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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Callegari defende inclusão digital nas escolas


Em entrevista para o Portal Instituto Claro, o Secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Antonio Cesar Russi Callegari, discorre sobre os projetos do governo federal em relação às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Confira:
Instituto Claro - O MEC tem investido na aplicação das TICs visando a rede pública. Já existe o programa ‘Um Computador por Aluno’ e, recentemente, foi anunciada a compra de tablets para professores da rede. Quais os benefícios que esta tecnologia pode trazer?
Antonio Cesar Russi Callegari - As novas tecnologias oferecem formas mais rápidas e mais fáceis de acessar informação, e também criam novas possibilidades para as pessoas se comunicarem e se expressarem. A escola precisa inserir em seu currículo o desenvolvimento das linguagens intrínsecas às diversas mídias, e assim promover novas formas de ensinar, aprender e interagir com o conhecimento, buscar e selecionar informação, desenvolver o pensamento crítico, solucionar problemas e trabalhar colaborativamente. Enfim, a implementação das TICs na rede pública, associada a um programa de formação dos professores, possibilita o desenvolvimento das dimensões necessárias para os cidadãos do século 21.
Claro - Quais os resultados destes projetos que já estão em andamento?
Callegari - Ainda é cedo para falarmos de resultados. Equipar as escolas com computadores, laptops e tablets é necessário, mas não suficiente para garantir a aprendizagem. O UCA [Um Computador por Aluno] está sendo monitorado e avaliado, a maior parte dos professores ainda está passando por capacitação. É preciso entender que é necessário um tempo para que os professores compreendam a tecnologia com seus atributos, potencialidades e limites, para incorporá-las em suas práticas. Mas há inúmeros relatos de escolas e profissionais envolvidos no projeto que falam sobre o entusiasmo dos alunos e das famílias com a possibilidade de acesso a um computador e à internet.
Claro - Por enquanto, apenas os professores irão receber os tablets e outros acessórios. Os alunos também terão direito a estes equipamentos?
Callegari - A distribuição dos tablets para os professores do Ensino Médio está articulada à distribuição de outros equipamentos, como a lousa eletrônica e projetores. Usados de maneira integrada, oferecerão aos alunos oportunidades de aprender de forma mais interessante. Os tablets poderão ser utilizados pelo professor para sua formação pessoal, assim como instrumento de trabalho. Na medida em que esses profissionais passem a ser atendidos, a ideia é contemplar os professores do Ensino Fundamental. A ampliação desses equipamentos para os estudantes ainda dependerá dos resultados avaliativos do Projeto UCA. As escolas receberão Computadores Interativos (Lousas Eletrônicas), que certamente beneficiarão todos os alunos.
Claro - Já está sendo discutida a implementação de tablets para os alunos. Qual a sua opinião sobre essas iniciativas?
Callegari - Acho ótimo, desde que isso esteja relacionado ao uso pedagógico desses instrumentos. O potencial das TICs para facilitar a aprendizagem é senso comum. Os alunos de posse de tablets podem ter acesso a inúmeros conteúdos, em diversos formatos, podem compreender mais rapidamente conceitos complexos de ciências por meio das simulações, podem trabalhar colaborativamente em redes etc. Mas os professores das escolas precisam estar preparados para utilizar essas ferramentas de forma inovadora, diferente das práticas tradicionais. Também é preciso que a iniciativa de implantação de tablets venha com uma proposta sustentável de manutenção da infraestrutura necessária. O MEC tem muito interesse de acompanhar essas iniciativas dos Estados.
Fonte: Instituto Claro

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