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Uma parceria entre o projeto Correio Escola, do Grupo RAC (Campinas/SP), e o Colégio Notre Dame de Campinas possibilitou que os professores envolvidos no curso de extensão cultural que prepara para a utilização diária do jornal na sala de aula tivessem treinamento sobre novas tecnologias aplicadas à educação.
Durante o último encontro do semestre, realizado segunda-feira (21/06), nas salas do colégio, os 70 educadores aprenderam como utilizar ferramentas como a lousa digital, blogs e até mesmo o celular na sala de aula. “Nosso objetivo é mostrar ao professor que é possível incorporar as mais diversas tecnologias na sala de aula e, assim, aproximar o conteúdo da realidade dos alunos”, explicou a coordenadora do Correio Escola, Cecília Pavani.
A coordenadora de informática do Notre Dame, Eliane Almstaden Moller, falou aos professores sobre como a internet pode ser um recurso para todos. “Mesmo para quem não tem grande domínio de informática, é possível montar um blog e interagir com os alunos, postando textos, tarefas e resultados de atividades”, disse.
Uma experiência positiva na área foi contada pela professora Iolanda Soldatti, da Escola Estadual Newton Pimenta Neves. Ela, que participa do Correio Escola, montou a sua página virtual, o Blog da Dona, no ano passado. “Ele surgiu da cobrança dos alunos por interação e também para que eu pudesse estar mais próxima da realidade deles. Como muitos me chamam de dona, acabei usando o apelido para dar nome ao blog. O resultado tem sido muito bom, com a participação de todos”, disse.
Na segunda parte da aula, as professoras Ângela Junquer e Elizena Cortez, da equipe pedagógica do Correio Escola, demonstraram como a lousa digital — uma mistura de tela de computador e o antigo quadro à frente das salas de aula — pode ser utilizada. “Para quem não tem essa tecnologia, vale a pena olhar ao seu redor e utilizar tudo aquilo que é de domínio dos alunos”, lembrou Elizena. Um exemplo dado por ela é o celular. “Hoje, os aparelhos vêm equipados com uma ferramenta que permite consultar o horário no mundo inteiro. Isso pode ser aproveitado para ensinar fuso horário”, explicou. Ângela tem outra dica: “Mesmo em português, o professor pode usar as gírias utilizadas nas mensagens para ensinar as diferenças em relação à norma culta e explicar aos alunos a importância de conhecer todos os registros linguísticos.”
Fonte: Correio Popular/ Foto: Elcio Alves
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