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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Educação para desenvolver o país

Transformar a profissão de professor em "objeto de desejo" e criar um indicador nacional capaz de medir o número de crianças alfabetizadas até 8 anos são, para Mozart Neves Ramos, conselheiro do Todos Pela Educação, os principais desafios que o próximo presidente terá de enfrentar. (Confira entrevista feita por Carolina Benevides/ O Globo a Mozart)

Quais os principais desafios para o próximo presidente?
MOZART:
Temos um déficit de 250 mil professores no ensino médio, área em que o Brasil estagnou nos últimos oito anos. Para mudar, o maior desafio é a valorização do professor. Em países como Coreia e Finlândia, os melhores querem ser professores, porque a carreira é pautada no mérito, a formação é excelente e as condições de trabalho são muito boas. Então, passa a ser objeto de desejo ser professor. É o que precisa acontecer por aqui. Além disso, o governo devia criar um exame que nos dê um indicador nacional do número de crianças alfabetizadas até os 8 anos.
O Ideb e a Prova Brasil foram um avanço, mas é preciso mais.

Como diminuir o analfabetismo funcional?
MOZART:
É preciso que sejam implantadas políticas públicas que possam ir além daEducação formal em sala de aula. Bibliotecas promovem conhecimento, mas lan houses também podem ser importantes. Jovens com baixo nível de escolaridade costumam frequentar, o que mostra que a tecnologia chega antes da escolaridade. É preciso alinhar a escola com programas culturais, como cinema, música e teatro. Hoje, 40% dos alunos que deixam a escola, desistem porque estão desmotivados.


O que é preciso para que mais pessoas tenham acesso à Educação?
MOZART:
Entender que a melhor forma de desenvolver o país é a partir da Educação, que pode consolidar o desenvolvimento econômico e o social. Um ano a mais de escolaridade impacta em 15% mais de renda. É essa riqueza que tem que ser distribuída.

Fonte: O Globo (RJ) - 03/10/2010

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