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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um novo realismo

Por Ferreira Gullar
Quem, como eu, admite que a vida é inventada e que a arte é um dos instrumentos dessa invenção terá do fenômeno artístico, obrigatoriamente, uma visão especial.


Não é só através da arte que o homem se inventa e inventa o mundo em que vive: a ciência, a filosofia, a religião também participam dessa invenção, sendo que cada uma delas o faz de maneira diferente, razão por que, creio, foram inventadas.


Se a filosofia inventasse a vida do mesmo modo que a ciência ou a religião o faz, não haveria por que a filosofia existir.


A conclusão inevitável é que todas elas são necessárias, ainda que cada uma a seu modo e sem a mesma importância para as diferentes pessoas. E o curioso - para não dizer maravilhoso - é que, de alguma maneira ou de outra, a maioria das pessoas, senão todas, usufrui, ainda que desigualmente, de cada uma delas.


A arte é exemplo disso. Não importa se esta ou aquela pessoa nunca viu a Capela Sistina, porque, no dia em que vir, se renderá à sua beleza. Isso vale igualmente para a ciência, a religião ou a filosofia, que atuam sobre nossa vida, quer o percebamos ou não.

É que somos seres culturais, e não apenas porque nos apoiamos em valores éticos, estéticos, religiosos, filosóficos, científicos - mas porque eles são constitutivos dessa galáxia inventada que é o mundo humano.

Como numa galáxia cósmica, a diversidade da matéria e as relações de espaço e tempo, de presente, passado e futuro, fazem com que, de algum modo, tudo ali seja atual, já que qualquer um de nós pode encontrar numa frase de Sócrates, num verso de Fernando Pessoa, numa imagem pintada por Rembrandt, a verdade ou a inspiração que nos reconciliará com a vida.

Isso não significa que devamos pensar como Sócrates ou pintar como Rembrandt e, sim, que a invenção do novo não implica a negação do que já foi feito, mas a sua superação dialética.

Todo artista sabe que a arte não nasceu com ele e que um dos sentidos essenciais de sua obra é incoporar-se a essa galáxia cultural que constitui a nossa própria existência.


Não entenda isso como uma proposta de conformismo, que seria contrária à minha própria tese de que o mundo se inventa e inventa o seu mundo, já que seria impossível inventá-lo se apenas repetissem o que já existe.

Por isso mesmo, é perfeitamente natural que alguns artistas de hoje busquem expressar-se sem se valer das linguagens artísticas e, sim, antes, repelindo-as, para inventar um modo jamais utilizado por artistas do passado.


Como já obervei, entre esses há os que simplesmente negam a arte e outros que pretendem criar arte valendo-se de elementos antiartísticos ou não artísticos.


Em princípio, suas experiências não têm que ser negadas uma vez que essa atitude radical pode suscitar surpreendentes. E isto à vezes ocorre, embora não seja frequente.


Não resta dúvida de que quem opta por uma atitude tão radical merece atenção e crédito, por seu inconformismo e por sua coragem, mas isso, por si só, não basta.

É preciso que dessa opção radical e corajosa resulte alguma coisa que nos comova e se some a esse mundo imaginário de que já falamos. Honestamente, deve-se admitir que a audácia por si só não é valor artístico.

Nada me alegra mais do que me deparar com uma criação artística inovadora, mas, para isso, não basta fugir das normas, das soluções conhecidas e situar-se no polo oposto: é imprescindível que a obra inusitada efetivamente transcenda a banalidade e a sacação apenas cerebral ou extravagante.

O que todos nós queremos é a maravilha, venha de onde vier, surja de onde surgir.


E aqui cabe aquela afirmação minha - que tem sido repetida por mim e até por outras pessoas - de que a arte existe porque a vida não basta.

Nela está implícito que não é fundamental da arte retratar a realidade, mas reinventá-la. É, portanto, o oposto do falecido realismo socialista que só faltou, em vez de pintar o operário, colocá-lo em carne e osso no lugar da obra.

E nisso não estaria muito distante de certos artistas de agora, ditos conceituais, como a que pôs casais nus em pelo nas salas do MoMA, de Nova York. Como essa arte visa gente de muita grana, bem que poderia chamar-se "realismo high society".
 
Fonte: Folha de São Paulo, 27/nov/2011, p. E8/ Reproduzido no Blog Leitura Crítica (http://leituraensino.blogspot.com/2011/11/leitura-obrigatoria-aos-mediadores-de.html)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Estudantes de Itahum vão à Câmara de Dourados

Alunos da Escola Estadual Antonio Vicente de Azambuja, do distrito de Itahum, estiveram na manhã desta quinta-feira na Câmara de Dourados para apresentar aos vereadores o programa “Jornal e Educação”, um projeto desenvolvido pelo jornal O Progresso.


Segundo a diretora executiva do Instituto Weimar Torres, Fátima Frota, o objetivo é fazer com que os alunos tenham a oportunidade de mostrar o cotidiano do distrito por meio de matérias que serão produzidas por eles e veiculadas uma vez por semana no jornal.

Para a estudante Bruna de Oliveira Machado, de 13 anos, este projeto é uma forma de conscientizar os jovens e mostrar à comunidade os fatos que acontecem em Itahum. “Estamos desenvolvendo um trabalho que chama a atenção para os problemas do distrito e esperamos que todos possam ser resolvidos”, explica.


Ao receber os alunos o presidente da Câmara Idenor Machado (DEM) explicou sobre as funções do legislativo e do executivo, falou um pouco do trabalho dos vereadores, em plenário e junto à comunidade, e disse que é muito importante que as crianças se interessem pela vida política de seu município, “pois serão eles os dirigentes de amanhã”.


Para o presidente da Câmara, é salutar que desde cedo as pessoas tenham conhecimento sobre legislação, direitos e deveres dos cidadãos, como funcionam os poderes constituídos. “Isso é cidadania; e assim, a partir dessas atividades extraclasses, é possível dar início à boa formação da nossa juventude”, opina Idenor.

Além do presidente, a vereadora Delia Razuk, do PMDB, também recepcionou os estudantes do distrito de Itahum e falou aos escolares sobre o trabalho do legislador.

Fonte: http://www.douradosagora.com.br/noticias/dourados/estudantes-de-itahum-vao-a-camara-de-dourados

A escola em notícia

Depoimento da Profª Luciane L. Menegati*

O “Projeto Jornal na Escola – O Progreso ensinando a ler o mundo-“, uma parceria do Jornal O Progreso com a Escola Estadual Presidente Vargas, que acontece há três anos, estimula a leitura crítica e desperta o senso criativo nos educandos.

Neste ano, os alunos dos 1º anos do Ensino Médio trabalharam a leitura, análise e produção do LIDE (lead),entendendo que o mesmo representa a primeira parte de uma notícia e fornece ao leitor as informações básicas quando responde às seis perguntas essenciais para a
elaboração de uma matéria: “O quê?”, “Quem?”, “Quando?”, "Onde?”, “Como?”, e “Por quê?”.

A partir deste entendimento iniciou-se o processo de elaboração e escrita da primeira página de um jornal, tendo como tema os acontecimentos do ano corrente na Escola Presidente
Vargas.

Com a prática da reescrita, dificuldades como redundância e outros vícios de linguagem foram dando espaço para a concisão e a clareza textual. Alcançando-se, então,o principal objetivo do trabalho: desenvolver ainda mais o gosto pela leitura, como fonte de informação e prazer, instruir a produção escrita e a distinção entre os diferentes tipos textuais
e seus gêneros, aliando assim o Projeto à Ementa Curricular vigente.

(*) Professora efetiva da Rede Estadual de Ensino – Língua Portuguesa - Ensino Médio - Presidente Vargas (Dorados/MS).
Fonte: Jornal O Progresso/ Página de Opinião - Dourados/MS 10/11/2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Projeto ligado a DC na Sala de Aula vence 9ª Edição do Prêmio Itaú Unicef

Na 9ª Edição do Prêmio Itaú UNICEF 2011 – Educação Integral: Experiências que Transformam o Projeto Casa da Criança Morro da Penitenciária, de Florianópolis/SC foi o Campeão Nacional, categoria médio porte, dentre os 2922 projetos inscritos nesta 9ª edição do prêmio. O projeto é ligado ao Programa DC na Sala de Aula, desenvolvido pelo jornal Diário Catarinense! Veja abaixo matéria que divulga os projetos e que foi publicada no site do jornal.


ONGs contribuem para o ensino integral nas escolas

Projetos desenvolvidos por instituições do terceiro setor enriquecem a formação de alunos com aulas de circo, música, capoeira e educação artística no contraturno escolar

Quando a artista circense Tânia Regina Piazzetta iniciou o projeto Circo da Alegria na Escola Municipal Anita Garibaldi, em Toledo, Região Oeste do Paraná, não imaginava o impacto que a arte teria na vida das crianças e do bairro.


Há duas décadas ela trabalha com meninos e meninas que vivem em situação de vulnerabilidade e conseguiu mudar histórias que dificilmente teriam um final feliz. O Circo da Alegria é finalista do Prêmio Itaú-Unicef e mostra que o terceiro setor vem conseguindo mudar a realidade da Educação em várias partes do Brasil.


O projeto Circo da Alegria beneficia 150 garotos e garotas a partir dos 3 anos de idade. A maior parte das crianças e dos adolescentes trabalhava precocemente e passou a receber uma bolsa do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), podendo assim trocar a atividade profissional pela diversão.


No contraturno escolar, os pequenos participam das atividades circenses e o objetivo de Tânia é que haja uma integração entre a Educação formal e os valores ensinados no projeto. A meta dos instrutores é que todas as crianças tirem boas notas. Essa aproximação com os professores foi o que rendeu ao Circo da Alegria a premiação regional do Itaú-Unicef.


As cinco regiões do país recebem uma premiação específi­ca e os finalistas disputam o prêmio nacional. Na etapa regional, cada ONG ganha R$ 20 mil; o grande vencedor recebe R$ 180 mil. Veja os finalistas da Região Sul em 2011:
Grande porte
Movimento pelos Direitos da Criança e do Adolescente (MDCA) – Porto Alegre (RS)

Médio porteCasa da Criança do Morro da Penitenciária – Florianópolis (SC)
Pequeno porteConselho Comunitário dos Bairros Saic e Jardim Itália – Chapecó (SC)
Micro porte
Projeto Circo da Alegria – Toledo (PR)

Participação
Alguns números ajudam a mostrar a extensão do Prêmio Itaú-Unicef

- 9.199 projetos inscritos desde 1995.
- 2.922 inscritos somente em 2011.
- 524 gestores tiveram formação sobre Educação integral em 2010.
- 12.768 pessoas já participaram de encontros regionais, seminários, cursos a distância e comunidades virtuais promovidas pela Fundação Itaú Social.



A iniciativa fez tanto sucesso entre as crianças que conseguiu mudar a rotina da escola e do bairro. Todos os anos são realizadas apresentações para o público, que sempre lota o auditório do teatro da cidade.


Outra prova do carinho pelo circo veio no ano passado, em uma discussão sobre o orçamento municipal. Lideranças comunitárias, alunos e professores de Toledo discutiam com a prefeitura os investimentos no bairro Jardim Europa e o consenso foi destinar 80% da verba para melhorar as instalações do Circo da Alegria.


Premiação
Em 2011 o Prêmio Itaú-Unicef teve 2.922 inscritos, o maior número desde a criação da iniciativa, em 1995. Essa é a maior premiação do terceiro setor no Brasil, com cinco etapas regionais e uma final, onde o grande vencedor recebe R$ 200 mil. A premiação nacional será no dia 22 de novembro, em São Paulo.



Para as instituições que se inscrevem e são selecionadas há também a oportunidade de participar de um procedimento rigoroso de formação. As ONGs passam por um processo de aperfeiçoamento que começa já no próprio modelo de inscrição, quando os dirigentes precisam enumerar e descrever propostas de trabalho e resultados alcançados.


Segundo a diretora da Fun­­dação Itaú Social, Valéria Veiga Riccomini, a premiação mostra que o grande desafio do Brasil agora é investir na qualidade da Educação. “O desenvolvimento dos jovens é um projeto para o país”, afirma. Ela lembra que somente um bom ensino pode formar um cidadão com visão crítica e formação para o mercado de trabalho.


Riccomini explica que a fundação começou um trabalho de pesquisa em Belo Horizonte para mensurar de forma quantitativa o impacto da Educação integral e que resultados preliminares confirmam que as crianças que passaram mais tempo na escola tiveram melhores notas em Português e Matemática.


Qualidade
Apenas aumentar a jornada de estudos não é suficiente

Um ponto importante ressaltado pelos especialistas é que a ampliação da jornada não precisa ocorrer necessariamente dentro do ensino formal. Para a Educação integral não basta apenas ampliar o número de horas de estudo em Matemática e Português, mas sim dar ao aluno opções de outras atividades, como circo, teatro e capoeira.


“Já não se discute mais somente o aumento da jornada, mas a oferta de Educação de qualidade, tanto na escola como em outros espaços”, diz Maria Amábili Masuti, pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).


O Cenpec atua como parceiro do Prêmio Itaú-Unicef desde a primeira edição da iniciativa. Atualmente o centro é uma das principais ONGs do Brasil que estuda a Educação integral e ajudou a formular boa parte do que se discute hoje no país sobre o conceito.


Para Maria Amábili, o terceiro setor está apontando caminhos para a criação e consolidação de políticas públicas. “São ações importantes nos territórios mais vulneráveis do país, com muita qualidade e representação da diversidade do Brasil”, avalia.


O coordenador do Unicef em São Paulo e Minas Gerais, Sílvio Kaloustian, afirma que há um aprendizado em âmbito mundial de que parcerias entre governo e sociedade civil podem ser efetivas e sustentáveis quando o assunto é Educação. O órgão trabalha com o conceito do “direito de aprender”, reconhecido na legislação internacional e também na brasileira, e para 
Kaloustian o terceiro setor tem ajudado na efetivação desse direito.


No Rio Grande do Sul o projeto Movimento pelos Direitos da Criança e do Adolescente (MDCA) é um grande exemplo de como o terceiro setor e a Educação podem atuar em parceria, o que muitas vezes garante bons resultados. A fundadora da iniciativa, Haide Venzon, explica que o projeto começou a partir de ações voluntárias de alguns professores. Hoje 300 crianças são atendidas por meio de cinco projetos.


Além de terem acesso a reforço escolar, elas têm aulas de capoeira, música e Educação artística. Também há atendimento psicológico para as famílias. O resultado é que os pais participam mais da vida escolar dos filhos e o índice de reprovação entre as crianças atendidas é praticamente nulo. 


Fonte:http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/dcnasaladeaula/19,0,3565163,ONGs-contribuem-para-o-ensino-integral-nas-escolas.html

Escola de Guarujá do Sul vence 11º Prêmio Escola Voluntária de 2011

A Escola de Educação Básica Professora Elza Mancelos de Moura de Guarujá do Sul/SC é vencedora do 11º Prêmio Escola Voluntária de 2011, concurso promovido pela Rádio Bandeirante e Fundação Itaú Social, com o objetivo de incentivar e promover o voluntariado entre seus alunos.

Em 2010 a Escola também participou  classificando-se em segundo lugar e em 2011 concorrendo com 474 escolas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e o Distrito Federal.

A escolha se deu por conta do “Projeto Rio das Flores, Rio da Vida” desenvolvido a mais de 04 anos. O projeto Rio das  Flores é um trabalho de Educação ambiental, com o objetivo maior a revitalização do Rio das Flores.

Em 2011 o projeto inova e inclui diversas ações como a produção de mudas de árvores nativas no viveiro da Escola, recomposição da mata ciliar, produção de sacolas retornáveis com a parceria de costureiras e malharias de Guarujá do Sul e distribuição às famílias, fortalecimento do grupo de voluntariado. A integração da teoria às práticas sociais ganha força com a produção do sabão de óleo usado, brinquedos a partir de recicláveis, produção de sacolas de tecido de Guarda-chuva. Temas como sustentabilidade são trabalhados em sala de aula, despertando consciência quanto ao consumo consciente, seleção, reciclagem e reaproveitamento dos resíduos.

O Projeto Rio das Flores iniciou em 2007 com pequenas ações em prol da educação e do meio ambiente rompendo os muros da Escola e os limites do município, tornando-se hoje referência em Educação Ambiental e mobilização social. 



O prêmio é inédito para Santa Catarina. Além da conquista do Prêmio de 15 mil reais, a Escola participou com os alunos Jacson Brites, Alan Gisch, Joseane Beber e Fernanda Winter e a Orientadora Educacional Rosa Isabel Montagner, juntamente com as 10 escola finalistas durante os dias 11 a 17 de novembro em São Paulo  de oficinas de voluntariado, visitação à sede do Grupo Bandeirantes e a pontos turísticos da cidade de São Paulo.

Viajaram também para o evento de premiação no dia 16 de novembro a Diretora Adriani Kaiber Straub; a 
Assistente Técnica Pedagógica, Salete Vencatto e a Administradora Escolar, Normélia Dillmann Rodrigues. Conforme a aluna Fernanda Winter o fato de conhecer o projeto de outras escolas surge novas ideias aos alunos. “Foi uma semana inesquecível conhecer o Museu da Língua Portuguesa, Museu do Futebol e participar do Programa CQC, além de conhecer outras realidades e saber que em outros lugares encontramos jovens estudantes preocupados com a construção de um mundo melhor”. 


Para a Diretora da Escola Adriani Kaiber Straub a conquista do Prêmio é a realização de um grande sonho e motivo de grande orgulho para toda comunidade escolar, importante para divulgar o projeto, motivando escola e comunidade. Os recursos do prêmio serão investidos na implementação do Projeto conforme Plano de Aplicação que será elaborado pela Escola juntamente com a APP. “Tenho muito orgulho de participar da Direção da Escola, momentos assim fazem valer a pena todo esforço e fazem valer a pena trabalhar na Educação”.

A Direção e coordenação do Projeto parabenizam e agradecem a toda família da Escola Elza Mancelos de Moura, Equipe Técnica Pedagógica, Professores, funcionários, alunos e toda comunidade pelo apoio e parceria. O Projeto “Rio das Flores, Rio da Vida” tornou-se atividade permanente da escola é um trabalho de união em defesa da vida e da sustentabilidade do planeta. 



Obs: A Escola de Educação Básica Professora Elza Mancelos de Moura de Guarujá do Sul/SC faz parte do Programa DC na Sala de Aula, desenvolvido pelo jornal Diário Catarinense.


Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/dcnasaladeaula/19,0,3572865,A-Escola-de-Educacao-Basica-Professora-Elza-Mancelos-de-Moura-de-Guaruja-do-Sul-e-vencedora-do-11-Premio-Escola-Voluntaria-de-2011.html

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O que é Educomunicação?

Compartilhamos abaixo texto retirado do blog dos alunos da Licenciatura em Educomunicação da USP. A ideia é fazer com que o conceito de Educomunicação fique cada vez mais claro para todos! 
"Se você quer saber o que é Educomunicação, o que podemos adiantar é que Educomunicação é um conceito em construção, mas que tem premissas importantes e bem definidas. Selecionamos dos textos do Prof. Ismar de Oliveira Soares alguns tópicos que ajudarão a entender por onde caminhamos:
A Educomunicação é um conjunto das ações inerentes ao planejamento e implementação de processos e produtos destinados a:
  • Ampliar a capacidade de expressão de todas as pessoas num espaço educativo;
  • Melhorar o coeficiente comunicativo das ações educativas;
  • Desenvolver o espírito crítico dos usuários dos meios de comunicação;
  • Usar adequadamente os recursos da informação nas práticas educativas;
  • Criar e fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos.
Conceitos-chave:
Para saber se uma atividade é ou não Educomunicativa, e para desenvolver projetos pensando em Educomunicação, busque estes itens abaixo.
  • Ecossistema comunicativo
  •  Comunicação dialógica
  •  Planejamento participativo
  •  Avaliação coletiva
  •  Protagonismo (sujeitos midiáticos ativos)
  •  Uso criativo das tecnologias
  •  Gestão democrática da comunicação"

"Inclusão Digital: polêmica contemporânea" é o novo livro do professor e pesquisador Nelson Pretto

Os professores e pesquisadores da UFBA, Nelson Pretto e Maria Helena Silveira Bonilla lançam, em Salvador/BA, no dia 13/12, o livro "Inclusão Digital: polêmica contemporânea". Ele é o segundo tomo da coleção Educação, Comunicação e Tecnologia.
Veja abaixo o sumário do livro e os pesquisadores que participam dele!!!

  1. SUMÁRIO

Apresentação da Coleção e do volume – Maria Helena Silveira Bonilla e Nelson De Luca Pretto
1 – Prefácio – André Lemos
2 – Inclusão digital: ambiguidades em curso – Maria Helena Silveira Bonilla e Paulo Cezar Souza de Oliveira
3 – Para além da inclusão digital: poder comunicacional e novas assimetrias - Sérgio Amadeu da Silveira
4 – Inclusão digital como fator de inclusão social – Lia Ribeiro Dias
5 – Diretrizes metodológicas utilizadas em ações de inclusão digital – Maria Helena Silveira Bonilla e Joseilda Sampaio de Souza
6 – Novas tecnologias e inclusão digital: criação de um modelo de análise – Leonardo Costa
7 – Autonomia, liberdade e software livre: algumas reflexões - Doriedson de Almeida e Nicia Riccio
8 – Leitura e escrita online – Edvaldo Souza Couto, Marildes Caldeira de Oliveira e Raquel Maciel Paulo dos Anjos
9 – Tabuleiro Digital: uma experiência de inclusão digital em ambiente educacional –Nelson De Luca Pretto, Joseilda Sampaio de Souza e Telma Brito Rocha

