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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Gestão inovadora da escola com tecnologias

Gestão inovadora da escola com tecnologias
Texto de José Manual Moran - Para o curso Mídias na Educação/MEC
Quando falamos em tecnologias costumamos pensar imediatamente em computadores, vídeo, softwares e Internet. Sem dúvida são as mais visíveis e que influenciam profundamente os rumos da educação. Mas é importante lembrar que o conceito de tecnologia utilizada no cotidiano da escola pode ser mais abrangente.


Tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas que utilizamos para que os alunos aprendam.A forma como os organizamos em grupos, em salas, em outros espaços isso também é tecnologia.O giz que escreve na louça é tecnologia de comunicação e uma boa organização da escrita facilita e muito a aprendizagem.A forma de olhar, de gesticular, de falar com os outros isso também é tecnologia.O livro, a revista e o jornal são tecnologias fundamentais para a gestão e para a aprendizagem e ainda não sabemos utilizá-las adequadamente.
O gravador, o retroprojetor, a televisão, o vídeo também são tecnologias importantes e também muito mal utilizadas, em geral.


Quando uma escola diz que não tem tecnologias isso é, em parte correto, porque sempre estamos utilizando inúmeras tecnologias de informação e de comunicação, mais ou menos sofisticadas. Na escola combinamos tecnologias presenciais (que facilitam a pesquisa e a comunicação estando fisicamente juntos) e virtuais (que, mesmo estando distantes fisicamente, nos permitem acessar informações e nos mantêm juntos de uma outra forma).

Agora vamos falar das tecnologias de gestão administrativa e pedagógica, principalmente através do computador e da Internet.

Gestão Administrativa
Um diretor, um coordenador tem nas tecnologias, hoje, um apoio indispensável ao gerenciamento das atividades administrativas e pedagógicas. O computador começou a ser utilizado antes na secretaria do que na sala de aula. Neste momento há um esforço grande para que esteja em todos os ambientes e de forma cada vez mais integrada. Não se pode separar o administrativo e o pedagógico: ambos são necessários.


Numa primeira etapa privilegiou-se o uso do computador para tarefas administrativas: cadastro de alunos, folha de pagamento. Depois, os computadores começaram a ser instalados em um laboratório e se criaram algumas atividades em disciplinas isoladas, em implementação de projetos. As redes administrativa e pedagógica, nesta primeira etapa, estiveram separadas e ainda continuam funcionando em paralelo em muitas escolas. Encontramo-nos, neste momento, no Programas de gestão que têm como princípio integrar todas as informações que dizem
respeito à escola. Eles possuem um banco de dados com todas as informações dos alunos,
famílias, professores, funcionários, fornecedores e, do ponto de vista pedagógico, bancos de
informações para as aulas, para as atividades de professores, dos alunos, bibliotecas virtuais, etc.

Todo esse conjunto de informações costuma circular primeiro numa rede interna, chamada Intranet, à qual alunos, professores e pais podem ter acesso, em diversos níveis, por meio de senhas.

Os programas de gestão diminuem a circulação de papéis, formulários, ofícios, tão comuns nas escolas públicas e convertem todas as informações em arquivos digitais que vão sendo catalogados, organizados em pastas eletrônicas por assunto, assim como o fazemos na secretaria, só que ficam armazenados num computador principal, chamado servidor.

Há outra área importante de informatização, do ponto de vista administrativo, que é o controle financeiro, de entradas e saídas de dinheiro: receita e despesa. O programa integra as despesas e permite fazer projeções sobre o tempo que levará para equilibrar receita e despesa,
se vai haver déficit ou superávit. Permite também que professores e funcionários possam
fazer seus pedidos de materiais: livros, cadernos, software on-line, isto é, diretamente pela rede, através do computador.


(Adaptado do texto original publicado em VIEIRA, Alexandre (org.). Gestão educacional e tecnologia. São Paulo, Avercamp, 2003. Páginas 151-164)

Gestão pedagógica
O administrativo está a serviço do pedagógico e ambos têm de estar integrados, de forma que as informações circulem facilmente – com as restrições de acesso necessárias, para visualizar qualquer informação que precisarmos checar ou para fazer previsões necessárias. A Internet é um espaço virtual de comunicação e de divulgação. Hoje é necessário que cada escola mostre sua cara para a sociedade, que diga o que está fazendo, os projetos que desenvolve, a filosofia pedagógica que segue, as atribuições e responsabilidades de cada um dentro da escola. É a
divulgação para a sociedade toda. É uma informação aberta, com possibilidade de acesso para todos em torno de informações gerais. Veja alguns sites de escolas:


Escola Municipal Prof. Eurico Accolini
http://www.escolaeurico.com.br/

E. E. Salvador Ramos de Moura
http://www.abcrede.com.br/salvador

Há um segundo nível de comunicação da escola pela Internet, que é com a comunidade local: com as famílias dos alunos, com as associações, empresas, grupos organizados, igrejas e outras instituições que estejam localizadas perto da escola.

Cada vez é mais importante que a escola se integre na comunidade local, que crie laços com pessoas e grupos significativos, que traga os pais para o colégio, que abra seus espaços para atividades de lazer e culturais, principalmente nos fins de semana e nas férias. E a página na Internet pode ser um espaço privilegiado de informação e de comunicação. Não basta só informar quais atividades existem, mas criar caminhos de comunicação, principalmente através de e-mail, listas de discussão, fóruns e chats.

Colégio Estadual do Paraná
http://www.cep.pr.gov.br/

Num terceiro nível, a página da escola focaliza diretamente os professores, os alunos e os funcionários, isto é, a comunidade de ensino-aprendizagem. Há áreas de informação e de comunicação. Cada professor pode ter uma página pessoal com suas disciplinas, atividades, projetos e materiais específicos. Pode haver também áreas de comunicação como listas de discussão, fóruns e chats.

Você sabia que o site de sua escola pode ter um link no Portal do Professor?
Portal do Professor
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/

Pedagogia da gestão pedagógica
Cada escola tem uma situação concreta, que interfere em um processo de gestão com tecnologias. Se atende a uma comunidade de classe alta ou de periferia, mesmo com os mesmos princípios pedagógicos, terá que adaptar o seu projeto de gestão a sua realidade.

Na implantação de tecnologias o primeiro passo é garantir o acesso. Que as tecnologias cheguem à escola, que estejam fisicamente presentes ou que professores, alunos e comunidade possam estar conectados. Mesmo ainda distantes do ideal temos avançado bastante nos últimos anos na informatização das escolas.

Mas a demanda por novos laboratórios, por conexões mais rápidas, por novos programas é incessante e isso deixa também amedrontado o gestor, porque não sabe se o investimento vale a pena diante da rapidez com que surgem novas soluções ou atualizações tecnológicas. Neste campo não convém ir na última moda (a última versão sempre é a mais cara e uma semelhante, um mínimo inferior, costuma custar muito menos) nem esperar muito, porque já estamos atrasados nos processos de informatização escolar.

O segundo passo na gestão tecnológica é o domínio técnico. É a capacitação para saber usar, é a destreza que se adquire com a prática. Se o professor só toca no computador uma vez por semana demorará muito mais para dominá-lo que se tivesse um computador sempre a disposição dele.

O terceiro passo é o do domínio pedagógico e gerencial. O que podemos fazer com essas tecnologias para facilitar o processo de aprendizagem, para que alunos, professores e pais acessem mais facilmente as informações pertinentes. Nesta etapa costumamos utilizar as tecnologias como facilitação do que já fazíamos antes. Por exemplo: se fazíamos a ficha de cada aluno manualmente, agora adquirimos um programa que automatiza o registro desse aluno e o acesso a essas informações a qualquer momento. É um avanço, mas ainda estamos fazendo as
mesmas coisas que antes, só de uma forma mais fácil.


O quarto passo é o das soluções inovadoras que seriam impossíveis sem essas novas tecnologias. No exemplo anterior, com a Internet, podemos não só facilitar o registro do aluno, mas o acesso remoto, o acesso do pai às notas dos alunos, a comunicação de alunos de várias escolas do mundo inteiro, a integração telemática dos pais e da comunidade na escola ou da escola em várias comunidades. A integração da gestão administrativa e pedagógica se faz de forma muito mais ampla com os computadores conectados em redes.

Possibilidades de uso de tecnologias na educação
Tecnologias na gestão da pesquisa

A escola com as redes eletrônicas se abrem para o mundo, o aluno e o professor se expõem, divulgam seus projetos e pesquisas, são avaliados por terceiros, positiva e negativamente. A escola contribui para divulgar as melhores práticas, ajudando outras escolas a encontrar seus caminhos. A divulgação hoje faz com que o conhecimento compartilhado acelere as mudanças necessárias, agilize as trocas entre alunos, professores, instituições. A escola sai do seu casulo, do seu mundinho para se tornar uma instituição onde a comunidade pode aprender contínua e
flexivelmente.


O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), de Boston, que disponibiliza todo o conteúdo dos seus cursos em vários idiomas, facilitando o acesso de centenas de milhares de alunos e professores a materiais avançados e sistematizados, disponíveis on-line em www.universiabrasil.net/mit

Alunos, professores, a escola e a comunidade se beneficiam. Atualmente, a maior parte das teses e dos artigos apresentados em congressos está publicada na Internet. O "estar" no virtual não é garantia de qualidade (esse é um problema que dificulta a escolha), mas amplia imensamente as condições de aprender, de acesso, de intercâmbio, de atualização. Tanta informação dá trabalho e nos deixa ansiosos e confusos. Mas, é muito melhor do que acontecia antes da Internet, quando só uns poucos privilegiados podiam viajar para o exterior e pesquisar nas grandes bibliotecas especializadas das melhores universidades. Hoje podemos fazer praticamente o mesmo sem sair de casa.

Os professores podem ajudar o aluno incentivando-o "a saber" perguntar, a enfocar questões importantes, a ter critérios na escolha de sites, de avaliação de páginas, a comparar textos com visões diferentes. Os professores podem focar mais a pesquisa do que dar respostas prontas, ou aulas todas acabadas. Podem propor temas interessantes e caminhar dos níveis mais simples de investigação para os mais complexos; das páginas mais coloridas e estimulantes para as mais abstratas; dos vídeos e narrativas concretas para os contextos mais abrangentes e assim
ajudar a desenvolver um pensamento arborescente, com rupturas sucessivas e uma reorganização semântica contínua.


Uma das formas mais interessantes de desenvolver pesquisa em grupo na Internet é o Webquest. Trata-se de uma atividade de aprendizagem que aproveita a imensa riqueza de informações que, dia a dia, cresce na Internet. Resolver uma Webquest é um processo de aprendizagem atraente, porque envolve pesquisa, leitura, interação, colaboração e criação de um novo produto a partir do material e idéias obtidas.

A Webquest propicia a socialização da informação: por estar disponível na Internet, pode ser utilizada, compartilhada e até reelaborada por alunos e professores de diferentes partes do mundo. O problema da pesquisa não está na Internet, mas na maior importância que a escola dá ao conteúdo programático do que à pesquisa como eixo fundamental da aprendizagem.

Saiba mais sobre webquest
http://webquest.sp.senac.br/

http://www.educarede.org.br/educa/img_conteudo/tecnologia4.html
http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=4abed&infoid=110&sid=124

Galeria de webquest da Escola do Futuro, USP
http://www.clubedoprofessor.com.br/webquest/


Possibilidades de uso de tecnologias na educação
Tecnologias na organização e na mudança Quando focamos mais a aprendizagem dos alunos do que o ensino, a publicação de sua produção torna-se fundamental. Recursos presentes em ambientes virtuais de aprendizagem como o Portfolio, ou a Biblioteca de Materiais do Aluno, são espaços onde os alunos têm a possibilidade de disponibilizar suas produções (atividades,
comentários e participações) para serem compartilhadas com seus pares e
professores.


Os blogs, fotologs e videologs são outros exemplos de recursos interativos que permitem a publicação e troca de arquivos na Internet. Tais recursos apresentam possibilidades de fácil edição e atualização, bem como a participação de terceiros por meio de comentários ou colaborações.

Esses recursos começaram a ser utilizados inicialmente no formato de textos, depois evoluíram para a publicação de fotos, desenhos e outras imagens e, atualmente, estão na fase de utilização de vídeos pela Internet. Professores e alunos podem gravar vídeos de curta duração com câmeras digitais e disponibilizálos, por exemplo, como ilustrações de um evento ou pesquisa ou mesmo para expressar suas idéias por meio de diferentes mídias (som, imagem, animação,
vídeo...).


Os blogs, flogs (fotologs ou videologs) são utilizados mais pelos alunos do que pelos professores, principalmente, como espaço de divulgação pessoal, de mostrar a identidade, onde se misturam
narcisismo e exibicionismo (em diversos graus). Atualmente, há um uso crescente dos blogs por professores dos vários níveis de ensino, incluindo o universitário.
Os blogs permitem a atualização constante da informação pelo professor e pelos alunos, favorecem a construção de projetos e pesquisas individuais e em grupo. Com a crescente utilização de imagens, sons e vídeos, os flogs têm tudo para explodir na educação e integrarem-se com outras ferramentas tecnológicas de gestão pedagógica. As grandes plataformas de educação a distância ainda não descobriram e incorporaram o potencial dos blogs e flog.


Blog Escola Regina Célia
http://blog.escolareginaelia.com.br/

Blog Colégio Estadual Dom Alano
http://blog.aprendebrasil.com.br/dunoday

A possibilidade de os alunos se expressarem, tornarem suas idéias e pesquisas visíveis, confere uma dimensão mais significativa aos trabalhos e pesquisas acadêmicas.

A Internet possui hoje inúmeros recursos que combinam publicação e interação, por meio de
listas, fóruns, chats, blogs. Existem também os portais de publicação mediados, onde há algum
tipo de controle e existem outros abertos, baseados na colaboração de voluntários. O site
www.wikipedia.org/ traz um dos esforços mais notáveis no mundo inteiro de divulgação do
conhecimento. Milhares de pessoas contribuem para a elaboração de enciclopédias sobre todos os temas, em várias línguas. Qualquer pessoa pode publicar e editar o que outras pessoas colocaram.


Só em português foram divulgados mais de 30 mil artigos na wikipedia. Com todos os problemas
envolvidos, a idéia de que o conhecimento pode ser co-produzido e divulgado é revolucionária e nunca antes tinha sido tentada da mesma forma e em grande escala.


Conheça alguns blogs desenvolvidos por professores e alunos de escolas públicas
Escola Estadual Cônego João Ligabue (São Paulo-SP)
http://joaoligabue.zip.net/

Escola Estadual Prof. José da Costa (Cubatão-SP)
http://escolaprofjosedacosta.zip.net/

NTE Parque Dez, Manaus, AM
http://ntemanausp.dez.sites.uol.com.br/

Escola 21 de dezembro
http://linca.futuro.usp.br/blogs/21dedezembroce


Gestão de tecnologias e valores humanos
Um dos grandes pontos de estrangulamento da gestão das tecnologias é a tensão entre os educadores humanistas e os tecnológicos.
· Os humanistas focam a comunicação, a interação, a construção do conhecimento, a criação de comunidades de aprendizagem.
· Os tecnológicos ressaltam o avanço dos softwares, a velocidade de transmissão, as soluções telemáticas.
· Os que conhecem as tecnologias têm nos prometido soluções, facilidades, grandes mudanças. Os que focam mais as dimensões humanas do ensino e da aprendizagem falam mais de “olho no olho”, de comunicação afetiva, de valores.
· Os humanistas dizem que as tecnologias são importantes, mas, em geral, resistem a uma utilização mais ampla, inovadora. Permanecem ancorados na sala de aula como espaço de resistência, fora do qual não vale a pena avançar.
· Os educadores tecnológicos, impulsionados por administradores em busca de resultados, ampliam mais e mais o número de alunos atendidos simultaneamente, focam predominantemente o conteúdo, a autoaprendizagem e limitam a interação ao mínimo porque encarece dramaticamente os custos.


Precisamos de educadores humanistas, que experimentem formas de articular a interação virtual com a presencial, que nos ajudem a encontrar os caminhos para equilibrar quantidade e qualidade nos diversos tipos de situações em que nos encontramos hoje. Precisamos que eles nos mostrem como criar novas formas de interação, como incentivar a pesquisa individual e em grupo, a avaliação ao longo do curso, o estabelecimento de vínculos, a discussão aberta de valores importantes para a sociedade.

Precisamos dos educadores tecnológicos para que nos tragam as melhores soluções para cada situação de aprendizagem, que facilitem a comunicação com os alunos, que orientem a confecção dos materiais adequados para cada curso, que humanizem as tecnologias e as mostrem como meios e não como fins.

É importante humanizar as tecnologias que são meios valiosos, caminhos para facilitar o processo de aprendizagem. É relevante também compreender que o uso das tecnologias revela concepções, valores e viabiliza a comunicação afetiva, na flexibilização de espaço e tempo de ensino e de aprendizagem.

Consulte outros artigos que tratam da relação entre tecnologia e valores humanos.
Dica: Sete pontos para concretizar a sociedade do conhecimento, de Luiza Ricotta.
http://www.comunicacao.pro.br/setepontos/5/valores.htm

Para que se possam usufruir as potencialidades das tecnologias e mídias para aprendizagem e desenvolvimento humano no sistema educacional, é fundamental realizar processos de gestão das tecnologias na escola e as respectivas linguagens que viabilizam as formas de expressão do pensamento e da comunicação.

A importância do diagnóstico
O ponto de partida para se fazer a gestão de tecnologias no contexto escolar é identificar quais são as tecnologias existentes e, em seguida, procurar conhecer como estão sendo utilizadas.
Em seu texto Gestão escolar e as tecnologias, Carmem Prata observa que é preciso mudar os paradigmas convencionais da estrutura escolar, em que muitas vezes a tecnologia é utilizada de forma superficial (como meio de comunicação) ou para aumentar o poder daqueles que possuem o conhecimento tecnológico, por exemplo.


