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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Na sala de aula, a nova aventura dos quadrinhos

Com a perspectiva de crescimento de sua adoção por escolas públicas e particulares, editoras investem em adaptações para HQ de clássicos da literatura - reduzindo o preconceito contra essa linguagem. (Ilustração: Adaptação de Claudio Ferreira e Rodrigo Rosa)

Clara dos Anjos, a personagem-título do último romance escrito pelo carioca Lima Barreto (1881-1922), demorou décadas para tomar forma. Nasceu numa versão rascunhada em 1904 e ficou de lado até 1921, quando o autor decidiu retomar a história, concluída no ano seguinte e publicada mais de duas décadas depois, em 1948. Em julho próximo, uma quarta etapa desta lenta evolução chegará às livrarias pela Companhia das Letras. Trata-se da versão em quadrinhos roteirizada por Wander Antunes e ilustrada por Marcelo Lélis, e que sinaliza uma forte entrada da editora numa disputa cada vez mais acirrada: a de adaptações de clássicos da literatura, especialmente a brasileira, com o objetivo de adoção por escolas das redes pública e privada.

Com duas adaptações traduzidas previstas para este semestre - A Divina Comédia, de Dante, por Seymour Chwast, e Na Colônia Penal, de Franz Kafka, por Sylvain Ricard-Mael -, o selo Quadrinhos na Cia está em negociações com artistas e escritores para outras versões de obras nacionais, segundo o editor André Conti: "Há outros projetos em andamento. Uma selo tem que ser saudável, e uma das maneiras de um selo ser saudável é ter livros para adoção em escolas."

Por saúde, entenda-se retorno financeiro. Embora o selo de HQ da editora paulistana tenha emplacado grandes lançamentos desde 2009, quando foi criado, a venda para o governo é garantia de tiragens até dez vezes maior que as usuais, estas em torno de 2 mil ou 3 mil exemplares. Além disso, obras baseadas em clássicos da literatura têm mais chance de serem escolhidas para uso em escolas particulares - o que garante as vendas de tiragens inteiras, mesmo que não tão grandes quanto as adquiridas pelo governo.

Não que quadrinhos com roteiro original também não venham sendo beneficiados pelo Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE), que selecionou 38 títulos em HQ ou imagem dentre os 300 a serem distribuídos para uso em aula neste ano. Os eleitos incluem adaptações como O Guarani e O Cortiço (Ática), mas também as sagas de heróis Necronauta (HQM), de Danilo Beyruth, e Demolidor, o Homem sem Medo (Panini), de Frank Miller e Romita Jr.

Mas, num momento em que o gênero apenas começa a superar o que o quadrinista Eloar Guazzelli define como preconceito histórico, as HQs derivadas de clássicos assustam menos por envolverem literatura. "Elas formam um caldo de cultura em que as crianças crescem e ampliam horizontes", avalia o autor, que já adaptou O Pagador de Promessas (Agir), de Dias Gomes, A Escrava Isaura (Ática), de Bernardo Guimarães, e Demônios (Peirópolis), de Aluísio Azevedo.

Embora o PNBE tenha sido instituído em 1997, HQs só passaram a ser adquiridas para uso em sala de aula em 2006. A possibilidade de venda para os governos federal e estadual levou editoras a prestar atenção nesse nicho.

Foi no ano passado que se tornou notável o número de adaptações em quadrinhos. A Companhia Editora Nacional, que entrou nesse mercado em 2005, publicou em 2010 sete de seus 15 títulos do gênero. A DCL, após o sucesso de Domínio Público (2008), com versões de vários autores, comprou no ano passado uma coleção com sete clássicos e criou o selo Farol HQ, disponibilizando, entre outros, Robinson Crusoé e Moby Dick - só este último teve 25 mil cópias distribuídas para escolas públicas e 9 mil para livrarias e colégios particulares. Para 2011, a editora prevê 12 publicações do gênero, incluindo suas primeiras adaptadas por artistas brasileiros.

"A aceitação de HQs na escola é fenômeno novo. Três anos atrás, ouvia-se que era melhor investir em prosa. Hoje é possível lidar com essa linguagem diferente. Quando o governo validou os quadrinhos, as escolas particulares passaram a rever seus conceitos", diz Daniela Pinheiro, editora da DCL. "Muitas vezes, os professores é que perguntam se não vamos lançar tal título, e então avaliamos."

Responsável pela publicação de um dos maiores sucessos dessa tendência - O Alienista, com ilustrações e roteiro de Fábio Moon e Gabriel Bá, vencedor do Prêmio Jabuti de livro didático ou paradidático em 2008 e hoje com quase 100 mil exemplares vendidos -, o Grupo Ediouro amadureceu o método de produção. "Começamos com o trabalho de adaptação e preparação de texto dentro de casa. Analisamos com muito cuidado o texto, para que não perca o ritmo nem o estilo, e até a pertinência do tema em aula", diz a diretora editorial Leila Name.

Para este ano, o grupo prepara seis títulos, a começar por Pedro Mico, de Antonio Callado, para maio. Outros três, de autores contemporâneos e com os quais o público mais jovem já se identifica, também prometem virar sucesso: Morangos Mofados e Onde Andará Dulce Veiga, de Caio Fernando Abreu, e Mandrake, de Rubem Fonseca. "O formato renova o público leitor. Tem garotada lendo Machado de Assis com mais entusiasmo. Uma leitura difícil como Os Sertões torna-se mais palatável", diz Leila, referindo-se à adaptação de Carlos Ferreira e Rodrigo Rosa que chegou às livrarias no fim de 2010.

É justamente o discurso de porta de entrada para a literatura o que mais alimenta críticas contra as adaptações. "Não acredito que alguém vá ler Dom Casmurro só porque leu Machado em quadrinhos antes. O sujeito vai se sentir desobrigado a ler", diz Thales Guaracy, diretor editorial de ficção e não ficção da Saraiva, responsável pelos selos Benvirá, Caramelo e Arx, que, no ano passado, publicou Frankenstein e Histórias de Poe. "Não foi um grande negócio. Não vamos fazer mais", diz.

Para o professor de literatura brasileira da USP Alcides Villaça, a questão é mais simples. "Literatura e quadrinhos são formas narrativas diferentes, linguagens que têm valor em si mesmas." Villaça é a favor do uso de HQs em aulas, mas não como substituições às obras, e sim dialogando com elas. "Não gosto da ideia de "porta de entrada". O professor deveria definir o âmbito das linguagens, respeitando ambas." A argumentação é simples: na literatura, a articulação verbal é fundamental, enquanto na HQ ela não é central. Usar uma no lugar da outra seria, então, como exibir em sala de aula um filme baseado numa obra e acreditar que os alunos estão dispensados de ler o livro. 

Fonte: O Estado de S. Paulo/ Raquel Cozer 29/01/2011

A maior flor do mundo

E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
José Saramago

Prensa Escuela


Quer conhecer o programa Prensa Escuela do jornal El Colombiano, de Medellin/Colômbia? Dá uma passada no blog http://www.ecbloguer.com/prensaescuela/. Assim você poderá ver o que estudantes e educadores estão fazendo por lá.

E se quiser conhecer a opinião de educadores, alunos, professores da Universidad Pontificia Bolivariana - parceira do programa - e coordenadores do Prensa Escuela sobre a relação Comunicação Educação e o desenvolvimento dos estudantes a partir do programa, pode ler a publicação El Taller 2010. Boa leitura!

Prensa Escuela

Quer conhecer o programa Prensa Escuela do jornal El Colombiano, de Medellin/Colômbia? Então dá uma passadinha no blog http://www.ecbloguer.com/prensaescuela/ e veja o que educadores e estudantes estão desenvolvendo por lá.

