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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Feliz 2013!!!


Para todos os nossos colegas, amigos e companheiros de luta por uma educação melhor, mais humana; por um mundo mais solidário, justo e com mais delicadeza, nós, do Programa Jornal e Educação, desejamos um Feliz Natal e um Ano Novo muito especial!!!

"Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz (...)
Não precisa 
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo (...)
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Avaliações e perspectivas

Fim de ano é momento de olhar pra trás para avaliar o que foi feito e preparar-se com mais empenho e estímulo para um novo ano ainda melhor. O PJE ouviu alguns coordenadores sobre esse momento de reflexão e planejamento.

Alunos do Vamos Ler (PR)
Aproximação com as novas tecnologias, cursos e formações online, novas publicações, participação em mais concursos nacionais e internacionais que reforcem suas marcas. Essas são apenas algumas das ações previstas pelos projetos ligados ao Programa Jornal e Educação em todo o Brasil.

Em dezembro de 2012 o Programa Vamos Ler, desenvolvido pelo Jornal da Manhã (Ponta Grossa/PR) completou cinco anos de atividades. Para a coordenadora Talita Moretto, todos esses anos de construção de uma metodologia, preparação de profissionais para o uso de mídia em sala de aula e a dedicação que tem sido colocada nas ações, fez com que os professores envolvidos no trabalho se tornassem íntimos dessas novas formas de ensinar e aprender, utilizando-as em suas aulas em diversos momentos e sem perder o foco no conteúdo programático. Ela também destaca que em 2012 a Educomunicação - conceito apresentado aos coordenadores em 2008 pela coordenação nacional e tornou-se base conceitual para alguns programas - está mais consolidada e sendo aceita nas escolas. “Os trabalhos desenvolvidos em sala de aula extrapolando o uso de jornal apenas como material didático estão realmente promovendo a comunicação no ambiente escolar e social”, destaca.

Para 2013 Talita adianta apenas que o programa terá algumas ações inéditas e que serão organizados mais encontros para a formação, com alguns deles exclusivos sobre uso da tecnologia. “Acreditamos que para um Programa Jornal e Educação ser bem-sucedido hoje, é necessário trabalhá-lo junto com as novas tecnologias, até mesmo para atingir os jovens no interesse em ler um impresso”, ressalta.

Adriana Freitas, coordenadora do Jornal na Sala de Aula, desenvolvido pelo Diário do Nordeste (CE), ressalta a importância do programa pensar não só nos professores e alunos, mas também nos empresários apoiadores, que têm proporcionado ações como, por exemplo, uma sessão no Circo Estoril para 1,5 mil pessoas entre estudantes e educadores de escolas públicas, além de uma sessão de cinema mensal, fruto da parceria entre Jornal na Sala de Aula, Iguatemi e UCI Cinemas.

Em 2012 o Jornal na Sala de Aula atualizou o material pedagógico, incluindo o módulo “Mídias”, valorizando a inclusão das novas tecnologias nas escolas, uma necessidade que a coordenação nacional do PJE tem discutido com os coordenadores locais. Como destaque, a Escola Edson Queiroz, de Maracanaú/CE, parceira do programa, e o Jornal Diário do Nordeste, receberam uma menção honrosa no Concurso Mundial "A Entrevista dos Meus Sonhos", promovido pela Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA), que desafiou crianças do mundo inteiro a escolher uma pessoa importante com atuação no serviço público (como política e direitos humanos) para entrevistar. A escola escolheu Maria da Penha e teve o apoio do programa para entrevista-la.

Para 2013, Adriana espera continuar proporcionando momentos de cultura às escolas parceiras e deve investir ainda mais na participação em prêmios nacionais e internacionais, além da realização, junto com o jornal O POVO e a ANJ do Encontro Nacional de Coordenadores de PJE, em agosto.

Para Edite Moraes, Gerente Executiva do Instituto José Paschoal Baggio, o Programa Lendo e Relendo com o Correio Lageano (Lages/SC) realizou grandes ações com as escolas em 2012, como o concurso Maratona do Conhecimento, que motivou os educandos a fazerem suas produções em desenho, depois da leitura dialogada de matérias jornalísticas. Também foi destaque a “Sala de leitura - Gostar de aprender”, onde os estudantes receberam orientações sobre leitura e interpretação de textos de forma contextualizada e lúdica com a assistente pedagógica, Barbara Zanoni.

Educadoras do Lendo e Relendo (SC)
Para 2013 o programa oferecerá como apoio pedagógico o curso “Educadores: Educados ou não?” uma forma de motivar os professores rumo à mudança e principalmente estimular o conhecimento por meio de textos jornalísticos.

Já o Programa DM na Sala de Aula, desenvolvido pelo Diário da Manhã (Passo Fundo/RS), apresentou um grande propulsor para agregar propriedade ao trabalho que estava sendo feito: o Projeto Contador de Histórias – as travessias do jornalista. Esta ação pretende levar para a sala de aula o universo jornalístico, com o objetivo que o interesse pelo conhecimento seja instigado nas esferas da comunicação e educação. Como resultado, os alunos assumem o papel do jornalista para produzir o próprio jornal da escola, o Diário da Galera.

Segundo Fabíola Hauch, uma das coordenadoras do projeto, o DM na Sala de Aula ofereceu um novo viés para trabalhar o conteúdo jornalístico na escola, e assim, incentivar a formação de leitores e a cidadania coletiva. Outro ponto foi o credenciamento de mais escolas ao programa, com 40 instituições participantes ao final do ano.

Alunos do DM na Sala de Aula (RS)
Para 2013, a equipe do DM na Sala de Aula tem por objetivo organizar um cronograma para aplicar o projeto, pois muitos professores mostraram interesse com a ação. Além disso, realizar eventos culturais, como apresentações de peças teatrais.

Segundo Ricardo Pastorelli, coordenador do Diário na Escola, desenvolvido pelo Diário do Norte do Paraná (Maringá/PR), o projeto finaliza o ano com a certeza de que conseguiu oferecer, através dos encontros pedagógicos promovidos, subsídios teóricos e práticos aos profissionais da educação parceiros, para a utilização do jornal como recurso interdisciplinar.

Pastorelli ressalta a última palestra “O jornal na Prova Brasil”, ministrada pelo prof. Dr. Renilson José Menegassi, que trouxe importantes discussões de como trabalhar as habilidades de leitura, escrita e oralidade nos gêneros textuais da esfera jornalística e compreender como isso é cobrado nas avaliações oficiais do MEC. “A participação dos educadores e alunos nos concursos culturais e no envio constante de trabalhos produzidos, a partir da leitura do jornal em sala de aula, para publicação nas colunas do programa e nas redes sociais também têm demonstrado a seriedade dada ao Diário na Escola”, destaca.

Alunas do Diário na Escola (PR)
O planejamento para 2013 visa dar continuidade ao trabalho iniciado em 2012 com oficinas pedagógicas sobre leitura e cidadania aos alunos. As mudanças são feitas a partir das necessidades observadas nas avaliações feitas pelos professores a cada encontro realizado e nos relatos de experiências dos envolvidos.

Os números do Ler e Pensar, desenvolvido pela Gazeta do Povo e pelo Instituto GRPCOM (Curitba/PR) impressionam: 52 municípios, 561 escolas públicas, privadas e ONGs, 3.640 professores e mais de 110.000 alunos. Mas o que há de grande em termos numéricos também há em termos de compromisso com a formação dos educadores, pesquisas e resultados.

Em 2012 o projeto publicou 11 edições do suplemento Boletim de Leitura Orientada (BOLO), distribuiu centenas de exemplares do livro “Leitura: o mundo além das palavras”, fruto da parceria entre professores universitários e de escolas, compartilhando ações e reflexões sobre leitura e escrita; distribuiu o Guia de Orientação do Ler e Pensar para os educadores entenderem melhor um jornal e como trabalhar com ele; e as apostilas dos 10 cursos de formação continuada para professores. Todos os cursos na modalidade de ensino a distância para conseguir atender a demanda: O jornal e suas possibilidades criativas e inovadoras; Alfabetização e letramentos com o jornal; Leitura crítica da mídia; Jornal escolar; Leitura, interpretação e produção de textos com o jornal; Gestão e avaliação de projetos; Hemeroteca; Imagem e notícia - intertextualidade por meio do jornal; Ler e contar histórias com o jornal e Dramatização da notícia. Os concluintes foram certificados pela Universidade Tuiuti do Paraná e o documento é aceito pelas secretarias de Educação, contribuindo para a progressão de carreira dos professores.

Das escolas que fazem parte do Ler e Pensar, 54,26% registraram aumento de IDEB e 69,23% dos municípios com escolas cadastradas obtiveram o mesmo resultado; 95% dos professores respondentes da Pesquisa Anual do Projeto, afirmam que o Ler e Pensar pode contribuir para o aumento da nota do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em sua escola.

Ler e Pensar é apresentado ao ministro Mercadante, em Brasília
No dia 22 de novembro, em Brasília, o Ler e Pensar foi apresentado ao Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, como exemplo de um projeto bem sucedido e referencial de todos os Programas de Jornal e Educação no Brasil associados à ANJ – Associação Nacional de Jornais e ainda recebeu pelo segundo ano consecutivo a Certificação ONU pela contribuição ao Objetivo do Milênio 2 – Educação Básica de Qualidade para todos.

Miriam Marinovic, do Jornal Cidade de Rio Claro (SP), afirma que o ano para o projeto foi muito produtivo. “Inauguramos um auditório novo que permitiu mais comodidade para todos os professores participantes e para a equipe e contamos também com ótimos palestrantes que enriqueceram o curso”, afirma, destacando ainda que conseguiram fazer uma avaliação mais completa dos trabalhos dos professores, que este ano foram obrigatórios. Miriam ressalta que o hábito de leitura já se tornou realidade em muitas escolas e que o Concurso Cultural Jornal Cidade mostra o quanto o trabalho tem sido significativo. 

Para 2013, o projeto deve focar em uma diversidade menor de público e buscar mais apoio das empresas a fim de atender a grande quantidade de escolas que buscam a parceria do jornal.

Em 2012 o Programa Jornal Escola Comunidade, desenvolvido pelo jornal A Tribuna (Santos/SP) conseguiu não apenas conquistar os educadores, mas grupos de alunos interessados em fazer o jornal acontecer dentro das escolas, segundo sua coordenadora, Carolina Morgado: “tivemos grupos teatrais, publicações impressas, comunidades virtuais e até mesmo redes de comunicação que deram certo. Prova de que o nosso trabalho junto às comunidades tem funcionado muito bem”. 

A intimidade com os educadores que desenvolvem os trabalhos com jornal em sala de aula acontece a partir das formações oferecidas pelo jornal que, em 2013, vai continuar atendendo 100 escolas, beneficiando mais de 80 mil estudantes de toda a Baixada Santista, além do trabalho que faz com ONGs e unidades de medida socioeducativas e penitenciárias, um diferencial do programa. Carolina destaca ainda a preparação de concursos culturais para alunos e professores, além de cursos de formação com temas que foram escolhidos democraticamente com os educadores.

Vida saudável foi o tema que norteou as ações de 2012 do Programa Gazeta na Sala de Aula, desenvolvido pelo jornal A Gazeta (Vitória/ES) há 17 anos. Segundo sua coordenadora, Cristina Barbiero, muitas escolas das redes municipais parceiras passaram a promover a alimentação saudável, ao adotar novas práticas como proibir a venda de alguns produtos industrializados e criar um cardápio mais saudável na merenda. “Nas oficinas desenvolvidas com professores tratamos de assuntos como a importância de ter uma alimentação saudável aliada a atividades físicas, hábitos e estratégias para estar de bem com a vida, entre outros”, destaca Cristina.


A grande inovação em 2012, porém, foi o novo site do programa (www.agazetanasaladeaula.com.br), que estabelece um contato mais próximo com os profissionais da área educacional, possibilita o contato com a coordenação (canal aberto com o internauta), divulga notícias, fóruns, ações e eventos a serem realizados, além de fornecer sugestões de trabalho.

Cristina ressalta que a avaliação do programa pelos professores e monitores tem sido muito positiva, em torno de 92%, segundo pesquisa realizada com os participantes. Em relação à abordagem do tema do ano, a equipe recebeu relatos de contribuições efetivas para a vida dos participantes, das escolas, dos alunos e de seus familiares e, por consequência disso e solicitação dos participantes, em 2013 o tema Vida Saudável continuará, dessa vez abordando o aspecto da vida comunitária.

Alunos do A Tarde Educação (BA)
As escolas que fazem parte do Programa A Tarde Educação, desenvolvido pelo jornal A Tarde (BA), realizam atividades semanais e as áreas de conhecimento que mais usam o jornal são Língua Portuguesa, História, Matemática e Ciências. Para a coordenadora Luciane Alcântara um avanço percebido ao longo do trabalho com o programa foi a utilização do jornal pelos alunos mesmo quando não havia atividades sugeridas pelos educadores, além de um maior número de jornais criados por eles e melhora em sua leitura e produção textual. Além disso, percebeu-se também a importância atribuída pela escola ao meio jornal para educação e construção da cidadania e uso das mídias pelos estudantes como fonte de informação.

O programa A Tarde Educação é o maior do Brasil hoje e, por isso, usa bastante a plataforma online para sua formação. Em 2012 o que se pode destacar de avanço, segundo Luciane foi o processo de inscrição nos cursos, que tornou-se mais ágil; o conteúdo, apresentado de forma clara e coerente, as propostas de formações, que são sempre pertinentes com relação a realidade das escolas e os temas tratados de forma prática. O que precisa ser pensado para 2013 é no acesso daqueles professores que não possuem internet em casa e dependem apenas da escola e a quantidade de jornais por escola, já que a demanda é muito grande. Por isso Luciane está programando com a equipe uma formação semi-presencial, além de projetos que deem um suporte maior aos educadores.

Em 2012 o Programa O Liberal na Escola, desenvolvido pelo jornal O Liberal (PA), único da região Norte, atendeu 13 municípios; 243 escolas; 34.278 alunos e 1.414 professores. Foram distribuídos 5.077 exemplares de jornal por semana, que totaliza em média 25.385 exemplares por mês.

A parceria com a Empresa Viação Monte Cristo e a Secult/SIM possibilitou seis visitas coordenadas ao Complexo de Museus Feliz Lusitânia; em parceria com o MPEG -Museu Emilio Goeldi houve visita a sete momentos do Programa Natureza com ida ao Parque Zoobotanico e Espetáculo Teatral/Pedagógico abordando as temáticas da educação ambiental, sustentabilidade e preservação e, a parceria com a Fundação Rômulo Maiorana, proporcionou a cinquenta  escolas visitas monitoradas ao maior salão de arte do Norte/Nordeste: ArtePará 2012.

Foram ofertadas ainda formação continuada a 120 professores em vários municípios do Estado envolvendo temáticas relacionadas ao uso do jornal como recurso pedagógico e, para 2013, 65 novas escolas serão inseridas ao programa.

Alunos e educadores de A Tribuna na Escola (SP)
Em 2012 o projeto Tribuna na Escola, desenvolvido pelo jornal A Tribuna (Vitória/ES) trabalhou com 40 escolas das redes públicas municipais, estaduais e particulares da Grande Vitória e ofertou formação pedagógica a 450 professores, além de ter beneficiado cerca de 17.500 alunos com suas ações e remessa de jornais diários para as escolas. Segundo sua coordenadora Maria Tereza Del Santo, atendendo à solicitação de visitas escolares à Rede Tribuna, o projeto recebeu cerca de 3 mil alunos do Ensino Fundamental, Médio e Superior, com destaque para os projetos “Mais tempo na Escola”. O projeto também lançou pelo 4º ano consecutivo o caderno especial A Tribuna na Escola, com produção de várias escolas parceiras que possuem uma página cada uma para retratarem sua realidade e seus projetos. Cada aluno recebe um exemplar do caderno.

A Tribuna na Escola também tem uma parceria com o SINEPE (Sindicato das escolas particulares) nas seguintes ações: Participação como expositores no 2º Congresso Educacional das Escolas Particulares, com stand para distribuição de material pedagógico e orientação do trabalho com o jornal na Educação e representação do Programa A Tribuna na Escola, na Comissão de avaliação de Projetos Educacionais do Prêmio “Sinepe em Ação”.

Para Maria Tereza, os desafios para 2013 serão principalmente o incremento das formações para os professores e a realização de um seminário sobre A Produção do Jornal Escolar, demanda observada através da procura de orientações dos professores para esta prática pedagógica.Em dezembro de 2012 o Programa Vamos Ler, desenvolvido pelo Jornal da Manhã (Ponta Grossa/PR) completou cinco anos de atividades. 

Alunos do Ler para Saber Mais (RN)
Com o objetivo de formar o leitor crítico utilizando o jornal na sala de aula e ajudar os professores a criar nos alunos o gosto pela leitura, abrindo o diálogo para outras leituras além do jornal, o programa Ler para Saber Mais, realizado pelo jornal Gazeta do Oeste (Mossoró/RN) realizou em 2012 atividades que contribuíram para a formação do leitor. O jornal esteve presente nas salas de aula diariamente e contribuiu para que houvesse uma compreensão maior tanto do conteúdo que ele trouxe, quanto dos conteúdos das disciplinas escolares. Foram atendidas 18 escolas, atingindo 4.841 alunos e 193 educadores de Mossoró e de mais 3 municípios vizinhos.

Segundo o coordenador Marcos Oliveira, além da formação oferecida aos educadores e a participação em concursos nacionais e internacionais em 2012, o programa realizou o Seminário Ler Para Saber Mais, cujo objetivo é promover uma discussão acerca de temas atuais na área de Educomunicação e leitura. Para Marcos, o programa teve um êxito muito grande no ano, medido pela quantidade de atividades enviadas para publicação no Caderno Escola, encarte semanal da Gazeta do Oeste. Ale´m disso, os professores destacaram que o jornal também serviu de ponte para aproximar a família da escola, já que alguns pais pediam para o filho levar o jornal para casa. Isso mostra a importância do veículo de comunicação como instrumento de promoção da leitura e de compreensão do mundo, fazendo o aluno ler não apenas o conteúdo que ele traz, mas também a realidade que o cerca.

Para 2013, o programa pretende trabalhar um tema em cada semestre, promovendo a formação continuada dos professores, além do 4º seminário Ler para Saber Mais, objetivando discutir estratégias de leitura que possam ser levadas para as salas de aula, ampliar o atendimento às escolas, o acompanhamento e monitoramento das atividades e dos projetos desenvolvidos. Outro foco de ação será a promoção de intercâmbio de experiências com as escolas participantes, oportunizando a troca de ideias, a socialização de trabalhos de professores e alunos.

Para Suéller Costa, jornalista responsável pelos projetos Mogi News Cidadania – Ler para Saber Mais e Diário do Alto Tietê - Formando o Cidadão do Futuro, do Grupo Mogi News de Comunicação, as ações realizadas ao longo deste ano reafirmam o compromisso dos educadores com essa iniciativa que, segundo eles, é uma proposta que veio para ajudar a melhorar o sistema de ensino. 


Em 2012 os projetos trabalharam com as escolas municipais de Arujá, Biritiba Mirim e Poá, de São Paulo, atendendo 61 unidades, 20 mil alunos e 800 professores. Além de formações mensais para os professores, a equipe responsável pelo programa visitou as unidades escolares para registrar o trabalho realizado por parte dos estudantes e divulgar o seu engajamento nas páginas semanais dos jornais, às quartas, e nos suplementos infanto-juvenis Newszinho e Diarinho, publicados aos domingos.

Para Suéller, o mais interessante é que os professores fazm muito além do que as formações propõem ao criarem as suas próprias ações, como exercícios diferenciados, dinâmicas para promover o conhecimento dos jornais utilizados e atividades criativas para despertar o incentivo à leitura, o conhecimento, a constante atualização e o interesse pelos jornais. Além disso, muitas escolas já produzem os seus murais informativos, boletins internos e jornais e ainda promovem concursos internos, como de “Redação” e “Fotografia”.

Para valorizar o trabalho dos educadores foi criado o Prêmio Grupo Mogi News Professor Cidadão, que premia os projetos que apontam as práticas pedagógicas que fazem a diferença no cotidiano escolar. Em sua oitava edição, neste ano, várias propostas direcionadas ao uso do jornal se destacaram.

