Os livros são grandes formadores na infância, contribuindo para a aprendizagem de modo divertido e encantador. Mesmo com tanta tecnologia e a era da informática, as histórias infantis ainda encantam e fazem as crianças “viajarem” num mundo de fantasias.
Aquilo que lemos quando criança é o que mais nos marca, é o que fica na memória, tanto que as fábulas e contos acabam passando de geração para geração nas famílias.
E tem como não se apaixonar pelas princesas e príncipes? Bonecas de pano e bichos falantes? Fadas e magos? Um mundo a parte da realidade, cheio de cores e alegria. Nesta fase da vida criamos sonhos, transformamos o mundo num lugar do bem e sempre com um final feliz.
Data escolhida em 2002, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, o Dia Nacional do Livro Infantil foi criado em homenagem ao escritor brasileiro José Bento Monteiro Lobato que nasceu em 18 de Abril de 1822 e que foi o autor da literatura infantil no Brasil.
A leitura no Brasil
A última pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro, em 2009, apontou que o índice de leitura entre crianças acima de cinco anos cresceu. A taxa de leitura por pessoa subiu de 1,8 livro (índice de 2000) para 4,7 livros lidos por ano.
O levantamento também mostrou que a maioria das obras lidas pelas crianças foi indicada pela escola, incluindo os didáticos. Entre os gêneros preferidos deste público estão a literatura infantil e a história em quadrinhos.
Mesmo com a boa notícia do aumento no hábito da leitura entre as crianças brasileiras, o índice ainda é baixo se comparado com outros países. No Japão, por exemplo, o Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia afirmou que as crianças retiraram em média 35,9 livros por ano das bibliotecas públicas em 2008.
Professor, promova visitas a livrarias e bibliotecas que existam em sua cidade ou na região. Oriente os alunos a se cadastrarem para realizar empréstimos de livros. O conhecimento de livrarias e bibliotecas deve se iniciar o mais cedo possível, dessa forma, as crianças criam hábito de frequência a esses lugares.
Monteiro Lobato
Responsável pela criação de inesquecíveis histórias, começou o seu trabalho literário na área de contos infantis em 1917. A primeira história que escreveu foi “A menina do Narizinho Arrebitado”, lançada no natal de 1920 que fez o maior sucesso. Depois disso nasceram outros episódios, o principal deles é “O Sítio do Pica-pau Amarelo”, cujos personagens Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Pedrinho, Narizinho, Tia Anastácia e Emília são conhecidos culturalmente até hoje.
Lobato estava insatisfeito com as traduções feitas dos livros europeus para crianças, por isso começou a criar personagens bem brasileiros, dando destaque aos costumes e às lendas do folclore nacional, como exemplo podemos citar o famoso Saci-Pererê. Em suas obras o autor ainda misturava a mitologia grega, os quadrinhos e o cinema.
O escritor é considerado pioneiro na literatura paradidática, aquela que se aprende brincando, por transmitir ideias e conhecimento em livros que falam de história, geografia e matemática.
Além da herança literária que nos deixou, Monteiro Lobato marcou na vida intelectual do país com importantes frases, tais como: “Um país se faz com homens e livros”, “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”, “Assim como é de cedo que se torce o pepino, também é trabalhando a criança que se consegue boa safra de adultos”, quanta sabedoria!
Principais Obras Infantis de Monteiro Lobato:
Reinações de Narizinho;
Viagem ao céu e O Saci;
Caçadas de Pedrinho e Hans Staden;
História do mundo para as crianças;
Memórias da Emília e Peter Pan;
Emília no país da gramática e Aritmética da Emília;
Dom Quixote das crianças;
O poço do Visconde;
Histórias de tia Nastácia;
O Pica-pau Amarelo e A reforma da natureza;
O Minotauro;
Os doze trabalhos de Hércules.
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