Você também pode ler a publicação "El Taller 2010", no qual encontrará a opinião de professores da Universidad Pontifícia Bolivariana - parceira do programa -, dos coordenadores do Prensa Escuela, de estudantes e educadores sobre como encaram a relação comunicação e educação e seu desenvolvimento a partir do programa Prensa Escuela, coordenado por Clara Tamayo Palacio.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Jornal institucional da escola

Alunos produzem textos sobre o dia a dia da EE GeraldoMelo dos Santos

Um jornal impresso feito pelos alunos estimula a leitura e a escrita e divulga o trabalho pedagógico para a comunidade
Daniela Almeida
Investir na produção de um jornal interno garante à escola um variado leque de benefícios: ele melhora a comunicação com os pais dos alunos e com toda a comunidade, serve de canal para divulgar o projeto pedagógico da escola ao noticiar as atividades desenvolvidas, desafia crianças, jovens e membros da equipe escolar a se unir em torno de um objetivo comum, aproxima os estudantes do gênero informativo e incentiva a garotada a escrever. "Todos se envolvem para escolher os temas que serão abordados nas reportagens, falar com os entrevistados e distribuir os exemplares", afirma Ana Flávia Alonço Castanho, formadora das redes municipais de São Paulo e São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

Pensando nesses ganhos, a EE Geraldo Melo dos Santos, em Maceió, lançou um periódico que leva o nome da instituição. Uma vez por ano, estudantes e professores se reúnem para decidir o tema das reportagens - a maioria delas trata do cotidiano escolar (como eventos, atividades e projetos) e sobre os assuntos que as turmas estão aprendendo no momento. Os familiares também dão palpites - e geralmente pedem textos sobre o relacionamento entre pais e filhos. As ideias passam pela aprovação do núcleo de comunicação, um grupo de quatro docentes que detalha o que será apurado e acompanha o processo de produção. A partir daí, os próprios alunos fazem entrevistas, tiram fotografias e redigem os textos.

O custo de impressão dos 3 mil exemplares em papel cuchê, 800 reais, é pago por anunciantes, geralmente os fornecedores de merenda e produtos de limpeza e comerciantes do bairro. "O segredo para envolver tanta gente em um só projeto é abordar assuntos significativos para a comunidade, fazendo com que as pessoas se enxerguem na publicação", conta Nilson Junior, diretor da escola.

Coordenador pedagógico e diretor em papeis centrais
Para que o processo funcione adequadamente e cumpra seu propósito, o envolvimento dos gestores é fundamental. Ao coordenador pedagógico cabe introduzir, durante as reuniões de formação, o estudo e a reflexão sobre como transformar os assuntos referentes ao funcionamento e à organização escolares em textos jornalísticos. E também ajudar os professores a planejar aulas que contribuirão para a aprendizagem dos conteúdos relacionados. "É preciso formar a equipe para trabalhar com textos de diferentes graus de complexidade, de acordo com a faixa etária e o conhecimento prévio das turmas", diz Ana Flávia. Por exemplo, escrever a agenda de eventos e os classificados é um bom desafio para as turmas de 2º ano, mas não para as do 5º. Para essas, é mais interessante propor a escrita de resenhas de livros e filmes ou mesmo um texto opinativo sobre algum evento. Além disso, o coordenador deve orientar os docentes a ler textos jornalísticos com os alunos antes que eles partam para a escrita propriamente dita.

Já ao diretor cabe suprir as condições físicas e materiais para que o projeto saia do papel, como se envolver na produção das pautas, estar à disposição para conceder entrevistas, pedir a colaboração dos funcionários para que também falem com os alunos-repórteres e disponibilizar exemplares de jornais de circulação local ou nacional na biblioteca. Para garantir o acesso aos periódicos, é possível fazer uma assinatura, campanha para que assinantes doem exemplares para a escola ou parcerias com editoras e distribuidoras a fim de conseguir edições gratuitas. Outras boas maneiras de incentivar a leitura e a escrita é convidar jornalistas para dar palestras e promover oficinas de texto com a garotada.

Uma dica para divulgar o produto - fazendo, assim, com que mais pessoas tenham acesso às informações sobre a escola - é distribuir exemplares no comércio local e em pontos de grande circulação das pessoas que moram no entorno e também para rádios e emissoras de televisão da cidade. "Quanto mais o jornal se torna parte da cultura institucional, mais gente quer participar. Assim, a demanda de trabalho em torno do veículo vai ficando descomplicada e gostosa. Ou seja, menos esforço e mais resultados ano após ano", afirma Ana Flávia.

Articulação para resgatar boas iniciativas esquecidas ou desativadas
Muitas vezes, um jornal interno circula uma ou duas vezes e, passada a empolgação inicial, cai no esquecimento. Em geral, isso ocorre quando há falta de incentivo por parte dos gestores, ausência de formação específica para os professores, pouca conexão entre a equipe e fraco investimento na parceria com a comunidade.

Contudo, é possível reativar o projeto e contagiar novamente a todos. É o que está fazendo a EMEF Mario Quintana, em Porto Alegre, ao resgatar o Papo Reto. Ele nasceu há dez anos com periodicidade bimestral, passou a semestral e parou de circular quando a professora que o idealizou saiu da escola. A equipe gestora reconhece que falhou nos quesitos envolvimento e planejamento e que agora é preciso descentralizar as ações para a publicação engatar. "Com esse objetivo, decidimos incluir a retomada do Papo Reto no PPP e incentivar alunos e docentes a pensar e trabalhar juntos", diz Cintia Maria Kovara, que foi diretora até o fim de 2010 e atualmente é coordenadora de projetos.

A intenção é usar a força e a popularidade do grêmio estudantil e dos representantes de classe para fortalecer o meio de comunicação e formar uma rede de colaboradores. Um ganho significativo da continuidade de projetos como esse é a construção da memória da escola. "Tem-se a oportunidade de ver que o conhecimento adquirido e as experiências acumuladas ao longo de um período não serão completamente esquecidos. Ao contrário, serão lembrados e documentados pelo jornal", afirma Ana Flávia.

Fonte: Gestão Escolar

A serviço da educação: como smartphones, tablets e internet podem ser usados pelos alunos para estudar - Guia do Estudante


Leia matéria do Guia do Estudante e reflita. O que fazer com tanta tecnologia chegando à sala de aula?
A serviço da educação: como smartphones, tablets e internet podem ser usados pelos alunos para estudar - Guia do Estudante

Blog da escola: por que vale a pena ter um

Ferramenta do mundo virtual, o blog é um recurso simples de criar e eficaz para compartilhar as ações pedagógicas - Veja matéria da revista Gestão Escolar sobre blog na escola.

Blog, posts, comentários, links... Para quem não é familiarizado com o assunto, esses termos podem soar estranhos. É verdade que eles se tornaram populares há menos de dez anos, mas basta fazer uma pesquisa rápida na internet - digite em sites de busca as palavras "blog" e "escola" - para constatar que a lista de resultados é enorme.

Essa ferramenta do mundo virtual pode ser muito útil para a equipe gestora divulgar o projeto político-pedagógico, ampliar a discussão de conteúdos trabalhados em sala de aula e valorizar, para a comunidade, a produção dos alunos. Além do mais, ela permite interagir com outras instituições (veja nas últimas páginas exemplos de blogs de escolas, com a descrição dos principais recursos usados para compor a página e como eles são utilizados).

Atividade de sala de aula recebe comentários na internet
"Reunir a equipe gestora e os professores para pensar em como aproveitar esse recurso, tanto no ensino das disciplinas como na divulgação dos projetos institucionais, pode ser o pontapé inicial para envolver todos com o universo online", diz Maria Izabel Leão, pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (USP) e assessora do programa Nas Ondas do Rádio, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

Na EM Maria Josefina Azteca, localizada em Embu, na região metropolitana de São Paulo, um projeto sobre valores e ética começou na sala de aula e ganhou popularidade quando foi publicado no blog da escola. Após lerem com a professora um texto sobre covardia, os alunos do 3º ano C destacaram os principais aspectos discutidos: "Não podemos abandonar os amigos", "Respeitar as mulheres", "Devemos ajudar um ao outro". Em seguida, postaram essas conclusões no blog, juntamente com um cartaz com figuras que, para a turma, representam a covardia. O post foi finalizado perguntando ao leitor qual sua opinião sobre o tema.

O assunto repercutiu bem: recebeu mais de 260 comentários de alunos e professores da escola, em apenas dois meses - redigidos no laboratório de informática ou enviados de casa. "O melhor é que, enquanto fazem o que gostam, as crianças aprendem um conteúdo novo e praticam a escrita", afirma Ana Paula Vasques Espangiari, coordenadora pedagógica da EM Maria Josefina Azteca.

