sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Projeto educomunicativo produz revista colaborativa pela web
Com câmeras, celulares e bloquinhos nas mãos, os estudantes que acompanharam –e fizeram a cobertura- da mesa “Educomunicação e inclusão social pela tecnologia” na última edição da Campus Party, integram o grande grupo de jovens que vêm fazendo uso de conceitos e ferramentas da comunicação no processo de aprendizagem.
Com a presença de Alexandre Sayad, autor do livro Idade Mídia, Ismar Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da ECA-USP, Carlos Alberto Mendes, coordenador do programa Nas Ondas do Rádio, Jonas Suassuna, CEO do Grupo Gol, e Lilian Romão, jornalista e diretora da Revista Viração, a mesa apresentou projetos que compõem o panorama da educomunicação no país.
A aluna Thalita Moreira, de 17 anos, foi além da cobertura e subiu ao palco para falar sobre sua participação na Revista Viração, totalmente planejada e executada por jovens do Brasil inteiro. O projeto nasceu em 2003, com o propósito incentivar a mobilização de jovens em torno de temas ligados à transformação sócio-ambiental. Hoje a Viração se tornou uma organização social e se expandiu para outros projetos, como a Agência Jovem de Notícias e o Quarto Mundo.
Projeto colaborativo, a revista agrega grupos de jovens pela web, que enviam as pautas e outras sugestões de suas cidades e ainda encontra braços fora do país. “Eles geralmente se revezam na produção e nas editorias, para poderem participar de todas as partes do processo e falarem sobre diferentes assuntos”, conta Lilian. Ainda há um grupo que trabalha presencialmente em São Paulo, que reúne e edita os conteúdos recebidos.
As pautas passam por comportamento, cultura, música e política, sempre relacionando o impacto de determinado assunto na vida do jovem. “Escrevi uma matéria sobre sexualidade, junto com outros colegas da Vira, foi muito informativo e descobri muitas coisas que não conhecia”, exemplifica Thalita. Na edição de janeiro, por exemplo, a matéria de capa ilustrou o andamento das megaconstruções para os grandes eventos mundiais que serão sediados no Brasil e quais os benefícios que elas podem trazer à juventude.
A experiência de estar na revista, a convivência com os colegas e a sensação de contribuir desde cedo com uma transformação de pensamento do adolescente levaram Thalita a ingressar na faculdade de jornalismo. “Aprendi a me comunicar e a me expressar, cresci profissionalmente e pessoalmente”. Segundo Lílian, essa experiência também expandiu os horizontes da maioria dos jovens que compõem o time da revista e de outros projetos educomunicativos.
O principal mérito da educomunicação é fazer com que os jovens aprendam na prática. Para a jornalista, “produzir educomunicativamente nos tira do lugar de conforto ou passividade e nos coloca como agentes e produtores da comunicação que queremos”. Ela ainda cita Paulo Freire, que pregava um método educacional segundo o qual o educando deveria ser o principal agente da sua própria educação. “Ao mesmo tempo em que o jovem produz, aprende sobre o que produz e aprende a produzir”, finaliza.
Os alunos que quiserem participar da Viração podem entrar em contato pelo site. Educadores também podem solicitar parcerias com suas escolas no mesmo endereço.
Conheça também o blog da Thalita
Fonte: Instituto Claro 08/02/2013 (https://www.institutoclaro.org.br/blog/projeto-educomunicativo-produz-revista-colaborativa-pela-web/)
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