A produção de um jornal foi importante aliado para elevar a autoestima e provocar mudanças positivas no comportamento dos estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônio Engrácio da Silva, no município de Serra, Espírito Santo. Em setembro (2009), eles lançaram o Jornal Escola, impresso.
“A melhora dos alunos foi extraordinária no que se refere a resultados e a comportamento, pois eram alunos muito conversadores, que gostavam de passear pela sala”, conta a professora Ilcileni Vaillant França, que leciona língua portuguesa na instituição desde o início do ano letivo de 2009.
Agora, segundo ela, eles entendem a questão de valores como respeito, espaço e direitos dos outros.O exemplo da escola capixaba mostra que o envolvimento de estudantes com a tarefa de criar e produzir um jornal escolar traz inúmeros benefícios ao processo de ensino-aprendizagem. O trabalho de escolher temas, buscar fatos, redigir e revisar textos, entre outras atividades, incentiva a leitura e a escrita, estimula a pesquisa, possibilita o acesso a informações e a opiniões diferentes e contribui para a maior interação do aluno com a realidade.
Graduada em letras (português e inglês), com pós-graduação na modalidade educação de jovens e adultos, 14 anos de experiência no magistério, Ilcileni foi figura-chave na produção do jornal, um desejo antigo da turma. Ao saber que os alunos tinham produzido um exemplar, à mão, em 2008, e vendo o entusiasmo e a euforia com que falavam da obra, a professora procurou a direção da escola, que deu total apoio ao projeto.
“Dividimos os grupos e suas tarefas. Um deles saiu às ruas, em busca de patrocínio. Outros, atrás de notas, entrevistas. Assim, fomos juntando material”, lembra Ilcileni.Os estudantes conseguiram arrecadar R$ 38 no comércio local e 150 folhas de papel-ofício. A diretora, Ledimar Correa Ramos de Souza, pensou em editar o jornal em uma gráfica, mas desistiu, diante do alto preço cobrado. Nada, porém, impediu a realização do sonho de publicar o jornal, que foi impresso na própria escola. “A autoestima da turma e também a minha, enquanto professora, está elevada. Vimos que, quando se quer, se faz”, garante Ilceleni.
Autor: Fátima Schenini - MEC/ Fonte: Brasil que lê
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