As educadoras Ângela Junker (FOTO 1) e Elizena Cortez (FOTO2) fazem parte do projeto Correio na Escola, do jornal Correio Popular, de Campinas/SP. Durante o V Seminário Nacional O Professor e a Leitura de Jornal – Educação, Mídia e Formação Docente, que se realizará na UNICAMP, entre os dias 14 e 16 de julho, elas darão a oficina “Leitura de Diferentes Mídias e Uso de Celular na Sala de Aula”. Para conhecer um pouco mais sobre o que pensam as educadoras e como será a oficina, entrevistamos as duas.
Qual a importância dos educadores discutirem mídia na escola?
A possibilidade do professor agregar novos recursos como suportes midiáticos em sala de aula implica na oportunidade de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos programáticos de forma mais contextualizada.
O nosso aluno não é um imigrante digital, pois já nasce inserido no contexto midiático e se utiliza desses recursos para a sua interação social. Os textos, imagens e sons tornam-se disponíveis à medida que o usuário percorre as ligações existentes entre eles e os utiliza no cotidiano, portanto se a maior parte do tempo escolar, os nossos alunos passam na escola, como vão desassociar esses recursos de sua vida acadêmica?
A possibilidade do professor agregar novos recursos como suportes midiáticos em sala de aula implica na oportunidade de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos programáticos de forma mais contextualizada.
O nosso aluno não é um imigrante digital, pois já nasce inserido no contexto midiático e se utiliza desses recursos para a sua interação social. Os textos, imagens e sons tornam-se disponíveis à medida que o usuário percorre as ligações existentes entre eles e os utiliza no cotidiano, portanto se a maior parte do tempo escolar, os nossos alunos passam na escola, como vão desassociar esses recursos de sua vida acadêmica?
O que vocês pensam do uso do celular na sala de aula? Como os professores podem se aproveitar dessa tecnologia?
De acordo com a Lei aprovada pelo governador de SP José Serra, que proíbe o celular em sala de aula, essa mesma Lei não prevê o seu uso como um suporte pedagógico. Mas independente de Lei, propomos o uso do celular como de forma dirigida pelo professor, como um suporte pedagógico que sirva de ponte, de encontro entre produções textuais diferentes e que propicie o fim das rígidas fronteiras entre os textos. O uso do celular programado pode ser um facilitador da leitura/navegação e convida o leitor a construir ativamente seu próprio percurso pelos signos e hipertexto.
De acordo com a Lei aprovada pelo governador de SP José Serra, que proíbe o celular em sala de aula, essa mesma Lei não prevê o seu uso como um suporte pedagógico. Mas independente de Lei, propomos o uso do celular como de forma dirigida pelo professor, como um suporte pedagógico que sirva de ponte, de encontro entre produções textuais diferentes e que propicie o fim das rígidas fronteiras entre os textos. O uso do celular programado pode ser um facilitador da leitura/navegação e convida o leitor a construir ativamente seu próprio percurso pelos signos e hipertexto.
Existe disposição dos educadores, em geral, para trabalhar com mídia na escola?
Não, pois há um receio em dominar as diferentes mídias, pois nós, professores, ao contrário de nossos alunos, somos imigrantes digitais e não tivemos uma formação adequada para trabalhar com esse tipo de linguagem.
Não, pois há um receio em dominar as diferentes mídias, pois nós, professores, ao contrário de nossos alunos, somos imigrantes digitais e não tivemos uma formação adequada para trabalhar com esse tipo de linguagem.
O que o grupo RAC tem oferecido aos educadores que fazem parte do programa Correio Escola em termos de oficinas e capacitações?
O grupo RAC, pelo seu Departamento de Educação, busca as diferentes formas de apresentação de um trabalho com a mídia impressa e outros recursos midiáticos para a atualização dos professores, que se inscrevem a cada ano para o curso de extensão “A importância da leitura e prática do texto jornalístico.”
Partindo do pressuposto de que os conceitos piagetianos como “esquema, assimilação, acomodação e equilíbração”, que são usados para explicar como e por que o desenvolvimento cognitivo ocorre, utiliza os jornais, demais publicações da mídia escrita, palestras com jornalistas e professores de diferentes universidades, práticas pedagógicas com jargão e gêneros jornalísticos, para que os professores inscritos não se limitem somente às práticas pedagógicas usuais, mas também estejam capacitados para trabalhar o processo de aquisição de conhecimento utilizando-se das diferentes linguagens e diferentes mídias na sua prática de sala de aula.
Vocês darão a oficina “Leitura de diferentes mídias e uso de celular na sala de aula”. Como vão desenvolvê-la? O que os professores podem esperar dela?
A nossa abordagem será focada no histórico da origem da escrita e da necessidade de registrar os acontecimentos desde que a escrita surgiu com o homem primitivo no tempo das cavernas, quando este começou a gravar imagens nas paredes.
Os meios de comunicação atuais podem dar continuidade ao desenvolvimento da linguagem escrita e de outros suportes comunicacionais, como as diferentes mídias, o celular e a interação com as novas possibilidades que eles proporcionam para as atividades pedagógicas.
O V Seminário Nacional O Professor e a Leitura de Jornal – Educação, Mídia e Formação Docente é uma promoção da Associação de Leitura do Brasil (ALB), Programa Jornal e Educação/Associação Nacional de Jornais (ANJ), Faculdade de Educação da UNICAMP e Grupo ALLE, e Rede Anhanguera de Comunicação. Conta ainda com apoio da CAPES, FAEPEX, FAPESP e CNPQ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário