O Concurso de Contos Brincar de Ler, realizado entre os meses de abril e maio, na página do Facebook do Instituto Ecofuturo, recebeu mais de 30 textos com o tema: “Ler com e para crianças”.
Conheça sete contos premiados nessa edição, que já receberam dois livros de literatura publicados pela Editora FTD, e 01 Passaporte Pra Qualquer Lugar do Mundo, do Instituto Ecofuturo:
MENINO ENCANTADO
Bruna de Faria
O menino se observa no espelho. Não vê um menino, vê o príncipe, vê o dragão, aviador ou o porquinho. O menino tem sorte, pertence a diversos mundos. O menino é livre de paredes e muros, o menino pensa. Há quem diga que não é nada disso. Um sujeitinho franzino, de joelhos ralados e olhar carente. Mas pode escolher onde viver, ainda que não more em um lugar tão bonito, o menino o cria. Cria com a mente, depois das nove da noite. Sua mãe que trabalha o dia todo se torna nesse instante feiticeira aos seus olhos. Sai do trabalho em busca de seus artifícios mágicos: os livros. Lê e relê, ensaia. E imagina o sorriso ou disfarce quando mudar aquele finalzinho triste. O encontra curioso, seu corpinho já cansado, enrola-se no cobertor. A fantasia se instaura. E o menino dorme, imaginando o que poderá ser e será, porque o menino lê e ouve, a magia já existe.
LENDO PARA A FILHA
Isaque Cipriano
Quando ele, exercendo a sagrada função de pai, e ela, a filha tão amada e desejada, abriram um livro de contos, começaram uma imensa viagem pelo conhecer. Cada página virada era um novo mundo tornava-se tão real para os dois que esqueceram por completo o ambiente onde encontravam-se. No final, eles, heróis de seus próprios contos, venceram os inimigos e de mãos dadas retornaram do imaginário ao real, felizes com o final feliz. No conforto do lar, o pai diminuiu a luz do abajur, cobriu a filha e beijou sua testa, desejando bons sonhos. Um sorriso acompanhou a menina durante o sono e descansaram, certos que aquela noite fortaleceu a relação dos dois. O conhecimento daquela noite acompanharia ambos e as lições aprendidas acrescentariam importantes valores à vida daquela pequena menina.
IMAGINAÇÃO AGUÇADATatyanne Valdez
Ana tinha cinco anos e uma imaginação que era aguçada sempre na hora que eu lia uma história. Ela ficava fascinada e dizia: Tem tudo isso dentro do livro! Adorava quando eu fazia as vozes dos personagens ou imitava os sons dos bichos. Um dia fiz uns fantoches de galinha com potes de iogurte e papéis coloridos para eu contar uma história. Quando eu mostrei o livro para Ana, ela veio com uma resposta rápida: A tia já leu essa história, eu já conheço! Retruquei imediatamente: Ah, mas hoje vai ser diferente os personagens estão aqui! Ana com aquela alegria de pequena amante de livros disse: Que legal, nunca vi uma galinha sair de dentro do livro! Hoje, Ana está com oito anos e compartilhamos o momento da leitura e do ouvir as histórias juntas. Várias vezes nos perdemos no tempo e no espaço, passando horas viajando nas páginas dos livros infantis.
UM PIQUENIQUE DE HISTÓRIASLéla Mayer
João simplesmente não gostava de ler. Certo dia sua mãe teve uma ideia. Combinou com suas amigas um piquenique diferente, onde o lanche servido seriam livros. Num dia ensolarado as mães se encontraram e com mantas coloridas e cestas recheadinhas de livros, convidaram seus filhos para participar do piquenique. As crianças começaram timidamente a se encontrar com aqueles outros amigos que moravam em lugares tão distantes, dentro das páginas dos livros. Entre os livros espalhados sobre a grama verdinha, João encontrou um livro de mitologia. O menino amava personagens mitológicos e naquele dia descobriu onde muitos deles moravam. João ficou tão encantado que convidou seu melhor amigo para ler junto com ele. Os meninos, lá deitados na grama, nem perceberam o tempo passar. Quando o sol baixou, João e seus amigos combinaram um novo piquenique de histórias.