Veículo de comunicação do projeto político-pedagógico
Na EE Dona Helena Guilhon, em Belém, o blog montado no fim de 2008 pelo professor de História, Eric Siqueira, se tornou um importante veículo de comunicação das ações escolares. "Colocamos tudo lá: informações sobre a reforma do prédio que estávamos fazendo na época, a inauguração do laboratório de informática e os resultados das reuniões pedagógicas", afirma o diretor, Edson Mota. As atividades realizadas pelos alunos têm espaço garantido, como o post que discute o grêmio estudantil e o registro da gravação de um clip de hip-hop. Eric Siqueira conta que a comunidade se habituou a visitar a página online da Dona Helena Guilhon: "A criação do blog virou motivo de orgulho para nós, para os familiares dos estudantes e para os vizinhos da escola."

Ampla rede de contatos e troca permanente de experiências
A equipe gestora também pode conseguir, por meio do blog, valiosos parceiros que dificilmente colaborariam se não fosse a internet - como universidades, organizações não governamentais (ONGs) e pesquisadores da área de Educação. De maneira rápida e sem burocracia, é possível que eles ajudem a alimentar a página publicando textos e comentários e dando dicas de cursos de formação, por exemplo.

Vale também ter, na página inicial, endereços eletrônicos de outras escolas com boas práticas educacionais para manter contato e trocar experiências. É o que acontece no blog da EMEF Zulmira Cavalheiro Faustino, em São Paulo, que tem uma lista de links para sites de outras unidades, de professores, da Comunidade do Zulmira no Orkut e até da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. "A internet assume um caráter democrático devido à possibilidade de seus usuários socializarem informações, compartilhando conhecimentos com o mundo", afirma Hormindo de Souza Júnior, coordenador do curso de Especialização da Escola de Gestores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Dicas para criar um blog
- Sites publicadores
Há vários sistemas de blogs gratuitos, como o Blogger e o Wordpress.

- Guia básico
Os publicadores têm guias que ensinam o passo a passo de forma simples. Basta escolher um nome, uma senha e um dos modelos oferecidos para que o blog passe a existir.

- Equipe responsável
Todo mundo deve colaborar. Porém é preciso definir quem terá acesso ao login e à senha para fazer alterações na página. O grupo pode incluir um professor, alguns alunos e o monitor da sala de informática.

- Linguagem utilizada
Os textos devem ter um tom informal, mas nunca dispensar cuidados com a gramática e a ortografia.

- Interação com o público
Perguntas no fim dos textos, como "O que você acha sobre...", estimulam o leitor a comentar o assunto, levando à reflexão, ao trabalho da escrita e à familiarização com a ferramenta.

- Checagem completa
Toda informação postada exige revisão. É preciso reler o texto, verificar se os links levam à página certa e, no caso de vídeos, se funcionam. A opção "editar" dos publicadores permite corrigir os erros.

- Tarefas de rotina
Qualquer integrante da equipe pode inserir textos, fotos e vídeos. Contudo, uma pessoa deve ser designada para checar diariamente os comentários para evitar o uso indevido do espaço.

- Atualização constante
Novos textos e imagens devem ser inseridos em média três vezes por semana para que o leitor se sinta estimulado a voltar ao blog.

- Divulgação dos posts
Vale preparar uma lista com os e-mails de todos os usuários para divulgar o link de cada novo texto publicado.

- Fundo sonoro
Se o blog tem música, é importante deixar de forma visível a opção para não executar o áudio
- por mais agradável que seja a melodia.

- Excesso de informação
Fundos de páginas muito coloridos poluem o visual e podem atrapalhar a leitura das informações.

- Espaços de discussão
Participar de comunidades e fóruns de blogueiros - como a Comunidade WordPress e a Comunidade Blogger Brasil - ajuda o responsável pela ferramenta a resolver problemas e a tirar dúvidas sobre seu uso.

Conheça os blogs da Escola Municipal Josefina Azteca e da Escola Dona Helena Guilhon: http://escolaazteca.blogspot.com/ e http://helenaguilhon.blogspot.com/

Fonte: Revista Gestão Escolar/ Cinthia Rodrigues

Como produzir um jornal escolar

Veja como a revista Gestão Escolar sugere a a criação de um jornal escolar! Anime-se e crie o seu!

Objetivo geral
Criar um veículo por meio do qual a escola possa divulgar seu projeto educativo.

Objetivos específicos
- Para a direção: Garantir a estrutura e o material necessários ao andamento do projeto.
- Para os alunos:Participar da produção das edições e ter contato com os gêneros jornalísticos.
- Para a coordenação pedagógica: Formar os professores para o trabalho com jornal.
- Para os professores: Aplicar com as turmas o planejamento elaborado na formação.
- Para os funcionários e a comunidade: Participar com sugestões de pauta e opiniões sobre as reportagens e ser fontes de informações.

Conteúdos de Gestão Escolar
- Aprendizagem Promoção de situações reais de confecção de textos jornalísticos.
- Equipe Articulação entre docentes, gestores e demais funcionários da escola.
- Comunidade Melhoria da comunicação com os pais e busca de parcerias.
- Materiais Disponibilização de jornais que sirvam de referência para o trabalho.

Anos
1º ao 9º ano.

Tempo estimado
Dois meses por edição.

Material necessário
Calendário de eventos escolares e comunitários, jornais impressos (locais, nacionais e, se possível, institucionais), câmera fotográfica, computadores, gravadores e blocos de anotação.

Desenvolvimento
1ª etapa

Formação docente
O coordenador deve prever reuniões pedagógicas para o estudo sobre os conteúdos de leitura e escrita de textos jornalísticos. A complexidade do que será lido, ensinado e produzido depende das expectativas de aprendizagem para o ano escolar - os anos iniciais podem começar com os classificados e os mais velhos serem desafiados com a produção de reportagens maiores. O professor, como modelo de leitor, precisa ler e propiciar aos alunos contato frequente com os diversos gêneros usados por periódicos.

2ª etapa
Apresentação para a comunidade
Por meio de reuniões e avisos nos murais, avise os pais sobre o projeto. Eles poderão participar dando sugestões de pauta, servindo de fonte para os alunos, dando palestras (caso haja profissionais que trabalhem com jornal) e doando exemplares ou assinaturas para a biblioteca da escola.

3ª etapa
Criação do conselho editorial
Convide alunos, pais e professores para fazer parte do conselho editorial. Eles podem ser escolhidos por seus pares ou se oferecer voluntariamente. Gestores devem ter representantes nesse grupo, que discutirá o cronograma, a periodicidade, as seções, as responsabilidades de cada um, a divisão de tarefas entre as turmas, a circulação e a distribuição - além de dar a palavra final sobre os temas e os textos. É interessante que a formação dessa equipe mude periodicamente.

4ª etapa
Organização e escrita
Com base no planejamento feito com o coordenador, os professores realizarão as atividades de produção de textos com as turmas. Cada sala fica responsável por uma seção (esportes, cultura etc.). É recomendável que o coordenador observe as aulas e verifique a aplicação do que foi estudado.

5ª etapa
Checagem e distribuição
O material precisa passar por uma revisão, a ser feita pelo diretor e pelo coordenador pedagógico. A intenção é verificar se os textos condizem com os valores e os objetivos previstos no PPP. Cumprida a tarefa, encaminhe os arquivos à gráfica (que também pode ser uma parceira da escola). Por fim, todos devem ajudar na distribuição.

Avaliação
Reúna-se periodicamente com representantes de diferentes segmentos do público leitor a fim de ouvir as opiniões. Uma seção de cartas, com os contatos da escola, auxilia esse levantamento.

