Aqui você encontrará notícias, dicas de sites, cursos, músicas, eventos e atividades que estejam ligadas a projetos de Jornal e Educação e Jovens Leitores.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Estudantes analisam o valor da cesta básica


  Foto: Sandra E. CarneiroCredito: Sandra E. Carneiro
Alunos debatem sobre a sua alimentação a partir de dados da cesta básica
Com o objetivo de elaborar, em sala de aula, argumentos sobre a atual situação financeira das famílias que vivem em Ponta Grossa e relacionar a má alimentação com o valor do salário mínimo, a professora da Escola Municipal Professora Dércia do Carmo Noviski, Sandra Espindola Carneiro, mediou - na turma do 5º ano ‘B’ - a leitura da matéria “Cesta básica do ponta-grossense fica mais cara”, publicada dia 07 de junho no Jornal da Manhã. Esta notícia foi a escolhida para análise e interpretação por trazer dados relacionados à realidade da pessoas da comunidade.

Segundo Sandra, a turma já havia feito um teste sobre alimentação saudável, onde a maioria dos alunos apresentou uma pontuação muito inferior ao esperado porque seus cardápios não contemplam todos os nutrientes necessários para uma boa alimentação. “Visando discutir o resultado do teste e associá-lo às compras referentes aos itens de uma cesta básica, partimos para a discussão da noticia e elencamos os itens que haviam sofrido alteração no preço que, neste caso em específico, foram os hortifrutigranjeiros”, lembra.

A professora conta que as crianças fizeram vários questionamentos, por exemplo, sobre o número de pessoas em uma família. “No estudo divulgado através da notícia, estava que uma família é composta por três integrantes, o que esta longe da nossa realidade”, diz. Todos também estavam curiosos sobre qual era a porcentagem do salário mínimo que se gasta na compra da cesta básica e a relação disso com as escolhas das suas mães, que optam por comprar o necessário, mas nem sempre os alimentos mais saudáveis, como peixes, frutas, verduras e legumes.

Cada aluno produziu um texto colocando a sua opinião a respeito da notícia e do debate com os colegas. “Fiquei muito contente em perceber o ponto de vista de cada um, alguns mais alheios aos acontecimentos e outros já com opiniões formadas em relação às famílias numerosas, ao baixo valor do salário mínimo que malmente da para comprar os alimentos básicos. Percebi também a valorização de muitos deles sobre conseguir um emprego que pague mais que o salário mínimo, ou seja, a necessidade de estudar e ter uma profissão melhor remunerada”, comenta a professora.

Sandra revela que as discussões renderam muito mais assuntos do que o esperado e “os jovens conseguiram perceber que uma notícia pode abrir um grande leque para discussões e interpretações da vida de cada um deles, e que mesmo sendo crianças, podem interpretar e criar argumentos a partir de uma notícia tão série quanto essa”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário