Leia o artigo "O Jornal Escolar e a Educação Problematizadora: vislumbrando uma aproximação" , da professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC/ SC, Amanda Souza de Miranda, sobre as possibilidades educativas e de superação de contradições do jornal escolar. A professora tem como bases conceituais a educomunicação e a obra freiriana.
Abaixo um trecho para dar um gostinho de quero mais. Para lê-lo completo, basta clicar aqui.
A educomunicação e o jornal escolar: em busca de definições
Criada em 1987 por Mário Kaplun (educomunicacion), a palavra EDUCOMUNICAÇÃO incorporou novos significados ao chegar ao Brasil. Aqui, pode-se dizer que um dos principais teóricos voltados a esclarecer o tema e leva-lo às escolas é o professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, Ismar de Oliveira Soares, segundo o qual existem quatro campos de atuação do educomunicador: 1) a Educação para os Meios, promotora de reflexões sobre a formação de receptores críticos; 2) o uso e o manejo dos processos de produção; 3) a utilização das tecnologias de informação e seus produtos no contexto do ensino-aprendizagem; e 4) a comunicação interpessoal no relacionamento de grupos (Soares,
2000).
Segundo sua compreensão, a Educomunicação busca facilitar a produção e difusão da informação, promover a interatividade dos processos de ensino-aprendizagem e fornecer os referenciais teóricos e metodológicos necessários à análise da produção cultural para efeito de uma adequada formação para o relacionamento com o sistema massivo de meios de informação (Soares, 2000). Para tanto, as práticas educomunicativas privilegiam os conceitos de comunicação dialógica; de ética de responsabilidade social para os produtores
culturais; de recepção ativa e criativa por parte das audiências; de política de uso dos recursos da informação de acordo com os interesses dos pólos envolvidos no processo de comunicação e, consequentemente, da ampliação dos espaços de expressão (Soares 2000).
Neste sentido, entendo o jornal escolar como estando intimamente ligado aos objetivos da educomunicação. Se utilizado de forma crítica, tal instrumento pode, além de promover a formação de um receptor consciente por meio do uso e do manejo do processo de produção jornalística, abre um espaço de diálogo na escola (ou fora dela, quando implementado por movimentos sociais) e promove junto aos jovens o conceito de protagonismo social, ampliando espaços de expressão.
As reflexões sobre a educomunicação, entretanto, vão muito além do que está exposto logo acima. (...)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário