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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Jovens refletem sobre a existência de cotas


Professoras resgatam a história da chegada dos afrodescendentes no Brasil para ajudar os alunos a entenderem o sistema de vagas nas universidades brasileiras


Credito: Karina Barbosa

A política de cotas nas universidades do Brasil é um tema bastante presente na mídia. A publicação do artigo de opinião “Políticas de Cotas”, de Luís Fernando Sgarbossa do Conselho da Comunidade do Jornal da Manhã, levou a discussão para a turma do 5º ano ‘B’ da Escola Municipal São Jorge, em Ponta Grossa. A reflexão conduzida pelas professoras Meri Neide Galvão e Karina Martins Barbosa relacionou a criação de cotas para afrodescendentes com o contexto histórico de colonização do Brasil.
Depois de entender o objetivo das cotas, os alunos realizaram uma pesquisa para conhecer como foi a chegada dos africanos no país. Eles utilizaram como fontes textos históricos, obras de artes e mapas para localizar os principais países de partida desse povo. A atividade contemplou História, Geografia, Arte e Língua Portuguesa.
O Art. 1º da Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão - “Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum” (disponível em www.direitoshumanos.usp.br), criada em 1793, também foi objeto de estudo. “Fizemos os alunos refletirem se o artigo foi cumprido aqui no Brasil ou não, surgindo questionamentos sobre a discriminação social e racial”, comentam as professoras.
Com as informações pesquisadas, os estudantes montaram cartazes para expor as principais contribuições dos afrodescendentes na formação cultural brasileira, como no vocabulário, na culinária, nas manifestações artísticas e religiosas.
De acordo com Meri e Karina, os estudantes conseguiram entender esse pedaço da história do Brasil e compreender o porquê da existência da política de cotas. O tema “cidadania” esteve presente em todos os momentos do trabalho. 
Alunos manifestam a sua opinião
Os alunos finalizaram o trabalho com a produção de textos sobre a política de cotas nas universidades e o papel dos afrodescendentes na construção social e econômica brasileira, procurando estabelecer uma relação entre as duas situações. Conheça a opinião da jovem Hayendra Demétrio Batista Ferreira a respeito do assunto:
“Eu estudei sobre política de cotas e achei justo deixarem vagas nas universidades para afrodescendentes, indígenas e alunos de escolas públicas. Os africanos foram muito importantes para a economia brasileira na época do Brasil Colônia, pois eles deixaram nosso país rico. Graças a eles, hoje temos comidas que adoramos; não só comida, como várias coisas. Hoje, nós sabemos que todo homem nasce com todos os direitos, mas que nem sempre foi assim no Brasil. Antes eles viviam escravos e eram vendidos como mercadoria, e agora a política de cotas está aí para cumprir e pagar esta dúvida com os afrodescendentes. As cotas ajudam a diminuir o que os africanos sofreram no Brasil”.

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