PORTAL DOS SONHOS
Aryane Silva
Eduardo sai pela casa, procurando o avô. O encontra na cozinha, tomando café. - Vô, preciso te pedir uma coisa! - diz o menino, enquanto puxa uma cadeira para sentar ao seu lado. - Claro meu neto, sou todo ouvidos! - Será que hoje podemos ajudar meu amigo príncipe a tirar a Belinha lá da torre? - pergunta o menino, aflito. - Vamos resolver isso agora, Dudu! Vá lá e pegue o nosso “portal dos sonhos”. Eduardo corre até o quarto, pega um livro que estava na cabeceira. Volta para a cozinha e escuta o avô chamá-lo na sala. Ele senta no sofá, entrega o livro ao avô, que começa a ler a história, de onde parou na noite anterior. Minutos depois, Eduardo adormeceu. O avô fecha o livro e sorri. - Essa crianças e seus livros... Nem me viu salvar a Belinha!
Bruna de Faria
O menino se observa no espelho. Não vê um menino, vê o príncipe, vê o dragão, aviador ou o porquinho. O menino tem sorte, pertence a diversos mundos. O menino é livre de paredes e muros, o menino pensa. Há quem diga que não é nada disso. Um sujeitinho franzino, de joelhos ralados e olhar carente. Mas pode escolher onde viver, ainda que não more em um lugar tão bonito, o menino o cria. Cria com a mente, depois das nove da noite. Sua mãe que trabalha o dia todo se torna nesse instante feiticeira aos seus olhos. Sai do trabalho em busca de seus artifícios mágicos: os livros. Lê e relê, ensaia. E imagina o sorriso ou disfarce quando mudar aquele finalzinho triste. O encontra curioso, seu corpinho já cansado, enrola-se no cobertor. A fantasia se instaura. E o menino dorme, imaginando o que poderá ser e será, porque o menino lê e ouve, a magia já existe.
LENDO PARA A FILHA
Isaque Cipriano
Quando ele, exercendo a sagrada função de pai, e ela, a filha tão amada e desejada, abriram um livro de contos, começaram uma imensa viagem pelo conhecer. Cada página virada era um novo mundo tornava-se tão real para os dois que esqueceram por completo o ambiente onde encontravam-se. No final, eles, heróis de seus próprios contos, venceram os inimigos e de mãos dadas retornaram do imaginário ao real, felizes com o final feliz. No conforto do lar, o pai diminuiu a luz do abajur, cobriu a filha e beijou sua testa, desejando bons sonhos. Um sorriso acompanhou a menina durante o sono e descansaram, certos que aquela noite fortaleceu a relação dos dois. O conhecimento daquela noite acompanharia ambos e as lições aprendidas acrescentariam importantes valores à vida daquela pequena menina.
IMAGINAÇÃO AGUÇADATatyanne Valdez
Ana tinha cinco anos e uma imaginação que era aguçada sempre na hora que eu lia uma história. Ela ficava fascinada e dizia: Tem tudo isso dentro do livro! Adorava quando eu fazia as vozes dos personagens ou imitava os sons dos bichos. Um dia fiz uns fantoches de galinha com potes de iogurte e papéis coloridos para eu contar uma história. Quando eu mostrei o livro para Ana, ela veio com uma resposta rápida: A tia já leu essa história, eu já conheço! Retruquei imediatamente: Ah, mas hoje vai ser diferente os personagens estão aqui! Ana com aquela alegria de pequena amante de livros disse: Que legal, nunca vi uma galinha sair de dentro do livro! Hoje, Ana está com oito anos e compartilhamos o momento da leitura e do ouvir as histórias juntas. Várias vezes nos perdemos no tempo e no espaço, passando horas viajando nas páginas dos livros infantis.
UM PIQUENIQUE DE HISTÓRIASLéla Mayer
João simplesmente não gostava de ler. Certo dia sua mãe teve uma ideia. Combinou com suas amigas um piquenique diferente, onde o lanche servido seriam livros. Num dia ensolarado as mães se encontraram e com mantas coloridas e cestas recheadinhas de livros, convidaram seus filhos para participar do piquenique. As crianças começaram timidamente a se encontrar com aqueles outros amigos que moravam em lugares tão distantes, dentro das páginas dos livros. Entre os livros espalhados sobre a grama verdinha, João encontrou um livro de mitologia. O menino amava personagens mitológicos e naquele dia descobriu onde muitos deles moravam. João ficou tão encantado que convidou seu melhor amigo para ler junto com ele. Os meninos, lá deitados na grama, nem perceberam o tempo passar. Quando o sol baixou, João e seus amigos combinaram um novo piquenique de histórias.
PORTAL DOS SONHOS
Aryane Silva
Eduardo sai pela casa, procurando o avô. O encontra na cozinha, tomando café. - Vô, preciso te pedir uma coisa! - diz o menino, enquanto puxa uma cadeira para sentar ao seu lado. - Claro meu neto, sou todo ouvidos! - Será que hoje podemos ajudar meu amigo príncipe a tirar a Belinha lá da torre? - pergunta o menino, aflito. - Vamos resolver isso agora, Dudu! Vá lá e pegue o nosso “portal dos sonhos”. Eduardo corre até o quarto, pega um livro que estava na cabeceira. Volta para a cozinha e escuta o avô chamá-lo na sala. Ele senta no sofá, entrega o livro ao avô, que começa a ler a história, de onde parou na noite anterior. Minutos depois, Eduardo adormeceu. O avô fecha o livro e sorri. - Essa crianças e seus livros... Nem me viu salvar a Belinha!
O TONEL
André Foltran
Fui eu que dei o seu primeiro livro, uma edição bem surrada de O TONEL ENCANTADO, de Beatrice Tanaka. Eu não era tão maior do que ela quando o li, encantado, pela primeira vez. Bia adorou, me pediu que o lesse de novo, e de novo... Tantas vezes li que já era eu parte da história, o próprio toneleiro a buscar sempre mais e mais. Quando fui visitá-la no hospital, tempos depois, ela estava bem forte. Conversamos muito, logo o tempo de visita acabou. Já ia embora quando ela me chamou; o livrinho nas mãos - amarelado, já sem capa... – Leve; mas é nosso. Dias depois se foi, ser anjo no céu. Hoje, passado anos, retorno novamente à nossa história. O final, como sempre, é como um soco seguido de um beijo: "Bang! O tonel estoura em mil pedacinhos."
GRAÇA ALCANÇADA
Bianca Leão
Certa vez enquanto brincavam, dois irmãos se desentenderam e começaram a agredir um ao outro. Sua mãe, que teve um longo e exaustivo dia de trabalho, só teve forças para separá-los, naquele momento. Foi então que ela fechou os olhos e começou a rezar, pedindo a Deus que lhe desse sabedoria para lidar com aquela situação novamente. Quando abriu seus olhos, a primeira coisa que viu foi um livrinho infantil. Ela o pegou, pediu aos filhos que se sentassem ao seu lado e começou a ler em voz alta. Os garotos ficaram em silencio, prestando atenção na história que falava sobre amigos de verdade. Aquela situação desagradável de conflito, havia se transformado em um maravilhoso momento de prazer e união familiar. Desde então, os irmãos passaram a ser amantes dos livros e da leitura. E a mãe, toda orgulhosa, estava imensamente agradecida a Deus, por conceder-lhe mais esta Graça.
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