é o papel do jornalista e da impressão de seu texto: “toda a matéria, reportagem, seja o gênero que for, é uma interpretação, é o fruto da percepção de um sujeito por trás do jornalista”, enfatizou Friderichs. Ou seja, a velha imparcialidade, caiu por completo, nunca existiu.
Em debate com os professores presentes, ficou provado que a força da transformação está na coletividade, nada mais se faz sozinho. E a escola e os meios de comunicação têm papel fundamental: somente a escola pode formar um sujeito que saiba o que significa ser sujeito no mundo. “O Jornalismo tem o papel de equilibrar o que é fundamental para o público e o que é de interesse do público. Tem que haver esse filtro, pois os meios têm esse papel social de mediação.”, apontou Bibiana, falando sobre a busca para se chegar à civilização e não a banalização.
Seja pelas péssimas condições ofertadas ao professores, de falta de estrutura, tempo e estudo na maior parte do Brasil ou pela omissão de responsabilidade ocorrente em muitos meios, a única saída é pensar em uma forma de reverter a situação, com tempo para a reflexão como este (realizado em uma tarde ensolarada de sexta-feira), um espaço em que a professor pôde entender como funcionam os espaços de comunicação e os comunicadores a realidade da sala de aula. A intenção? Apenas uma: levar isso até o aluno e trabalhar unindo ensino e comunicação.
(No caminho da transformação.... / FOTO / FABÍOLA HAUCH)
Projeto DM na Sala de Aula
O que
O DM na Sala de Aula é um programa do Jornal Diário da Manhã, realizado nas cidades de Passo Fundo, Carazinho e Erechim, onde se trabalha com professores de escolas públicas e particulares, dando sugestões para a utilização do jornal como instrumento didático-pedagógico.
Quando
Todas as quintas-feiras, no jornal Diário da Manhã.
Próximo encontro
No dia 6 de julho, às 14 horas, no auditório da CDL. No terceiro encontro, uma oficina prática com jornal será realizada.
CoordenadorasCristina Castejon Branco, psicopedagoga.
Jornalistas
Liliana Crivello, Fabíola Hauch e Sirlei Pazinato.
Contatos
E-mail: educação@diariodamanha.net
liliana@diariodamanha.net
fabiola@diariodamanha.net
sirlei@diariodamanha.net
criscastejon_1@hotmail.com
Telefone: (54) 3316-4800
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