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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Educação na era do consumo e da mídia é debatida em Campinas

Marcelo Casagrande

No último dia de atividades do 5º Seminário Nacional “O Professor e a Leitura de Jornal”, que ocorreu na Universidade Estadual Campinas (Unicamp), a “Educação na cultura da mídia e consumo” foi uns dos três temas apresentados em mesas-redondas que fizeram parte da programação. Participaram do evento Vera Regina Gerzson da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Rosa Hessel Silveira da Universidade Luterana do Brasil. A mediação ficou a cargo do representante da Associação de Leitura do Brasil (ALB) Heitor Gribl.

A mesa teve como foco inicial a contextualização da educação no país, abordando o ensino tradicional que resistiu por gerações. “A transmissão do conhecimento era feita com a preocupação da formação de sujeitos que respeitassem regras, hierarquias, estruturas rígidas sem tempos livres ou de lazer”, lembra Rosa. A especialista explica que este formato ainda é presente, mas tem perdido espaço para o atual que é conhecido como soft. “Neste modelo de ensino, o aluno tem que ser motivado e seduzido para absorver conteúdos, ao contrário da obrigação presente no tradicional”, completa. Rosa acredita que o hábito do consumo está em todas as classes e diz: “Na rede privada a presença é evidente e na rede pública os objetos de consumo são signos presentes nos sonhos”.

O caminho escolhido por Vera foi comprovar através de conteúdos publicados em revistas de circulação nacional, como a mídia vê e entende o ensino no país. “As revistas sempre estão prescrevendo quais as melhores maneiras e condutas para a educação e a sala de aula. As matérias mostram desde a escolha da carreira certa até como ampliar um currículo profissional”, comenta a educadora que também é jornalista. Ela entende que o cenário da educação privada no país tem crescido muito e gerado lucros, mas lembra que o ambiente público não se distancia desta realidade. “A cobrança por produtividade e resultados positivos na excelência do ensino também estão presentes no ensino público”, finaliza.

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