No Rio de Janeiro, uma novidade na relação com os leitores tem contribuído para mudar a realidade social e aumentar a consciência cidadã das pessoas. Originado de uma série de reportagens da editoria Rio do jornal O Globo, o perfil no twitter @ILEGALeDAI entrou no ar em outubro de 2010. E, atualmente, já tem mais de oito mil seguidores.
O diretor de Redação adjunto, Ascânio Seleme, explica que a ideia do“Ilegal. E daí?” é ser um canal para as queixas da população em relação à violação sistemática de leis, normas e posturas no estado do Rio.“ Além de buscar soluções e ajudar o poder público na fiscalização”, destaca.
O idealizador da série de reportagens foi o diretor de Redação, RodolfoFernandes, e a criação da conta noTwitter implementada pelo editor da Rio, Paulo Motta.Uma equipe de O Globo, formada por jornalistas das editorias Rio e Jornal de Bairros, monitora diariamente
o perfil na internet.Quando os tweets se adequam à proposta, que é tratar das questões relativas à desordem urbana, o público usuário tem um retorno.“Nós retweetamos, pedimos mais informações e fotos, repassamos para os órgãos públicos, cobramos respostas, e, quando elas chegam, informamos aos seguidores”, conta Angelina Nunes,uma das editoras responsáveis pela atividade. Além disso, os temas mais discutidos viram reportagens para o site e o impresso.
o perfil na internet.Quando os tweets se adequam à proposta, que é tratar das questões relativas à desordem urbana, o público usuário tem um retorno.“Nós retweetamos, pedimos mais informações e fotos, repassamos para os órgãos públicos, cobramos respostas, e, quando elas chegam, informamos aos seguidores”, conta Angelina Nunes,uma das editoras responsáveis pela atividade. Além disso, os temas mais discutidos viram reportagens para o site e o impresso.
Soluções online
No Twitter, a repercussão dosproblemas é imediata. Em novembro, o gerente de Marketing, Brunno Pessoa, estava inconformado com o estrago no calçadão da Urca, bairro onde reside, provocado por obras Companhia Estadual de Águas eEsgotos (Cedae).“Postei no @ILEGALeDAI e em duas semanas o local foi recuperado. Era um problema que já durava quatro meses”, relata.
Ele conta que recebeu retorno da equipe do jornal e uma promessa de providências do próprio secretário municipal de Conservação, CarlosRoberto Osório, que é “seguidor” do microblog.“Fiquei motivado, mas épreciso haver continuidade. Espero que as autoridades sigam acompanhando e atuando para que outros problemas da cidade sejam resolvidos”, torce.
“Usuários também nos relatam que têm reclamações sobre iluminaçãopública solucionadas em pouco tempo”, conta Angelina. Há ainda muitos outros exemplos, como buracos e desníveis existentes há bastante tempo em ruasda cidade que foram consertados a partir da divulgação no @ILEGALeDAI.Além de denúncias de locais com água parada que receberam visitas de equipes da saúde pública, a fim de evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Angelina destaca que o perfil conquista, em média, 150 seguidorespor dia. Muitos deles sãorepresentantes de órgãos públicos,como secretários de obras,organizações civis da área de assistência social e administrações regionais.“Com as reclamações mostradas na mídia social, é possível aumentar a pressão para que os problemas sejam resolvidos, além de criar um ambiente de debate social”, avalia.
Os assuntos enviados pelos seguidores só entram em discussão noTwitter se envolvem o descumprimento de alguma lei ou norma. Os twitteiros também têm sido estimulados a colaborar em dias degrandes eventos na cidade, jogos no Engenhão e praias cheias. Podem ser denúncias sobre mau uso das ciclovias e calçadas, cambistas, ambulantes, estacionamento irregular e animais na areia, entre outros temas.
“O que estava sendo feito através de reportagens no veículo impresso será bastante ampliado com esta ferramenta”, prevê o diretor Ascânio Seleme. Ele ainda complementa ressaltando que a proposta é mantê-lo como instrumento de cidadania que vai cooperar para um Rio melhor, tornando a empresa uma porta-voz de seu público.
Fonte: Jornal ANJ/ Ana Crisitina Basei e Néia Oliveira
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