Fonte: https://blog.ufba.br/nlpretto/?p=2425

Professores unem mídia e educação

Educadores de diferentes disciplinas mostraram, através de atividades realizadas durante o ano, que o jornal é um instrumento rico para ensinar e aprender
A variedade de trabalhos desenvolvidos com o jornal em sala de aula durante este ano comprova que utilizar o instrumento no ensino pode contribuir para o aprendizado de muitos jovens. Um exemplo está no Colégio Estadual Polivalente, em Ponta Grossa, nas aulas do 7º ano da professora Gizele Tenório. Ela mostrou à turma as diferentes formas que um mesmo tema é abordado em diversas mídias. “Conhecendo a estrutura de um jornal,os alunos conseguiram desenvolver esta atividade de forma bem significativa”, destaca a professora.
Os alunos analisaram a estrutura do jornal escrito e o do televisivo. Para isso, Gizele levou vídeos de telejornais para que todos pudessem fazer a comparação. Depois, foi a vez dos estudantes escolherem notícias no meio impresso para apresentar em forma de jornal falado.
A educadora também explicou o significado de ideologia e pediu que a buscassem na notícias.“Com essa prática eles conheceram, analisaram e compararam as diferentes formas de apresentar a mesma notícia, o que contribuiu para a leitura, escrita e trabalho em equipe”, afirma Gizele.
Já no Colégio Estadual Linda Bacila, também em Ponta Grossa, as professoras Paola Scheifer e Lidia Teleginski realizaram diversos trabalhos a partir dos gêneros jornalísticos, envolvendo as turmas de 6º e 7º Ano.
A atividade que, segundo as educadoras, apresentou maior destaque, foi a de produção de textos poéticos relacionados às notícias, trabalho que foi exposto para todos da escola. “Notamos que essa divulgação contribuiu para que os alunos-autores se sentissem entusiasmados e despertados para a condição de ser estudante. Em uma época decisiva para o bom aproveitamento dos estudos, a mudança de comportamento para alcançar resultados satisfatórios tem feito parte da reflexão de alguns estudantes”, destacam as educadoras.
Vamos Mudar?
Todo bom professor
Que nos ensina com amor
É como um irmão
Só quer nossa atenção.
Alunos, ouçam bem!
O professor explica
uma, duas e até três vezes,
depois dá a lição
em seguida faz a correção.
O ano já está acabando
Agora, não adianta você chorar...
O professor mandou estudar!
Por que você não prestou atenção?
Por que não fez a lição?
Por que não ouviu a explicação?
Agora, não adianta reclamar...
você brincou em vez de estudar
Vou te dar um conselho:
No ano que vem
é melhor você mudar
e começar a ESTUDAR!
Elias Junior Ribeiro | 7º Ano
C. E. Linda Bacila | Ponta Grossa

Fonte: Jornal da Manhã/ Página “JM na Educação”/ Talita Moretto 24/11/2011 (http://www.jmnews.com.br/noticias/vamos%20ler/21,15222,24,11,professores-unem-midia-e-educacao.shtml)

Para reflexão!!!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ler para Crescer promove encontro emocionante

Por que é preciso aprender a ler e escrever? A partir deste questionamento, os alunos da 2ª série do Centro Educacional Sesi-349, do Jardim Presidente, em Araçatuba, iniciaram um trabalho especial com a professora Janete de Lima Carvalho. A atividade acabou unindo as crianças com personagens mostradas em matérias da Folha da Região. A principal delas foi a faxineira de túmulos Maria Alves Ferreira, alfabetizada aos 77 anos nas aulas do EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Mas tudo começou assim: Quando os alunos foram incentivados a refletir sobre a importância da leitura e da escrita, a professora Janete, após uma conversa motivadora, entregou jornais a eles e propôs que encontrassem alguma notícia, comentário, propaganda ou até mesmo textos nos Classificados que pudessem exprimir a importância dos atos de ler e escrever.


As unidades do Sesi são parceiras do Ler para Crescer e trabalham constantemente com jornais nas salas de aula e biblioteca.

Para surpresa daquela turma, em especial, um grupo encontrou a notícia sobre Dona Maria em uma reportagem da jornalista Monique Bueno. Mas as crianças não conseguiam acreditar que alguém poderia viver tanto tempo sem saber ler e escrever.

PASSO A PASSO
A professora Janete leu a notícia na íntegra para todos e os alunos foram grifando os dizeres com os quais ficaram mais impressionados. Ela conta que repetiu a leitura por várias vezes, pois muitos demoraram a acreditar que a história fosse verdadeira. Ao final, os estudantes perceberam o esforço que Dona Maria teve que fazer para assinar seu próprio nome e identificar as ruas, por exemplo.

Os comentários dos alunos inspiraram a professora, que propôs para a turma elaborar mensagens sobre o que leram. Mas as crianças decidiram fazer melhor. Elas primeiro escreveram bilhetes motivadores para Dona Maria (que foram colocados em um mural), depois decidiram escrever cartas a ela contando como ficaram orgulhosas e encantadas com a sua história. "Eu sabia que ela ia gostar de receber a nossa carta porque agora ela já sabe ler", comentou o aluno Matheus da Silva Moreira.

O ENCONTRO
Da ideia do mural com os bilhetes e, depois, das cartas, nasceu a proposta de promover um encontro entre Dona Maria e as crianças (veja mais detalhes no post da coluna Sala Aberta).

No final de outubro, Dona Maria, a professora Janete e os alunos da 2ª série se encontram na biblioteca do Sesi-349 juntamente com outros convidados: a secretária municipal de Educação, Beatriz Soares Nogueira; a coordenadora do EJA, Silvia Vicente Benedito; a administradora do Sesi, Josiane Maria Caldato Franco; a bibliotecária Luciane Druzian, e a repórter Monique Bueno. O local estava decorado com muitos cartazes de boas-vindas e mensagens parabenizando Dona Maria.

Em roda, os estudantes tinham, cada um, uma carta nas mãos. O olhar das crianças era de emoção e expectativa, que aumentaram quando a senhora de baixa estatura, com um touca plástica, daquelas usadas para banho, branca com bolinhas azuis e amarelas, entrou pela sala.

Com os olhos cheio d´ água, ela foi recebida com aplausos. Leu as mensagens no mural e se acomodou em uma das cadeiras para contar os motivos pelo quais não pôde estudar. "Naquela época era preciso trabalhar e ajudar em casa. Não sabia nem o que era estudar", relatou.
Dona Maria conversou com os alunos por cerca de duas horas. As crianças entregaram as cartas e flores. Por várias vezes a senhora de 77 anos chorou.

Uma das alunas perguntou a Dona Maria o que mudou na vida dela depois de aprender a ler e escrever. "Estou muito feliz. Agora tenho documentos assinados. Antes, quando eu precisava comprar alguma coisa, era tudo no dedo", diz referindo-se à impressão digital que comprova a identidade das pessoas. "O dia em que fui ao banco e não precisei mais usar o dedo, queria que alguém estivesse perto de mim para comemorar. Foi o dia mais feliz da minha vida", relembrou.

EMOÇÕES
Para a jornalista Monique Bueno, essa foi uma grande experiência. "Eu quis mostrar na matéria que essa é a realidade de muitas pessoas e que elas precisam de ajuda para garantir qualidade de vida. O jeito peculiar de Dona Maria levar a vida e a sua falta de aprendizado levaram as crianças a pensar que ela não existia, que era apenas uma personagem. O encontro dela com os alunos foi emocionante”.

Para o editor-chefe da Folha da Região, Milton Rodrigues, jornalismo é o grande desafio de contar histórias. "O jornal é um espaço para fatos verdadeiros como a história da Dona Maria. O contato das crianças com o jornal proporciona um amadurecimento e é importante elas saberem sobre os assuntos do cotidiano”.

Para a coordenadora do Ler para Crescer, Ayne Regina Gonçalves Salviano, que propôs o encontro entre Dona Maria e as crianças, “a experiência e as emoções vividas por todos naquela tarde precisam ficar guardadas pra sempre na memória de todos como um incentivo para o crescimento e a aprendizagem constante”.


Fonte: Blog do Ler para Crescer