Pesquisa ajuda a definir comunidades de aprendizagem


As comunidades de aprendizagem, um movimento crescente no mundo que envolve escolas de toda a Espanha, já cruzou o oceano e chegou ao Brasil e ao Chile, são o centro de uma pesquisa realizada numa parceria entre oNiase (Núcleo de Investigaçao e Ação Social e Educativa), da UFSCar, e oInstituto Natura. Durante meses, pesquisadores fizeram uma revisão teórica de termos importantes para entender o conceito, visitaram e interagiram com duas experiências brasileiras bem sucedidas, o Instituto Chapada (BA) e a escola municipal Bom Princípio (PI), na tentativa de localizar os pontos que se repetem e fazem dessas comunidades uma comudade de aprendizagem e os que as afastam desse modelo. A pesquisa, que acaba de ser concluída, ainda não tem data para publicação, mas alguns detalhes já foram revelados.

De acordo com Roseli de Mello, pesquisadora que vem desenvolvendo o conceito no Brasil desde 2003, dois pontos costumam estar sempre presentes: “as comunidades de aprendizagem são aquelas onde há diversificação de interações e atividades e intensificação dos tempos de aprendizagem”. Trocando em miúdos, por “diversificação de interações e atividades” entenda-se a participação de vários atores nos processos educativos – pais e comunidade, além de professores e alunos – em situações de troca que extrapolam as salas de aula, como em atividades e oficinas para as famílias. Já por “intensificação dos tempos de aprendizagem” leia-se o aumento das oportunidades de acesso ao conhecimento na comunidade.
Ao avaliar o Instituto Chapada, que trabalha com a capacitação de alfabetizadores e acaba trazendo, para as redes participantes, bons resultados de letramento nos anos iniciais do aprendizado, e a Bom Princípio, uma escola em área rural no Piauí com índices muito altos nas avaliações oficiais do governo, os pesquisadores encontraram pontos que se repetiam e os locais, que diferiam em cada experiência. Um ponto universal, diz Roseli, é a participação da comunidade nos processos de aprendizagem e avaliação. A forma como ela é trabalhada, no entanto, é diferente em cada uma. Por exemplo: existem escolas que não fecham no fim de semana, já outras organizam atividades para os pais no contraturno.
Paralelamente ao trabalho realizado in loco, uma equipe do Niase se dedicou a explorar o conceito de redes e comunidade, tomando emprestadas formulações das ciências sociais, econômicas e da comunicação. Com o suporte teórico, outra equipe foi a campo verificar se as duas experiências apresentavam três características que devem estar presentes em comunidades de aprendizagem: eficácia, coesão e equidade. Para tanto, colheram depoimentos de pessoas-chave em cada um dos projetos, foram provocadas discussões orientadas sobre determinados temas e a comunidade apontou atividades para serem observadas que mais bem definiam as iniciativas.
Pela lógica adotada, as escolas seriam consideradas eficazes se registrassem aprendizagem adequada dos conteúdos e das habilidades; coesa se houvesse baixo índice de conflitividade entre os atores envolvidos nos processos educativos e capacidade de estabelecer projetos comuns; já a equidade tem estreita relação com o acesso ao conhecimento independentemente da origem social.
Ao analisar o volume de dados levantados com a comunidade, os pesquisadores consideraram as duas iniciativas como bem sucedidas nos três itens. Em ambos os casos, a comunidade tinha uma visão muito positiva do trabalho do qual faziam parte e tinham sugestões para melhorar os pontos que tinham como críticos. Com esse material, a pesquisa traz como resultado pontos que o Instituto Chapada e a Bom Princípio podem apresentar de recomendação para outras escolas, como trabalho em rede e foco no aprendizado. “É preciso produzir conhecimento sobre evidências a respeito de elementos transformadores e obstáculos a serem superados, produzindo-se recomendações para mudanças de realidade. O importante é localizar o que é transformador e universal”, disseram os pesquisadores.
Passo a passo
Além da pesquisa, que teve um caráter de investigação de projetos já em andamento, o Niase também leva a proposta da comunidade de aprendizagem para outras escolas, como o que ocorreu em escolas de São Carlos, e implantam a metodologia em oito fases: sensibilização, tomada de decisão, sonhos, seleção de prioridades, planejamento, investigação, formação e avaliação.

