O V Seminário Nacional O Professor e a Leitura do Jornal, que acontecerá na Unicamp, entre 14 e 16 de julho, terá como uma das oficinas “Vídeo na Escola”, que será dada por Paula Kimo, da Oficina de Imagens, de Minas Gerais.
Paula é graduada em Comunicação Social - Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e pós-graduada em "Imagens e Culturas Midiáticas" pela Universidade Federal de Minas Gerais.
A expectativa da oficina, segundo Paula, é promover um espaço de leitura e experimentação da linguagem audiovisual de forma simples, com poucos recursos, algo que possa estimular a criatividade e o interesse dos educadores para produção de vídeo em processos educativos.
O V Seminário Nacional O Professor e a Leitura do Jornal é uma promoção da Associação de Leitura do Brasil (ALB), Faculdade de Educação da Unicamp/ Grupo ALLE, Programa Jornal e Educação (PJE)/Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), com apoio da Fapesp, Capes e Faepex.
Confira abaixo trechos da entrevista com Paula Kimo sobre o trabalho da Oficina de Imagens. A íntegra do bate-papo você lê aqui.
Qual a importância de trabalhar com vídeos em escolas e ambientes educativos de forma geral?
É importante trabalhar a chamada “alfabetização visual”. Desde a época das pinturas, da fotografia, depois passando pela TV, cinema e internet, a imagem tem uma boa parcela de contribuição na formação social e humana das pessoas. Na escola somos alfabetizados para ler o mundo em palavras, mas ainda temos uma grande demanda pela formação para leitura das imagens, para interpretação dos diversos sistemas de representação visual. Com isso, torna-se essencial em um processo educativo considerar a dimensão técnica, política, estética e ética das imagens que consumimos diariamente.
Geralmente, nos projetos com jovens e professores, trabalhamos a metodologia Latanet (www.latanet.org.br) que propõe aos participantes conhecer e explorar algumas características das imagens, desde a formação físico-ótica da imagem (por meio da construção de câmeras escuras), os processos fotográficos (em laboratório) e digitais (foto e vídeo), até a interpretação crítica de imagens e o intercâmbio de informações. Nessa metodologia experimentamos e sistematizamos um método para leitura e interpretação de imagens que utiliza referências de diversas épocas, do Renascimento às referências da TV que temos hoje.
O vídeo entra na escola como um dos componentes da alfabetização visual, da leitura e produção de imagens. Uma especificidade do vídeo é que ele chega às nossas casas por meio da televisão ou da internet. Nesse ponto é preciso refletir sobre os valores e padrões de comportamento que são disseminados por esses meios. Daí entra toda uma discussão sobre qualidade de informação, classificação indicativa, leitura crítica de programas e os tipos de acesso na internet. A escola, assim como a família, precisa estar atenta aos conteúdos veiculados e participar dos momentos de interpretação. Também as crianças, adolescentes e jovens precisam se responsabilizar neste processoa medida em que começam à conhecer, interpretar e selecionar de maneira crítica as informações da mídia.
Que resultados vocês conseguem verificar nos professores,e alunos e participantes em geral das oficinas?
Para os participantes das oficinas os resultados variam de acordo com o contexto. Vou listar alguns: valorização da auto-imagem; aumento da auto-estima e possibilidade de divulgar seu grupo cultural, sua escola, um projeto que participa, uma banda. Há também a ampliação de repertório acerca de temas diversos, na medida em que o vídeo segue o objetivo da pesquisa. Capacidade para interpretação crítica dos produtos audiovisuais, porque à medida em que os participantes conhecem e vivenciam um processo de edição de vídeo, começam a ver de outra forma os conteúdos da TV, começam a entender o processo de seleção e recorte da “realidade”.
Que resultados vocês conseguem verificar nos professores,e alunos e participantes em geral das oficinas?
Para os participantes das oficinas os resultados variam de acordo com o contexto. Vou listar alguns: valorização da auto-imagem; aumento da auto-estima e possibilidade de divulgar seu grupo cultural, sua escola, um projeto que participa, uma banda. Há também a ampliação de repertório acerca de temas diversos, na medida em que o vídeo segue o objetivo da pesquisa. Capacidade para interpretação crítica dos produtos audiovisuais, porque à medida em que os participantes conhecem e vivenciam um processo de edição de vídeo, começam a ver de outra forma os conteúdos da TV, começam a entender o processo de seleção e recorte da “realidade”.
Para produzir um vídeo é necessário trabalhar em equipe e percebemos resultados quanto à cooperação entre os participantes. Há também o aprendizado das técnicas de enquadramento, iluminação, manuseio dos equipamentos, etc.
A entrevista na íntegra e informações sobre o V Seminário O professor e a leitura de jornal você vê em www.anj.org.br/jornaleeducacao
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