Marcela Pastor
Mesa redonda discute os desafios para a formação cidadã sob o ponto de vista do jovem em tempos de convergência midiática e tecnológica. Para essa discussão, estiveram presentes Inês Vitorino da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Ismar de Oliveira Soares, professor titular da Universidade de São Paulo (USP). A mesa redonda fez parte do terceiro e último dia do 5° Seminário Nacional – O Professor e a Leitura de Jornal. A moderadora foi Raquel Salek Fiad do Instituto de Estudos da Linguagem e Associação de Leitura do Brasil (IEL/ALB).
Inês destacou durante a mesa a associação do jovem com a internet e como é seu comportamento diante dessa tecnologia. Para ela, eles usam poucos sites comunitários visando mais sites de entretenimento e comunicação através de mensagens instantâneas. “Estamos tendo um uso muito mais pessoal do que colaborativo e político. A mudança desse paradigma muda o modo de se ver a cidadania, assumindo uma postura mais produtiva”, conta.
Já Ismar começou a discussão com uma indagação: “É possível a educação tradicional fazer uso das tecnologias deixando de usá-las como entretenimento, mas usá-las para a produção?”. Para ele, a escola permanece praticamente a mesma em relação a isso partindo da ideia de que a internet teve sua arrancada mais significativa em 1995, há 15 anos. “As escolas ainda estão pensando em 1 computador por aluno sendo que jovens estão produzindo em suas próprias casas. A escola precisa entrar nesse meio”, argumenta.
Nessa mesma linha, Inês discute a ideia de construir uma cultura de diálogo entre os alunos para que possam ser mais ativos e produzir mais nesse meio. “Temos o desafio da comunicação ética. É um elemento fundamental, pois ética não é uma coisa que se ensina, mas a construção de diálogo entre os alunos deve existir”, finaliza.
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