Fonte: Gestão Escolar

Jogo da literatura | Língua Portuguesa | Nova Escola

Nao deixe de testar seus conhecimentos e compartilhar essa experiência com seus alunos. Para acessar o jogo, basta clicar no link abaixo.
Jogo da literatura Língua Portuguesa Nova Escola

Portal dá acesso a coleções dirigidas a professores da educação básica

Estão disponíveis no portal Domínio Público do Ministério da Educação (MEC) a Coleção Educadores, com 62 títulos, e a Coleção História Geral da África, com oito volumes. Concluídas em novembro de 2010, as obras são dirigidas aos professores da educação básica e às instituições de educação superior que atuam na formação de docentes, mas o acesso é livre no portal.

Paulo Freire, Anísio Teixeira, Jean Piaget e Antônio Gramsci, dentre outros, fazem parte da Coleção Educadores, que começou a ser distribuída este mês pelo MEC às escolas da educação básica do país. Integram a coleção 31 autores brasileiros, 30 pensadores estrangeiros e um livro com os manifestos Pioneiros da Educação Nova, escrito em 1932, e dos Educadores, de 1959.

Na coleção, professores e estudantes de pedagogia e de cursos de licenciatura encontram um ensaio sobre cada autor, a trajetória da produção intelectual na área, uma seleção de textos, que corresponde a 30% do livro, e cronologia. A última parte traz a bibliografia do autor e das obras sobre ele.

Cada livro tem, em média, 150 páginas. Preparada pelo MEC desde 2006, a coleção integra as iniciativas do governo federal de qualificar a formação inicial e continuada de professores da educação básica pública.

África - A coleção História Geral da África tem cerca de dez mil páginas, distribuídas nos oito volumes. Criada por iniciativa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980. Cerca de 350 pesquisadores, a maioria deles africanos, trabalhou durante 30 anos no levantamento de dados e na produção da obra. Em 1980, a Unesco lançou a coleção em língua francesa, depois traduzida para o inglês e o árabe. Agora, o MEC oferece a versão para uso no Brasil e nas nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Oito mil exemplares (conjuntos) impressos da coleção serão distribuídos pelo MEC nas bibliotecas públicas do país, universidades, conselhos de educação e ministérios públicos estaduais. Além de objeto de leitura e estudo, o conteúdo dará sustentação à produção de material didático para as escolas da educação básica. Integra, ainda, uma série de iniciativas do MEC para enriquecer a formação de professores e o currículo dos estudantes, conforme prevê a Lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial nas redes públicas de ensino.

Visite: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp

Fonte: Nota 10

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Conflitos na Líbia e Liberdade de Imprensa

Você já pensou em trabalhar o tema Liberdade de Imprensa a partir das notícias sobre os conflitos na Líbia?

Veja como há expressões como "teria dito" nas matérias. Isso porque não há como confirmar as informações, já que a imprensa não tem liberdade p/ trabalhar por lá.

O que a falta de Liberdade de Imprensa ocasiona? Liberdade de Imprensa tem a ver com democracia? Por quê? Converse com seus alunos sobre o assunto.
E se você quer saber mais sobre a Líbia, pode buscar algumas informações no Klick Educação, que tem um arquivo dedicado ao país.

O país em resumo
  • Nome oficial: Grande República Popular Socialista Árabe da Líbia (Jamahiriya al Arabiya al Libiya ash Shabiya al Ishtirakiya).
  • Capital: Trípoli.
  • Localização: norte da África.
  • Nacionalidade: líbia ou líbica.
  • Área: 1.758.610 km2.
  • População: 5,6 milhões (2001).
  • Densidade: 3,06 hab./km2.
  • Língua oficial: árabe.
  • Composição étnica: árabes e berberes.
  • Religião: islamismo.
  • Governo Sistema de governo: república parlamentarista.
  • Chefe de Estado: coronel Muammar Kadhafi (desde 1969).
  • Primeiro-ministro: Mubarak al-Shamikh (desde 2000).
  • Legislativo: unicameral.
  • Congresso Geral do Povo, com 760 membros eleitos indiretamente para um mandato de três anos.
  • Partido único: União Socialista Árabe.
  • Economia PIB: 40 bilhões de dólares (2001).
  • Agropecuária: oliva, cevada, frutas cítricas, tâmara, trigo e criação de gado (ovinos e caprinos).
  • Mineração e exportação: Petróleo.
  • Moeda:dinar líbio.

Fonte: Klick Educação

Como fazer projetos inovadores


Sugerimos que você dê uma olhada na apostila "Como fazer projetos inovadores", da Microsoft/Conteúdos Educacionais, que dá dicas sobre como fazer projetos inovadores, mostrando experiências em vários lugares do Brasil.
Ela é destinada a todos os profissionais de educação que têm interesse em promover a inovação pedagógica por meio do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Para acessar a apostila, basta clicar aqui e fazer seu cadastro para baixar a publicação.

Pra que um jornal escolar?

"O jornal escolar, juntamente com outras formas e canais de expressão, pode ser um espaço importante de os alunos tomarem a palavra e darem a conhecer o que acham significativo ou que precisam; tornarem públicas as suas inquiteações e os seus sonhos; trazerem ao debate os assuntos quentes; desenvolverem as distintas linguagens gráficas; expressarem as suas capacidades e os seus gostos; exercerem a crítica e a sugestão. Ao fazê-lo, não são apenas os conteúdos que adquirem importância, mas igualmente os processos e as aprendizagens absolutamente essenciais que a prática do jornalismo escolar possibilita".
(SANTOS, A & PINTO, M. O jornal escolar, porque e como fazê-lo. Porto: Edições ASA, 1992
Obs: Na foto, alunos que participam do projeto Vamos Ler, do Jornal da Manhã, de Ponta Grossa (PR). Eles criaram o jornal Voz da Liberdade, vencedor do Prêmio Mundial Jovens Leitores, da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA), na categoria Jornal Escolar. O tema era Liberdade de Imprensa.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

7 pecados da reunião pedagógica

Veja dicas da revista Gestão Escolar sobre como fugir dos erros mais comuns e acertar no trabalho coletivo durante uma reunião pedagógica!

1. Participação facultativa
2. Ausência de regularidade das reuniões
3. Inexistência de plano anual de formação
4. Indefinição de pautas
5. Inadequação do espaço
6. Uso de atividades de motivação
7. Dispensa dos alunos

1. Participação facultativa
O que acontece
A escola não obriga os professores a comparecer aos encontros de formação, pois: - A rede não paga pelos horários de estudo coletivo. - Os docentes trabalham em mais de uma escola. - A prioridade é dada às tarefas individuais (como corrigir lição de casa), em detrimento das coletivas.

Por que é um erro
Se alguns docentes participam da formação e outros não, o ensino na escola não se desenvolve como um todo: os alunos dos professores que vão atrás da formação aprenderão, enquanto os outros, não. Também não há troca de experiências ou aperfeiçoamento de estratégias. "O trabalho pedagógico pede um esforço conjunto para o planejamento de maneiras eficazes a fim de que os alunos avancem. Caso contrário, há um empobrecimento do currículo e dos processos didáticos", diz Inês Assunção de Castro Teixeira, pesquisadora, socióloga e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Como corrigir
Se o problema é o não-pagamento das horas de formação, a categoria tem o direito de pedir a regulamentação junto à Secretaria de Educação. Até que haja mudanças, é preciso buscar alternativas, como montar um calendário que preveja encontros regulares do coordenador com os professores, agrupados por série, ciclo ou disciplina - que também resolvem o problema quando parte da equipe não cumpre jornada integral. Contudo, se os docentes são dispensados, os gestores precisam rever seus conceitos sobre a qualidade do ensino e procurar capacitação.

2 Ausência de regularidade nas reuniões
O que acontece
Às vezes, o problema da obrigatoriedade é solucionado, mas não existe periodicidade para os encontros porque: - As reuniões não estão previstas no calendário. - Os encontros, quando marcados, são cancelados. - A equipe só se reúne quando há alguma urgência.

Por que é um erro
É impossível desenvolver uma sequência formativa bem encadeada quando os encontros ocorrem de vez em quando. "Sem regularidade, o coordenador pedagógico não consegue acompanhar o uso das estratégias para ver se elas estão dando resultados e dar retorno para o grupo a tempo de fazer os ajustes necessários no planejamento", diz Marisa Garcia, professora do Instituto Superior de Educação Vera Cruz (Isevec), em São Paulo.