Dependendo das circunstâncias que cada unidade escolar vive, o passo a passo de implantação pode ser adaptado, mas, no geral, os pesquisadores vão até as instituições, pesquisam o contexto local e apresentam a metodologia. Voltam cerca de um mês depois para saber se a comunidade concordou em participar. Na sequência, vem a fase dos sonhos, em que todos os atores da comunidade são ouvidos e devem dizer o que eles gostariam de mudar – aqui vale desde espaço físico, currículo ou até merenda. Depois, a partir dos recursos que se têm disponíveis, seleciona-se o que deverá ser feito primeiro a partir de um plano de transformação. Na etapa da investigação, procura-se fomentar a aceleração das aprendizagens com a ajuda, quando necessário, de voluntários. Paralelamente a tudo isso ocorre a fase de formação, em que a comunidade é capacitada a entender e trabalhar o conceito. Por fim, vem a etapa de avaliação.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Instituto Ecofuturo premia autores dos 10 projetos mais inovadores de educação para sustentabilidade



De que maneiras a Conferência Rio +20 foi percebida e apropriada  por pessoas e comunidades em todo Brasil? Como pensar e viabilizar localmente ações sustentáveis? Como desenvolver conhecimento e habilidades locais para dar conta de promover o mundo que a gente quer? Para responder essas e outras dúvidas, incentivando inovação na arte de educar  para sustentabilidade, o Instituto Ecofuturo lançou a pergunta “Rio+20, e eu com isso?” na  3ª edição do Prêmio Ecofuturo de Educação para Sustentabilidade, cujos vencedores foram anunciados no site do Instituto (http://www.ecofuturo.org.br)

Para participar, os educadores deveriam compor textos com base na pergunta “Qual é o evento educacional +20 possível e pertinente no seu pedaço de mundo?”. 

Os autores dos 10 projetos mais originais receberão um prêmio de R$ 5 mil cada e uma coleção de livros de literatura. As instituições em que os educadores vencedores lecionam também ganharão a coleção.

“O grande desafio proposto por essa edição do Prêmio consistiu em aproximar a Rio +20 do cotidiano dos educadores Brasil adentro, já que a educação se constitui num dos instrumentos fundamentais para tornar as pessoas capazes de tomar atitudes que podem mudar o presente e o futuro da nossa vida neste planeta pra melhor! Acreditamos que está nas ações locais, no pedaço de chão de cada um, a chave para a sustentabilidade,” diz Christine Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo.

Para a seleção dos 10 eleitos entre os mais de 300 projetos recebidos de 25 estados brasileiros, o Ecofuturo contou com o apoio de um corpo técnico, coordenado pela educadora Maria Betânia Ferreira,  e composto por quatro juradas: Rita Mendonça, fundadora e gestora do Instituto Romã; Beth Negrini, gestora da Associação Mais Gente;  Arianne Brianezzi, especialista em ciências da natureza; Ana Maria Barros Pinto, jornalista e educadora que integra a Association for World Education , além de dois convidados de honra: a ex-ministra Marina Silva e o escritor Ignácio de Loyola Brandão.

Os vencedores desta edição foram:
“Uma andorinha não faz verão?”, de Eliana Maria Nicolini Gabriel (Botucatu, SP), projeto sobre a criação de uma floresta-escola que aplica na prática conceitos de sustentabilidade e meio-ambiente; 
“Crianças – A Nova Geração como Base para o Desenvolvimento Sustentável”, de Mariana Alonso López (Petrópolis, RJ), criado com o objetivo de dar vez e voz  às crianças da Comunidade do Morro dos Anjos; 
”Um dia, vivi a ilusão de que ser homem bastaria”, de Adriana Cristina Dias de Oliveira, sobre os trabalhos de valorização da mulher e igualdade entre os sexos realizado com a escola da Penitenciária II de Serra Azul, município próximo a  Ribeirão Preto; 
“Borboletas para as flores do Flôres da Cunha”, de Luiz Robson Muniz (Santo André, SP), sobre os trabalhos de resgate da memória da EMEF Deputado Flôres da Cunha através da recuperação de seus jardins;
“Sonhos para Plantar”, de João Paulo Lotufo Junior, que descreveu uma série de atividades envolvendo cuidados com a terra e com as outras pessoas tendo como base a criação de um jardim pelos alunos da EMEF Marechal Eurico Gaspar Dutra, localizada na Zona Sul de São Paulo;
“Preservando as Plantas Sagradas do Candomblé  no Combate à Intolerância Religiosa”, de Inaldo Ferreira (Paulista, PE), um trabalho que se dedicou a propagar a tolerância religiosa entre os alunos da Escola Polivalente de Abreu e Lima;
“Estimulando a criatividade e a cidadania em prol da conservação da biodiversidade”, de Júlio César Bicca Marques (Porto Alegre, RS), projeto que busca educar para sustentabilidade os futuros professores de biologia formados na PUC-RS; 
“Contando um Conto – Aprendendo um Tanto sobre a Floresta Amazônica”, de Adenir Vendrame (Juruena, MT), trabalho que utiliza a contação de histórias para apresentar a floresta amazônica e conceitos de sustentabilidade às crianças da educação infantil; 
“Um Paraíso Enquanto há Canto”, de Risoneira Alves Pequeno , trabalho interdiciplinar que se utilizou dos passarinhos existentes no Município de Timbaúba (Pernambuco) para trabalhar conceitos como liberdade e sustentabilidade; e 
“O olhar de Quem Ama”, de Eliane de Paula Rocha (ciBarbacena, MGade e estado), projeto fotográfico de educação ambiental que ensina à crianças da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental a estabelecerem vínculos com o ambiente que os cerca.

“Nesta edição do Prêmio procuramos deixar os educadores livres para soltarem a imaginação e exporem dúvidas e receios que as molduras quadradinhas dos modelos tradicionais de projetos podem acabar escondendo. Por isso os projetos que recebemos destacam-se pelo teor bem mais recheado de ricas histórias e narrativas pessoais do que os projetos de edições anteriores”, de Diz Maria Betânia Ferreira, responsável pelas orientações do projeto coordenadora do Corpo Técnico do Prêmio.

