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terça-feira, 16 de abril de 2013

Educomunicação e Midialogia


O Correio Escola Multimídia, Programa Jornal e Educação do Grupo RAC (Campinas-SP), lançou o curso de pós-graduação “Educomunicação e Midialogia”, em parceria com o Unisal. Fabiano Ormaneze explica, neste texto, qual a diferença entre os dois conceitos.
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Por Fabiano Ormaneze*
A educomunicação é um campo novo que vem crescendo no últimos 15 anos, principalmente a partir da criação de um curso de graduação na área na Universidade de São Paulo (USP). Essa área se propõe a pensar as relações entre meios de comunicação de massa e a educação, algo que já vem sendo praticado há muitos anos e valorizado por vários teóricos da educação, entre eles Anísio Teixeira, já na década de 1930.
A educomunicação pretende não só ser uma reflexão teórica sobre essas relações possíveis entre educação e comunicação como também propor a prática em escolas ou em ambientes de educação não formal e informal. Nos últimos anos, a reflexão envolve, principalmente, a convergência das mídias e o impacto dos meios digitais nas formas mais tradicionais de comunicação de massa, como o jornal, a revista, a televisão e o rádio. Sem preconceitos, a área pretende preparar professores para que possam usar todas essas mídias a seu favor, inclusive, criando mais proximidade com os seus alunos. Não há como conceber hoje um aluno e um professor que estejam dissociados do cotidiano.
midialogia, por outro lado, é um campo mais teórico. No entanto, é a partir dessas reflexões que envolvem teorias da comunicação, filosofia, semiótica, sociologia, linguística, jornalismo e outras áreas, que se torna possível uma reflexão consciente do que as escolas podem fazer com a comunicação em suas salas e como o professor pode ter elementos para uma leitura crítica frente à mídia, oferecendo subsídios para isso também aos seus alunos. Ou seja: enquanto a educomunicação pretende criar elos entre duas áreas e, com isso, produzir a prática, a midialogia oferece todo o legado de anos de teorias e filosofias relacionadas às leituras da mídia. Os dois campos, assim, se completam, afinal, a prática sem teoria não se sustenta. Por outro lado, a teoria sem prática é inócua.
*Fabiano Ormaneze é jornalista e professor universitário, coordenador de jornalismo do Projeto Correio Escola Multimídia (Fonte: Correio Escola Multimídia)

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