Se a família não puder ter um pet, os pais devem conversar com os filhos
Animais são companheiros, divertidos, bonitos e inteligentes, mas também exigem responsabilidades. Cuidados, atenção e investimentos financeiros são algumas delas. As vantagens que um bicho de estimação traz para o desenvolvimento infantil são muitas, mas nem sempre as famílias podem ou estão dispostas a lidar com tantas necessidades. Nesses casos, o maior problema é como explicar para as crianças que um pet não poderá integrar a família. O ruim, no entanto, é privá-las totalmente do contato com os animais.
Segundo a psicóloga e psicodramatista Cecília Zylberstajn, os pais que decidirem não ter pets em casa precisam conversar com os filhos sobre essa decisão. Deve-se explicar todos os motivos e como seria difícil encaixar um bichinho na rotina da casa. O importante é que a criança entenda a situação. Se os responsáveis falaram a verdade, sem enrolação e mentiras, o mais provável é que os pequenos compreendam, apesar de ficarem frustrados. Não vale criar falsas esperanças, e promessas são válidas somente se puderem ser cumpridas.
No caso das crianças com alergia, a primeira atitude indicada é consultar um médico para avaliar se não é mesmo possível ter um pet. Caso não seja mesmo possível, uma alternativa é apresentar o pequeno a outras espécies de animais que possam causar reações alérgicas. Há diversas opções, como tartarugas e peixes. Se os responsáveis aderirem à ideia e adquirirem um bichinho desses, é importante mostrar para a criança como o novo membro da família é legal e interessante. Sem esquecer também de explicar todas as responsabilidades necessárias.
Crianças precisam lidar com as frustrações
A convivência com os animais é muito importante para os pequenos não só pelos benefícios para o desenvolvimento da afetividade e da sociabilidade, mas também porque é uma forma de entrar em contato e aprender a respeitar a natureza. O local onde as crianças possivelmente poderão ter mais contato com pets são as residências de amigos e parentes. Por mais que os pequenos possam ficar tristes ao regressar para casa, o ideal é não privá-los de brincar com o animalzinho dos outros, se o mesmo for dócil.
O mesmo vale para as atividades escolares em que os alunos podem levar um bicho de estimação. Os pais não devem proibir a criança de ir, por mais que elas possam ficar deslocadas. De acordo com a psicóloga materno-infantil do Hospital Albert Einstein, Melina Blanco Amarins, lidar com a frustração faz parte do desenvolvimento humano. É importante que os pequenos aprendam a conviver com isso, mas os pais precisam também manter-se próximos para explicar a situação e ampará-los.
Se não é possível ter bichos em casa, levar os pequenos a zoológicos, fazendinhas e outros locais do tipo é uma alternativa interessante. A tradicional atividade pré-escolar de plantar um feijão no algodão também pode ser uma opção para compensar a falta de contato com a natureza. Apesar de não fornecer uma relação tão interativa ou afetuosa como ter um bicho, cuidar de plantas ensina valores de responsabilidade e respeito ao verde.
Informações Cartola – Agência de Conteúdo
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