Compreender as potencialidades inerentes a cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, que se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação. (ALMEIDA, 2006).

"A integração das tecnologias como TV, vídeos, computadores e internet ao processo educacional, pode promover mudanças bastante significativas na organização e no cotidiano da escola e na maneira como o ensino e a aprendizagem se processam, se considerarmos os diversos recursos que estas tecnologias nos oferecem (...)." (PRATA, 2002, p. 77).

A mesma autora aponta para o papel fundamental que toda a comunidade escolar tem nesse processo de mudança e ressalta que os professores podem começar explorando as tecnologias disponíveis na escola para que possam integrá-las às suas atividades em sala de aula.

"A escola deve começar com o que tem de imediato, seja em relação a equipamentos, seja através de programas existentes e acessíveis a todos. As experiências vivenciadas servirão de referência pessoal e política para reivindicar mais e melhor tecnologia nas escolas e, conseqüentemente, despertar para as suas possibilidades pedagógicas." (PRATA, 2002, p79).

O diagnóstico é fundamental para levantar quais as tecnologias existentes na escola para, pensar nas estratégias, soluções e projetos para uso pedagógico dessas tecnologias.

Afinal, para que seja possível usufruir as contribuições das tecnologias na escola, é importante considerar suas potencialidades para produzir, criar, mostrar, manter, atualizar, processar e ordenar. Tratar de tecnologias na escola engloba processos de gestão de tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que abarcam relações dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização, produção e manutenção. (ALMEIDA, 2006)

Dada à importância deste diagnóstico, a primeira atividade desta etapa é voltada ao mesmo, bem como suas formas de utilização na realidade escolar.

"A gestão deve partir da descrição da realidade. E para isto é necessário olhar, interpretar e diagnosticar as potencialidades, as fragilidades existentes no cotidiano da escola, os interesses e as demandas." (ALMEIDA, 2005).

Bibliografia
ALMEIDA, Fernando José. Contribuições teóricas sobre gestão: elementos para mapear o entendimento das práticas gestionárias e sua visão de mundo, de sociedade e de ser humano. In: Manual do curso - escola de gestores da educação básica. Brasília, 2005.

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Gestão de tecnologias na escola: possibilidades de uma prática democrática. Disponível em www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2005/itlr/tetxt2.htm Acesso em 10/02/2006.

--------------. Prática e formação de professores na integração de mídias. Prática pedagógica e formação de professores com projetos: articulação entre tecnologias e mídias. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de & MORAN, José Manuel (orgs).

Integração das tecnologias na educação. Salto para o futuro. Secretaria de Educação a Distância: Brasília, Seed, 2005. p. 124-127. Disponível em: www.tvebrasil.com.br/salto Acesso em 10/02/2006.

LUCK, Heloisa. A evolução da gestão educacional a partir da mudança paradigmática. In Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, fev /jun. 2000.

MORAN, José Manuel. Mudanças profundas e urgentes na educação. Artigo disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/profundas.htm Acesso em 20/02/2006.

_________. A gestão das tecnologias na escola. Artigo não publicado. Consultado em fev, 2006b.

MOREIRA, Tânia Maria. Blog pedagógico: é possível visualizar um novo horizonte? Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2005/nfa/tetxt3.htm Acesso em 10/02/2006.

NEVES, Carmem Moreira de Castro. A televisão e o vídeo na escola. Uma nova dinâmica na gestão educacional. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de & MORAN, José Manuel (orgs). Integração das tecnologias na educação. Salto para o futuro. Secretaria de Educação a Distância: Brasília, Seed, 2005. p. 124-127. Disponível em: www.tvebrasil.com.br/salto Acesso em 10/02/2006.

PRATA, Carmem Lúcia. Gestão escolar e as tecnologias. In: ALONSO, Myrtes; ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de; MASETTO, Marcos Tarciso; MORAN, José Manuel; VIEIRA, Alexandre Thomaz. Formação de gestores escolares para utilização de tecnologias de informação e comunicação. Brasília: Secretaria de Educação a Distância, 2002.

Um comentário:

  1. tem um curso bem interessante ministrado por um Australiano que tem dado este curso em várias partes do mundo, veja este link para saber mais sobre o que estou falando:
    http://www.ipemabrasil.org.br/educapermacultura2010.htm

    um abraço
    Marcelo Bueno

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