Como corrigir
É imprescindível que o coordenador monte um cronograma prevendo a frequência do trabalho pedagógico coletivo e respeite-o. Encontros semanais ou quinzenais, com duração de mínima de duas horas, são o ideal.

Quer saber mais? Acesse o site da gestão escolar clicando aqui!

Avianca traz para o Brasil exposição “Dores da Colômbia”, de Fernando Botero

“Dores da Colômbia”, exposição com 67 trabalhos, entre pinturas a óleo e desenhos, do artista plástico colombiano Fernando Botero, está de volta ao Brasil pelas asas da companhia aérea AVIANCA, desta vez com temporada em quatro cidades brasileiras.

A estréia será em 15 de março em Brasília; em 10 de maio, Curitiba; 20 de julho, São Paulo; e 12 de setembro, no Rio de Janeiro .

Na primeira temporada brasileira, 2007, “Dores da Colômbia” foi vista por cerca de 25 mil pessoas em apenas uma mês de exposição. Os trabalhos, realizados entre 1999 e 2004, foram selecionados e doados pelo próprio artista ao Museu Nacional da Colômbia, em Bogotá. Na ocasião desta doação, Botero - conhecido pelas formas arredondadas e bem humoradas de suas figuras humanas - teria declarado “sentir-se na obrigação moral de deixar um registro sobre a violência então vivida pelo seu país”.

As peças retratam os atentados a bomba e ilustram a transformação das casas, da população, fas paisagens e dos costumes do país pela violência.

A produção da exposição itinerante ao Brasil está a cargo da empresa Aori Produções Culturais, empresa que desenvolve, gerencia e produz conteúdos culturais.

Considerado um dos mais importantes artistas plásticos latino-americanos da atualidade, Botero hoje, aos quase 80 anos, vive parte de seu tempo em Paris e em sua cidade natal, Medellin. Suas peças, esculturas e pinturas, fazem parte de importantes museus de todo o mundo e a exposição “Dores da Colômbia”) já percorreu várias cidades européias e latinas.

Agenda - Dores na Colômbia
Data : 15 de março a 01 de maio de 2011
Local : CAIXA Cultural - Brasília - DF

Data : 10 de maio a 10 de julho de 2011
Local : Museu Oscar Niemeyer - Curitiba - PR

Data : 20 de julho a 02 de setembro de 2011
Local : CAIXA Cultural - São Paulo - SP

Data : 12 de setembro a 30 de outubro de 2011
Local : CAIXA Cultural - Rio de Janeiro – RJ

Alunos tornam-se sujeitos políticos a partir do resgate de suas origens

É possível despertar o senso de pertencimento dos alunos resgatando suas origens e utilizando o que é produzido cotidianamente por eles, como música, poesia e desenhos. Dessa maneira, os estudantes são capazes de se afirmarem como sujeitos políticos.

A conclusão é da dissertação de mestrado da psicanalista Maíra Ferreira, defendida na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP). A pesquisadora realizou seu trabalho na Escola Municipal de Ensino Fundamental Alcântara Machado, localizada na favela Real Parque, em São Paulo (SP).
De acordo com a pesquisadora, a comunidade é emblemática, porque os moradores são herdeiros de indígenas Pankararu e afrodescendentes do sertão de Pernambuco. No entanto, os estudantes não conheciam a cultura de seus antepassados. “Porque a cultura escolar negava a origem dos alunos. Quando se falava sobre migração, não havia menção ao que aquelas famílias viveram”.

Na década de 1950, muitos descendentes dessas populações indígenas e africanas vieram para São Paulo para trabalhar na construção do Estádio do Morumbi, localizado no bairro do Morumbi, onde a Real Parque está. “Na escola, isso fazia parte do senso comum, mas sabiam apenas isso. Vários dos alunos torcem pelo time São Paulo, porém não faziam a ligação com o fato de que são netos daqueles que construíram o estádio do clube”, explica a psicanalista.

Para Maíra, toda escola deveria adaptar seu projeto político pedagógico à realidade da comunidade onde está inserida. Quando foi instituída a Lei 11.645/2008, que obriga o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, os professores ficaram preocupados como iriam cumprir a exigência. “Mas estava exatamente ali na comunidade. Não precisava pensar em que livro comprar para as aulas. A resposta estava na origem dos próprios alunos”.

Com esse objetivo, ela viajou para a região do Brejo dos Padres (PE) e estudou sobre a história dos antepassados dos estudantes da Real Parque. Após 40 dias, voltou com filmes e entrevistas.
“Nas aulas vagas, fui encontrando os alunos e fomos entrando para a sala de aula. Eles com o rap e eu com o cordel e repente [manifestações mais tradicionais no Nordeste do país]. Fui ensinando métricas, história do hip hop e levei os vídeos que fiz na viagem”, lembra.

A partir disso, os estudantes começaram a escrever na métrica do cordel e colocar na batida do rap. A ponte entre presente e passado foi construída. “Nesse momento, também começaram a dizer que tinham vergonha de admitir a própria história em razão do preconceito que sofrem”, revela a psicanalista.

“O futuro tá aí. Batendo na sua porta. Diga não ao preconceito. Porque isso é o que importa!”. O trecho, por exemplo, foi composto pelas estudantes Amanda, Janaína e Jacqueline, ex-alunas da 7ª série do ensino fundamental. “Ter a própria história para se apropriar do passado e reinventá-lo é a semente para o jovem construir o projeto de vida dele. A escola que não ajuda nisso perpetua a amnésia social que o país vive hoje. Não lidar com dores como a escravidão é deixar em aberto a possibilidade de continuarem se perpetuando”, explica Maíra.

“Não quero ser mais um moleque, irmão da vida do crime. Levantei minha cabeça e agora sigo firme”. Parte do rap “Realidade não Fantasia”, a letra foi feita pelos alunos Cesário, Diógenes e Gabriel, que montaram o grupo Rap Elementos. “Não conhecia o poder que o rap tem. Porque pertencer ao hip hop é pertencer a uma historia, um coletivo de luta. O hip hop tem declaradamente a bandeira de reparação da escravidão”, conclui Maíra.

Fonte: Portal Aprendiz/ Texto de Desirèe Luíse 21/02/2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ecofuturo lança livro "Cuidados com a Vida"


O livro ‘Cuidados com a Vida’, organizado por Palmira Petrocelli Nascimento e editado pelo Instituto Ecofuturo reúne textos de 20 pesquisadores de várias áreas do conhecimento que compõem um quadro sugestivo, abrangente e inspirador sobre cuidados com a vida.

Entre os autores, está Regina Migliori, consultora em Cultura de Paz da UNESCO, presidente do Instituto Migliori e conselheira do Nós da Comunicação. Ela assina o artigo ‘Cultura de paz, sustentabilidade e o cérebro ético’.

Os autores: Adriana Fortes, Anderson Allegro, Carla Pernambuco, Carlos Eduardo de Carvalho Corrêa, Christine Castilho Fontelles, Imagine Eduardo Jorge, Ivan Angelo, José Gregori, Lars Grael, Luiz Alberto Mendes, Mara Gabrilli, Margi Moss, Maria Betânia Ferreira, Mario Sergio Cortella, Miriam Dualib, Nilton Bonder, Oscar C. Quiroga, Paulo Groke, Raimo Benedetti e Regina Migliori.

Só lembrando que o concurso cultural ler e Escrever é Preciso, do Instituto Ecofuturo, abre inscrições em 1º de março. O tema é "Vamos Cuidar da Vida".

Educação e revolução

O programa Vamos Ler, do Jornal da Manhã, de Ponta Grossa (PR), deu a dica. E a gente compratilha artigo do professor Elias Januário, publicado no jornal A Gazeta (MT). Boa leitura. Boas reflexões!

Por Elias Januário
A questão que trazemos hoje para discussão é a influência do pensador alemão Karl Marx, um dos mais representativos dos tempos modernos, na função social da educação mundial.

Marx ao longo de sua trajetória de vida buscou relacionar o estudo das ciências humanas com a militância revolucionária, propiciando um sistema de pensamento que marcou época e fez seguidores por todos os continentes.

