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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Educomunicadores: Ana Luisa Anker e sua produção colaborativa de animação


Ana Luisa Anker é professora, com experiência com educação infantil, informática educativa e produção de vídeos.
Sua principal (mas não única…) atividade educomunicativa é a orientação da produção de animações colaborativas. No site http://www.contosinterativos.com/equipe.html clique na sua imagem e ouça ela própria contar um pouco da sua história e como começou esta atuação. A convite do professor Ismar de Oliveira Ana Luisa realizou uma imersão educomunicativa com os alunos do curso de Licenciatura em Educomunicação, que produziu a animação “O Resgate” em 2011 (vale a pena clicar para ver).
Em 2012 o vídeo “Me perdi e me achei no Brasil” foi premiado no 4º Simpósio Hípertexto e Tecnologias na Educação.
Veja abaixo este trabalho e na sequência relato da própria Ana Luisa sobre sua produção. Ótima sugestão de como produzir mídia de forma colaborativa e educomunicativa, rompendo os limites do espaço graças à tecnologia.
Processo de produção de uma animação colaborativa por Ana Luiza Anker
Vocês estão me pedindo que descreva como fizemos o Me perdi e me achei no Brasil. Então aí vai:
O filme foi concebido, desenhado e montado por crianças de 2 classes da 4a série do ensino fundamental, uma em Fortaleza e outra em Villejuif, França.
Porque França e Brasil? A concepção e o projeto político pedagógico tem a ver com a ocasião: o “Ano da França no Brasil”, em 2009. Eu queria montar uma história coletiva que contemplasse a cultura dos dois países e permitisse promover a troca entre eles.
Fiz parceria com uma brasileira que mora na França. Juntas organizamos a parte pedagógica e as oficinas e escolhemos itens que pudessem emblematizar as culturas brasileira e francesa. O nordeste é muito rico na literatura de cordel, impressa com xilogravura. Fernand Léger é um pintor francês que influenciou muitos brasileiros.
Enviamos alguns exemplares de literatura de cordel para a classe da França. Por outro lado, preparei uma apresentação para as crianças brasileiras tomarem contato com a arte de Léger. Tomamos ainda o cuidado de trocar fotos das cidades de forma a ambientar as crianças. Também preparamos antecipadamente uma agenda para o aguardado primeiro encontro.
Tanto na França quanto no Brasil, as oficinas foram realizadas em duas etapas: uma preparatória e uma outra de encontros face-a-face via skype.
Na primeira oficina só com os brasileiros, fizemos uma viagem virtual pela França através do Google Earth, e colocamos o tema da história – uma criança que vem ao Brasil e se perde. As crianças brasileiras caracterizaram o personagem. Também mostramos para as crianças como funciona uma web-conferência. O mesmo foi feito na França.
Na primeira oficina por skype: as crianças se conheceram. Usei um telão, as crianças puderam ficar quase em escala real. Muita novidade! Depois de se apresentarem, as crianças brasileiras e francesas discutiram seus personagens. Os franceses contaram que havia irmãos gêmeos em sua sala e sugeriram que a historia não tivesse um personagem só, mas dois. As crianças brasileiras toparam. Este é um exemplo de criação coletiva. Os dois grupos pactuam o que querem da história.
Seguiram-se 3 oficinas de criação via skype e 3 oficinas em separado que incluíram a produção dos cenários, personagens e objetos de cena. As animações foram executadas por mim.
UFC Virtual forneceu apoio logístico e financeiro e os universitários participaram ativamente dos encontros com os alunos. Dei uma consultoria de criação de história coletiva para os alunos da UFC Virtual.

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