Os 10 projetos vencedores serão editados em livro nas versões eletrônica, hospedada no site do Prêmio, que terá acesso gratuito; e impressa, cujos exemplares serão enviados aos vencedores, a todos os participantes, escolas, bibliotecas, governo e imprensa. O lançamento será em março de 2013. Os projetos vencedores e os conteúdos disponibilizados para a produção dos textos permanecerão disponíveis no site www.ecofuturo.org.br

Baixe materiais que o ajudem a cuidar bem do planeta no site: http://www.ecofuturo.org.br/premioecofuturo

 Sobre o 3º  Prêmio Ecofuturo de Educação para Sustentabilidade
O 3º Prêmio Ecofuturo de Educação para a Sustentabilidade é realizado pelo Instituto Ecofuturo, conta com chancela do Ministério do Meio Ambiente e tem patrocínio do Instituto Península e Suzano Papel e Celulose. Contou com parceria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), Todos pela Educação. , Programa Jornal e Educação da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e os Jornais: Jornal Diário Catarinense (SC), A Tarde (SP), A Tribuna (ES), Correio do Estado (MS), Correio Lajeano (SC), Diario da manha (RS), Diário do Alto do Tiete (SP), Folha da Região (SP), Jornal Cidade (SP), Jornal da Manhã (PR), Mogi News (SP), O Diário do Norte de Maringá (SC), O Liberal (PR), O Popular (GO), O Povo  (CE), O Progresso (MS), Tribuna do Cricaré (ES), Tribuna do Norte (PR), Comercio da Franca (SP).O Povo (CE), Jornal da Manhã (PR), Jornal Folha da Região (SP), Jornal Diário Catarinense (SC) e Jornal O Diário do Norte de Maringá.


Fonte: Ecofuturo


Pesquisa revela tendências do noticiário sobre racismo


Os jornais brasileiros debatem sobre a problemática do racismo, mas negligenciam a relação entre esta violência simbólica e o quadro de homicídios que vitima, principalmente, a população negra no País. A avaliação consta da pesquisa Imprensa e racismo: uma análise das tendências da cobertura jornalística, lançada dia 14/12 pela ANDI – Comunicação e Direitos, com apoio da Fundação Ford e da Fundação W. K. Kellogg.

A análise incidiu sobre 54 periódicos impressos das cinco regiões do Brasil, durante o período de 2007 a 2010, e identificou algumas peculiaridades no tratamento editorial dispensado à cobertura sobre a temática. Dentre elas, “a clara desvinculação entre as violências físicas praticadas contra a população negra e o debate sobre seu contexto primordial de produção – ou seja, o racismo”.

OUTRAS TENDÊNCIAS – A pesquisa, que evidencia também perspectivas positivas da cobertura, sublinha que, não obstante essa grave lacuna, “o noticiário sobre racismo é tecnicamente superior a muitas das coberturas analisadas ao longo dos anos pela ANDI”. Diferentemente das narrativas sobre violências físicas, por exemplo, a maioria dos textos sobre racismo é contextualizada, reunindo elementos importantes à compreensão da problemática.

“Não significa dizer que o noticiário seja predominantemente favorável aos mecanismos de enfrentamento ao racismo” – alertam os pesquisadores. Destoando de outras coberturas temáticas avaliadas pela organização, esse tipo de texto é permeado por um volume significativo de conteúdos opinativos. E a maioria desses espaços, considerados “nobres”, comporta posicionamento contrário ao sistema de cotas raciais, por exemplo.

Outra das conclusões do estudo refere-se ao desempenho quantitativo dos veículos analisados. De acordo com os pesquisadores, “contrariando a tendência geral da cobertura, e diferentemente do verificado nas séries histórias da ANDI, é um veículo regional/local que vem puxando o debate sobre racismo no País”: o jornal A Tarde (BA), seguido por um meio de comunicação de alcance nacional (O Estado de S.Paulo).

FICHA TÉCNICA
Título: Imprensa e racismo: uma análise das tendências da cobertura jornalística
Realização: ANDI – Comunicação e Direitos
Apoio: Fundação Ford e Fundação W. K. Kellogg
Disponível em: Resumo executivo e Íntegra da pesquisa


Fonte: ANDI Comunicação e Direitos

ONU promove concurso de vídeos educacionais com prêmios de até 20 mil dólares




A iniciativa Impacto Acadêmico das Nações Unidas (UNAI) e a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires estão com as inscrições abertas até 15 de março de 2013 para o Festival Internacional de Vídeos Educativos (FIVE) sobre desenvolvimento sustentável e educação. Os prêmios vão de 10 mil a 20 mil dólares.
Os vídeos devem ter entre três e 20 minutos, ser originais e podem assumir a forma de documentário, ficção ou animação. As gravações podem ser em qualquer idioma, mas precisam incluir legendas em inglês e espanhol.
Um conselho de jurados reconhecidos internacionalmente pela sua especialização no campo do desenvolvimento sustentável vai selecionar os três melhores trabalhos, que serão exibidos no FIVE, em Buenos Aires, de 12 a 14 de junho de 2013. Haverá diplomas especiais em várias categorias, incluindo melhor roteiro, melhor desenvolvimento artístico e melhor animação.
Os três melhores trabalhos serão exibidos no Festival Internacional de Vídeos Educacionais, que será realizado em Buenos Aires entre 12 e 14 de junho de 2013. Outros notáveis vídeos enviados para o concurso também poderão ser exibidos no festival.
Todos os vídeos enviados para o concurso/festival serão doados para a iniciativa UNAI para criar uma videoteca sobre desenvolvimento sustentável.