O seu pensamento está ancorado na perspectiva de que tudo se encontra em permanente processo de mudança, onde os conflitos, resultantes da luta de classes, provocam as transformações.

Marx viveu numa Europa marcada por convulsões e conflitos, que influenciaram vários pensadores dessa época a defenderem as doutrinas socialistas e anarquistas que permeavam os ambientes acadêmicos. A maioria desses pensadores defendia e acreditava em transformações socialistas nas diferentes esferas sociais.

Uma das preocupações do Filósofo alemão era chamar a atenção para os perigos dos estabelecimentos escolares ministrarem conteúdos que conduzissem os estudantes a formações de concepções partidárias ou classistas. Considerava importante o ensino gratuito, desde que não estivesse vinculado a políticas de Estado.

A produção intelectual de Marx consiste numa considerável variedade de textos, como por exemplo, o Manifesto Comunista, elaborado em parceria com Friedrich Engels e obras volumosas como O Capital.

No seu entendimento a educação deveria ser concebida de maneira conjunta articulando a intelectualidade, a técnica e a física. Não chegou a realizar uma análise profunda da educação com base nas teorias que concebeu. Foram os seus seguidores, como Antonio Gramsci, que aprofundaram essa discussão.

No Brasil as teorias de Marx começaram a serem difundidas após a fundação do Partido Comunista do Brasil, por volta de 1930, em particular em relação às políticas de formação profissional.

As teorias do filósofo alemão contribuíram para dar sentido de racionalidade e responsabilidade social necessária a existência humana e a educação do mundo moderno.

O ensino para Marx era como um instrumento para o conhecimento e também para a mudança da sociedade. Dessa forma, há a necessidade de um processo educativo fundado em um projeto político e pedagógico definido e voltado aos interesses da grande maioria marginalizada. Com isso surge o papel estratégico da escola e dos educadores para a construção da consciência de classe do trabalhador.

A educação para Marx não só estava diretamente ligada ao desenvolvimento material do mundo e a interesses de classe, mas, também, a um papel político e transformador social, a uma prática libertadora capaz de uma mudança de mentalidade e edificação de uma nova ordem social.
A educação tem, para o filósofo alemão, como tarefa histórica a emancipação do homem, sua libertação das ilusões ou ideologias, mostrando-lhe as origens sociais das mesmas e gerando uma prática revolucionária para modificar o mundo.

Elias Januário é doutor em educação, professor de Antropologia da Unemat e escreve às sextas-feiras em A Gazeta (MT)
Fonte: A Gazeta/MT - 18/02/2011

Professora sugere atividade para alunos com caderno de Economia

O programa POVO na Educação, do jornal O POVO, de Fortaleza (CE), sugere uma atividade com jornal realizada pela professora Adriana Rocha, da escola Francisco Paz de Oliveira, do município de Paracuru. Veja abaixo como ela trabalhou o caderno de Economia com seus alunos.

O que querem os jovens
A professora Adriana Rocha e os alunos da escola Francisco Paz de Oliveira, no Município de Paracuru, realizaram uma atividade de pesquisa, tendo como base as notícias encontradas no Caderno de Economia do O POVO.

Eles pesquisaram que tipo de bem material os jovens mais desejaram no ano de 2010. As respostas obtidas foram transformadas em um gráfico, que mostra bem como anda o desejo da garotada e o que eles mais estão pedindo aos pais.


Confira, no passo a passo, como você, professor, pode fazer a mesma atividade, fazendo com que a turma inteira se envolva e passe a interagir com outras pessoas, tendo como fonte pesquisa assuntos da área de Economia.

Conteúdo:
Leitura e produção textual;
Cálculo e porcentagem.
Objetivos:
Incentivar a pesquisa;
Praticar a oralidade em sala de aula;
Proporcionar interação;
Trabalhar a interdisciplinaridade.
Materiais necessários:
Vários cadernos de Economia do O POVO;
Cartolina;
Gravuras encontradas no Jornal;
Canetas coloridas;
Régua;
Cola.

DESENVOLVIMENTO:
1º PASSO
Explique aos alunos que ler jornal pode ser muito divertido, principalmente quando, através dessa leitura, podemos aprender diversas formas de como interagir com as pessoas que estão
ao nosso redor.

2º PASSO
Proponha uma leitura direcionada ao Caderno de Economia do O POVO, explique que, nesse caderno, de forma bem específica, podem ser encontrados diversos atrativos que são de interesse da maioria deles. Solicite aos alunos que façam uma pesquisa de alguns objetos, que muitas vezes são apresentados nessa parte do jornal e que fazem a cabeça da garotada.

Peça para eles buscarem nos textos as características do objeto, ou seja, se são interessantes,
úteis, modernos e se eles teriam interesse de ter um ou não.

3° PASSO
Terminada a leitura, peça para que alguns alunos da classe apresentem os objetos que encontraram no texto, tentando fazer com que os ouvintes se interessem por ele. Nesse momento, verifique a oralidade dos alunos e como eles se comportam descrevendo o conteúdo
que foi lido.

4° PASSO
uma segunda atividade de pesquisa, inspirada nas matérias encontradas, e peça para que listem os objetos encontrados durante a leitura, que possam ser do interesse dos jovens e façam entrevistas aos demais colegas da escola ou do bairro para descobrirem quais os objetos
mais desejados do momento. Faça com que os alunos se tornem motivados e envolvidos com a atividade, pois o resultado dela depende disso.

5º PASSO
Quando estiverem com o resultado da pesquisa, ensine aos alunos a fazerem um gráfico e que nele estejam os nomes dos objetos e a quantidade de vezes que foi mencionado pelos jovens
entrevistados.

6º PASSO
Para que o trabalho fique disponível para outras pessoas lerem, reproduza o gráfico em um cartaz, com letras visíveis, e que os objetos mencionados sejam ilustrados com figuras encontradas no próprio Jornal.

FINALIZAÇÃO
Caso a escola possua um jornal escolar, colabore publicando o texto da pesquisa para que os alunos que realizaram a atividades se sintam reconhecidos pelo trabalho, vendo o texto que escreveram publicados para toda a escola.
AVALIAÇÃO
Observe como os alunos se envolveram na atividade, tendo como base os comentários feitos em sala de aula. Perceba como a interação entre eles contribuiu em prol da socialização dentro e
fora da sala de aula.

Fonte: O POVO na Educação - 19/02/2011

Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias realiza conferência em Bogotá nos dias 9 e 10 de março

WAN-IFRA, la Asociación Mundial de Periódicos y Editores de Prensa, organizará los próximos 9 y 10 de Marzo de 2011, en Bogotá, Colombia, la primera edición de WAN-IFRA América Latina , conferencia internacional que pretende convertirse en el punto de encuentro obligatorio para los medios de comunicación latinoamericanos.

9 DE MARZO DE 2011
07.30 Registro
08.30 Bienvenida
D. Gerardo Araujo, Presidente de Andiarios y Gerente de El Universal.
D.Christoph Riess, CEO de WAN-IFRA, Alemania
08.45 Los periódicos hoy
D.Christoph Riess, CEO de WAN-IFRA, Alemania

09.15 La transformación del sector
D. Aldo van Weezel, Profesor de la Universidad de los Andes y Director del MMTC-LA, Chile

10.00 Pausa – Coffee break

10.30 La importancia de los contenidos
D. Raju Narisetti, Director Editorial de The Washington Post, EE.UU.

11.15 Fórmulas de éxito en Latinoamerica
D. Luis Miguel de Bedout, Director General de El Colombiano, Colombia
D. Ricardo Roa, editor General Adjunto de Clarín, Argentina
D. Christiano Nygaard, Director de Operaciones de Periodicos Grupo RBS, Brasil

12.30 Encuentro con los patrocinadores

12.45 Almuerzo de trabajo

14.15 El Tiempo, un periódico centenario con una de las redacciones mejor integradas del mundo
D. Roberto Pombo, Director General de El Tiempo, Colombia

15.00 Lo último en diseño de publicaciones
D. Francisco Amaral, Socio Director de Cases i Associats, España

15.45 Pausa – Coffee break

16.15 Los jóvenes, lectores de periódicos del futuro
Dña. Aralynn McMane, Directora ejecutiva de desarrollo de la audiencia joven de WAN-IFRA, Francia

