Desde 2001, afinal, o Ler e Pensar sempre procurou estimular a leitura como prática cotidiana de professores, vendo nesta iniciativa o caminho para a formação de cidadãos críticos e alunos melhor formados e informados. Utilizando o jornal como um recurso para isso, a experiência do Ler e Pensar oferece aos professores uma revisão de metodologias e aprendizado de novas formas de trabalho.
Agora, muito dessa história foi transformado em um livro no qual teoria e prática estão relacionadas em temas inovadores – como a Ciberleitura – e desafiadores – como a leitura no período de alfabetização, ou a formação de leitores críticos. A pequena edição, distribuída aos presentes no evento e enviada às Secretarias Municipais de Educação participantes do Ler e Pensar, serve para reconhecer boas iniciativas de professores, que fazem do incentivo à leitura uma missão de vida.
Confira, a seguir, os temas apresentados no livro e descubra, você também o mundo além das palavras. Para ler o livro em PDF basta acessar o linK: http://www2.rpc.com.br/clientes/irpc/portal/Files/News/file/livro-leitura.pdf.
Alfabetização e Letramento
O primeiro capítulo do livro debate o incentivo à leitura durante o período de alfabetização. Quem encara o desafio de teorizar sobre o assunto é a professora Angela Mari Gusso, doutora em Estudos Linguísticos, ex-professora da Rede Municipal de Ensino de Curitiba e docente em cursos de graduação e pós-graduação.
A teoria de Ângela é passada à prática por Elenice da Cruz Gonçalves, professora da Escola Rural Municipal de Santa Bárbara de Cima, em Palmeira. Utilizando o jornal com alunos em fase inicial de alfabetização, Elenice relaciona elementos lúdicos para estimular a leitura e alguns de seus bons resultados são relatados no livro.
Apropriação da Leitura Crítica
O desafio de ler criticamente exige, no mínimo, informações comparativas, fontes históricas, referências e análise de cenário. É isto o que aponta o jornalista e doutor em Literatura Brasileira, José Carlos Fernandes, professor em cursos universitários e jornalista da Gazeta do Povo, desde 1989.
Na Escola Municipal Germano Paciornick, de Curitiba, a professora Janisse Cordova Dornelas da Costa conseguiu aplicar a ideia da leitura crítica para alunos da 4ª série, fazendo das suas aulas um momento para promover mudanças nas atitudes e no modo de pensar dos alunos, e provando que a tarefa pode ser árdua, mas não impossível.
Práticas de Leitura no Ensino Fundamental
A proposta deste capítulo é despertar o interesse dos alunos pela leitura, na medida em que ele progride no Ensino Fundamental. Para isto, a pedagoga e mestranda em Educação, Ana Gabriela Simões Borges, coordenadora geral do Instituto RPC e a jornalista e mestre em Educação Andressa Grilo Assagra, responsável pela produção de conteúdos do Projeto Ler e Pensar, indicam pequenas práticas que podem ser desenvolvidas para tornar a sala de aula um espaço alfabetizador e de encantamento para a leitura.
Quem mostra que isto é possível é Márcia Bíscaro Kaminski, professora de 4.ª série na Escola Municipal José Eurípedes Gonçalves, do município de Campina Grande do Sul. Para Márcia, despertar o gosto pela leitura e estimular a produção de textos entre seus alunos é tarefa cotidiana.
Literatura Infantil e Contação de Histórias na Escola
A leitura deve ser trabalhada de acordo com o gênero textual, por isso são diversas as maneiras de ler, assim como diversos são os textos e os objetivos de leitura. Pensando nisso, Elisa Maria Dalla Bona relaciona Literatura Infantil e Contação de Histórias na Escola, num ensaio relacionado à prática da professora Suely Rubbo Coelli, que atua na Escola Municipal Frei Tiago Luchese, no município de Bituruna. Utilizando a técnica da Contação de Histórias, Suely mescla emoção, razão e imaginação, literatura e contação de histórias, incentivando seus alunos a associar experiências e ideias.
Leitura Significativa e Contextualizada
Ler não é somente identificar símbolos, juntar letras, relacioná-las aos seus respectivos sons e repetir frases lidas em cartazes ou anúncios. Ler significa decifrar informações e reconhecer seus significados e interações com o mundo. Essa discussão é feita no livro por Benedito da Costa Neto, professor de Língua Portuguesa e de Literatura, consultor, crítico de arte e escritor.
Já a prática em sala de aula deste capítulo foi feita por Adriana Margarete Rolim da Silva Gonçalves, professora do contra-turno da Unidade de Educação Integral Abranches, em Curitiba. Com aulas dinâmicas e divertidas, Adriana usa a leitura de jornal para motivar o aprendizado entre jovens adolescentes e faz das suas aulas um exemplo de criatividade, interatividade e estímulo ao protagonismo.
Práticas de Leitura na Comunicação e na Educação
Não há como interpretar uma informação ignorando a forma como a mesma é percebida pelo indivíduo receptor, suas referências e relações sociais. Toda comunicação pressupõe um receptor capaz de desvendar mensagens, promover elaborações culturais, e chegar à construção de relações entre a informação a que tem acesso ao seu próprio universo social. Quem discute o tema neste capítulo é a doutoranda em Educação Marlei Gomes da Silva Malinoski, professora da Secretaria Estadual de Educação do Paraná e da Universidade Tuiuti do Paraná. O tema é visto sob a ótica da professora e coordenadora da Unidade de Educação Integral Contraturno Dr. Osvaldo Cruz, em Curitiba, Mary Lucia Medeiros Baldança.
Leituras, Literaturas e Escola
Este capítulo é dedicado à análise comparativa entre o texto verbal e o texto literário, indicando que há uma relação entre o verbal e o literário que precisa ser compreendida e trabalhada no ambiente escolar. Catia Toledo Mendonça, doutora em Estudos Literários e professora universitária, teoriza sobre o tema; a prática é de Expedita Estevão da Silva, da Escola Municipal Augusto Staben, de Campina Grande do Sul.
Ciberleitura
Como e por que incentivar a leitura em ambientes virtuais? Como contribuir para a formação de cidadãos críticos e participativos, lançando mão dos recursos disponíveis no ciberespaço? Estas e outras dúvidas são respondidas por Márcia Silva Di Palma, mestre em Educação e professora universitária. Para ilustrar, eis a experiência da professora Sonia Maria Alves Domingues, da Escola Municipal Paulo Freire, de Curitiba. Veterana no uso do jornal impresso como recurso pedagógico, há dez anos ela desenvolve atividades utilizando esse instrumento como apoio às suas aulas. Recentemente, passou a trabalhar também com o jornal em plataforma eletrônica e revolucionou a utilização da sala de informática da escola.
Fonte: Instituto RPC
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