Alunos de escola de Maringá se comoveram com notícia

Uma das matérias publicadas em O Diário que mais chamou
a atenção das crianças foi sobre um homem de 40 anos que
foi preso por efetuar vários disparos de pistola 9 mm na Avenida 
Alziro Zarur, em Maringá. Segundo a Polícia Militar (PM), os tiros
foram dados aleatoriamente e um deles atingiu o cavalo que ele
mesmo conduzia. O filho do acusado, de apenas sete anos, estava 
na garupa e não ficou ferido.
Conforme a Polícia Civil, Amarildo Marcos Anastácio estava 
embriagado quando foi detido. Ele alegou ter atirado no animal por 
acidente, no entanto, testemunhas afirmam que o ato  foi intencional, 
uma vez que o animal havia “empacado”.
O cavalo, chamado de “Asa Branca”, é de propriedade da família de 
Anastácio, e foi recolhido para o Centro de Zoonoses de Maringá.
Como o equino sofreu uma fratura na pata dianteira (úmero), lesão 
de rara recuperação, após alguns dias o cavalo teve que ser 
sacrificado e a eutanásia foi indicada para evitar sofrimento. 
O animal recebeu uma injeção letal e não sentiu dor.
A notícia que envolveu um animal que as crianças adoram, 
despertou a atenção das alunas: Larissa, Taila e Izadora que 
estudam no 5º ano “C”, da Escola Municipal Dr Osvaldo Cruz, 
em Maringá. Sob a orientação da professora Rute Cyrillo, as 
crianças fizeram histórias em quadrinhos após a leitura da 
matéria publicada no jornal.
Acesse os links abaixo para visualizar 
os trabalhos:

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Alunos e professores da Vila da Cidadania criam jornal



Alunos e professores do Centro de Atividades Pedagógicas da Vila da Cidadania, de Piraquara, concluíram um projeto e publicaram a primeira edição do jornal “Cidadania em Foco”, em novembro.

A edição, intitulada “Conhecendo a Vila”, é um passeio pelas dependências da Vila da Cidadania e traz informações sobre projetos em desenvolvimento, oficinas, professores. O novo veículo de informação também dá voz aos alunos dos colégios atendidos pela iniciativa.

O projeto do jornal surgiu a partir de um desejo do coordenador da Vila, professor Elival Couto, de divulgar as ações desenvolvidas pela entidade de uma forma em que os estudantes pudessem se envolver. Desde então, os alunos passaram a aprender técnicas de entrevista durante as oficinas de língua portuguesa, ministradas pelo professor Joeverson Barbosa. Nas aulas eles receberam apoio para melhorar a escrita e também estudaram sobre fotografia.

O resultado foi um jornal de quatro páginas, repleto de imagens, com textos e diagramação produzidos inteiramente pelos 25 estudantes envolvidos no projeto. Com os professores, ficou a responsabilidade de orientar e revisar o trabalho, além de viabilizar a impressão dos 1.000 exemplares.

De acordo com o professor Elival, todos no grupo deram o melhor de si e o saldo positivo superou as expectativas. Entre os benefícios está o fato de que os alunos se divertiram e aprenderam de uma forma diferente.

“Eles viram que estudar português não é só ficar anotando na sala de aula. Conseguimos despertar o interesse desses jovens, que além de aprender sobre o funcionamento de um jornal puderam melhorar a capacidade de comunicação escrita”, disse ele.

A estudante Ingridy Cordeiro Szesz, de 13 anos, aluna do 7º ano do Colégio João Batista Vera, escreveu três textos para o jornal. Ela conta que a experiência foi bastante interessante. “Achei muito legal ter participado desse projeto. O mais legal foi ter feito os textos e agora eu sei como é fazer um jornal”.

Devido ao sucesso da primeira publicação, professores e alunos já trabalham na próxima edição, que está prevista para dezembro e terá como tema os novos cursos que a Vila vai oferecer.

Vila da Cidadania - O Centro de Atividades Pedagógicas Vila da Cidadania é um projeto mantido pela Secretaria de Estado da Educação. Localizado no município de Piraquara, o local oferece espaço para atividades de complementação curricular. O centro conta com 30 mil metros quadrados, onde são atendidos 1.377 alunos de 13 escolas de 4 municípios da Região Metropolitana. Todas as atividades buscam oferecer ao estudante oportunidades de vivência do conhecimento adquirido em sala de aula.

Clique aqui para ver o exemplar do jornal em arquivo PDF.

Fonte: Assessoria de comunicação / Seed - Governo do Paraná