16.45 Últimas tendencias en el área de producción.
Introducción- D. Aurelio Mendiguchía, Director técnico del Instituto Tecnológico y Gráfico Tajamar (ITGT-Tajamar), España
Calidad del color -D. Óscar Ávila, Gerente de Producción de El Universal, Ecuador
Lean Printing
Mailroom creativo

18.30 Cierre de la jornada

10 DE MARZO DE 2011
08.30 Panel de discusión: Libertad de prensa en América Latina, una región, múltiples desafíos
Dña. Catalina Botero, Relatora especial para la libertad de expresión en la Organización de Estados Americanos (OEA), EE.UU.
D. Carlos Cortés Castillo, Ex-director ejecutivo de la Fundación para la Libertad de Prensa, Colombia
Dña. Rocío Gallegos, Reportera en el Diario de Juárez, Méjico

10.00 Pausa – Coffee break

10.30 Mesa redonda: Internet, redes sociales y dispositivos móviles
Dña. Onintze Gutiérrez, Directora de móviles de Unidad Editorial, España
D. Tim Rowell, Director de desarrollo de producto de The Telegraph Media Group, Reino Unido
RT@News como atraer a la audiencia con las redes sociales -D. Álex Fuentes, Director de productos interactivos, Miami Herald, EE.UU.

12.30 Encuentro con los patrocinadores

12.45 Almuerzo de trabajo

14.15 ¿Todavía se pueden vender anuncios en medios de comunicación?
D. Mike Blinder, Presidente de Blinder Group, EE.UU.

15.00 Innovación y tendencias en la publicidad de periódicos. Caso de estudio: Folha de S.Paulo
D. Marcelo Benez, Director de publicidad de Folha de S.Paulo, Brasil

15.45 Pausa – Coffee break

16.15 Mesa Redonda los casos de éxito de la publicidad cross-media
D. Roberto de Celis, Director general de Internet para medios regionales de Vocento, España
D. Andy Phelan, Director editorial del Herald Express, Gran Bretaña
D. Alejandro Pardo, Director comercial de El Espectador, Colombia

18.00 Despedida y cierre de la jornada

Lugar de la conferencia:
JW Marriott Bogotá*****
Calle. 73 No. 8 – 60
Bogotá, Colombia
Tel. Recepción:+5714816000

10 perguntas que os pais devem fazer aos professores

O site do Projeto Educar para Crescer, iniciativa do Grupo Abril em parceria com o Ministério da Educação, sugeriu 10 perguntas que os pais de alunos devem fazer aos professores para participarem mais do cotidiano escolar dos seus filhos. Por meio de perguntas simples, como “Meu filho participa das aulas?” e “Como ajudar nas tarefas?”, os familiares dos alunos podem tomar conhecimento sobre a realidade escolar de crianças e adolescentes e contribuir para um melhor aproveitamento do ensino.

Confira abaixo algumas das perguntas que os pais podem fazer aos professores, seguidas de comentários de especialistas na área. se quiser saver mais, basta visitar o site. (Foto: Marcelo Almeida e Texto de Bruna Nicolielo - Publicados no site)

* Meu filho participa das aulas?
É importante saber se a criança tem feito as lições propostas em classe e participado das atividades. Independente da faixa etária, a participação indica o envolvimento do aluno. "O professor pode dizer se a criança demonstra curiosidade ou se é apática", explica Ana Inoue, coordenadora do Instituto Acaia, em São Paulo (SP).

Professores de crianças maiores podem ser perguntados sobre o interesse que os jovens demonstram -- ou não -- nas aulas. "Participar ativamente, fazendo e respondendo perguntas, evidencia o potencial de aprendizagem do estudante", completa Ana.

* Como posso me integrar à escola?
O professor explicará se a escola tem associações de pais e como aderir a elas. Além disso, falará sobre outras formas de inclusão da família na escola -- muitas têm projetos no contraturno e no fim de semana que envolvem toda a comunidade. O programa Tempero de Mãe, desenvolvido na rede municipal de Sud Menucci, no interior paulista, é um exemplo: envolve mães na preparação da alimentação escolar e por tabela, no dia-a-dia da escola. As candidatas são selecionadas, contratadas e remuneradas pela Associação de Pais e Mestres (APM).

Você também pode apoiar a abertura da escola do seu filho para a comunidade, organizar e participar de atividades extra-classe que acontecerem nas dependências da escola. "Se você é bom em música, por exemplo, ofereça ajuda" afirma Luciana Fevorini. A psicóloga alerta, porém, para a possibilidade de pais ocupados se sentirem discriminados e isso gerar conflitos com a escola. "A família pode ajudar, mas os professores não podem contar com isso".

* Como ajudar nas tarefas?
Algumas crianças, por força do hábito, só fazem o dever na companhia de um adulto. Nesse caso, os pais podem acompanhar a lição, claro, supervisionando a atividade e, assim, estimulando a autonomia. "A família não pode fazer a tarefa pela criança, jamais", ressalta Carmen Galuzzi.

Quando os pais não têm condições de ajudar na lição -- e não importa se o motivo é a falta de tempo ou o desconhecimento --, não há motivo para vergonha. Devem pedir orientações mais claras à escola e até contarem seus problemas, dizendo com franqueza que nunca aprenderam determinados assuntos. Mesmo porque os métodos mudaram muito, a começar pela alfabetização, com a substituição das velhas cartilhas por sistemas considerados mais modernos. Outro motivo comum é a dificuldade de alguns pais com pesquisas pelo computador. Se não puder ajudar, o melhor é informar a escola. Seu filho só tem a ganhar com isso -- e você pode tentar aprender o que não teve oportunidade de estudar antes.

* Como é a comunicação entre a família e a escola?
Saber a melhor forma de se comunicar com a escola e também como ela vai responder é fundamental. Assim, dá para entender como a escola se relaciona com os pais, com que freqüência organiza reuniões, como notifica problemas e até como procede em caso de acidentes. "A família precisa saber a quem recorrer e como agir diante de brigas do seu filho com colegas, dificuldades de entendimento da matéria, entre outros", diz a psicóloga Ana Inoue. A comunicação pode ser feita via agenda, bilhetes ou telefone. "Mesmo assim, os pais podem ligar para escola quando acharem necessário", diz Luciana.

Fonte: Blog da mobilização e Site Educar para Crescer

Educação em tempo integral pretende melhorar desempenho

O ministro da Educação. Fernando Haddad, se comprometeu a implementar o tempo integral no ensino médio, combinando atividades curriculares com aprendizado profissionalizante.

Para tanto, 7% do Produto Interno Bruto (PIB) será aplicado na educação, um aumento significativo, uma vez que o investimento hoje é de apenas 5,2%, cerca de R$ 70 bilhões.

Nos países desenvolvidos, os alunos permanecem na escola em média oito horas por dia, enquanto no Brasil, o período é de apenas quatro horas e meia. Pesquisas indicam que ao chegar em casa, os estudantes brasileiros passam o mesmo tempo diante da TV e/ou do computador, e só leem 7,2 livros por ano, dos quais 5,5 são didáticos ou indicados pela escola, ou seja, apenas 1,7 livro por escolha própria.

O levantamento aponta, também, que 46% dos estudantes não frequentam bibliotecas. Outro dado importante é que existe no Brasil cerca de 14 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais.
Avaliação: No Programa Internacional de Avaliação de Alunos 2009 (Pisa), aplicado em 65 países, o Brasil ocupou a 53º colocação. A escala varia de 1 a 800 pontos, e o País atingiu apenas 401.

No quesito leitura, 49% dos estudantes avaliados obtiveram a nota mínima, desempenho que foi repetido também por 69% dos alunos em matemática e por 54% em ciências. O Pisa é aplicado em estudantes de 15 anos de idade.

Fonte: Estado de Minas (MG) e Blog O POVO Educação

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para conhecer o moodle!

Compartilhamos vídeo sobre o Moodle da Educ@conTIC.

Moodle: plataforma de creación de contenidos from http://vimeo.com/educacontic on Vimeo.

