O projeto
Deuk surgiu a partir da inquietação dos jovens, que já realizavam projetos
educativos em seus países. Em 2011, eles – que ainda não se
conheciam– participaram do programa Bolsas para o Fortalecimento da Gestão Pública na América Latina,
da Fundação Botín, que há quatro anos aposta na formação de jovens latino-americanos
para atuar no setor público.
Oriundos de áreas distintas (engenharia, música, relações
internacionais entre outras), os jovens decidiram “montar um projeto real, não
sonhador”. “O estudante precisa entender que a educação se resume apenas à
escola, que a simples ação de um jovem que ajuda outros amigos a andar de
patins na rua, por exemplo, é uma iniciativa educativa”, afirma Rogelio
Cantarol Castro, 23, representante do Deuk no México, graduado em relações
internacionais.
Por meio de encontros
locais, desde o ano passado, os representantes vêm realizando formações com
jovens e mapeando histórias educativas que podem ser replicadas em outros
países. Até agora, já foram realizados sete encontros. No último mês, por
exemplo, o representante do Deuk, no México, realizou um concurso com foco na
oratória. Durante três semanas, 30 jovens participaram de oficinas sobre a
importância da “arte de falar em público”, abordando temas como juventude e
educação, o papel dos jovens no México contemporâneo, os valores da sociedade
atual, jovens e liderança, equidade de gênero, paz e a construção de um projeto
de vida.
Para dar apoio aos jovens, o programa conta ainda com outro
braço, o de mentoria. Atualmente, 16 especialistas da Espanha, México, Brasil,
Colômbia e Porto Rico atuam gratuitamente como consultores dos estudantes. “A
educação informal hoje faz parte do mundo do jovem e precisa ser mais apoiada,
ser levada do local para internacional. Nós, jovens latino-americanos, queremos
divulgar mais projetos como esses e contribuir para a criação de novos”, diz
Castro.
Plataforma
Neste ano, para celebrar o programa, será realizado o primeiro
seminário internacional, no México, com 100 universitários, de 18 a 23 anos. O
evento, agendado para o segundo semestre, pretende debater o cenário
educacional em cada um dos países participantes, além de dar visibilidade às
iniciativas realizadas pelos jovens, que precisarão estar envolvidos em algum
projeto educativo. As inscrições serão abertas até o fim do primeiro semestre
deste ano.
As melhores experiências darão vida à plataforma virtual, que
passará a funcionar como um repositório de boas práticas de experiências
não-formais, para que dessa forma, possam ser replicadas livremente em outras
regiões. “Acreditamos que os jovens têm talento e bagagem que, muitas vezes,
não são reconhecidos pelas instituições convencionais, mas que podem servir
como combustível para que se mobilizem para a melhoria da educação em seus
países”, afirma Castro.
Fonte: Porvir http://porvir.org/porfazer/jovens-querem-inspirar-projetos-de-educacao-informal/20130314 14/03/2013
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