O que é um blog?

Compartilhamos o vídeo Blog: Web 2.0 de artículos y comentarios de Educ@conTIC. esperamos que seja útil a vocês.

Blog: Web 2.0 de artículos y comentarios from http://vimeo.com/educacontic on Vimeo.

Educación Mediática y Competencia Digital

(Segovia. 13, 14 y 15 de Octubre de 2011)

“Educación audiovisual, alfabetización digital, educomunicación, educación para los medios, alfabetización informacional, educación mediática, educación multimedia, alfabetización informática, competencia digital, educación en materia de comunicación, alfabetización mediática, comunicación educativa, nuevas alfabetizaciones y multialfabetizaciones, … Profusión (¿y confusión?) terminológica que responde al interés de numerosos profesionales y expertos por abordar las relaciones entre comunicación y educación en la era digital.

Fruto de este mismo interés es también el Congreso de Educación Mediática y Competencia Digital. Un
grupo de Investigadores y profesionales de la educación y la comunicación unen aquí sus esfuerzos para crear un foro de discusión abierto a todos los interesados, y para proponer acciones y estrategias de educación mediática.”
El CONGRESO INTERNACIONAL DE EDUCACIÓN MEDIÁTICA Y COMPETENCIA DIGITAL consta de una modalidad virtual y otra posterior presencial, independientes, pero complementarias entre sí. Se intenta que sean dos dimensiones de un mismo encuentro que puede iniciarse en la Red y que culminaría con la fase presencial en Segovia.
Con este sistema tratamos de evitar que se repita una vez más el esquema de tantos congresos donde hablan unos pocos y escuchan (en el mejor de los casos) muchos otros. Vamos a intentar que cada entorno, cada medio, cada momento sea utilizado para lo que mejor pueda servirnos.

En la Red compartiremos información, experiencias, opiniones; daremos a conocer nuestro trabajo, y en la fase presencial tendremos la ocasión de conocer personalmente a aquellos compañeros con quienes ya hemos compartido información e intereses en la fase no presencial.

Utilizaremos Internet para exponer ideas, documentos, materiales multimedia, para presentar nuestras teorías, mientras que en la fase presencial habilitamos tiempos y espacios para el diseño de proyectos conjuntos, damos prioridad a las relaciones interpersonales facilitando reuniones y encuentros entre los asistentes.

Não existe modelo de educação que sirva para todos os alunos, diz educador da Escola da Ponte

O educador português José Pacheco, coordenador da Escola da Ponte, criticou ontem em sua palestra no TEDxRio (parte do Fórum TED Conferences, que desde 1984 transmite experiências e inspira projetos em todo o mundo) os modelos tradicionais de educação e falou sobre formatos alternativos, que são o ponto forte da sua escola.

A fala de Pacheco foi muitíssimo bem-humorada, até como uma forma de atenuar a forte e dura mensagem crítica ao sistema de educação, não só o brasileiro, mas mundial. Sua palestra foi fluida e contundente, cheia de emoção, fruto dos 35 anos de experiência como educador.

- Não adianta querer padronizar fórmulas de ensino. Há muitos meios de ensinar, mas não existe nenhum que sirva para todos os alunos - disse Pacheco.

Ele exaltou os valores e os talentos individuais dos educadores brasileiros, mas apontou grandes falhas estruturais no processo educacional do país, classificando o Brasil como um país em risco:
- O analfabetismo funcional grassa. De que adianta pensar em tecnologia de ponta numa sociedade que ainda tem 20% de analfabetos funcionais?

Segundo ele, as leis que regem o sistema educacional como um todo estão totalmente defasadas e, pior ainda, destacadas da realidade. Na Escola da Ponte, de que foi um dos criadores, as crianças de uma dada turma não precisam ter a mesma idade, mas, sim, estarem num mesmo nível de aprendizado.

- Quem foi o jegue que estipulou que todas as crianças numa turma têm que ser da mesma idade? Um dos problemas mais sérios é a síndrome do pensamento único. A educação está nas mãos de pessoas que não sabem o que é educação - finalizou Pacheco. - Mas não será este portuguesinho que dará a solução para os problemas educacionais do Rio e do Brasil. Não sei qual é a solução. Volto pra minha terrinha e deixo o problema aqui para vocês mesmos resolverem, pois há solução sim. Só depende de vocês.

Fonte: O Globo 17/02/2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Conhecendo o jornal!



Jornal
Programa da série Aulas Lá Fora da TV Escola.

Sinopse:
Programa da série Aula Lá Fora, em que a turma da professora Mônica visita o jornal Diário do Grande ABC, em Santo André. Os alunos conhecem a redação, as editorias de fotografia e arte, e passeiam pela gráfica. De volta à sala de aula decidem fazer seu próprio jornal de classe.

Dois cartunistas do Diário visitam a turma na escola para conversar e trabalhar com as crianças na preparação de um grande mural. O prolongamento da Aula lá fora se dá com a publicação de um exemplar de jornal feito por cada aluno, com direito à noite de autógrafos e apresentação dos trabalhos para os pais e amigos da comunidade.

Ficha Técnica
Direção geral: Roberto Machado Júnior
Realização: TV Escola / MEC. Brasil, 2006
Duração (total): 27’32"

Confiança do brasileiro nos grandes portais impede que mídia social vire fonte de notícia

A confiança dos brasileiros nos grandes portais de notícias os impede de usar as redes sociais como principal fonte de informação. Esse é uma das hipóteses para explicar porque as mídias sociais não pautam a grande imprensa, apresentada em um estudo da agência de publicidade JWT, na Social Media Week, na última terça-feira (8/2).

Intitulado “Verdades e Mentiras sobre as Mídias Sociais”, o estudo aponta que, no Brasil, a mídia online é centralizada nos grandes portais, que concentram 78% da audiência da Internet. Nos Estados Unidos, esse tipo de sites fica com 33% da audiência, sendo blogs e sites colaborativos são bastante acessados. O estudo lembra que foi o blog TMZ o primeiro a divulgar a morte de Michael Jackson, em 2009.

“Faltam boas opções de conteúdo social. Os bons produtores independentes são incorporados pelos grandes portais”, avalia um dos responsáveis pelo estudo, Patrice Lamiral. A publicação sugere que as pessoas dão mais credibilidade a marcas ou personalidades já conceituadas.

Essa seria uma das hipóteses para explicar o diagnóstico do estudo: as mídias sociais, em geral, repercutem que é publicado na grande imprensa, sendo que os assuntos próprios das mídias sociais dificilmente viram notícia.


Tanto que entre os 10 assuntos mais citados no Twitter em 2010, no Brasil, todos tiveram origem na grande mídia. Entre eles estão o vazamento de óleo nos Estados Unidos, as vuvuzelas na Copa do Mundo, o Terremoto do Haiti e o cantor Justin Bieber.

“A vocação dos veículos é diferente. A mídia tradicional tem limitações de tempo e espaço, por isso as pautas precisam de uma curadoria. Nas mídias sociais não”, avalia Lamiral. “Elas podem ter papéis complementares, como em um caso de assalto a um shopping em São Paulo. O roubo aconteceu às 13h53. Às 13h54 estava no Twitter e às 14h16 na imprensa. O assalto seria notícia sem o Twitter, mas ele facilitou a circulação de informações”.

Além de buscar informações complementares, a imprensa usa as redes sociais para verificar tendências, comportamentos ou procurar notícias de celebridades, segundo o estudo. “Se uma menina tem um comportamento racista no Twitter isso não é notícia. Mas se um grupo grande de jovens a apoia, aí é notícia”, avalia Cris Dias, outro autor da pesquisa.


Para o levantamento, a agência JWT analisou, durante 2010, todas as matérias do Jornal Nacional e as revistas Veja e Época, sendo que da primeira só as capas e da segunda todas as reportagens, devido a disponibilidade de conteúdo na Internet. Ao todo, foram analisadas 7.418 matérias.


Nesse período a revista Época citou o Twitter 126 vezes, contra 294 citações para televisão e 69 para Google.

Fonte: Portal Aprendiz/
Sarah Fernandes 10/02/2011